OBESIDADE PROF. ESP. KEMIL ROCHA SOUSA FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL Obesidade Maior acúmulo de gordura nos últimos 20 anos Domínio dos cereais Vida urbana Desde 1975 OMS considera a obesidade (diabetes/ aterosclerose) problema de saúde pública Enfermidade coletiva própria da superalimentação Presente em países desenvolvidos e em desenvolvimento No Brasil prevalente em classe média e baixa (GUIRRO & GUIRRO, 2004) Obesidade Excesso de gordura corporal, resultando no aumento de peso corpóreo, acima do peso ideal.. Aumento generalizado da gordura corporal. Obesidade, nediez ou pimelose (tecnicamente, do grego pimelē = gordura e ose processo mórbido) é uma doença crônica multifatorial, onde a reserva natural de gordura eleva-se até estar associada a certos problemas de saúde ou ao aumento da taxa de mortalidade. É resultante do balanço energético positivo, ou seja, a ingesta alimentar ultrapassa o gasto energético. A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em um nível que prejudica a saúde dos indivíduos, ocasionando prejuízos tais como alterações metabólicas, dificuldades respiratórias e do aparelho locomotor. Além de constituir-se enquanto fator de risco para enfermidades tais como dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo II e alguns tipos de câncer. (WANDERLEY & FERREIRA, 2010) Obesidade • Mais importante desordem nutricional dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. • 10 % da população mundial (OMS). • América: aumentando, para ambos os gêneros, tanto em países desenvolvidos quanto nas sociedades em desenvolvimento. • Europa: verificou- se num decênio um incremento entre 10% a 40% da obesidade na maioria dos países. • Na região Oeste do Pacífico (Austrália, o Japão, Samoa e China): elevação da prevalência da obesidade. • China e o Japão: apesar do aumento da obesidade em comparação com outros países desenvolvidos, apresentam as menores prevalências mundiais. • África/ Ásia: obesidade relativamente incomum, com prevalência mais elevada na população urbana que a rural. Nas regiões economicamente avançadas destes continentes, a prevalência pode ser tão alta quanto nos países desenvolvidos. Emergência Mundial da Obesidade • Censo 2010 (IBGE). Brasil • • • • População brasileira: 190.732.694 pessoas 191 mil recenseadores 67,6 milhões de domicílios 5.565 municípios CENSO 2010 IBGE • • • • • • Quase metade da população acima do peso; 2006- 42,7% 2011- 48,5% Homens: 52,6% deles está acima do peso ideal. Mulheres: 44,7%. Excesso de peso nos homens começa na juventude: na idade de 18 a 24 anos, 29,4% já estão acima do peso; entre 25 e 34 anos são 55%; e entre 34 e 65 anos esse número sobe para 63%. • Mulheres, 25,4% apresentam sobrepeso entre 18 e 24 anos; 39,9% entre 25 e 34 anos; e, entre 45 e 54 anos, o valor mais que dobra, se comparando com a juventude, passando para 55,9% M. Saúde • 34,6% dos brasileiros comem em excesso carnes com gordura e mais da metade da população (56,9%) bebe leite integral regularmente, tornando esse fator um dos principais responsáveis do excesso de peso e da obesidade no Brasil. • 29,8% dos brasileiros consomem refrigerantes pelo menos cinco vezes por semana. • 20,2% ingerem a quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde de cinco ou mais porções por dia de frutas e hortaliças. Alimentação • 39,6% dos homens fazem exercícios com regularidade • Mulheres- a frequência é de 22,4%. • Homens sedentários no Brasil: 16% em 2009 para 14,1% em 2011. • O sedentarismo aumenta com a idade: • Entre homens entre 18 e 24 anos, 60,1% praticam exercícios. Esse percentual reduz para menos da metade aos 65 anos (27,5%). • Entre mulheres de 25 a 45 anos, 24,6% se exercitam regularmente. A proporção é de apenas 18,9% entre mulheres com mais de 65 