Suporte Pré-Hospitalar de Vida no Trauma Prehospital Trauma Life Support 3 Avaliação e Tratamento CURSO DE SOCORRISTA Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Objetivos • • • • Discutir a importância da avaliação da cena Identificar os componentes do exame primário Distinguir doente grave de não grave Enfatizar a importância de iniciar precocemente o transporte dos doentes graves • Reconhecer em que circunstâncias deve ser feito o exame secundário 3-2 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Você é enviado para uma colisão com vários veículos, numa rodovia. A informação inicial é que há muitas vítimas e que um caminhão de transporte de combustível está envolvido na colisão. Quando deve começar a avaliação da cena? 3-3 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Quais são os componentes da avaliação da cena? 3-4 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Segurança da Cena Garantir a segurança da equipe de resgate e das vítimas As situações de risco podem incluir – – – – Fogo – Trânsito Fios elétricos – Armas Materiais perigosos – Condições ambientais Sangue e fluidos orgânicos Existem outros riscos? 3-5 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Situação da Cena • • • • • O que é que realmente aconteceu? Qual a cinemática? Quantas vítimas há? Qual a idade das vítimas? Há necessidade de recursos adicionais? Como transportar os doentes? 3-6 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Você vai atender uma senhora de 32 anos, que era a motorista e estava sem cinto. Ela é encontrada caída dentro do carro. Não tem hemorragia externa evidente, tem ventilação muito rápida e murmura palavras inapropriadas. O que é que estes achados sugerem? Como avaliar esta doente? 3-7 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Precauções Universais • Luvas • Proteção ocular • Máscara • Avental Manuseio/descarte inapropriado de objetos cortantes contaminados e de outros materiais 3-8 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Avaliação do Paciente • Exame primário / Reanimação • Tratar as lesões logo que diagnosticadas • Exame secundário • Tratamento definitivo no local 3-9 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Exame Primário • • • • • A Vias aéreas / Coluna cervical B Respiração / Ventilação C Circulação D Exame neurológico E Exposição / Ambiente 3-10 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Vias Aéreas Estabilização manual da coluna cervical • Como se faz a avaliação das vias aéreas? • Que medidas podem ser necessárias? 3-11 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Ventilação Como se avalia a ventilação? Que medidas podem ser necessárias? 3-12 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Circulação • Procure e controle hemorragia externa • Avalie a perfusão Pulso Pele - freqüência - características - regularidade - locais - cor - temperatura - umidade - tempo de enchimento capilar 3-13 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Exame Neurológico • Nível de consciência O escore na GCS vai de 3 a 15 • Abertura Ocular (1 a 4) • Resposta Verbal (1 a 5) • Melhor Resposta Motora (1 a 6) • Pupilas Referir o escore total na escala de Glasgow (GCS) sem referir os componentes individuais 3-14 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Escala de Coma de Glasgow (GCS) • Abertura Ocular • “Abra os olhos”, “Como é o seu nome?” • Pressão no leito ungueal ou beliscão na região axilar ou compressão no esterno (dor) • Resposta Verbal • “O que aconteceu?”, “Sabe onde está?” • Escreva “T” se o paciente estiver intubado • Melhor Resposta Motora • “Aperte a minha mão”, “Abra os olhos” • Pressão no leito ungueal ou beliscão na região axilar ou compressão no esterno (dor) 3-15 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Escala de Coma de Glasgow (GCS) Abertura Ocular Espontânea A estímulo verbal A estímulo doloroso Sem resposta 4 3 2 1 Resposta Verbal Orientado Confuso Palavras inapropriadas Palavras incompreensíveis Sem resposta 5 4 3 2 1 Melhor Resposta Motora Obedece comandos Localiza dor Flexão normal (retirada) Flexão anormal (decorticação) Extensão (descerebração) Sem resposta 6 5 4 3 2 1 3-16 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Exposição / Ambiente Dispa o paciente, na medida do possível, para procurar outras lesões com risco de vida; lembre-se de preservar/manter a temperatura corporal Deixar de reconhecer lesões com risco de vida, por não expor adequadamente o doente Deixar o doente fazer hipotermia, por não levar em consideração o ambiente 3-17 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Avaliação Simultânea Cinemática Vias Aéreas Exposição / Ambiente Ventilação Exame neurológico Circulação 3-18 