Educação Corporativa 1 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO PROFA. LILLIAN ALVARES BRASÍLIA, 12 DE NOVEMBRO DE 2009 Conhecimento e Desenvolvimento Processo Produtivo 3 Conhecimento e informação são elementos cruciais em todos os modos de desenvolvimento, visto que o processo produtivo sempre se baseia em algum grau de conhecimento e no processamento da informação. Competitividade e Inovação 4 A sobrevivência e a competitividade das organizações depende agora da capacidade de inovação, e para isso precisa aprender e criar novos conhecimentos. Aprender a Aprender 5 As organizações precisam “aprender a aprender”. aprender a conhecer, adquirindo os instrumentos de compreensão; aprender a fazer, agindo sobre o meio que o envolve; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros; aprender a ser, o que vem a integrar os outros três. Corporações como Educadoras 6 Realidade 7 Rápida obsolescência do conhecimento formalmente adquirido. Necessidade de aprendizado e reciclagem contínuos nas empresas diante da dinâmica do mercado. Necessidade de adquirir competências específicas. Necessidade crescente de engajamento entre a indústria e a educação. Necessidades Específicas do Mundo Corporativo 8 Desenvolver competências críticas. Privilegiar o aprendizado organizacional. Dirigir-se ao público interno e externo ( funcionários, clientes, fornecedores e comunidade). Manter múltiplas formas de aprendizagem. Promover inovações permanentes Agir rápido Valorização do Concentrar-se nas necessidades dos negócios. conhecimento Fortalecer a cultura corporativa. Educação Continuada 9 As universidades corporativas marcaram a chegada da Educação Continuada Empresas que sabem que educação gera competitividade. Definições 10 Definições 11 É uma iniciativa no local de trabalho que integra uma variedade de oportunidades de aprendizado que estão ligadas à missão e objetivos da organização. Enfatizam o processo de aprendizado vinculado à estratégia e aos objetivos organizacionais. A universidade corporativa dá grande ênfase na avaliação e impacto e promove o aprendizado em toda a cadeia produtiva. Definições 12 Um guarda-chuva estratégico para desenvolver e educar funcionários, clientes, fornecedores e comunidade, a fim de cumprir as estratégias empresariais. Definições 13 Uma verdadeira organização voltada para o aprendizado construída sobre o aprendizado individual e a gestão do conhecimento. Definições 14 O papel de uma universidade corporativa deve ter como foco comunicar e facilitar as práticas sociais, tecnológicas e organizacionais em apoio ao aprendizado organizacional e ao processo de criação do conhecimento. Definições 15 Um instrumento estratégico, desenhada para assistir a organização a atingir a sua missão, na condução de atividades que criem a cultura do aprendizado individual e organizacional, e levem ao conhecimento e à sabedoria. Definições 16 Consenso entre os autores que a atuação da universidade corporativa deve estar relacionada aos objetivos, prioridades e missão organizacional. Educação Corporativa e T&D 17 Educação Corporativa T&D Desenvolver competências essenciais para o êxito do negócio Desenvolver competências essenciais para o trabalho Prática de negócios Formação conceitual e universal Cultura empresarial Cultura acadêmica Êxito da empresa e dos clientes Êxito das instituições e da comunidade Mudança de paradigma de T&D para EC 18 Reativo Foco Pró-ativa Fragmentado/ descentralizado Organização Coesa e centralizada Tático Alcance Estratégica Pouco/ nenhum Endosso Administração e funcionários Instrutor Apresentação Uso de várias tecnologias Diretor de Treinamento Responsável Gerente de Unidade de Negócio Amplo e com profundidade limitada Público-alvo Currículo personalizado por famílias de cargos Aberta Inscrição Aprendizagem no momento certo Aumento de qualificações profissionais Função administrativa Resultado Aumento de desempenho no trabalho Operação Unidade de Negócios Treinamento imposto Imagem UC como metáfora de aprendizado Contexto de Surgimento 19 Contexto de Surgimento 20 Vincular Aprendizado às Estratégias Empresariais Responder aos desafios globais Sobrevivência empresarial Início 21 Nos Estados Unidos, berço das Universidades Corporativas, desenvolveram-se a partir dos anos 1950. Eram chamadas de Colégios Institutos Academias de Aprendizagem, e mais tarde ... Universidades Corporativas. O Primeiro caso de sucesso 22 É creditado a General Eletric, de Crotonville, New Jersey, o estabelecimento da primeira Universidade Corporativa, em 1955. A GM já tinha UC em 1945, mas não era ainda o que se entende hoje por UC. Níveis de UC 23 1º. Nível: Somente treinamento. 