Comissão de Educação do Senado aprova projeto do
senador Cristovam Buarque (PDT -DF) que determina
que o esperanto seja incluído na lista de disciplinas
facultativas. Texto ainda precisa passar pela Câmara
Na comissão, o projeto foi relatado por Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que
recomendou a aprovação da lei pois “a universalização do conhecimento do esperanto
pode representar um fomento à paz entre as nações”. Para Mozarildo, isso será muito
significativo pois as nações também entram em conflitos de natureza cultural, “como
já aconteceu na luta pela hegemonia entre o francês e o inglês e que pode em futuro
próximo ocorrer entre o inglês e o mandarim”.
O texto foi aprovado como decisão terminativa (não precisa passar pelo plenário da
casa) e segue direto para a Câmara.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI93275-15223,00.html
Foi Fundado na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo
(USP) um grupo de pesquisa científica que estudará o Esperanto.
O grupo funcionava desde a década de 80, fundado pelo famoso pesquisador, o Prof. Dr.
Osvaldo Sangiorgi, que trouxe a "matemática moderna" para o Brasil, e que também
divulgou o Esperanto no Brasil.
O Grupo está reconhecido pela Pesquisa Científica Pioneira sobre o Esperanto no
Brasil e funcionará de forma semelhante às realizadas pelo Prof. Helmar Frank e seus
colaboradores em Paderborn e em vários países da Europa.
O objetivo do projeto é demonstrar de maneira científica o valor propedêutico do
Esperanto, ou seja, demonstrar que o aprendizado da Língua Transnacional Esperanto é
facilitador do aprendizado de línguas estrangeiras (Inglês e do Espanhol), da própria
língua pátria, de disciplinas relacionadas à Matemática e ainda estimulador do
aprendizado de disciplinas como História, Geografia e Filosofia.
O Projeto conta com o apoio didático do Grupo Monda e o apoio institucional da Liga
Brasileira de Esperanto.
Leia mais em http://www.monda.org/dok/pr-ensg.htm.
 Publicado em 1887 por um jovem
oftalmologista polonês, L. L.
Zamenhof, o Esperanto foi criado
para facilitar a comunicação
entre falantes de línguas
diferentes.
 Não possui um país próprio,
porque pertence a todos. Se fosse
propriedade de alguém, de algum
lugar, de alguma corrente
ideológica, perderia sua principal
característica: a neutralidade.
 Características.
 O Esperanto é tanto falado como
escrito. Seu léxico provém
principalmente das línguas da
Europa Ocidental, enquanto sua
sintaxe e morfologia mostram fortes
influências eslavas. Os morfemas do
Esperanto são invariáveis e quase
infinitamente combináveis em
palavras diferentes, de modo que a
língua também tem muito em
comum com línguas isoladas como o
chinês, enquanto sua estrutura
vocabular apresenta semelhanças
com línguas aglutinantes como o
turco, o swahili e o japonês.
 Reconhecimento oficial.
 Em 1954, a Conferência Geral da Unesco
reconheceu que as conquistas do Esperanto
estão em sintonia com os objetivos e ideais da
Unesco,
 Em 1985 a Conferência Geral da Unesco
conclamou os Estados-membros e as
organizações internacionais a fazerem
avançar o ensino do Esperanto nas escolas e o
seu uso nas questões internacionais.
 A UEA (Universala EsperantoAsocio)mantém ainda relações consultivas
com as Nações Unidas, o UNICEF, o
Conselho da Europa, a Organização dos
Estados Americanos e a Organização
Internacional de Normas.
 Há pelo menos 3 milhões de
pessoas que falam esperanto
fluentemente em todo o mundo.
 Esperantistas já ganharam 5
Prêmios Nobel. Podemos citar
como Esperantistas famosos: Papa
João Paulo II, Umberto Eco escritor italiano, Julio Verne, escritor francês, Leon Tolstoy –
escritor russo, Reinhard Selten - o
Prêmio Nobel de Economia de
1994, entre outros.
 O esperanto é falado em 110 países,
nos 4 quadrantes do mundo.
 Como facilitador da comunicação, eis alguns veículos de
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divulgação em Esperanto:
Radio Vaticana
Grupo de filosofia japonesa Oomoto,
ATEO-associação de ateus esperantistas
Espero Katolika, criada em 1903...
Acção Mundial para a Unesco
Clube Europeu
Comité de Acção para uma Política Linguística da
Federação Europeia
União Europeia de Esperanto
Com 3 milhões de falantes o Esperanto é maior que...
Andorra - Entre França e Espanha: 64.000 pessoas (1278)
Barbados (Caribe)- 430 km2. Cerca de 260.000 (1966).
Grenada - 344 km2 98.000 habitantes, (1974.) Está localizado próximo
à América do Sul.
