Anabela Andrade, Esther Rodriguez, Pedro Bairrada, Rita Gomes, Rui Macedo, Rui Pinheiro Internos de MGF no Centro de Saúde de São Martinho do Bispo Introdução Doenças cardio-cerebro-vasculares Principal causa de morbilidade e mortalidade em Portugal Factores de risco: HTA Diabetes mellitus Dislipidémia Alimentação inadequada Sedentarismo Obesidade/Excesso de peso Hábitos tabágicos Introdução Hipertensão arterial Importante factor de risco, sobretudo se: desconhecida, não convenientemente tratada, não controlada. Introdução Estudo da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, coordenado pelo Prof. Doutor Mário Espiga de Macedo (Estudo PEP), 2005 Amostra representativa da população portuguesa 5023 indivíduos (45,5% sexo masculino; 54,5% sexo feminino) Idade compreendida entre 18 e 90 anos Introdução Prevalência HTA em Portugal: 42,1% • Prevalência > sexo masculino •Prevalência aumenta com a idade • HTA controlada: 11,1% Introdução Introdução A prevalência da HTA estimada neste estudo para Portugal (42,1%) é semelhante a muitos países da Europa Introdução Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares tem como objectivo: “Aumentar a proporção de hipertensos que se encontram diagnosticados e controlados” Introdução Curto prazo: redução e controlo dos valores tensionais Médio prazo: evitar progressão da doença e repercussões nos órgãos-alvo Longo prazo: diminuição da morbilidade e mortalidade cardio-cerebro-vascular Objectivo Caracterizar e avaliar a qualidade do controlo dos factores de risco cardiovasculares, dos utentes com hipertensão arterial, pertencentes a 3 ficheiros do CS de S. Martinho do Bispo Metodologia Dimensão estudada: efectividade População: hipertensos inscritos em 3 ficheiros clínicos do CSSMB Unidade de estudo: utentes codificados como hipertensos (K86 e K87 do ICPC2) até 31 de Janeiro de 2009 e com pelo menos uma consulta presencial em 2008 Metodologia Tipo de dados: resultados Fonte de dados: processo clínico Tipo de avaliação: interna (inter-pares) Tratamento de dados: Excel 2007 Relação temporal: retrospectiva Critérios de avaliação TA < 140/90mmHg 1 TA < 130/80mmHg se diabético 1 TA < 125/75mmHg se proteinúria 1 HbA1c < 7% 2 IMC < 25Kg/m2 1 1 Diagnóstico, Tratamento e Controlo da Hipertensão Arterial, DGS, 2004 2 Recomendações do Grupo de Estudo da Diabetes da APMCG, 2006 Critérios de avaliação Colesterol total < 190 mg/dL 3 Colesterol LDL < 115 mg/dL 3 Microalbuminúria < 30mg/24h 3 Cessação tabágica obrigatória 3 3 Guidelines for the Management of Arterial Hypertension, European Society of Hypertension (ESH) and European Society of Cardiology (ESC), 2007 Resultados 150 hipertensos Distribuição dos hipertensos por sexo Sexo feminino Sexo masculino 43% 57% Resultados Idade média: 67,8 anos Distribuição dos hipertensos por grupo etário 90 30 28 2 20-39 anos 40-59 anos 60-79 anos >80 anos Resultados Categoria TA Sistólica (mmHg) TA Diastólica (mmHg) % Hipertensos Óptima <120 <80 3% Normal 120-129 80-84 9% Normal alta 130-139 85-89 21% HTA Grau 1 140-159 90-99 18% HTA Grau 2 160-179 100-109 10% HTA Grau 3 >180 >110 5% HTA sistólica isolada >140 <90 34% 33% Resultados Controlo da TA 27% 73% TA controlada TA não controlada Resultados 39 hipertensos diabéticos 74% 26% HTA+DM HTA 16% HbA1c<7% 84% HbA1c>7% Resultados 62 hipertensos com registo IMC IMC médio: 30,5 Kg/m2 Distribuição dos hipertensos por IMC 26 17 7 7 5 0 < 18 18-24,9 25-29,9 30-34,9 35-39,9 > 40 Resultados Obesidade (n=62) 11% IMC < 25 Kg/m2 89% IMC > 25 Kg/m2 Dislipidémia (n=130) Resultados Colesterol total < 190mg/dL > 190 mg/dL 29% Colesterol LDL <115mg/dL >115mg/dL 71% 58% 42% Resultados Hábitos tabágicos (n=110) 4% Fumador 96% Não fumador Resultados Complicações 52% 48% Com complicações Sem complicações Resultados Microalbuminúria (n=51) 27% < 30mg/24h 73% >30mg/24h Discussão 57% sexo feminino Estudo PEP e estudo do concelho de Coimbra: sexo masculino Estudos de uma lista de utentes CSP na região Norte: sexo feminino Prevalência superior nos grupos etários mais elevados De acordo com a maioria dos estudos Discussão Controlo HTA: 27% Valor aceitável, mas não desejável Estudo PEP: 11,1% em Portugal 9,7% na região Centro Estudos numa lista de utentes dos CSP na região Norte 24,29% e 27,8% Discussão Mau controlo: diabetes (16%), obesidade (11%) e dislipidémia (29%) Bom controlo: tabagismo (96% não fumadores) Significativa prevalência de complicações (48%) Discussão Instituir medidas correctoras: A nível dos profissionais de saúde: Sessão clínica para exposição e debate dos resultados; Reflectir sobre medidas a instituir com vista à melhoria dos resultados; Disponibilização das guidelines actualizadas; Implementação de uma consulta de hipertensão. Discussão Instituir medidas correctoras: Medidas educativas populacionais: Incentivar para o cumprimento de higienodietéticas; Planear actividades de educação para a Saúde. medidas Discussão Reavaliação dos critérios 1 ano após implementação da consulta de hipertensão arterial, por forma a verificar se houve ganhos em qualidade após a instituição das medidas correctoras. Bibliografia 1. Diagnóstico, Tratamento e Controlo da Hipertensão Arterial, DGS, 2004 2. Recomendações do Grupo de Estudo da Diabetes da APMCG, 2006 3. Guidelines for the Management of Arterial Hypertension, European Society of Hypertension (ESH) and European Society of Cardiology (ESC), 2007 4. Macedo, ME, et al, Estudo da prevalência, tratamento e controlo da Hipertensão Arterial em Portugal. Porto: Gazela Artes Gráficas Lda, 2005 5. Oliveira Frédéric M. de, Pereira T., Pocinho M., Figueiredo J., Conde J. Pressão Arterial e Factores de Risco Cardiovascular: Estudo de uma amostra do concelho de Coimbra, 2005 6. Soares, S. Mendes, C, Conhecer os doentes hipertensos de uma lista de utentes... Que risco cardiovascular? – Revista Factores de Risco - Nº10 Julho-setembro 2008 pág 36:41 7. Sociedade Portuguesa de Hipertensão. Normas sobre Detecção, Avaliação e Tratamento da Hipertensão Arterial da Sociedade Portuguesa de Hipertensão. Rev Port Cardiol 2006 Jun; 25 (6): 649-660. 8. Rodrigues M, Noronha MM, Vieira-Dias M, Lourenço S, Santos-Bento M Fernandes H, Reis F, MachadoCandido J. Stroke in Europe: where is Portugal? POP-BASIS 2000 Study. Cerebrovasc Dis. 2002; 13(suppl3):72. Abstract. Obrigada pela atenção!