CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO UNIFAI Pesquisa em Serviço Social I Professora: Alessandra Violência Contra as Mulheres COMPONENTES: ARLEIDE SANTOS MATIDA EDNALVA Gomes DO NASCIMENTO Maria Lenalda dos Santos Silva SUELI OLGA DA COSTA VANESSA M. SILVA BRITO SÃO PAULO, 22/05/2014 LEI Nº 11.340 A lei Maria da Penha veio não para punir os homens, mas para proteger a mulher VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: A SITUAÇÃO A violência contra as mulheres assume muitas formas – física, sexual, psicológica e econômica. Essas formas de violência se interrelacionam e afetam as mulheres desde antes do nascimento até a velhice. Alguns tipos de violência, como o tráfico de mulheres, cruzam as fronteiras nacionais. As mulheres vítimas de violência sofrem uma série de problemas de saúde e sua capacidade de participar da vida pública diminuie. A violência não está confinada a uma cultura, uma região ou um país específicos, nem a grupos de mulheres em particular dentro de uma sociedade. A forma mais comum de violência contra as mulheres é a violência física praticada por um parceiro íntimo, em que as mulheres são surradas, forçadas a manter relações sexuais ou abusadas de outro modo. Diversas pesquisas mundiais apontam que metade de todas as mulheres vítimas de homicídio é morta pelo marido ou parceiro, atual ou anterior. A expressão máxima da violência contra a mulher é o óbito. As mortes de mulheres decorrentes de conflitos de gênero, ou seja, pelo fato de serem mulheres, são denominados feminicídios ou femicídios. Estes crimes são geralmente cometidos por homens, principalmente parceiros ou exparceiros, e decorrem de situações de abusos no domicílio, ameaças ou intimidação, violência sexual, ou situações nas quais a mulher tem menos poder ou menos recursos do que o homem. A violência psicológica ou emocional praticada pelos parceiros íntimos também está disseminada. Calcula-se que, em todo o mundo, uma em cada cinco mulheres se tornará uma vítima de estupro ou tentativa de estupro no decorrer da vida. Mulheres e meninas também podem ser submetidas à exploração sexual por aqueles que têm a obrigação de protegê-las. TRÁFICO DE PESSOAS Segundo estimativa, das pessoas que são traficadas anualmente em situações incluindo prostituição, mão de obra forçada, escravidão ou servidão, mulheres e meninas respondem por cerca de 80% das vítimas detectadas. AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA LEI MARIA DA PENHA Estudo do Ipea avaliou o impacto da Lei Maria da Penha sobre a mortalidade de mulheres por agressões, por meio de estudo de séries temporais. Constatou-se que não houve impacto, ou seja, não houve redução das taxas anuais de mortalidade, comparando-se os períodos antes e depois da vigência da Lei. Essa situação é preocupante, uma vez que os feminicídios são eventos que abreviam as vidas de muitas mulheres jovens, causando perdas inestimáveis, além de consequências potencialmente adversas para as crianças, famílias e para a sociedade. Assim, destaca-se a necessidade de reforço às ações previstas na Lei Maria da Penha, bem como a adoção de outras medidas voltadas ao enfrentamento à violência contra a mulher, à efetiva proteção das vítimas e à redução das desigualdades de gênero no Brasil. PESQUISA REALIZADA NO CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO De um total de 151 estudantes, sendo que: Curso Masculino Feminino Total Direito 33 61 94 Serviço Social 11 41 52 Outros Cursos 03 01 04 Não Identificou 01 00 01 Total 48 103 151 CURSOS 3%0% Direito 33% Serviço Social Outros 64% SEXO 1% 31% Feminino Não Respondeu 68% Masculino CONSIDERANDO A FAIXA ETÁRIA QUE VARIA CONFORME TABELA ABAIXO Idade Quantidade Até 21 anos 17 22 à 30 anos 42 31 à 40 anos 41 41 à 50 anos 30 Mais de 50 anos 16 Não responderam 05 Total 151 RESPONDERAM AS SEGUINTES PERGUNTAS 1. a) b) Você concorda que toda mulher apanha porque quer? Hipóteses: As mulheres preferem apanhar dos maridos porque tem medo de ficarem sozinhas. Mulheres que apanham e continuam com os maridos não se separam porque são eles que pagam as despesas da casa. c) As mulheres apanham dos maridos e não se separam porque não querem que seus filhos tenham pais separados. Objetivo Geral: Levantar opinião da população sobre as mulheres que apanham de seus maridos e/ou companheiro e mesmo assim continuam com eles. • • • Objetivo Específico: Pesquisar sobre a violência contra as mulheres. Respostas: 125 estudantes responderam que não. 03 estudantes responderam que sim 23 estudantes não responderam a pergunta. PERGUNTA 1 – Você concorda que toda mulher apanha porque quer? 15% 2% SIM NÃO Não Respondeu 83% 2. Mulher que usa roupa provocante está pedindo para ser abusada sexualmente? Hipótese: a) As mulheres atraem sexualmente os homens com suas roupas curtas e decotadas, fazendo com que eles não consigam se controlar e as atacam violentamente. Objetivo Geral: Levantar dados se as roupas usadas pelas mulheres interferem na sua conduta pessoal, fazendo com que sejam agredidas sexualmente pelos homens. Objetivo Específico: Pesquisar se há relação entre as roupas usadas pelas mulheres e a violência contra elas. Respostas: 134 estudantes responderam que não 12 estudantes responderam que sim 05 estudantes não responderam a pergunta PERGUNTA 2 – Mulher que usa roupa provocante está pedindo para ser abusada? 3%0% 8% SIM NÃO Não Respondeu 89% 3. Mulher que apanha e não separa do marido merece continuar apanhando? Hipótese: As mulheres que sofrem violência de seus maridos não se separam porque têm medo de ficar sozinha, por este motivo preferem continuar apanhando. Objetivo Geral: Saber da população se o fato de apanhar é motivo de separação ou se é oportunidade para que novas agressões aconteçam. Objetivo Específico: Pesquisar se o fato de uma vez agredida, a mulher será sempre agredida se não se separar do agressor. Respostas: 137 estudantes responderam que não 11 estudantes responderam que sim 03 estudantes não responderam a pergunta PERGUNTA 3 – Mulher que apanha e não larga do marido merece continuar apanhando? 2% 7% SIM NÃO Não Respondeu 91% CONCLUSÃO Concluímos que a maioria dos estudantes não concordam que a mulher seja culpada, ou pelo seu modo de agir ou pelo seu modo de se vestir, pelas agressões por elas sofridas e que grande parte é solidária aos movimentos contra a violência. Acreditamos ainda que o medo seja o maior violão para que não tomem uma decisão de separação, pois as mesmas temem pela sua vida e pela vida das pessoas que com ela vivem.