CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA): UM ESTUDO DE CASO NO EJA MÉDIO NA ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR CARLOS CAMÉLIO COSTA DA REDE PÚBLICA DE ARACAJU GT 1 – ESPAÇOS EDUCATIVOS (SABERES E PRÁTICAS) MARY RUBIA PEREIRA SOUSA THAÍS MILENA BATISTA SANTOS ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA RESUMO O meio ambiente tem tido grande enfoque nas diversas áreas de conhecimento no que diz respeito ao relacionamento do homem com a natureza, pois como os seres humanos não souberam administrar os recursos naturais provocando vários impactos, hoje buscam soluções para reverter essa situação, preservando a natureza. Ele representou o objeto de estudo do TCC ora apresentado diante da necessidade de investigar junto aos jovens e adultos do Ensino Médio – EJA suas relações com o meio ambiente, tendo como referências objetivas imediatas as representações de alunos, antes e depois de oficinas nessa área. Via questionários e Oficinas de Educação Ambiental, que abordaram de forma contextualizada e dinâmica problemas ambientais da região, foram coletadas essas representações, analisadas e expostas. Através desta investigação percebemos o quanto é importante a aplicação de temas relacionados ao meio ambiente cotidianamente em sala de aula, pois os eduncandos mostraram que apesar de suas idades ainda apresentam uma instabilidade no que diz respeito ao ambiente. Também as conclusões reforçam esse componente curricular nos cursos de formação inicial e continuada de docentes. PALAVRAS-CHAVE: Meio Ambiente, Educação Ambiental, Educação de Jovens E Adultos. ABSTRACT The environment have had great approach in the different areas of knowledge in what concern at relationship of men with the nature, because how the human being did not know manage the natural resources causing many impacts, today they search solutions for revert this situation, preserving the nature. He represented the object of study of TCC presented up against of the necessity to investigate with the people young and adults of Meddle Education – EJA your relations to environment, having like immediate objective reference the representations of students, before and after of workshop in this area. Through questionnaire and Workshops of Environmental Education, that dealt with contextualized and dynamic way environment problems in region, these representations was collected, analyzed and showed. Through this investigation we perceive how many important is the application of related themes at environment daily in the class, because the students showed that although of your ages still presents some instability concern the environment. Also the conclusions reinforce this curricular component in our courses of initial formation and continued of teachers. KEY-WORDS: Environment, Environmental Education, Education Of Young People And Adults. 1 INTRODUÇÃO Com a sociedade cada vez mais moderna e industrializada, o homem se afastou da natureza esquecendo que faz parte dela. A raça humana começou a evoluir, aumentando a população e conquistando importantes avanços na ciência e na tecnologia, utilizando como base a matéria-prima que vem da natureza, mas não foi notado com antecedência que os recursos naturais existem em quantidade limitada. Dessa forma o ar que o ser humano respira, a água que bebe, o solo de que retira sua alimentação e todos os habitats dos animais, está correndo riscos. A má administração dos recursos naturais como os vários tipos de poluição, desmatamento e as queimadas são conhecidos pelo indivíduo. Mas, mesmo com a consciência de que sem uma interação entre os elementos que compõem o meio ambiente e a espécie humana, será impossível a sobrevivência, ainda não são colocadas em prática ações para a preservação do meio ambiente. Através da Educação Ambiental o professor busca soluções para esclarecer aos alunos sobre suas relações com a natureza, enfatizando sua importância por possuir reservas finitas que devem ser utilizadas de maneira racional, sem desperdício, de modo que haja um equilíbrio entre o homem e o ambiente. A premissa nessa área é que todas as espécies merecem nosso respeito e que a nossa sobrevivência depende da conservação da biodiversidade. A educação foi e é muito importante para a sociedade, pois ela contribui para sua formação. Por isso trabalhar com o Meio Ambiente nas escolas é muito relevante, porque dessa forma tanto os educadores quanto os educandos têm contato com os processos de conservação da natureza. Urge que a compreensão da importância da preservação da natureza aconteça desde a formação nível básico até o nível superior. A Educação Ambiental vem a ser um processo participativo de grande valia na