2. ESTRUTURA DE
CAPITAL
CONCEITOS DE CAPITAL
PASSIVO
CIRCULANTE
ATIVO
EXIGÍVEL A
LONGO PRAZO
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
CAPITAL DE
TERCEIROS
CAPITAL
PRÓPRIO
CAPITAL DE
CURTO
PRAZO
CAPITAL
PERMANENTE
E DE LONGO
PRAZO

O CAPITAL DE UMA EMPRESA ESTÁ TODO INVESTIDO NO ATIVO,
PARA GERAR RETORNOS.

O CAPITAL É FORNECIDO POR TERCEIROS E PELOS ACIONISTAS
(PASSIVO E PL).

PARA FINS DE ANÁLISE E TOMADA DE DECISÕES SOBRE
ESTRUTURAS DE CAPITAL, SÃO CONSIDERADOS SOMENTE OS
FUNDOS PERMANENTES E DE LONGO PRAZO
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
A. Alavancagem financeira favorável (GAF>1)
Patrimônio liquido

A alavancagem
financeira ocorre
quando o capital de
terceiros produz
efeitos sobre o
patrimônio liquido

As riquezas de uma
empresa são geradas
pelos ativos, que são
financiados pelo
capital próprio e por
terceiros

O Retorno sobre Ativo
Total (RAT) deve ser
superior ao custo do
capital próprio e de
terceiros
Capital de terceiros
B. Alavancagem financeira neutra (GAF=1)
Patrimônio liquido
Capital de terceiros
C. Alavancagem financeira desfavorável (GAF<1)
Capital de terceiros
Patrimônio liquido
CAPITAL PRÓPRIO E POLÍTICA DE
DIVIDENDOS
CAPITAL SOCIAL
Em sociedades anônimas (sociedade por ações), o capital
social é dividido em ações.
Existem duas classes de ações:
a)
b)
Preferenciais
Ordinárias
Em outros tipos de sociedades, o capital social é dividido em
cotas.

AÇÃO PREFERÊNCIAL:
Não dá o direito a voto em assembleia de acionistas, mas tem
preferência na distribuição de lucros e em caso de dissolução da
sociedade

AÇÃO ORDINÁRIA:
Tem direito a voto em assembleia de acionistas , isto é, o seu
titular tem o direito de eleger os dirigentes da sociedade. tem
direito à distribuição de lucros (após a distribuição aos acionistas
preferenciais).
POLÍTICA DE DIVIDENDOS

O dividendo representa a distribuição de parte do lucro
corrente ou acumulado, em dinheiro, por sociedades
anônimas.

A distribuição de lucro na forma de ações chama-se
bonificação.

O pagamento de dividendos é regulado pela Lei n°
6.404/76 e Lei n° 10.303/2001, que alterou dispositivos da
Lei n° 6.404/76.
LUCROS ACUMULADOS

Pela visão do acionista, os lucros não distribuídos
equivalem a um reinvestimento na empresa. Para o
acionista, a retenção de lucros justificaria somente se
a expectativa de retorno sobre os fundos reinvestidos
fosse igual ou superior ao que ele obteria em
investimento com mesmo nível de risco.

Para a empresa, o custo de lucros retidos equivale ao
custo de emissão de ações ordinárias, sem o deságio
e as despesas de underwrinting*.
*O underwrinting ou subscrição ocorre quando uma companhia seleciona e contrata um intermediário
financeiro, que será responsável pela colocação de uma subscrição pública de ações ou obrigações no mercado.
A operação é realizada por uma instituição financeira isoladamente ou organizada em consórcio.
EMPRÉSTIMO E FINANCIAMENTOS EM MOEDA
NACIONAL
Os empréstimos e financiamentos em moeda nacional mais
comuns são:







Empréstimos para capital de giro;
Desconto de títulos;
Hot money;
Conta garantida;
Factoring;
Debêntures;
Recursos do BNDES.
EMPRÉSTIMO E FINANCIAMENTOS EM MOEDA
ESTRANGEIRA
Os empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira
mais comuns são:





Adiantamento sobre contratos de câmbio;
Resolução 2.770 (antiga Resolução 63);
Financiamento de importação;
Export note;
Eurobônus.
ARRENDAMENTO MERCANTIL
ARRENDAMENTO MERCANTIL

Arrendamento mercantil (leasing) é uma modalidade
de financiamento de médio ou longo prazo.