 Maldivas, Ilhas - 298 km2. 200 das 2000 ilhas que compõem esse país
do Oceano Índico são ocupadas por 181.000 habitantes
 Malta - 316 km2. Esta ilha está bem próximo ao sul da Sicília, na Itália.
Se tornou independente do Reino Unido em 1964, mas o exército
britânico só abandonou completamente o local após 1979. População
de 362.000 pessoas.
 Mônaco - 2 km2. O pequeno Estado de Mônaco se localiza na Riviera
francesa, na costa mediterrânea da França, próximo a Nice. Uma
população impressionante de 30.000 pessoas vive neste Estado
conhecido pelos cassinos de Monte Carlo e por sua Princesa Grace. É
independente desde o século XIII, com alguns períodos de interrupção.
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 Posso testemunhar com vários exemplos
sobre essa marca registrada do Esperanto.
Quando fui realizar um estágio de um ano,
em Nantes, na França, o grupo esperantista
local acolheu-me de uma forma
extraordinária. Alguém foi a Paris me
recepcionar no aeroporto, hospedaram-me
enquanto procurava uma moradia (minha
família chegaria um mês depois), e até me
emprestaram quase toda a mobília
necessária para o apartamento
alugado. Mas, sobretudo, me foi de muita
valia o fato de me oferecerem prontamente a
sua amizade. Recém-chegado a um país
estrangeiro, pela primeira vez, já contava
com muitos amigos, o que se traduzia em
diversos convites para visita, almoço ou
jantar, passeios na região, etc. O que eu
havia feito para merecer tudo isso? Nada.
Apenas me apresentara como esperantista.
 Na Alemanha, um casal de
esperantistas aceitou me hospedar.
Eles já moravam juntos há algum
tempo, sem se casar. Mas estavam
planejando um jantar, num
restaurante, para convidar os amigos e
comemorar a união. Quando chegou
meu pedido de hospedagem, eles
responderam afirmativamente, mas
também me convidaram para fazer
uma pequena palestra, durante esse
jantar. Obviamente em Esperanto. Com
um pequeno detalhe: a data do jantar
seria alterada para que coincidisse com
minha estada entre eles. Fantástico,
não? Isso só ocorre com grandes
amigos. E, pelo fato de sermos
esperantistas, já éramos grandes
amigos, mesmo antes de nos
conhecermos.
 Em Guadalajara, no México, o meu hospedeiro
esperantista, contatado previamente, foi me
buscar no aeroporto. Ao chegar em sua casa,
reparei que todos estavam muito bem vestidos.
Logo me disseram que estavam de saída para a
festa de casamento de alguém muito importante.
E me convidaram para ir também. Imaginando
que, caso aceitasse, iria atrasá-los, pela
necessidade de um banho, trocar de roupa e até
passar a roupa, amassada que deveria estar na
mala, aleguei cansaço da viagem e declinei do
convite. Então eles se foram todos, mas antes me
mostraram o quarto, o banheiro e a cozinha,
indicando-me a geladeira e colocando-me à
vontade para me servir do que quisesse. Muitas
horas depois, de madrugada, estava dormindo,
quando ouvi barulho e deduzi que estavam
chegando de volta. Já imaginaram tamanha
confiança? Receber em casa um estrangeiro que
acabara de conhecer, entregar-lhe a chave e deixálo sozinho por várias horas? O detalhe diferencial
é que esse estrangeiro fala o Esperanto. Só isso.
 O Esperanto é o idioma mais
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democrático do mundo.
O Esperanto em países estrangeiros
nos dá uma incomparável sensação de
igualdade. Ninguém se sente
estrangeiro se comunicar em
Esperanto.
O Esperanto não provoca nenhuma
espécie de supremacia cultural de
determinado povo. Ao contrário,
valoriza as culturas nacionais e
contribui para a não-extinção de
idiomas nacionais ou locais.
Aprender e divulgar o Esperanto
é trabalhar pela paz.
José Carlos Cintra é Professor Titular
do Departamento de Geotecnia da
Escola de Engenharia de São Carlos, da
Universidade de São Paulo.
Esperantista, ministra curso de
Esperanto no Centro Cultural da USP
de São Carlos.
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Porque ajuda a aprender melhor;
Porque estimula o contato com culturas e povos;
Porque ensina a fraternidade;
Porque forma um caráter ético, baseado na igualdade e no
direito, inclusive cultural, de cada grupo humano;
Porque a cidadania pressupõe liberdade, e o Esperanto é
uma ferramenta de acesso ao conhecimento;
Porque desmitifica preconceitos e supremacias;
Porque promove a paz;
Porque eleva a auto-estima individual e coletiva;
Porque é um idioma afinado com a visão Cristã de Homem
de Bem.
 Dankon, Thank you, Gracias, Merci...
Obrigada!
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