A PARTICIPAÇÃO E O ESTADO: AS RELAÇÕES DA CIDADANIA COM O PODER POLÍTICO WAGNER DE MELO ROMÃO ROTEIRO 1. A participação e o Estado: as relações da cidadania com o poder político 2. Participação institucional e políticas públicas 3. Manifestações/protestos e a política partidária 4. Considerações finais: para onde vai a participação? 1. A PARTICIPAÇÃO E O ESTADO: AS RELAÇÕES DA CIDADANIA COM O PODER POLÍTICO 1. A PARTICIPAÇÃO E O ESTADO: AS RELAÇÕES DA CIDADANIA COM O PODER POLÍTICO • A diversidade das formas de influenciar o poder político. • Voto, protestos, associativismo, organizações, partidos, movimentos, posicionamentos públicos, etc. etc. • Não há fórmulas redentoras: a participação é múltipla, imperfeita e dinâmica, pois nosso sistema representativo assim o é. 2. PARTICIPAÇÃO INSTITUCIONAL E POLÍTICAS PÚBLICAS 2. PARTICIPAÇÃO INSTITUCIONAL E POLÍTICAS PÚBLICAS • Elemento central: como as políticas públicas se articularam com a participação a partir da redemocratização do Brasil • Constituição Federal de 1988: descentralização e participação • Modelo forte: Sistema Único de Saúde (SUS). Conselhos, conferências, planos e financiamento nos três níveis da federação (União, Estados e Municípios) 2. PARTICIPAÇÃO INSTITUCIONAL E POLÍTICAS PÚBLICAS • Conselhos: permanentes; de um setor específico; sociedade/governos; decisão e gestão. • Conferências: periódica; avaliação, pacto, diretrizes gerais... Estrutura piramidal de participação. Reunião da sociedade, governo e técnicos, burocratas (comunidade de políticas públicas) • Audiências públicas: presencial, consultivo, abertas a todos os interessados, uma escuta dos cidadãos... Obrigatória em algumas tomadas de decisão (planos municipais; orçamentário...) Conselhos, associações e desigualdade. Adrian Gurza Lavalle e Leonardo Barone. Conselhos, associações e desigualdade. Adrian Gurza Lavalle e Leonardo Barone. 3. MANIFESTAÇÕES / PROTESTOS E A POLÍTICA PARTIDÁRIA 3. MANIFESTAÇÕES / PROTESTOS E A POLÍTICA PARTIDÁRIA • Qual a relação entre ciclos de protestos e a política partidária-institucional? • É possível dizer que o contexto de competição entre os partidos modela as mobilizações? • Como se comporta a dimensão ideológica (esquerda/direita)? Oposições? Corrupção? • Como se comportaram os padrões de interação entre movimentos sociais, Estado e partidos nas últimas décadas? • Qual o papel do PT e das mudanças pelas quais passou o partido? 1983/4 • Frente suprapartidária organiza os atos • Abertura do mercado da competição partidária • Organizações da sociedade civil / movimentos em relativa harmonia com o sistema político nascente • Demanda objetiva e clara (Diretas) 1992 • Atos liderados por organizações da sociedade civil (UNE, UBES, CUT...) • Ganha mais o partido que tem mais conexões com a sociedade civil / movimentos • Demanda objetiva e clara (Fora Collor!) 2001/2 (elo perdido?) • Atos Anti-ALCA • Mobilização de grupos autonomistas / anarquistas / anticapitalistas • Mobilização dos movimentos sociais tradicionais • Bandeira única, mas formas distintas de mobilização e repertórios 2013 MPL: protesto e ação direta contra o poder Tudo cabe cabe no cartaz sem a definição prévia de uma pauta política bandeiras x cartazes Sem partidos? Antipartidos? Antipetismo? Nova configuração para os temas e movimentos que se mantém ativos? Organização: Facebook como novo “repertório”? 2015 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS: PARA ONDE VAI A PARTICIPAÇÃO? • Mais articulação entre a participação institucional e as ações da sociedade civil independentes. • A força do digital 1: mais gente na rua, mais diversidade, menos dependência da “organização” • A força do digital 2: mais informação disponível, mais possibilidade de controle social • Os limites do digital: informação de baixa qualidade; acirramento da polarização política • Choque ou retroalimentação entre as instituições democráticas e as ruas? • 2015: 1984/1992 ou 2013? Muito obrigado! [email protected]