Pós-graduação em Atenção Básica em Saude da Família
PROJETO FARMÁCIAS VIVAS
PROJETO FARMÁCIAS VIVAS
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O projeto Farmácias vivas é o primeiro programa de assistência social
farmacêutica que objetiva a integração do conhecimento e utilização das
práticas da medicina tradicional - neste caso, da medicina tradicional
nordestina - aos conhecimentos cientificamente comprovados acerca da
eficácia e segurança das plantas medicinais, garantindo, assim, o uso
seguro pela população.
Tal projeto visa ao estudo e levantamento das plantas da região com
funções terapêuticas cientificamente comprovadas.
Cultivadas em pequenas hortas medicinais comunitárias, essas plantas,
posteriormente, serão manipuladas tecnicamente,
transformadas em formas farmacêuticas, tais
como chás e outras formas de preparação
fitoterápicas, e distribuídas para a população
local.
PROJETO FARMÁCIAS VIVAS
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A criação e execução deste projeto representam um marco histórico
brasileiro nessa política de práticas integrativas e complementares em
saúde, já que é um projeto pioneiro em utilizar o conhecimento tradicional e
popular aliado ao conhecimento científico e acadêmico.
Trata-se de uma iniciativa que visa incentivar a proximidade da cultura local
com a cultura acadêmica, ação de extrema importância, que facilita a
aceitação e adesão do paciente ao tratamento. Este passa, então, a figurar
como um sujeito que participa, através de sua cultura e conhecimento
popular, não mais apenas como paciente, alvo do processo.
PROJETO FARMÁCIAS VIVAS
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Neste sentido, a PNPIC-SUS (2006) objetiva diminuir a resistência e
introduzir na saúde brasileira o pluralismo com o fim de defender o
princípio de que cidadãos socialmente iguais, em direitos e deveres, podem
ser diferentes, em percepções e necessidades (PNPIC-SUS, Ministério da
Saúde, 2006).
Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, 26 estados
apresentam alguma prática integrativa e/ou complementar, concentrada
em 19 capitais. Os resultados ainda demonstraram que as práticas
complementares predominantes
compreendem: Fitoterapia,
Homeopatia, Acupuntura, Reiki e
Lian Gong (Portaria nº. 971, 2006).
PROJETO FARMÁCIAS VIVAS
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Esse modelo de utilização do conhecimento popular em
saúde somado ao conhecimento científico tem
apresentado bons resultados. Diversas prefeituras e
governos estaduais têm implantado programas de
práticas alternativas e complementares nos serviços
públicos de saúde. Como exemplos dessas iniciativas,
que se apresentam solidificadas, podem ser citados os
programas de Fitoterapia de Ribeirão Preto/SP,
vitória/ES, Curitiba/PR, Itapioca/CE e Betim/SP. Podem
ser citadas ainda outras localidades com experiências
em outras práticas também, tais como: Recife/PE,
Campinas/SP, várzea Paulista/SP,
Pindamonhangaba/SP, Amapá/RR e Distrito Federal.
Nessas localidades, a homeopatia, acupuntura e
fitoterapia são as práticas predominantes, além de
práticas corporais de diversas modalidades
(Sacramento, 2004; Graça, 2004; Pires, Borella, Raya,
2004; Carneiro et. al., 2004; Série C. Projetos,
Programas e Relatórios, Ministério da Saúde, 2009).
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