conscientização do cidadão onde o educando assume o papel de elemento central dos processos de ensino e aprendizagem, participando ativamente na compreensão dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, com uma conduta ética condizente com o pleno exercício da cidadania. A Educação Ambiental busca valores que levam a uma convivência harmoniosa e consciente do homem com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a raciocinar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à destruição inconsequente dos recursos naturais e de várias espécies. É preciso considerar que a natureza não é fonte inesgotável de recursos como imaginavam os antepassados, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital; as espécies existentes no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade e a sustentabilidade são fundamentais para a nossa sobrevivência. A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará sequência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis. Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua consequência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável. Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola é de grande valia para que o aluno perceba a correlação dos fatos e tenha uma visão holística, ou seja, integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares. De acordo com Gadotti & Romão (2007) a educação básica de jovens e adultos é aquela que possibilita ao aluno ler, escrever e compreender a língua nacional, o domínio dos símbolos e operações matemáticas básicas, dos conhecimentos essenciais das ciências sociais e naturais e o acesso aos meios de produção cultural, entre os quais o lazer, a arte, a comunicação e o esporte. A educação permite a compreensão da vida moderna em seus diferentes aspectos e o posicionamento crítico do indivíduo face à sua realidade. Ainda a educação propicia o acesso ao conhecimento socialmente produzido que é patrimônio da humanidade. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) de certa forma sempre esteve presente na educação, mas com outros nomes como Suplência, Alfabetização e Supletivo, sendo uma modalidade de ensino que emergiu dinate do insucesso das etapas da Educação Básica como ensino fundamental e médio regulares. Na rede escolar pública brasileira, como também na rede particular de ensino, desenvolve-se progressivamente a modalidade de EJA, que recebe os jovens e adultos que não completaram os anos da educação básica em idade apropriada, por diferentes motivos. Hoje é assumida pelo Governo a Educação de Jovens e Adultos, tendo um caráter político e social, sendo objeto de políticas públicas específicas. A modalidade de Educação de Jovens e Adultos nas escolas oferece aos alunos não só a probabilidade de ampliar as competências básicas para a aprendizagem dos conteúdos escolares, como também a possibilidade de aumentar sua consciência em relação à interação com o mundo, visto que a incorporação da cultura e da realidade vivencial dos educandos como ponto de partida para práticas educativas, leva em conta o saber desses alunos cujas experiências anteriores são valorizadas como capazes de agregar aprendizagem, ao invés de ignorá-las. No Brasil, a influência das ideias do educador Paulo Freire teve forte relação com o movimento de educação popular. Em Educação de Jovens e Adultos, a figura do professor Paulo Freire representava para muitos, e principalmente para aqueles que se constituiram em grupos de resistencia às praticas educativas calcadas no ideario do Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), a possibilidade da definição de uma politica que incorpore a importância da educação de Jovens e Adultos na transformação social da cidade e não somente uma educação visando ao processo produtivo do país. Pelo seu trabalho incansável em favor da educação, tornou-se referencial para a educação na América Latina, fundamentando sua ação no debate, na problematização e na conscientização. Para Paulo Freire ninguém é analfabeto porque quer; as condições socioeconômicas, as desigualdades sociais, a fome, a miséria são as causas desse mal que, por longas décadas e até hoje o Brasil não conseguiu superar. Educação Ambiental na EJA (Educação de Jovens e Adultos) foi o tema escolhido a partir das visões obtidas durante o período cursado, como objeto de estudo a ser aprofundado no TCC – Trabalho de Conclusão de Curso. Primeiramente ele nos chamou a atenção pela necessidade de ampliação do conhecimento dos adultos em formação no que diz respeito ao Meio Ambiente, pois apesar do conhecimento que muitos já possuem a problemática ainda é bastante carente de atenção. Trata-se de uma população capaz de multiplicar suas