Acompanhamento Terapêutico (AT) e Habilidades Sociais (HS) São Paulo Março/2012 Acompanhamento Terapêutico (AT) Origem : final década de 60 (Argentina) "Comunidades Terapêuticas” (CTs) auxiliar psiquiátrico (AP) Extinção das CTs = solicitação de trabalhos particulares do AP Atualmente Analistas do comportamento (a partir de 1990): Trabalham com propostas de intervenção, em equipe multiprofissional, em instituciões e/ou ambiente natural do cliente Por que AT? Quando a terapia verbal é insuficiente … Para o acesso direto ao “mundo” do cliente Fornecimento de elementos essenciais ao cliente (e cuidadores) em relação à demanda Planejamentos das intervenções levando em consideração o ambiente natural Habilidades Sociais HSs relacionadas1: Melhor qualidade de vida Relacionamentos interpessoais mais gratificantes Maior realização pessoal Sucesso profissional SE “déficit” = variedade de transtornos psicológicos2 Estudos Argyle (1984) = 25 a 30% de pacientes com Transtornos Mentais deficiências em HSs (Caballo, 1987, 1991; Collins & Collins, 1992; Goleman, 1995; Ickes, 1997) 2 (McFall, 1982; Trower, O’Mahony, & Dryden, 1982) 1 Programas de Treinamento em HS (THS): Formas Individual e Grupal Efetividade : Problemas conjugais Problemas de escolaridade Orientação Vocacional Transtornos de Ansiedade Generalizada (TAG) Dependência química Transtornos de Personalidade Depressão Esquizofrenia THS voltado para população “extraclínica” Comportamentos sociais inadequados ocorrem a despeito da demanda clínica Aprendizagem de competências = * desenvolvimento máximo das capacidades pessoais e relacionais * generalização das aquisições para o contexto social do indivíduo = administradores educacionais; médicos; psicólogos; gerentes No contexto escolar, THS Crianças: medida preventiva Adolescentes: melhorias no desempenho acadêmico Sobre o Conceito de HS Sinônimo de assertividade (Caballo, 1991, 1993) X Repertório mais amplo de respostas (Del Prette, & Del Prette, 1999; Falcone, 1989, 1995, 1998) Competência social (Matos, 1977) Vantagens e Limites da Assertividade “(...) comportamento que torna a pessoa capaz de agir em seus próprios interesses, a se afirmar sem ansiedade indevida, a expressar sentimentos sinceros sem constrangimento ou a exercitar seus próprios direitos” (Alberti, & Emmons, 1983, p. 18) “(…) capacidade de defender os direitos pessoais e de expressar pensamentos, sentimentos e crenças de forma honesta, direta e apropriada, sem violar os direitos da outra pessoa” (Lange, & Jakubowski, 1976, p. 7) Comportamento assertivo comportamentos agressivos comportamentos passivos Diferenças nos componentes verbais Assertivo Reflete uma consideração pelos desejos do outro e dos seus próprios, por meio de uma posição conciliatória, que beneficia ambas as partes Expressa expectativas, desejos e sentimentos de forma direta É socialmente apropriado X Agressivo Desconsidera os desejos do outro na tentativa de alcançar os seus próprios; Não costuma envolver expressão direta dos desejos, expectativas e sentimentos Costuma ser socialmente inapropriado Comportamento passivo: Desconsidera os próprios desejos, facilitando a obtenção dos desejos do outro Manifesta falha ou inadequação da expressão dos próprios desejos, expectativas e sentimentos (Bedell, & Lennox, 1997) Exemplos de comportamento assertivo Verbalizações Penso Sinto Quero Como podemos resolver isso? O que você acha? Componentes não verbais - Contato visual direto - Nível de voz compatível com o de uma conversação - Fala fluida - Gestos firmes - Postura ereta - Mensagens na 1ª pessoa - Verbalizações positivas - Respostas diretas à situação - Mãos soltas Exemplos de comportamento agressivo Verbalizações Você faria melhor se… Você deve estar brincando Se você não fizer Você não sabe Você deveria Componentes não verbais - Olhar fixo - Voz alta - Fala fluida e rápida - Gestos de ameaça - Postura intimidatória - Mensagens impessoais Exemplos de comportamento passivo Verbalizações Talvez Suponho Me pergunto se poderíamos… Você se importaria muito Realmente, não é importantes Não se aborreça Componentes não verbais - Olhar voltado para baixo - Evitação do contato visual direto - Voz baixa e vacilante - Gestos desajeitados - Mãos apresentam-se costumeiramente retorcidas - Ocorrência freqüente de risos falsos/nervosos Avaliação impacto social da assertividade Percebida como mais competente e efetiva; MAS... Nem sempre promove resultados satisfatórios para a interação: -- Por vezes, percebida como menos agradável, amigável, satisfatória ou apropriada (em relação à expressão não assertiva) [Delamater, & McNamara, 1986] -- “Riscos” na interação profissional com superiores ou no confronto com uma pessoa muito agressiva (Hargie, Saunders, & Dickson, 1987) Assim, assertividade = características mais importantes na aquisição de novos relacionamentos Manutenção da qualidade das relações já existentes = mais importantes empatia e estabilidade emocional Empatia como habilidade complementar à assertividade Estão incluídos os seguintes componentes na empatia: -- Cognitivo = capacidade de compreender acuradamente a perspectiva e os sentimentos dos outros -- Afetivo = sentimentos de compaixão/preocupação com a outra pessoa -- Comportamental = manifestações verbais e não verbais de compreensão dos estados internos da outra pessoa Na interação social, habilidade empática ocorre em duas etapas: Primeira Etapa -- Indivíduo que “empatiza: envolvido na compreensão dos sentimentos e perspectivas do outro (experimentando o que está acontecendo) Segunda Etapa -- Comunicação desse entendimento de forma sensível Compreensão empática = prestar atenção e ouvir sensivelmente Comunicação empática = verbalizar sensivelmente