Consiste em uma empresa arrendadora (empresa de
leasing) comprar um bem escolhido pela arrendatária
e arrendá-lo a esta, mediante contraprestação.

O bem fica de posse da arrendatária, mas pertence à
arrendadora.
MODALIDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL
Existem duas modalidades de leasing:

Leasing financeiro

Leasing operacional
LEASING FINANCEIRO

Equivale a financiamento de médio ou longo prazo, em que
a arrendatária paga, geralmente uma prestação mensal.

A conservação e manutenção do bem é de
responsabilidade da arrendatária.

Ao final do contrato , a arrendatária pode adquirir o bem
pelo valor residual garantido.

O prazo mínimo de arrendamento é de dois anos.

Modalidade regulamentada pelo BACEN (Banco Central);
portanto, somente empresas de arrendamento mercantil
podem praticá-lo.
Lease back (ou sale lease back):
Operação em que a empresa proprietária de um bem vendeo à empresa de leasing, que o arrenda simultaneamente à
ex-proprietária, mediante contrato de leasing financeiro.
*É uma forma da empresa levantar recursos com taxas
menores.
LEASING OPERACIONAL

É uma operação de locação, em que a arrendatária
(locatária) paga prestação periódica à arrendadora
(locadora).

A conservação e manutenção do bem é de
responsabilidade da locadora.

O bem é devolvido à locadora, ao final do contrato.

Não existe prazo mínimo ou máximo para celebração do
contrato.

As empresas locadoras não estão sujeitos à
regulamentação e fiscalização do BACEN (Banco Central);
LEASING OPERACIONAL

Resumindo, no leasing operacional a empresa (locadora)
vende ou aluga o bem por um determinado período ao seu
cliente (locatário), que ao fim do contrato poderá o cliente
optar em comprar o bem, devolve-lo ou renovar o contrato.

EX.: Máquinas de xerox, equipamentos pesados,
empilhadeiras, etc.
2.1 ESTRUTURA DE
CAPITAL DA EMPRESA

A estrutura de capital é uma das mais complexas
da TOMADAS DE DECISÃO FINANCEIRA.

A ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL resulta do
equilíbrio dos custos e benefícios dos
empréstimos, para minimizar o seu custo médio
ponderado de capital.

A escolha da melhor estrutura de capital envolve
conhecimentos sobre análise de balanços, risco e
retorno, técnica de análise de investimento,
custo de capital e alavancagens.
2.2 TIPOS DE CAPITAL
 Todos
os itens apresentados do lado
direito do balanço patrimonial da
empresa, à exceção do passivo
circulante, constituem fontes
permanentes de capital. O balanço
patrimonial simplificado a seguir
ilustra a decomposição básica do
capital total em seus dois elementos,
capital de terceiros e capital próprio.
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
PASSIVO CIRCULANTE
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
ATIVO
Capital de
dívida
(emprestado
de terceiros)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
AÇÕES PREFERENCIAIS
CAPITAL ORDINÁRIO
AÇÕES ORDINÁRIAS
LUCROS RETIDOS
Patrimônio
líquido (capital
próprio)
Estrutura
de capital
total
O
custo de capital de terceiros é
inferior ao das demais fontes de
financiamento. Os credores exigem
retornos relativamente menores
porque assumem menor risco
comparativamente aos demais
fornecedores de capital de longo
prazo:
1.
Situam-se no ponto mais elevado da
escala da prioridade em relação aos
lucros ou ativos disponíveis para
pagamento.
2.
Podem exercer pressão legal muito
maior sobre a empresa para que
honre os seus pagamentos do que os
titulares de ações preferenciais ou
ordinárias
3.
A dedutibilidade fiscal dos
pagamentos de juros reduz
substancialmente o custo do capital
de terceiros
 Ao
contrário do capital de terceiros,
que precisa ser devolvido em uma
data futura, o capital próprio deve
ficar na empresa por um período de
tempo indeterminado
 Suas
1.
2.
fontes fundamentais são:
Ações preferenciais;
Capital de acionistas ordinários.
 Incluem
as ações ordinárias e lucros
retidos. As ações ordinárias
costumam ser a forma mais cara de
capital próprio seguida dos lucros
retido e por fim, de ações
preferenciais.
BENEFÍCIOS FISCAIS