idéias em defesa do meio ambiente junto aos seus filhos e familiares. De formas dinâmicas o Meio Ambiente pode ser trabalhado nas salas de aula, com oficinas chamando a atenção dos alunos através de vídeos e dinâmicas. Outro ponto que nos chamou atenção foi a nossa própria necessidade, como licenciandos, de ampliar o conhecimento da EJA visando nossa prática pedagógica futura. A ampliação do estudo do Meio Ambiente e suas problemáticas poderão trazer para os alunos ampliação dos conhecimentos e conscientização para lidar com sistemas ambientais de maneira global, de modo a evitar desperdícios e danos na natureza próxima e futura. Dessa forma essa pesquisa pretende contribuir para uma adequada concepção dos alunos sobre a conservação do Meio Ambiente. O objetivo da investigação junto aos jovens e adultos do Ensino Médio – EJA é identificar como os alunos concebem as relações homem – natureza e, especialmente, os problemas ambientais. Essa pesquisa caracteriza suas representações (alunos da EJA – EM) sobre suas relações com o meio ambiente, coletadas mediante Oficinas de Educação Ambiental, que abordam de forma contextualizada e dinâmica problemas ambientais da região. Ainda como objetivos da pesquisa destacam-se: discutir a responsabilidade de cada um para com a preservação do planeta e da espécie humana; e avaliar as possíveis mudanças na concepção dos alunos participantes, na área de Educação Ambiental, a partir das oficinas. Esse TCC está constituído por 4 seções além dessa introdução. Na primeira seção, trata-se da tentativa de enquadramento teórico mediante a revisão da literatura da área de educação ambiental e EJA. Na segunda seção tratamos dos procedimentos metodológicos que foram desenvolvidas na pesquisa de campo. A terceira seção é uma apropriação teórica dos dados empíricos, via análise e discussão dos resultados obtidos. Finalmente, na última parte, são tecidas algumas considerações finais a título de conclusão. 2 REVISÃO LITERÁRIA 2.1. MEIO AMBIENTE Nesta investigação meio ambiente é entendido como o conjunto de elementos com os quais o homem convive cotidianamente, incluindo a natureza em sua ampla definição que contempla a natureza externa e as relações homem – homem. Essa fundamentação está baseada na revisão teórica procedida para fins deste estudo assim como na formação obtida durante o curso de licenciatura na área de Ciências Biológicas, De acordo com Pinheiro (1992), o meio ambiente e tudo que tem a ver com a vida de um ser, envolvendo todas as coisas vivas e não vivas da terra. Incluindo o ambiente construído artificialmente que se contrasta com o ambiente natural. O meio ambiente é o conjunto de elementos favoráveis ou desfavoráveis que cercam determinado ser vivo, como luz, calor, ventos, chuvas, condições edáficas (relativas ao solo) e a presença de outros seres vivos. O ambiente pode ser natural, quando ocorre na própria natureza, ou artificial, quando criado pelo homem. (PINHEIRO,1992, p. 2). Para Fonte (2009), “meio ambiente é uma daquelas expressões que, embora bastante conhecida, não costuma ser definida com clareza”. Diante desse assunto que vem conquistando cada vez mais espaço e prestígio atualmente, é necessário que possamos perceber o meio ambiente como algo que começa dentro de nós, alcançando tudo que nos cerca e as relações que estabelecemos com o universo. Quando se discute a questão do meio ambiente, é comum invocar-se a extrema fragilidade de nosso planeta como argumento contra a intervenção humana. Entretanto, por incrível que pareça seria mais verdadeiro dizer que projetamos na Terra nossa própria fragilidade e limitação. Estudos geológicos na Terra revelam que nosso planeta já passou por inúmeras vicissitucides: violentíssimos terremotos e erupções vulcânicas, rompimento da crosta terrestre e impactos de grandes meteoros. A todos ela sobreviveu. (SARIEGO, 2001, p.6) A relação homem-natureza não era considerada ponto de interação no convívio social; o ser humano conseguiu evoluir, desenvolvendo a indústria, promovendo mais empregos aumentando sua população, ate que diante dos limites impostos pela natureza, começou a perceber que a qualidade de vida do homem depende da qualidade e estabilidade da natureza, o que fica claro nas falas de Cunha; Guerra (2005) e Loureiro (2008). A compreensão tradicional das relações entre a sociedade e a natureza desenvolvidas até o século XIX, vinculadas ao processo de produção capitalista, considerava o homem e a natureza como polos excludentes, tendo subjacente a concepção de uma natureza objeto, fonte ilimitada de recursos à disposição do homem. Com base nessa concepção, desenvolveram-se práticas, por meio de um processo de industrialização, em que a acumulação