anos. Atividade física • Porto Alegre é a capital que possui a maior quantidade de pessoas com excesso de peso (55,4%), • Fortaleza (53,7) • Maceió (53,1). • Menor índice de pessoas com sobrepeso • São Luís (39,8%), Palmas (40,3%), Teresina (44,5%) Aracaju (44,5%). São Paulo apresenta 47,9% de pessoas com excesso de peso. Rio de Janeiro é de 49,6% Distrito Federal é de 49,1%. • Mais obesos é Macapá (21,4%); Porto Alegre (19,6%), Natal (18,5%) e Fortaleza (18,4%). • As capitais com menor quantidade de obesos são: Palmas (12,5%), Teresina (12,8) e São Luís (12,9%). • Em São Paulo, a proporção de obesos é de 15,5%, no Rio de Janeiro é percentual é de 16,5% e no Distrito Federal os obesos representam 15% da população. Capitais Peso ideal: aquele que maximiza a expectativa de vida do indivíduo. Fórmula de Lorentz: h- 150 P= (h-100) – _______ K=4 (H) K Fórmula usada em UTI: P (homem) = (h-100) - 10% P (mulher) = (h-100) - 15% PESO IDEAL K=2 (M) • Multifatorial: Fatores genéticos Fatores emocionais Fatores decorrentes do não- balanceamento energético Fatores metabólicos (GUIRRO & GUIRRO, 2004) Causas da obesidade Doenças • Determinadas doenças físicas e mentais e algumas substâncias farmacêuticas podem predispor à obesidade. Além da cura dessas situações poder diminuir a obesidade, a presença de sobrepeso pode agravar outras. Males físicos que aumentam o risco de desenvolvimento de obesidade incluem diversas síndromes congênitas, hipotiroidismo, Síndrome de Cushing e deficiência do hormônio do crescimento. Certas enfermidades psicológicas também podem aumentar o risco de desenvolvimento de obesidade. Bactérias • Bactérias que favorecem a digestão também poderiam fazer o corpo acumular quilos a mais, caso não estejam devidamente equilibradas. Em excesso, essas bactérias alteram o metabolismo e o apetite . Causas da obesidade • Estilo de vida Pesquisadores já concluíram que o aumento da incidência de obesidade em sociedades ocidentais nos últimos 25 anos do século XX teve como principais causas o consumo excessivo de nutrientes combinado com crescente sedentarismo. Devido a diversos fatores sociológicos, o consumo médio de calorias quase quadruplicou entre 1977 e 1995. Mas não só a dieta explicaria o grande aumento da obesidade. Estilo de vida cada vez mais sedentário tem papel importante. Outros fatores que podem ter contribuído para esse aumento—ainda que sua ligação direta com a obesidade não seja tão bem estabelecida—o estresse da vida moderna e sono insuficiente. Causas da obesidade Genética • Como tantas condições médicas, o desequilíbrio metabólico que resulta em obesidade é fruto da combinação tanto de fatores ambientais quanto genéticos. Polimorfismos em diversos genes que controlam apetite e metabolismo predispõem à obesidade, mas a condição requer a disponibilidade de calorias em quantidade suficiente, e talvez outros fatores, para se desenvolver plenamente. • • • • Síndrome de Prader-Willi Síndrome de Bardet-Biedl Síndrome de MOMO Mutações dos receptores de leptina e melanocortina (5% das pessoas obesas). Causas da obesidade • • • • • Influências históricas e ecológicas Fatores genéticos e metabólicos Aspectos socioculturais e simbólicos Fatores psíquicos Estilo de vida moderno: dieta e da atividade física (WANDERLEY & FERREIRA, 2010) Causas da Obesidade • Determinação do Risco de Vida: porcentagem de sobrepeso que aumenta a morbidade e mortalidade. • Comparação Visual : definição sem base científica – uma pessoa parece gorda por determinação estética. Determinação da Obesidade • Excesso de peso: até 20% acima do normal • Obesidade: maior que 20% do normal • Peso normal: peso corpóreo associado a menores taxas de morbidade e mortalidade (comparando altura/peso/idade/sexo) Determinação da Obesidade • Diretos: separação dos componentes