A permissão de deduzir pagamentos de juros ao se
calcular o lucro tributável reduz o volume de
imposto devido por uma empresa

Isso, por sua vez, aumenta os fluxos de caixa da
empresa e o volume de fluxo de caixa disponível
para os investidores.

Essencialmente, o governo está subsidiando o
custo de financiamento com capital de terceiros
relativamente ao uso de capital próprio.
PROBABILIDADE DE FALÊNCIA

A probabilidade de que os encargos de
dívida levem à falência depende do nível de
risco econômico e risco financeiro da
empresa.

O risco econômico é definido pela
possibilidade de que a empresa não seja
capaz de cobrir seus custos operacionais.

Em geral, quanto mais altos os custos fixos,
relativamente os custos variáveis, maior o
grau de alavancagem operacional da
empresa e mais alto o seu risco econômico.
PROBABILIDADE DE FALÊNCIA

O risco econômico também é afetado pela
estabilidade de receitas e custos.

A estrutura de capital da empresa – as
proporções de capital de terceiros e capital
próprio – afeta diretamente a sua
alavancagem financeira.

A alavancagem financeira mede o grau de
utilização de fontes de financiamento a
custo fixo, como capital de terceiros e
ações preferenciais.
PROBABILIDADE DE FALÊNCIA

Quanto mais elevada a alavancagem
financeira de uma empresa, maior é o seu
risco financeiro – o risco de ser incapaz de
cobrir seus pagamentos fixos de juros e
dividendos preferenciais.
RISCO ECONÔMICO

A Cooke Company, fabricante de
refrigerantes, está se preparando para
tomar uma decisão quanto à sua estrutura
de capital. Obteve as seguintes estimativas
de vendas e LAJI de sua equipe de
previsão, apresentadas na tabela a seguir:
RISCO ECONÔMICO

Ao montar a estrutura de capital da
empresa, o administrador financeiro deve
aceitar como dados os níveis de Laji e suas
probabilidades de ocorrência. Esses valores
refletem efetivamente certo nível de risco
econômico decorrente da alavancagem
operacional, da variabilidade das vendas e
da previsibilidade dos custos da empresa.
RISCO FINANCEIRO

Suponha-se que a estrutura de capital da
Cooke Company seja a seguinte:
RISCO FINANCEIRO

Imaginando-se que (1) a empresa não
tenha passivos de curto prazo, (2) sua
estrutura de capital seja formada
integralmente por capital próprio e (3) o
volume total de capital permaneça
constante no nível de $ 500.000, as
combinações de capital de terceiros e
capital próprio associadas a diversos graus
de endividamento seriam as apresentadas
na Tabela 12.10.
RISCO FINANCEIRO
RISCO FINANCEIRO
RISCO FINANCEIRO
RISCO FINANCEIRO
RISCO FINANCEIRO
2.3 ESTRUTURA ÓTIMA
DE CAPITAL
ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL
Em geral, acredita-se que o valor de
mercado de uma empresa é maximizado
quando seu custo de capital (a taxa de
desconto) é minimizado.
 O valor da empresa pode ser
algebricamente definido da seguinte
maneira:

V = Laji (1 – T)
ka
ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL
Em geral, acredita-se que o valor de
mercado de uma empresa é maximizado
quando seu custo de capital (a taxa de
desconto) é minimizado.
 O valor da empresa pode ser
algebricamente definido da seguinte
maneira:

VALOR DA EMPRESA = Laji (1 – IR)
ka
ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL

Determinado o Valor da Ação Ordinária –
Modelo de Gordon

Preço da ação ordinária = LPA
Ks
O Custo do capital próprio Ks aumenta
aceleradamente à medida que o índice de
endividamento se eleva.
ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL
ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL

A estrutura ótima de capital é aquela cuja a
participação do capital de terceiros no
capital total produz o maior valor esperado
por ação ordinária. Na tabela do slide
anterior, a melhor opção é uma composição
de 30% de endividamento (empréstimos)
contra 70 % de capital próprio. O nível de
endividamento de 50 % produz maior LPA,
mas não leva em consideração a percepção
(acionistas ordinários).
DECISÕES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
ÓTIMA
1) Estrutura que maximiza o lucro:
Capital de terceiros na proporção de 50%
- LPA máximo de R$3,18
2) Estrutura que maximiza o valor da
empresa e portanto a riqueza do acionista
Capital de terceiros na proporção de 30%
- valor máximo da ação ordinária de R$23,28
DECISÕES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
ÓTIMA
3) Estrutura defendida por finanças:
Devemos priorizar a estrutura que maximiza
o valor da empresa porque considera o risco
dos investidores e contempla uma visão de
longo prazo, o que garante a continuidade da
empresa. Na ótica da maximização do lucro a
visão é, normalmente, de curto prazo
(duração do exercício) e as decisões tomadas
podem comprometer os resultados futuros e
a existência da empresa.
2.4 ABORDAGEM
LAJIR X LPA PARA
ESTRUTURA DE CAPITAL
ABORDAGEM LAJIR X LPA PARA
ESTRUTURA DE CAPITAL
•
A abordagem Laji x LPA sobre a análise da
estrutura de capital envolve a escolha da
estrutura que maximiza o LPA na faixa
esperada de valores de Laji.
•
Nessa abordagem, a ênfase reside na
maximização dos resultados para os
proprietários (LPA).
ABORDAGEM LAJIR X LPA PARA
ESTRUTURA DE CAPITAL
•
Uma deficiência dessa aborgagem é o fato
de que os lucros representam apenas um
dos fatores determinantes da riqueza dos
acionistas.
•
Esse método não leva o risco
explicitamente em conta.
ABORDAGEM LAJIR X LPA PARA ESTRUTURA DE
CAPITAL
•
Exemplo:
•
As coordenadas de Laji e LPA podem ser
encontradas supondo valores específicos de Laji e
calculando o LPA associado a cada um deles. Tais
cálculos, no caso da Cooke Company, para três
estruturas de capital diferentes – com os índices
de endividamento iguais a 0, 30 e 60% –, foram
apresentados na Tabela 12.12. Com os valores de
Laji iguais a $ 100.000 e $ 200.000, os valores
correspondentes de LPA calculados estão
resumidos na tabela que acompanha a figura no
próximo slide.
ABORDAGEM LAJIR X LPA PARA
ESTRUTURA DE CAPITAL
DEFICIÊNCIA BÁSICA DE ANÁLISE LAJIR X
LPA
• Embora a maximização do LPA geralmente
seja boa para os acionistas da empresa, a
principal deficiência desse método é que não
maximiza necessariamente a riqueza dos
acionistas, pois não leva o risco em conta.
•
Se os acionistas não exigissem prêmios por
risco (retorno adicional) à medida que a
empresa aumentasse seu uso de capital de
terceiros, uma estratégia baseada na
maximização do LPA funcionaria.
•
Infelizmente, não é o que acontece.
BIBLIOGRAFIA

Apostila fornecida pelo professor;

Complementação - pesquisada na
Internet nos sites:

www.cesnors.ufsm.br/professores/pig
atto/afii/AULA12.ppt

http://www.portaladm.adm.br/af/AOF
23.htm
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ESTRUTURA DE CAPITAL