se realizava por meio da exploração intensa dos recursos naturais, com efeitos perversos para a natureza e os homens. (CUNHA; GUERRA, 2005, p.17) Apesar de a dimensão natureza, na tradição crítica, não ter sido objeto de maiores atenções até o final da década de 60, o entendimento dialético sociedadenatureza impede que se façam afirmações idealistas de uma relação vista como natural ou perfeita dos seres humanos na natureza. Indica, como conceito, que um pólo determina as possibilidades do outro, ou seja, a espécie humana, por mais que avance em termos tecnológicos, jamais se desvinculará da natureza e aos limites por esta impostos em dadas circunstancias historicamente definidas, e que a cada fase da humanidade se construirá um tipo específico de relação com a dimensão natural e um conceito próprio a seu respeito. (LOUREIRO, 2008, p.16) 2.2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL A educação ambiental faz parte da luta pela sobrevivência do homem, buscando no coletivo e individual a conscientização de que o desenvolvimento sustentável irá promover um futuro promissor. As pessoas passarão a compreender a necessidade de promover uma mudança diante de sua postura com o convívio com a natureza. Tudo isso foi visto nos textos de Dias (2004) e Rusheinsky (2002). Para sair dessa situação, a promoção do Desenvolvimento sustentável salta da utopia para assumir o papel de estratégia para a sobrevivência da espécie humana, e a Educação Ambiental (EA) passa a representar um importante componente dessa estratégia, em busca de um, novo paradigma, de um novo estilo de vida, tão bem expresso por Mikhail Gorbacev, por ocasião do encontro do Rio +5, realizado no Rio de Janeiro em julho de 1997: “O maior desafio, tanto na nossa época como do próximo século, é salvar o planeta da destruição. Isso vai exigir mudanças nos próprios fundamentos da civilização moderna – o relacionamento dos seres humanos com a natureza”. (DIAS, 2004, p.97) A educação ambiental é definida como um conjunto de processos a parti dos quais os indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências (art.1º da Política Nacional de Educação Ambiental- Edwards 1994), na educação ambiental o conhecimento é a educação sobreo ambiente, enquanto os valores e atitudes positivas são uma educação para o ambiente. (RUSHEINSKY, 2002, p.143) Segundo Oliveira (2000), “a educação ambiental busca um novo ideário comportamental, tanto no âmbito individual quanto coletivo. Ela deve começar em casa, ganhar as praças e as ruas, atingir os bairros e as periferias, evidenciar as peculiaridades regionais, apontando para o nacional e o global”. A educação ambiental abrange, de forma diversificada, a consciência e a ação de cada um, para que no futuro as pessoas possam agir de forma diferenciada procurando viabilizar a melhoria das relações econômicas, sociais, políticas e culturais fazendo com que estas não danifiquem o ambiente que o cerca. Dias (2004), mais uma vez mostra a importância do meio ambiente integrado na educação. A EA, por ser interdisciplinar; por lidar com a realidade; por adotar uma abordagem que considera todos os aspectos que compõem a questão ambientalsocioculturais, políticos, científico-tecnológicos, éticos, ecológicos etc.; por achar que a escola não pode ser um amontoado de gente trabalhando com outro amontoado de papel; por ser catalisadora de uma educação para a cidadania consciente, pode e deve ser o agente otimizador de novos processos educativos que conduzam as pessoas por caminhos onde se vislumbre a possibilidade de mudança e melhoria do seu ambiente total e da qualidade da sua experiência humana. (DIAS, 2004, p.255) 2.3. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um desafio para os educadores, pois tem mostrado um trabalho árduo e promissor em seus resultados. Na perspectiva da EJA no Brasil a educação de adultos é decorrência da insuficiência quantitativa e qualitativa da educação básica regular. A exclusão no acesso, hoje já superada, gerou um numero significativo de jovens e adultos analfabetos que ainda hoje buscam superar essa lacuna de formação, representando um débito histórico do governo brasileiro para com esse segmento da população. Ao mesmo tempo, a EJA decorre das altas taxas de evasão e reprovação, indicadores da deficiência qualitativa da educação regular de crianças, que com o tempo tem feito crescer a demanda pela educação de jovens e adultos. Até hoje essa modalidade de ensino não mereceu efetiva prioridade dos diferentes governos de modo que vem reptando os problemas enfrentados com o analfabetismo e o poder econômico destes alunos, desafiando os professores no sentido da busca de novas formas de ensinar, enfatizando o poder da pesquisa para uma melhor compreensão e desenvolvimento do raciocínio. Freire (1987) mostra o quanto os alunos devem ser desafiados e Piconez (2002) acentua a importância da formação de professores no processo de alfabetização. Quanto mais se problematiza os educandos, como seres no mundo e com o mundo, tanto mais se sentirão desafiados. Tão mais desafiados, quanto mais obrigados a responder ao desafio. Desafiados, compreendem o desafio na própria ação de captá-lo. Mas, precisamente porque captam o desafio como um problema em suas conexões com outros, num plano de totalidade e não como algo petrificado, a compreensão resultante tende a tornar-se crescentemente crítica, por isto, cada vez mais desalienada. (FREIRE, 1987, p. 70) Não podemos ignorar que, no Brasil, problemas de base ainda não foram resolvidos e, portanto, diante de constantes transformações tecnológicas na conquista do conhecimento, convivemos com o analfabetismo sem condições de interação com perfis sociais e econômicos mais modernos. No âmbito da educação escolar de jovens e adultos, o desafio apresenta questões mais específicas, dados o insucesso da escola existente e as dificuldades com a formação de professores competentes para o trabalho com o processo de alfabetização. (PICONEZ, 2009, p. 27) Nessa perspectiva, o curso de Educação de Jovens e adultos, em tese, oferece aos educandos não só a probabilidade de ampliar as competências necessárias para a aprendizagem dos conteúdos escolares, como também a possibilidade de aumentar a consciência em relação a sua interação com o mundo, desenvolvendo a capacidade de participação social, no exercício da cidadania. Gadotti; Romão (2007) e Freire (1987). O aluno adulto não pode ser tratado como uma criança cuja história de vida apenas começa. Ele quer ver a aplicação imediata do que está aprendendo. Ao mesmo tempo, apresenta-se temeroso, sente-se ameaçado, precisa ser estimulado, criar auto-estima, pois a sua “ignorância” lhe traz tensão, angústia, complexo de inferioridade. Muitas vezes tem vergonha de falar de si, de sua moradia, de sua experiência frustrada de infância, principalmente em relação à escola. É preciso que tudo isso seja verbalizado e analisado. O primeiro direito do alfabetizado é o direito de se expressar. (GADOTTI; ROMÃO, 2007, p.39) A educação que se impõe aos que verdadeiramente se comprometem com a libertação não pode fundar-se numa compreensão dos homens como seres “vazios” a quem o mundo “encha” de conteúdos; não pode basear-se numa consciência especializada, mecanicistamente compartimentada, mas nos homens como “corpos conscientes” e na consciência como consciência intencionada ao mundo. Não pode ser a do depósito de conteúdos, mas a da problematização dos homens em suas relações com o mundo. (FREIRE, 1987, p.67) 3 MATERIAIS E MÉTODOS Para realizar a investigação sobre a Conscientização Ambiental, desenvolvemos uma pesquisa de campo na Escola Estadual Monsenhor Carlos Camélio Costa, localizado na Rua: Alagoas, S/Nº - Conj. D. Pedro I, no Bairro Jose Conrado de Araújo Aracaju - SE, CEP: 49075-030, sob direção da Prof.(a) Zilene Gomes Geraldo, em uma turma de horário noturno do ensino médio na modalidade de EJA, na faixa etária de 18 a 45 anos (Apêndice A), de ambos os sexos, trabalhadores informais e alguns desempregados. A turma possui cerca de 35 alunos matriculados mas apenas 24 atuantes. A pesquisa teve caráter quantitativo-qualitativo, pois foi feito um questionário (Apêndice B) para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos alunos e também desenvolvidas oficinas com o intuito de estimular os entrevistados a pensarem livremente sobre a relação homem-ambiente. Sendo realizada em três dias, totalizando sete aulas. A princípio foi aplicado esse questionário cujos resultados constam do Apêndice C, para averiguar os conhecimentos antecedentes dos alunos sobre o conceito de meio ambiente e os problemas que o cercam; em seguida foram exibidos dois vídeos, selecionados de acordo com a temática, onde um mostrava diversos ambientes e suas belezas e o outro era baseado em uma conversa entre a Terra e um astronauta, no qual a Terra contava todas as suas tristezas; de modo interativo debatemos com os alunos, fazendo com que refletissem suas relações com o ambiente. Para levar o aluno a um interesse maior no segundo dia foram apresentados mais seis vídeos com conteúdos diversos; os dois primeiros vídeos mostravam os vários tipos de poluição (poluição dos solos, da água, do ar, sonora) e algumas consequências como o efeito estufa. Depois foram exibidos mais dois vídeos que falavam sobre as secas, e os dois últimos mostravam reportagens sobre enchentes, sendo que a cada dois vídeos, as pesquisadoras procuravam fazer com que os estudantes expressassem suas opiniões, levantando questionamentos referentes ao seu cotidiano. No terceiro e último dia, procuramos fazer com que a oficina fosse motivacional, apresentando dois vídeos que fizessem os alunos refletir sobre a importância de tudo que os cercam; esses dois últimos vídeos apresentavam imagens muito tristes da realidade do nosso planeta e imagens muito bonitas de algumas paisagens que ainda resistem. Em seguida foi aplicado novamente o mesmo questionário, cujos resultados constam do Apêndice D, visando avaliar a aprendizagem em termos de mudança na forma de pensar a relação do homem com a natureza. 4 RESULTADOS Para a elaboração dessa pesquisa contamos com 23 alunos da EJAEM terceira etapa, totalizando 66% (anexo) de um universo de 35 alunos matriculados nessa etapa, na Escola Estadual Monsenhor Carlos Camelio Costa. A média de idade dos alunos é de 70% de 18 à 25 anos, 26% de 25 à 35 anos e 4% de 35 à 45 anos. Com base na primeira pergunta do questionário observamos que antes das oficinas 70% dos alunos não sabiam o que era meio ambiente, 4% não responderam essa pergunta e apenas 26% dos pesquisados responderam de forma coerente. Depois da aplicação das oficinas apenas 13% dos alunos permaneceram sem saber expressar o que é meio ambiente, 9% não responderam à pergunta e 78% já tinham uma base do que é meio ambiente. Esses resultados podem ser visualizados nos gráficos que seguem. O que você entende por meio ambiente? 4% 26% Sim Não 70% Não respondeu Gráfico 1: Análise da primeira pergunta do questionário antes das oficinas. O que você entende por meio ambiente? 9% Sim 13% Não 78% Não respondeu Gráfico 2: Análise da primeira pergunta do questionário depois da oficina. Na analise da segunda questão foi observado através do gráfico 3 que tanto antes quanto depois das oficinas 96% dos alunos consideram a água, o ar e as árvores importantes para sua vida. E foi notado também que as justificativas que os educandos expuseram foram claras nos dois contextos. A água, o ar e as arvores tem alguma importância na sua… 4% 0% Sim Não 96% Não respondeu Gráfico 3: Analise da segunda pergunta do questionário antes e depois da oficina. De acordo com o gráfico 4, 57% dos alunos consideram os diversos tipos de poluição principalmente a poluição do solo como problemas ambientais, 30% acham que a poluição e o desmatamento são os problemas enfrentados pelo meio ambiente e 13% não souberam responder sobre os problemas ambientais, como exemplo o aluno 16 (Apêndice C) que respondeu da seguinte forma: “Ambientes preservados são as plantas, as arvores, os rios, os manguezais.” Já no gráfico 5, foi analisado a mesma pergunta só que após as oficinas e de acordo com esse gráfico 31% responderam algum tipo de poluição, 65% consideram poluição e desmatamento e 4% não responderam, deixando a questão em branco. Quais são os problemas ambientais observados por você? 13% 30% Vários tipos de poluição 57% Poluição e desmatamento Não souberam responder Gráfico 4: Analise da terceira pergunta do questionário, antes da oficina. Quais são os problemas ambientais observados por você? 4% Vários tipos de poluição 31% 65% Poluição e desmatamento Não responderam Gráfico 5: Analise da terceira pergunta do questionário, depois da oficina. Na quarta questão os alunos foram questionados sobre o que devemos fazer para melhorar os problemas ambientais, o gráfico 6 mostra que os alunos deram cinco respostas 17% respondeu cuidar do meio ambiente como resposta, 57% não jogar lixo na rua, 13% não desmatar, 9% reciclagem e 4% dos educandos não souberam responder. Segundo a avaliação feita no gráfico 7 13% dos alunos responderam cuidar do meio ambiente, 39% não jogar lixo na rua, 22% não desmatar e não jogar lixo na rua, 22% reciclagem e 4% dos alunos não respondeu. Para você o que devemos fazer para melhorar os … Cuidar do meio 13% ambiente Não jogar lixo na rua 4% 17% Reciclagem 9% Não desmatar 57% Não souberam responder Gráfico 6: Análise da quarta pergunta do questionário, antes da oficina. Para você o que devemos fazer para melhorar Cuidar os…do ambiente 4% Não jogar lixo na rua 13% 22% 22% 39% Não desmatar e não jogar lixi na rua Reciclagem Não responderam Gráfico 7: Análise da quarta pergunta do questionário, após a oficina. Na analise da quinta questão que pergunta se no dia-a-dia os alunos fazem algo que contribua para a preservação do meio ambiente, o gráfico 8 que analisa a questão antes das oficinas mostra que 87% dos alunos responderam que sim, mas a justificativa dada por eles (Apêndice C) era mais ou menos da seguinte forma como a do aluno 28: “Sim, jogo o lixo no lugar certo tento não desperdiçar água.” E o gráfico 9 que analisa a mesma questão depois das oficinas mostrou que os alunos mudaram de idéi; 96% responderam sim, mas as respostas eram um pouco mais coerentes, como a do mesmo aluno 28 (Apêndice D): “Muito pouco, jogo lixo no lugar serto, tento não fazer muita comida para poder não sobrar para jogar no lixo.” No seu dia-a-dia você faz alguma coisa que contribua com a… 13% Sim 87% Não Gráfico 8: Analise da quinta pergunta do questionário, antes da oficina. No seu dia-a-dia você faz alguma coisa que contribua com a… 4% 0% Sim Não 96% Gráfico 9: Analise da quinta pergunta do questionário, depois da oficina. A sexta pergunta do questionário indaga o seguinte: As relações entre os homens, colegas, familiares e comunidade, por exemplo, podem ser consideradas como problema do meio ambiente? Analisando o gráfico 10 podemos perceber que 79% dos alunos responderam que sim, 13% não e 8% não souberam responder. Já o gráfico 11, mostra que 80% dos alunos responderam sim, 9% não, 6% não souberam responder e 5% não responderam à pergunta. As relações entre os homens, colegas familiares e… 9% Sim 13% Não 78% Não souberam responder Gráfico 10: Analise da sexta pergunta do questionário, antes da oficina. As relações entre os homens, colegas familiares e… 9% Sim 4% Não 9% 78% Não souberam responder Não responderam Gráfico 11: Analise da sexta pergunta do questionário, depois da oficina. Na sétima questão foi perguntado de quem era na opinião dos alunos a responsabilidade pela preservação do meio ambiente e equilíbrio do planeta. Foi observado no gráfico 12 que os alunos nos deram 5 opções como respostas, 75% responderam que a responsabilidade era dos seres humanos, 17% da EMSURB, 8% dos políticos e 4% dos ambientalistas. Na analise feita com o gráfico 13 evidenciou-se que 86% consideram os seres humanos responsáveis pela preservação ambiental, 5% EMSURB, 4% políticos e 4% não responderam. Em sua opinião de quem e a responsabilidade pela… 9% Dos seres humanos EMSURB 4% Políticos 17% 70% Ambientalista s Gráfico 12: Analise da sétima pergunta do questionário, antes da oficina. Em sua opinião de quem e a responsabilidade pela preservação do meio ambiente e equilíbrioSeres dohuanos … 5% 4% 4% EMSURB Políticos 87% Não responderam Gráfico 13: Analise da sétima pergunta do questionário, depois da oficina. A oitava e última questão teve como propósito ser aberta de modo a permitir que os pesquisados tivessem como expressar-se de maneira livre, pondo suas idéias sem um contexto prévio. No primeiro momento, apenas 30% responderam e 70% preferiram não expor suas opiniões; desses que responderam tivemos uma resposta que nos pareceu bem interessante e real do aluno 13 (Apêndice C) quando cita que: “Pra falar a verdade eu to por fora desse assunto, a verdade é que de dez, um liga pro meio ambiente. Tem gente que nem sabe o que é meio ambiente”. Em relação ao segundo questionário desse mesmo item notamos que houve um declive no número de pessoas que responderam que foi de 30% para 28%, porém essas respostas tiveram um contexto mais expressivo como esse citado pelo aluno 10 (Apêndice D): “A natureza tem que ser preservada; o fim da natureza significa o fim do homem”. Observações livres 30% Respondeu 70% Não respondeu Gráfico 14: Analise da oitava pergunta, antes da oficina. Observações livres: 22% Respondeu 78% Não respondeu Gráfico 15: Analise da oitava questão, depois da oficina. 5 DISCUSSÃO Diante dos resultados obtidos com os alunos do EJAEM foi constatado que a Educação Ambiental nos cursos de nível médio ainda mostra deficiência e que essa deficiência pode ser corrigida se a mesma for integrada no ensino diário desse curso, levando assim conhecimentos ambientais com bases mais firmes. Essa averiguação foi completada com os conhecimentos de Ruscheinsky (2002 p. 58), “é preciso dizer com clareza que não concebemos uma educação ambiental doutrinária que, externamente à problemática das comunidades, “as invada” com objetivos que lhes são estranhos, ainda que para restaurar, acriticamente, a ligação perdida com a natureza. Buscamos, isso sim, construir cada vez mais a autonomia cidadã, imprimindo às práticas de educação ambiental um caráter transformador da realidade”. Os pesquisados mostraram que não possuem um alicerce do que vem a ser o meio ambiente, apresentando insegurança e muitas vezes deixando esplicito que não possuem uma relação segura com o tema. Através disso percebece-se que se estes não tem afinidade com o tema, como irão conhecer suas problematicas e sua importância? Vê-se então que ainda falta essência para o pensamento de Tristão (2004 p. 25), A educação ambiental, na sua complexibilidade, configura-se como a possibilidade de religar a natureza e a cultura, a sociedade e a natureza, o sujeito e o objeto, enfim. Entretanto baseada na relação do ser humano com o meio ambiente, da sociedade com a natureza, das sociedades entre si, encontra-se em construção e em debate. Quando foram questionados os alunos a respeito do que deveria ser feito para melhorar o meio ambiente observou-se que grande maioria tem plena consciência do quanto é importante e o que deve ser feito para que haja essa interação entre o meio ambiente e o homem, mostrando que deveria haver consientização e que isso não acontece, deixando assim claro que ainda faltam incentivos educacionais para que essa conscientização seja posto em prática. Loureiro (2004) mostra que a Educação ambiental transformadora é aquela que possui um conteúdo emancipatório, em que a dialética entre a forma e conteúdo se realiza de tal maneira que as alterações da atividade humana, vinculadas ao fazer educativo, impliquem mudanças individuais e coletivas, locais e globais, estruturais e conjunturais, econômicas e culturais. No trabalho de concientização é preciso estar claro que conscientizar não é simplesmente transmitir valores “verdes” do educador para o educando; essa é a lógica da educação “tradicional”; é, na verdade, possibilitar ao educando questionar criticamente os valores estabelecidos pela sociedade, assim como os valores do próprio educador que está trabalhando em sua concientização, corroborando o que descreve Guimarães (1995). Guimarães (1995, p. 20) afirma: Tem que permitir que o educando construa o conhecimento e critique valores a partir de sua realidade, o que não significa um papel neutro do educador que negue os seus próprios valores em sua prática, mas que propicie ao educanndo confrontar criticamente diversos valores em busca de uma sintese pessoal que refletirá em novas atitudes. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa evidenciou que é de grande importância a inclusão da educação ambiental no contexto escolar. De acordo com os resultados obtidos foi observado um grande interesse por parte dos educandos, apesar de seus conhecimentos prévios e inseguros, devido à despreparação por parte dos educadores. O contexto meio ambiente, com suas poblemáticas e relação homemnatureza, pode ser inserido de diversas maneiras em todas as disciplinas desde a educação infantil ate o final da educação básica (Ensino Médio), inclusive na modalidade da educação de jovens e adultos, pois todos mostram-se interessados não importando a idade. A preparação maior e integral dos professores, nas respectivas licenciaturas, atentando que se trata de tema transversal, mostrando as diversas formas de como esse tema pode ser trabalhado, terá implicações na prática pedagógica futura. Após essa inclusão no currículo de formação inicial e até continuada de professores, a probabilidade é que os resultados obtidos sejam mais significativos, não só na forma de pensar, mas, principalmente, em suas formas de relacionar-se e agir de educadores-educandos. Como um dos objetivos desta pesquisa foi mostrar que os alunos conseguem melhorar suas concepções e relações com o meio ambiente através das oficinas, tornou-se nítido pelos resultados obtidos que a pesquisa foi bastante vantajosa. Sendo um estímulo para nos futuras professoras, que podemos perceber a empolgação dos alunos e as mudanças em suas visões. SOBRE OS AUTORES E ORIENTADOR Mary Rubia P. Sousa graduada do sétimo período no curso de Ciências Biológicas licenciatura pela Universidade Tiradentes. E-mail: [email protected]. Thaís Milena B. Santos graduada do sétimo período no curso de Ciências Biológicas licenciatura pela Universidade Tiradentes. E-mail: [email protected]. Orientado por Ada Augusta Celestino Bezerra, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo, Mestra em Educação pela Fundação Getúlio Vargas (RJ) e licenciada em Pedagogia pela UFS. Professor Pleno I do Curso de Mestrado em Educação da UNIT. REFERÊNCIAS CUNHA, Sandra Baptista da; GUERRA, Antonio José Teixeira (Org.) A questão ambiental: diferentes abordagens. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. 248 p. ISBN 8528609928 Chuva forte causa tragédia em Nova Friburgo no Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=zFIbgnC69LE&feature>. Acesso: 02 de março de 2011. DIAS, Genebaldo Freire. Ecopercepção: um socioambientais. São Paulo: Gaia, 2004. 51 p. resumo didático dos desafios EDUCAÇÃO ambiental: abordagens múltiplas. Porto Alegre: ARTMED, 2002. 183 p. ISBN 8573079932. organização [de] Aloísio Ruscheinsky FONTES, Aracy Losano; AGRA, Leonilde Gomes; SANTANA, José Wagner Costa de. Meio ambiente e sociedade. Aracaju, SE: UNIT, 2009. 176 p. 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