O Crescimento Demográfico e Desenvolvimento Sustentável Introdução O crescimento demográfico nem sempre é bom. A prova disso é o desenvolvimento sustentável que nem sempre acompanha esse crescimento. Surgem então alguns problemas como o aparecimento de bairros de lata nos subúrbios das grandes cidades. Crescimento demográfico Crescimento demográfico em diferentes escalas O ritmo de crescimento da população do planeta é desigual, havendo por isso muitas desigualdades entre as suas partes. No Norte a população está cada vez mais envelhecida, ou seja, aumenta a Esperança Média de Vida e diminui a natalidade, o que faz com que a média de idades da população seja cada vez mais alta. Isto acontece na maioria das vezes devido a factores como: O retardar da idade do casamento, que faz com que os casais tenham os seus filhos cada vez mais tarde, não tenham os que desejavam ou não consigam sequer ter um; Os métodos contraceptivos, que limitam os nascimentos, facto que não se verificava há algumas décadas, quando quase todas as famílias eram numerosas; O novo papel da mulher na sociedade, que antes ficava em casa a criar os filhos e agora passa a dar maior importância à carreira do que à família. Felizmente começa-se já a verificar o inverso do que aconteceu nas décadas de 30/40, quando o fenómeno do Êxodo Rural mais se acentuou e fez a maioria das populações rurais deslocarem-se para os grandes meios urbanos. Essa inversão dos movimentos migratórios internos verifica-se através: Do retorno ao campo mas mantendo um modo de vida urbano (Rurbanização); Da importância crescente das pequenas e médias cidades. Desenvolvimento Sustentável Em 1987 o relatório da Comissão Mundial do Ambiente e do Desenvolvimento, apresenta o conceito de desenvolvimento sustentável. Todo o desenvolvimento sustentável é aquele cuja grande finalidade é a satisfação das necessidades básicas das populações, impondo ao mesmo tempo limites ao uso dos recursos, para que estes possam garantir a sobrevivência das futuras gerações. Desenvolvimento Sustentável A minimização dos problemas ambientais só será possível através de um modelo de desenvolvimento que preserve e administre os recursos existentes, sem pôr em causa o futuro da vida na Terra. Atingir a sustentabilidade não implica deixar de crescer, mas crescer melhor. O crescimento económico é necessário ao processo de desenvolvimento. Com isto é necessário que as estruturas do sistema mundial tenham que se adaptar rumo à sustentabilidade através: Do melhoramento da informação (sobre condições sociais, ambientais e económicas das populações); Da aceleração dos tempos de reacção (decidir antecipadamente sobre o futuro); Da prevenção da erosão dos recursos renováveis; Da utilização de todos os recursos com a máxima eficiência (reduzir o desperdício); Do abrandamento ou mesmo da estagnação do crescimento exponencial da população e ocupação do espaço pelas actividades humanas. A aplicação de estratégias de desenvolvimento ecologicamente correctas depende sobretudo: Da acção individual e colectiva de cada indivíduo; Do papel das empresas; Do papel do Estado e das políticas do ambiente; Do respeito pelos tratados e acordos internacionais; Da acção das organizações nacionais e internacionais. Destruição ambiental As seis componentes da União Europeia com vista a um desenvolvimento sustentável: Integração dos aspectos ambientais dos restantes domínios de actividade; Cooperação e partilha de responsabilidades entre a U.E., os Estados-Membros, o mundo empresarial e o público; Alargamento da gama de instrumentos de política ambiental para passar a incluir, por exemplo, impostos e subsídios, bem como acordos voluntários; Alteração dos padrões de consumo e de produção; Aplicação e cumprimento da legislação; Cooperação internacional no âmbito da Agenda 21 e do quinto programa de acção em matéria de ambiente. O desenvolvimento sustentável desenha-se cada vez mais como o único capaz de garantir não só a qualidade de vida presente e futura como o próprio crescimento económico. O direito que cabe às gerações futuras de usufruírem um ambiente saudável e equilibrado foi claramente assumido na Conferência de Estocolmo, em 1972, e reforçado na Conferência do Rio, em 1992. A resolução das questões ambientais encontra-se intimamente ligada às questões de desenvolvimento e redistribuição dos recursos a nível planetário. Por uma cidade sustentável Para conseguir maior sustentabilidade, a cidade precisa de se ajustar a um metabolismo circular. A filosofia básica deste sistema é que uma proporção substancial dos resíduos devem ser transformados em recursos. Exemplos: As estações de tratamento de esgotos serem fábricas de fertilizantes. Os líquidos tóxicos seriam separados; Detergentes, papel higiénico e descolorantes seriam inteiramente biodegradáveis; As firmas investiriam em tecnologias de reciclagem e processos de produção não-tóxicos; Os detritos químicos das fábricas seriam reciclados no local e não despejados nos esgotos; Lixos industriais e domésticos seriam utilizados como recursos; As florestas seriam replantadas não apenas para servirem de pasta de papel mas também para proteger os aquíferos e absorver o dióxido de carbono. Repartição da População e do Produto Mundial Bruto O Crescimento Urbano Dos 6 mil milhões de pessoas que actualmente habitam o planeta Terra, aproximadamente 2800 milhões vivem em cidades. A taxa de crescimento urbano no mundo é superior em mais do dobro ao crescimento da população total. A população urbana está a crescer a uma taxa muito mais rápida do que a da população no seu conjunto e os aumentos anuais do que nunca. A população urbana passou de 286 milhões em 1950 para 2724 milhões em 2000. Em 1940 só uma pessoa em cada oito vivia num centro urbano, enquanto que cerca de uma em cada 100 pessoas vivia numa cidade com 1 milhão ou mais de habitantes. Na actualidade, praticamente uma pessoa em cada duas vive em áreas urbanas, e até 2015 uma em cada cinco viverá em cidades com 1 milhão ou mais de habitantes. As taxas de urbanização são muito diferentes segundo os continentes e no seu interior, em particular em África na Ásia e na América Latina. As diferenças verificadas no interior destes continentes devem-se entre outras razões, a modelos históricos relacionados com o governo e estruturas económicas que remontam aos tempos coloniais. Elaborado por: André Caria Nº1 Susana Nabais Nº9