Liderança para o Desenvolvimento
de Capacidades Nacionais em
Avaliação
Ana Rosa Soares
Oficial do PNUD - Especialista de Avaliação
PNUD – Escritório de Avaliação
Seminário da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação
Rio de Janeiro, 2012
Desenvolvimento de capacidades
Nível individual
2. Nível institucional
3. Nível ambiental (enabling environment)
1.
Como o Escritório de Avaliação do PNUD faz
para envolver diversas lideranças em torno
de ações para o desenvolvimento de
capacidades nacionais em avaliação?
Promoção de ambiente favorável
Parceria com UNEG
 EvalPartners
 Conferências Internacionais de Capacidades
Nacionais de Avaliação(NEC Conferences)
 Marrocos, África do Sul, Brasil em 2013
 Fortalecer a troca de experiências
 Champions do governos e redes de avaliação convidados a trocar experiências
 Desafio - desenvolver capacidades individuais e
institucionais para manter trocas em movimento
entre as conferências
Desenvolvimento de capacidades individuais e
institucionais

Capacidades institucionais – demandas respondidas
pelos escritórios de país


Cooperação técnica e cooperação Sul-Sul
EO contribui através das Conferências (ICNEC),
treinamentos e publicações

Mas principalmente atravez das Avaliações

(participatory and empowering evaluations)
Desenvolvendo capacidades durante os processos
de avaliação





Equipes com avaliadores nacionais - objetivo desenvolver e
fortalecer capacidades locais.
EO responsável por liderar as avaliações, garantir o rigor
metodológico, qualidade da avaliação, e deixar uma equipe
nacional mais qualificada para produzir futuras avaliações
Missões compostas de treinamentos para desenho, coleta e
análise de dados
Análises validadas por um grupo nacional de referencia.
Engaja-se atores diversos através do grupo nacional de
referencia (GR) Governo, sociedade civil, setor privado,
academia, beneficiários e doadores
Grupo Nacional de referência

Facilitar acesso a informações

Criticar e prover orientações, comentários a todos os produtos


Termo de referência (TOR), Relatório Metodológico (inception report)

Primeira versão (first draft) e Versão Final (last draft)
Garantir a qualidade e independência do exercício


Conjuntamente com revisores internos e externos
Presidir a mesa durante a apresentação dos resultados finais:
(stakeholders’ meeting)

Fazer o seguimento da resposta da gerência e implementação
das recomendações.
Aprendizados e fortalecimento
de parcerias







Apropriação por parte dos atores envolvidos no GR
Empoderamento dos atores para seguimento e cobrança de
resposta às recomendações da avaliação
Maior compreensão do potencial de aprendizado, trazendo um foco
mais positivo ao julgamento
Aproximação do governo e outros parceiros ao PNUD
Fortalecimento de uma cultura de avaliação com diminuição de
medos e tabus (evalufobia)
Maior compreensão dos objetivos, aspectos positivos, desafios e
limitações do PNUD e parceria
Parceiros se sentem mais responsáveis por colaborar com o que
vem depois da avaliação
Capacidades necessárias a um
avaliador líder
ZOOMING IN
•Que capacidades são necessária em
coordenadores ou gerentes de avaliações?
•Que capacidades são necessárias em um
processo de promoção do uso da avaliação?
Princípios básicos de liderança

Gerente de conhecimentos, conhecedor de
princípios básicos e estratégicos de liderança
em gestão.




Comunica e promove a apropriação de uma visão;
Foco no cliente e compromisso com accountability e
aprendizado;
Ética e trabalho em equipe
Motivação e Empoderamento
Comunica e promove a apropriação de uma
visão

TOR e Relatório Metodológico que comuniquem claramente e
honestamente (objetivos, aspectos positivos, desafios e limitações)

Matriz de avaliação com perguntas e sub-perguntas adequadas

Documentos elaborados de forma consultiva para promover
apropriação do exercício e garantir o follow up das recomendações

Atenção com métodos qualitativos que se baseiam muito em
percepções

Atenção aos perigos de internal validity
Foco no cliente e compromisso com
transparencia, accountability e aprendizado

Dadas as limitações o que é possível avaliar que é mais importante
para o cliente em termos de aprendizado?

Evite avaliações marketing – foque no que mais pode melhorar

Hoje o compromisso com a transparência e accountability é na
responsabilidade de documentar aprendizados

Não basta fazer direito e dentro do prazo e do orçamento, tem que
gerar aprendizado

Até aspectos negativos tornam-se positivos se geram aprendizado
Ética e trabalho de equipe

Preze pela independência do exercício e potencialize diferentes
capacidades;

Ser independente, basear-se em evidências, respeitar fontes e
manter o devido rigor metodológico é indispensável;

Cuidado com “caras e bocas”, e protocolos culturais que
influenciam respostas;


Evite socializar com quem você terá que avaliar;
Não confunda confidencialidade com anonimato.
Motivação e empoderamento

Inspira excelência e mantém todos de mente
aberta e com foco na melhoria,

Não deixe-se abater com criticismos - ninguém
gosta de ser avaliado. Mas garanta as
evidências!

Promova a apropriação e o empoderamento dos
atores para que o comprometimento com
melhorias exista e seja facilitado.
Zooming out

Importância da liderança aos níveis
políticos estratégicos para que seja
possível desenvolver capacidades
para avaliações que respondam à
necessidade por maior accountability,
aprendizado e melhorias.
Considerações finais

Abundancia de ambientes favoráveis e oportunidades de trocas de
conhecimento, mas pouco de fato rende com continuidade que concretize trocas
e desenvolvimento;

Número limitado de avaliadores de qualidade. Foco ainda em processo, produtos
e projetos. Pouco know how/rigor para avaliação de programas e políticas;

Pouco conhecimento de desenhos e métodos de impacto e análise de
contribuições para resultados de desenvolvimento. Falhas começam no desenho
das iniciativas por pouca assimilação de RBM;

Falhas éticas e de independência afetam resultados. Foco em marketing e
julgamento, pouco teor e foco no aprendizado;

Necessidade de fortalecer capacidades institucionais e individuais;

Treinamento e peer review para avaliações;

Redes, governos, academia, agências internacionais e doadores podem e devem
ajudar.
Obrigada
Ana Rosa Soares
Especialista em Avaliação
[email protected]