O crescimento demográfico Introdução ao tema Crescimento Demográfico é um indicador calculado através do somatório do crescimento natural e saldo migratório permite visualizar evolução ou regressão da população. As Consequência que advêm desta evolução e ou regressão, são de diferentes níveis: o simples envelhecimento ou rejuvenescimento da população, densidade populacional, problemas sociais, implicações politicas (construções de escolas , hospitais etc.) A Transição demográfica no Mundo Nos países mais avançados da Europa no final do sec. XVII O fenómeno da transição demográfica verificou-se pela primeira vez, quando a mortalidade começou a diminuir de uma forma continua. Dois séculos seguidos em que a maior parte dos países europeus conheceram taxas de crescimento demográfico de 1% ou 1,5% ao ano, a população quase duplicou, o que deu origem a uma corrente migratória para o chamado “Novo Mundo”. Este fenómeno, difundiu-se pelo resto do mundo no início do séc.XX e após a segunda guerra mundial, e da libertação das antigas colónias acentuou-se. O processo de modernização consequência da independência, teve um efeito imediato, permitindo aumentar a esperança de vida e diminuir a mortalidade infantil. Modelo Interpretativo da Evolução da População (Transição demográfica) - 1ª. A Fase do “ Quase Equilíbrio” antigo ou da “Pré Transição”, entre a mortalidade elevada e uma natalidade igualmente elevada, que implica um crescimento natural reduzido da população - 2ª. A Fase do Declínio da Mortalidade e da consequente aceleração do crescimento natural da população. - 3ª. A Fase de Declínio da Fecundidade, a mortalidade continua a declinar, mas agora a um ritmo mais moderado, o crescimento natural diminui de intensidade. - 4ª. A Fase do “ Quase Equilíbrio” moderno, entre a mortalidade com baixos níveis e uma natalidade igualmente baixa. O crescimento natural tende agora para zero. Causas e Consequências do crescimento Demográfico Tendo apenas em conta os países desenvolvidos, pode afirmarse que existem inúmeros e variadíssimos factores que tem contribuído em muito para a diminuição da natalidade, nesses países. São: ◘ A emancipação da mulher e a sua crescente participação no mercado de trabalho; ◘ O cada vez mais frequente adiamento do casamento; ◘ O fácil acesso a todos os métodos contraceptivos bem como á pratica do aborto; ◘ O stress da vida urbana e o desejo de ter acesso a um nível elevado economicamente bem como um levado padrão de vida social; Assim, nestes países, os governantes demonstram-se preocupados com esta situação, já que é previsível a falência dos sistemas de segurança Social devido ao decréscimo de activos, este consequências do crescente numero de idosos. Quanto aos países subdesenvolvidos, pode dizer-se que cada vez mais o nível de vida se torna inferior, devido ao decrescente número de jovens sem que contudo há já um aumento respectivo e significativo da produtividade destes países. As áreas de maior e menor crescimento demográfico No que diz respeito a este tipo de diferenças, pode afirmar-se que, são uma consequência quer das circunstâncias quer da própria mudança demográfica. Em africa, os migrantes urbanos estão quase sempre separados dos seus cônjuges, assim a fecundidade é quase sempre extremamente baixa nos primeiros anos, aumentando depois á chegada dos cinco anos. Na América Latina, este mesmo tipo de padrão estabilizou-se em níveis inferiores. Pesquisas recentes demonstraram que estes fenómenos se devem: ao desemprego, a mais oportunidades e um mais fácil acesso aos serviços de saúde! Nas cidades, as mulheres, cada vez casam mais tarde, amamentam durante menos tempo, tem um mais fácil acesso aos serviços de saúde reprodutiva e de planeamento familiar, sendo assim muito mais provável que recorram á anti concepção. Claro que não se trata isto de uma regra sempre por todos seguidos, sendo as excepções, fruto de variações no que diz respeito a : antecedentes culturais, oportunidades económicas, sociais, nível de escolaridade, acesso a serviço e as próprias aspirações e expectativas futuras. As zonas rurais e urbanas diferem não só na natalidade mas também na mortalidade. Assim, as zonas urbanas tendem a apresentar níveis de mortalidade mais baixos mas também uma natalidade muito inferior as zonas rurais. Com tudo isto, fica difícil tirar conclusões, em termos políticos de cada pais, como justificação para estes factos. Na generalidade, as elevadas taxas de natalidade rural incentivam o êxodo para as cidades; a redução da natalidade não desejada nas zonas urbanas ajudará a reduzir as taxas de crescimento urbano. Contudo, atendendo ao facto de que o crescimento natural, continua a ser o fundamental componente do crescimento urbano fugaz, são então, necessários apontar os serviços e a informação como fundamentais para a redução da fecundidade urbana não desejada. Concluindo de forma genérica a nível mundial: ► Africa e especialmente algumas zonas especificas, como: Africa Subsariana, Estados Árabes, Ásia do Sul, são as regiões do mundo que apresentam um maior crescimento demográfico. Na Ásia Oriental, na América Latina e no sudoeste Asiático, embora há já um forte crescimento demográfico, este dá-se a um ritmo mais lento comparativamente com as zonas antes referidas. ► As áreas de fraco crescimento demográfico situam-se fundamentalmente no Norte, os países da União Europeia, os EUA e o Japão, verificando-se assim o envelhecimento da população e a dificuldade em substituir gerações nestes países. Possíveis Cenários Futuros A população mundial apresenta um crescimento actual a um ritmo que ate agora nos era desconhecido. Nos países subdesenvolvidos, as altas taxas de natalidade e a sua relação com as descidas consideráveis da taxa de mortalidade originaram o que chamamos explosão demográfica, de notar que este decréscimo na mortalidade se deve á propagação de vacinas, antibióticos e insecticidas. Nos países desenvolvidos as taxas de natalidade baixam progressivamente. Assim, a explosão demográfica coloca hoje uma grave ameaça ao equilíbrio de toda uma humanidade, devido á escassez de recursos. Basta um olhar atento à realidade actual muitas vezes trazida até nós pela televisão, jornais, políticos, economistas, sociólogos e muitos outros especialistas, para que não nos restem dúvidas que o Crescimento Demográfico é um assunto problemático no Mundo. A sustentabilidade, ou não, da segurança social tão referida no Velho continente (Europa) é consequência desta problemática. Há quem diga que não podendo controlar o crescimento natural devem-se abrir portas à imigração. Seja esta a solução encontrada ou outra, ela urgente.