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Esquema de Decisão Incidente traumático Avaliação da cena Exame primário/Reanimação Lesões com risco de vida ou trauma multissistêmico Sim Não Iniciar o transporte rápido Exame secundário Reavaliar Reavaliar Exame secundário Tratar as lesões encontradas Iniciar o transporte 13-17 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Trauma Grave Se o estado do doente for grave, pode ser que não dê para passar do exame primário Não reconhecer que se trata de um doente grave, durante o exame primário Não fazer um exame secundário completo, depois de tratar as condições com risco de vida 3-20 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Trauma Grave • • • • • • • Via aérea inadequada ou em risco Ventilação inadequada Hemorragia / Choque Alteração neurológica A maioria dos ferimentos penetrantes Amputação ou quase-amputação Trauma complicado por outros fatores 3-21 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Um rapaz de 16 anos perdeu o controle da bicicleta e caiu numa estrada de cascalho. Você encontra-o na beira da estrada, segurando o punho direito. Tem múltiplas abrasões no rosto e nos membros superiores. A cena é segura. 3-22 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Exame Primário A – Vias aéreas pérvias B – Normal; murmúrio vesicular normal e simétrico C – Sangramento discreto de lesão no queixo; pulso radial normal; pele quente, rosada e seca D – Escore de 15 na GCS E – Deformidade no punho direito O que fazer? 3-23 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Exame Secundário • Sinais vitais • História AMPLA • Exame da cabeça aos pés Fazer o exame secundário num doente grave, antes de iniciar a reanimação Deixar de fazer o exame secundário completo num doente não grave 3-24 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Exame da Cabeça aos Pés Sistemático e completo • Observação – O que devemos observar? • Ausculta – O que devemos auscultar? • Palpação – O que devemos sentir? 3-25 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Tratamento Definitivo no Local Imobilização – Imobilização de coluna, se houver indicação – Imobilização de fraturas – Curativos 3-26 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Transporte • Hospital apropriado mais próximo – Em geral, não levar para o hospital mais próximo, mas para um centro de trauma – O hospital de destino deve ser determinado por protocolos locais • Meio de transporte – Terrestre – Aéreo 3-27 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Candidatos a Centro de Trauma • A triagem para um centro de trauma deve ser determinada por – Critérios fisiológicos – Critérios anatômicos – Mecanismo de trauma – Condições preexistentes • Seguir os protocolos locais 3-28 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Reavaliação Com que freqüência devemos reavaliar? O que devemos reavaliar? Não reconhecer o aparecimento de condições com risco de vida num doente previamente não grave 3-29 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Tratamento da Dor • Considerar o uso de analgesia em – Lesão isolada de extremidades – Fratura de coluna • Narcóticos – Pequenas doses intravenosas – Cuidado com depressão respiratória e vasodilatação (hipotensão) 3-30 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Tratamento da Dor Administrar analgesia a doente traumatizado muito grave Não fazer analgesia num doente com lesão isolada que se queixa de dor 3-31 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Comunicação • Notificar o hospital de destino logo que possível – Ativação da equipe de trauma Que informações devem ser passadas para o hospital de destino? 3-32 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Documentação • Bem escrita – Achados pertinentes – Tratamento feito – Resposta ao tratamento • Documento legal • Controle de qualidade Não documentar as razões para retardar o transporte de doente grave 3-33 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Triagem • Múltiplas vítimas e recursos suficientes – Tratar primeiro os doentes mais graves • Múltiplas vítimas e recursos insuficientes – Tratar primeiro os doentes com maior probabilidade de sobrevida • Conhecer o Plano de Atendimento a Catástrofes local • Usar o Sistema de Comando de Incidentes 3-34 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved. Resumo • Avaliar a cena • Iniciar o tratamento das lesões com risco de vida logo que identificadas no exame primário • Transportar rapidamente os doentes graves para o hospital apropriado mais próximo • Completar a avaliação e o tratamento definitivo dos doentes não graves • Fazer a comunicação • Documentar todas as informações importantes 3-35 Copyright © 2003, Elsevier Science (USA). All rights reserved.