2º. Nível: Treinamento + Desenvolvimento Gerencial / Executivo. 3º. Nível: Oferta de cursos com crédito acadêmico. 4º. Nível: Oferta de cursos que levam efetivamente ao grau acadêmico. EUA 24 Ano Quantidade 1988 400 1995 800 1997 1.200 2000 1.600 2001 Mais de 2000 Europa 25 Pais Número Criação Exemplos França 30 Década de 80 CapGeminy Ernst &Young; France Telecom; LUMH Group Alemanha 12 1989 – 1990 Daimler Chrysler; Deutsche Bank; Lufthansa; Siemens; Messer Group Inglaterra 12 Meados de 1990 Unipart; British Stell; University For Lloyds; British Aerospace Rússia +/- 2 Meados de 1990 Gazprom, Alfabank Itália Espanha Suécia Finlândia Dinamarca Holanda Fiat; TIM; Agbar; Unión Fenosa, Endesa +/- 5 cada 1990 Skandia; Volvo; ISS; Shell, Heineken Bélgica, Portugal, Polônia, Romênia, Hungria, República Checa, Eslováquia - 0 América Latina 26 Pais Criação Exemplos Argentina 2000 Techint, Universidade del Hamburger Brasil 1985 e com maior intensidade em 2000 Próximo slide México 2000 Cemex, Telmex Venezuela 1995 PDVSA ABM Citigroup Martins Serasa Abramge CNI McDonald’s SESI Abril Correios Metro SP Souza Cruz Accor Datasul Microsiga Tam Albert Einstein Elektro Motorola Telemar Alcatel Eletronorte Natura Tigre Alcoa Embasa Nestlè Ultragáz Algar Embratel Novartis Unibanco Amil Fachinni Oracle Unimed Arbras Fiat Orbitall Unisys Associl Globo Origin Varig Banco do Brasil Hospital Sírio Libanês Petrobras Visa Bank Boston HSBC Piccadilly Vivo Bematech Illy Café REA Volkswagen BNDES Inepar RedeBahia Xerox Secovi Brasil Telecom Itaú Renner Bristol Kraft Food Sabesp Carrefour Marcopolo Leader Sadia CEF 27 Estratégia 28 Estratégia e competências 29 Do ponto de vista estratégico, os conhecimentos que a organização possui são a sua principal vantagem competitiva. Por isso, a empresa visa aperfeiçoar as competências de seu staff, empregados e relacionamentos (fornecedores, parceiros), necessárias para o desenvolvimento de suas estratégias. • FONTE: NONAKA; TAKEUCHI; UMEMOTO (1996) Educação Corporativa e Estratégia 30 O que torna uma universidade corporativa, corporativa, é a sua ligação com a estratégia de sua empresa. São três as principais motivações estratégicas para UC: Estratégia 31 Reforçar e perpetuar o comportamento A preocupação principal é oferecer capacitação que reflita e reforce a cultura e os valores que balizam a organização. • Boticário • McDonald´s • Natura • Disney Estratégia 32 Gerenciar a mudança Introduzir e promover as iniciativas da mudança organizacional. Os programas e atividades são feitos para facilitar a formulação e implantação da mudança estratégica. • Banco do Brasil • Petrobrás • TV Globo Estratégia 33 Direcionar e moldar a organização A mais ambiciosa. UC como força motriz para moldar as direções empresariais futuras. Visam a exploração de novos contextos e alternativas futuras para a empresa. • Embraer • General Eletric • Motorola Estágios de Desenvolvimento 34 Operacional Tática Estratégica Papel da Universidade Corporativa Departamento de Treinamento Espinha Dorsal do Conhecimento Fábrica de Criação do Conhecimento Objetivos Eficiência Alinhamento Vantagem Competitiva Estratégia Indireta e reativa Direta e Reativa Direta e Pró-ativa Atividade Principal Reunir as atividades educacionais corporativas Desenvolver programas de capacitação corporativa Moldar e desenvolver estratégias por meio da educação e da pesquisa Tipologia 35 Primeira Geração 36 Representa um pouco mais do que as atividades tradicionais de T&D, com módulos presenciais, direcionados especificamente aos interesses institucionais. A ênfase é a aquisição de valores corporativos. Segunda Geração 37 Reflete uma orientação estratégica mais abrangente para o aprendizado organizacional, e tende a ser oferecida em lugares especificamente designados, organizacionais e acadêmicos Terceira Geração 38 Possui elementos virtuais para o processo de aprendizado e abrange grande variedade de estratégias para o desenvolvimento do capital intelectual. Quarta Geração 39 Uso intensivo de Tecnologias de Informação e Comunicação Proliferam um grande número de universidades corporativas virtuais Ambiente para a Educação Corporativa 40 Ambiente para Educação Corporativa 41 Sistemas de Redes e Conhecimento Parcerias Universidade Corporativa Processos de Trabalhadores do Aprendizagem Conhecimento 7 Princípios 42 PROFA. DRA. MARISA ÉBOLI 7 Princípios de Sucesso Perpetuidade Sustentabilidade Conectividade Competitividade Parceria Disponibilidade Cidadania 1. Competitividade 44 Desenvolver o capital intelectual dos colaboradores, transformando-os efetivamente em fator de diferenciação da empresa frente aos competidores, para ampliar e consolidar sua capacidade de competir, aumentando assim seu valor de mercado através do incremento do valor das pessoas. Significa buscar como elevar continuamente o nível de competitividade empresarial, introduzindo, desenvolvendo e consolidando as competências críticas empresariais, organizacionais e humanas. 2. Perpetuidade 45 Entender a educação como um processo de desenvolvimento e realização de potencial intelectual, físico, espiritual, estético afetivo existente em cada colaborador, e também como um processo de transmissão da herança cultural, que exerce influencia intencional e sistemática, com o propósito de formar um modelo mental, a fim de conservar, transmitir, disseminar e reproduzir as crenças e os valores organizacionais, para perpetuar a existência da empresa. 3. Conectividade 46 Favorecer a construção social do conhecimento, estabelecendo conexões e intensificando a comunicação empresarial e apoiando a interação de forma dinâmica, para ampliar a quantidade e a qualidade da rede de relações com o público interno e externo (provedores, distribuidores, clientes, comunidade, etc) da organização, para que se propicie a geração, distribuição e transferência dos conhecimentos organizacionais considerados críticos para o negócio. 4. Disponibilidade 47 Oferecer e dispor de atividades e recursos educacionais de fácil uso e acesso, propiciando condições favoráveis e concretas para que os colaboradores possam aprender “a qualquer hora em qualquer lugar”, estimulando assim a responsabilizarem-se com o processo de aprendizagem contínuo e o autodesenvolvimento. 5. Cidadania 48 Estimular o exercício da cidadania individual e corporativa e da construção social do conhecimento organizacional, através da formação de atores sociais, ou seja, sujeitos capazes de refletir criticamente sobre a realidade organizacional, de construí-la e de modificá-la continuamente, e de atuar seguindo uma posição ética e socialmente responsável, imprimindo assim mais qualidade à relação de aprendizagem entre os colaboradores, à empresa e sua cadeia de valor agregado. 6. Associação 49 Entender que desenvolver continuamente as competências críticas dos colaboradores de acordo com o intenso ritmo que requere atualmente o mundo dos negócios é uma tarefa muito complexa e audaz, que exige que se estabeleçam relações de associação tanto na esfera interna como na externa, com ideais e interesses comuns na educação desses colaboradores. 7. Sustentabilidade 50 Ser um centro gerador de resultados para a empresa, buscando sempre agregar valor ao negócio. Pode significar também buscar fontes alternativas de recursos que permitam um pressuposto próprio e auto-sustentável, diminuindo assim a vulnerabilidade do Sistema de Educação Corporativa, para que seja capaz de manter-se constante e estável, a fim de viabilizar um sistema de educação realmente contínuo, permanente e estratégico. Pesquisa 51 EDUCAÇÃO CORPORATIVA NO BRASIL MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR Aproximadamente 100 iniciativas estruturadas 52 As organizações de grande porte, que atendem a mercados amplos e que possuem diversas unidades regionais, são as que, geralmente, mantêm uma estrutura centralizada de Educação Corporativa, através da qual promovem a difusão de conhecimentos para funcionários de todas as unidades da Corporação. 2000-2003 53 Mais de 50% das iniciativas registradas em levantamento recente surgiram no período 2000-2003, significando, portanto, que a estruturação de unidades de EC nas organizações é um fenômeno recente, pelo menos com as características de recurso estratégico das corporações, tal como acontece na maioria dos países do mundo. Motivos 54 Ao promoverem a estruturação de atividades de Educação Corporativa, as Organizações geralmente buscam: Favorecer a competitividade organizacional Adquirir e/ou criar competência em áreas técnicas nas quais a empresa não tinha capacitação compatível com a demanda. Facilitar os processos de inovação (de produto, de processo, de gestão). Capacitar as equipes para atender às demandas decorrentes da adoção de novas práticas gerenciais. Surgimento 55 82,8 % das organizações informam que suas atividades em educação derivam predominantemente das suas diretrizes estratégicas. Constata-se ainda, coerentemente, que demandas decorrentes de interesse pessoal ou coletivo determinam pouco a programação das atividades de EC, sendo que praticamente 50% dos respondentes informam que apenas raramente são levadas em conta, enquanto 2 (6,9%) asseguram que tais atividades são, predominantemente, determinadas por meio de negociação coletiva. Público-Alvo 56 Das organizações pesquisadas, 12,5% informam que não atendem à clientela externa; das 87,5% restantes, a maioria somente atende a participantes vinculados a organizações da sua cadeia produtiva e as demais atendem a qualquer interessado. Recursos Humanos 57 Quanto aos Recursos Humanos utilizados para a implementação de atividades de Educação Corporativa, 44,0% das organizações afirmam utilizar recursos de consultoria externa institucional predominantemente, enquanto outras 44% o fazem raramente e 12,0% buscam consultoria externa institucional freqüentemente. Parcerias 58 As empresas consultadas permitiram a constituição de uma lista de 108 diferentes instituições com as quais mantêm parcerias para a implementação das atividades em Educação Corporativa. Resultados Alcançados 59 Facilitou o cumprimento das metas Formação de líderes. de planejamento da empresa. Difusão da visão, missão e cultura da corporação. Contribuição para a imagem de empresa socialmente responsável. Disseminação da cultura de autodesenvolvimento. Maior integração das áreas de negócios das empresas do grupo. Educação contínua dos empregados. Favoreceu a competitividade organizacional. Adquiriu competências em áreas técnicas nas quais a empresa não tinha capacitação compatível com a demanda. Facilitou a integração do trabalho de equipe, inclusive o grau de satisfação dos funcionários. Alinhamento de ações educacionais corporativas às metas, resultados e modelo de competências adotado. Expectativas de participação do Governo 60 O que esperam as organizações quanto às ações de apoio do setor governamental? Maior integração a Políticas Públicas, em especial à Política Industrial Tecnológica. Maior integração com a estrutura governamental. Melhorar e agilizar o processo de certificação acadêmica. Educação Corporativa para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 61 Educação Corporativa Setorial 62 Uma das grandes tendências do futuro na capacitação corporativa é a Educação Corporativa Setorial União de empresas concorrentes no mercado, mas parceiras no aprimoramento das pessoas e na formação do perfil de profissional demandado pelo setor. Formação de pessoal para o setor e gestão do conhecimento compartilhada. Tendências para ME EPP 63 Objetivo: Formar profissionais com perfil de competências exigido pelo setor e também promover a gestão do conhecimento setorial (geração, assimilação, divulgação e aplicação). Universidades Setoriais 64 USEn UAL Universidade de Alimentos do Governo do Paraná Assoc. Brasileira de Supermercados (Abras) Assoc. Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores Assoc. Brasileira das Indústrias de Alimentos Assoc. Nacional do Transporte de Cargas UnDistribuição ABGroup ABRANGE Universidade Sebrae de Negócio Universidade da Associação Brasileira de Medicina em Grupo CNI/ IEL/ SESI/ SENAI UniSESI SECOVI SENAC-SP Universidade Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração De Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo FIM 65 http://www.alvarestech.com/lillian/Apresentacoes/apresentacoes.htm [email protected]