corporais pela dissecção de cadáveres. • Indiretos: Físicos Químicos • Duplamente indiretos: validados pelos métodos indiretos (densitometria) • Relação peso-altura • Medição das dobras cutâneas • Mensuração das circunferência • Pesagem subaquática • Determinação da impedância bioelétrica • UST tecido adiposo • RNM Métodos mais Utilizados • IAC Índice de adiposidade corporal é a divisão entre o produto da raiz quadrada da altura pela circunferencia do quadril e a altura. Desse resultado subtrai-se 18. Para mulheres o normal é de 21 a 32 e homens de 8 a 20. • Medição da gordura corporal Uma maneira alternativa de determinar obesidade é medindo a porcentagem de gordura corpórea. Médicos e cientistas, em geral, concordam que homens com mais de 25% de gordura e mulheres com mais de 30% de gordura são obesos. Porém, é difícil medir a gordura corporal com precisão. O método mais aceito é a pesagem do indivíduo debaixo de água, mas só é possível em laboratórios especializados que dispõem do equipamento. Os dois métodos mais simples são o teste da dobra, no qual a pele do abdomen é pinçada e medida para determinar a grossura da camada de gordura subcutânea; e o teste de impedância bioelétrica, que só pode ser realizado em clínicas especializadas e não deve ser feito com frequência. Outras formas de medir a gordura corporal incluem a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Métodos mais Utilizados Métodos mais Utilizados • Índice de Massa Corpórea (IMC): peso (kg)/ altura2 (m2) IMC(Kg/m2) GRAU DE RISCO TIPO DE OBESIDADE < 18,5 desnutrição Abaixo do peso 18-24,9 peso saudável ausente 25-29,9 30-34,9 35-39,9 moderado alto muito alto sobrepeso obesidade grau I obesidade grau II 40 ou mais extremo obesidade grau III (mórbida) Métodos mais Utilizados • Circunferência da cintura: quantidade absoluta de gordura visceral Homem Mulher > 102 cm > 89 cm • Relação Cintura/Quadril: relaciona a distribuição da gordura (alterações metabólicas) Homem > 1,0 Mulher > 0,8 • • • • Densiometria Água Corporal Total Potássio Corporal Total Captação de Gases Inertes Lipossolúveis Obs.: métodos que utilizam constantes baseadas em dados mínimos, apresentando variações entre indivíduos. Outros Métodos... Distribuição do Tecido Adiposo • ANDRÓIDE (forma de maçã) • - → gordura concentrada na região central do abdome Hipertensão Resistência a insulina → Diabetes tipo 2 Dislipidemia Doenças coronárias GINÓIDE (forma de pera) → gordura concentrada na região glútea e quadris - Mais comum em mulheres Menor impacto metabólico Complicações da Obesidade Mórbida Complicações da Obesidade Mórbida • - Problemas reprodutivos • - Problemas digestivos refluxo gastro-esofágico (esofagite), cálculos biliares, esteatose hepática. • - Neoplasias: a. Na mulher: câncer de endométrio ( 5,4 vezes ), vesícula biliar ( 3,6 vezes ), colo uterino ( 2,4 vezes ), mama ( 1,5 vezes ). b. No homem: câncer colorretal ( 1,7 vezes ), próstata ( 1,3 vezes ). - Problemas psico-socio-econômicos • MÉTODOS ATUAIS DE TRATAMENTO -DIETA -TERAPIA COMPORTAMENTAL -EXERCÍCIOS -DROGAS Anorexígenos, Catecolaminérgicos, Serotoninérgicos, Termogênicos (efedrina, cafeína, aminofilina), Inibidores da absorção de gorduras (Orlistat) -CIRURGIA 1. GUIRRO, Elaine; GUIRRO, Rinaldo. Fisioterapia Dermatofuncional: Fundamentos, Recursos e Patologias. 3ªed. Barueri- SP: Manole, 2004. BIBLIOGRAFIA SITES: 1. www.nature.com 2. www.abeso.com.br 3. www.abcdasaude.com.br 4. www.qmc.ufsc.br LINKS: • 5. http://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade • http://www.endocrino.org.br/numeros-da-obesidade-no-brasil/ ARTIGOS: • WANDERLEY, Emanuela Nogueira; FERREIRA, Vanessa Alves. Obesidade: uma perspectiva plural. Ciência & Saúde Coletiva, 15(1):185-194, 2010. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO