CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
(EJA): UM ESTUDO DE CASO NO EJA MÉDIO NA ESCOLA ESTADUAL
MONSENHOR CARLOS CAMÉLIO COSTA DA REDE PÚBLICA DE ARACAJU
GT 1 – ESPAÇOS EDUCATIVOS (SABERES E PRÁTICAS)
MARY RUBIA PEREIRA SOUSA
THAÍS MILENA BATISTA SANTOS
ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA
RESUMO
O meio ambiente tem tido grande enfoque nas diversas áreas de conhecimento no
que diz respeito ao relacionamento do homem com a natureza, pois como os seres
humanos não souberam administrar os recursos naturais provocando vários
impactos, hoje buscam soluções para reverter essa situação, preservando a
natureza. Ele representou o objeto de estudo do TCC ora apresentado diante da
necessidade de investigar junto aos jovens e adultos do Ensino Médio – EJA suas
relações com o meio ambiente, tendo como referências objetivas imediatas as
representações de alunos, antes e depois de oficinas nessa área. Via questionários
e Oficinas de Educação Ambiental, que abordaram de forma contextualizada e
dinâmica problemas ambientais da região, foram coletadas essas representações,
analisadas e expostas. Através desta investigação percebemos o quanto é
importante a aplicação de temas relacionados ao meio ambiente cotidianamente em
sala de aula, pois os eduncandos mostraram que apesar de suas idades ainda
apresentam uma instabilidade no que diz respeito ao ambiente. Também as
conclusões reforçam esse componente curricular nos cursos de formação inicial e
continuada de docentes.
PALAVRAS-CHAVE: Meio Ambiente, Educação Ambiental, Educação de Jovens E
Adultos.
ABSTRACT
The environment have had great approach in the different areas of knowledge in
what concern at relationship of men with the nature, because how the human being
did not know manage the natural resources causing many impacts, today they
search solutions for revert this situation, preserving the nature. He represented the
object of study of TCC presented up against of the necessity to investigate with the
people young and adults of Meddle Education – EJA your relations to environment,
having like immediate objective reference the representations of students, before and
after of workshop in this area. Through questionnaire and Workshops of
Environmental Education, that dealt with contextualized and dynamic way
environment problems in region, these representations was collected, analyzed and
showed. Through this investigation we perceive how many important is the
application of related themes at environment daily in the class, because the students
showed that although of your ages still presents some instability concern the
environment. Also the conclusions reinforce this curricular component in our courses
of initial formation and continued of teachers.
KEY-WORDS: Environment, Environmental Education, Education Of Young People
And Adults.
1 INTRODUÇÃO
Com a sociedade cada vez mais moderna e industrializada, o homem se afastou da
natureza esquecendo que faz parte dela. A raça humana começou a evoluir,
aumentando a população e conquistando importantes avanços na ciência e na
tecnologia, utilizando como base a matéria-prima que vem da natureza, mas não foi
notado com antecedência que os recursos naturais existem em quantidade limitada.
Dessa forma o ar que o ser humano respira, a água que bebe, o solo de que retira
sua alimentação e todos os habitats dos animais, está correndo riscos.
A má administração dos recursos naturais como os vários tipos de poluição,
desmatamento e as queimadas são conhecidos pelo indivíduo. Mas, mesmo com a
consciência de que sem uma interação entre os elementos que compõem o meio
ambiente e a espécie humana, será impossível a sobrevivência, ainda não são
colocadas em prática ações para a preservação do meio ambiente.
Através da Educação Ambiental o professor busca soluções para esclarecer aos
alunos sobre suas relações com a natureza, enfatizando sua importância por possuir
reservas finitas que devem ser utilizadas de maneira racional, sem desperdício, de
modo que haja um equilíbrio entre o homem e o ambiente. A premissa nessa área é
que todas as espécies merecem nosso respeito e que a nossa sobrevivência
depende da conservação da biodiversidade.
A educação foi e é muito importante para a sociedade, pois ela contribui para sua
formação. Por isso trabalhar com o Meio Ambiente nas escolas é muito relevante,
porque dessa forma tanto os educadores quanto os educandos têm contato com os
processos de conservação da natureza. Urge que a compreensão da importância da
preservação da natureza aconteça desde a formação nível básico até o nível
superior.
A Educação Ambiental vem a ser um processo participativo de grande valia na
conscientização do cidadão onde o educando assume o papel de elemento central
dos processos de ensino e aprendizagem, participando ativamente na compreensão
dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente
transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes,
com uma conduta ética condizente com o pleno exercício da cidadania.
A Educação Ambiental busca valores que levam a uma convivência harmoniosa e
consciente do homem com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta,
auxiliando o aluno a raciocinar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem
levado à destruição inconsequente dos recursos naturais e de várias espécies. É
preciso considerar que a natureza não é fonte inesgotável de recursos como
imaginavam os antepassados, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de
maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como
processo vital; as espécies existentes no planeta merecem nosso respeito. Além
disso, a manutenção da biodiversidade e a sustentabilidade são fundamentais para
a nossa sobrevivência.
A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará sequência ao seu processo
de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo
daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos
devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a
formação de cidadãos responsáveis.
Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no
tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno
compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua consequência para
consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É
fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas
pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de
uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.
Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e
contextualizados com a realidade da comunidade, a escola é de grande valia para
que o aluno perceba a correlação dos fatos e tenha uma visão holística, ou seja,
integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada
de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a
presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das
diversas disciplinas e das atividades escolares.
De acordo com Gadotti & Romão (2007) a educação básica de jovens e adultos é
aquela que possibilita ao aluno ler, escrever e compreender a língua nacional, o
domínio dos símbolos e operações matemáticas básicas, dos conhecimentos
essenciais das ciências sociais e naturais e o acesso aos meios de produção
cultural, entre os quais o lazer, a arte, a comunicação e o esporte.
A
educação permite a compreensão da vida moderna em seus diferentes aspectos e o
posicionamento crítico do indivíduo face à sua realidade. Ainda a educação propicia
o acesso ao conhecimento socialmente produzido que é patrimônio da humanidade.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) de certa forma sempre esteve presente na
educação, mas com outros nomes como Suplência, Alfabetização e Supletivo, sendo
uma modalidade de ensino que emergiu dinate do insucesso das
etapas da Educação Básica como ensino fundamental e médio regulares. Na rede
escolar pública brasileira, como também na rede particular de ensino, desenvolve-se
progressivamente a modalidade de EJA, que recebe os jovens e adultos que não
completaram os anos da educação básica em idade apropriada, por diferentes
motivos. Hoje é assumida pelo Governo a Educação de Jovens e Adultos, tendo um
caráter político e social, sendo objeto de políticas públicas específicas.
A modalidade de Educação de Jovens e Adultos nas escolas oferece aos alunos não
só a probabilidade de ampliar as competências básicas para a aprendizagem dos
conteúdos escolares, como também a possibilidade de aumentar sua consciência
em relação à interação com o mundo, visto que a incorporação da cultura e da
realidade vivencial dos educandos como ponto de partida para práticas educativas,
leva em conta o saber desses alunos cujas experiências anteriores são valorizadas
como capazes de agregar aprendizagem, ao invés de ignorá-las.
No Brasil, a influência das ideias do educador Paulo Freire teve forte relação com o
movimento de educação popular. Em Educação de Jovens e Adultos, a figura do
professor Paulo Freire representava para muitos, e principalmente para aqueles que
se constituiram em grupos de resistencia às praticas educativas calcadas no ideario
do Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), a possibilidade da definição de
uma politica que incorpore a importância da educação de Jovens e Adultos na
transformação social da cidade e não somente uma educação visando ao processo
produtivo do país.
Pelo seu trabalho incansável em favor da educação, tornou-se referencial para a
educação na América Latina, fundamentando sua ação no debate, na
problematização e na conscientização. Para Paulo Freire ninguém é analfabeto
porque quer; as condições socioeconômicas, as desigualdades sociais, a fome, a
miséria são as causas desse mal que, por longas décadas e até hoje o Brasil não
conseguiu superar.
Educação Ambiental na EJA (Educação de Jovens e Adultos) foi o tema escolhido a
partir das visões obtidas durante o período cursado, como objeto de estudo a ser
aprofundado no TCC – Trabalho de Conclusão de Curso. Primeiramente ele nos
chamou a atenção pela necessidade de ampliação do conhecimento dos adultos em
formação no que diz respeito ao Meio Ambiente, pois apesar do conhecimento que
muitos já possuem a problemática ainda é bastante carente de atenção. Trata-se de
uma população capaz de multiplicar suas idéias em defesa do meio ambiente junto
aos seus filhos e familiares. De formas dinâmicas o Meio Ambiente pode ser
trabalhado nas salas de aula, com oficinas chamando a atenção dos alunos através
de vídeos e dinâmicas. Outro ponto que nos chamou atenção foi a nossa própria
necessidade, como licenciandos, de ampliar o conhecimento da EJA visando nossa
prática pedagógica futura.
A ampliação do estudo do Meio Ambiente e suas problemáticas poderão trazer para
os alunos ampliação dos conhecimentos e conscientização para lidar com sistemas
ambientais de maneira global, de modo a evitar desperdícios e danos na natureza
próxima e futura. Dessa forma essa pesquisa pretende contribuir para uma
adequada concepção dos alunos sobre a conservação do Meio Ambiente.
O objetivo da investigação junto aos jovens e adultos do Ensino Médio – EJA é
identificar como os alunos concebem as relações homem – natureza e,
especialmente, os problemas ambientais. Essa pesquisa caracteriza suas
representações (alunos da EJA – EM) sobre suas relações com o meio ambiente,
coletadas mediante Oficinas de Educação Ambiental, que abordam de forma
contextualizada e dinâmica problemas ambientais da região. Ainda como objetivos
da pesquisa destacam-se: discutir a responsabilidade de cada um para com a
preservação do planeta e da espécie humana; e avaliar as possíveis mudanças na
concepção dos alunos participantes, na área de Educação Ambiental, a partir das
oficinas.
Esse TCC está constituído por 4 seções além dessa introdução. Na primeira seção,
trata-se da tentativa de enquadramento teórico mediante a revisão da literatura da
área de educação ambiental e EJA. Na segunda seção tratamos dos procedimentos
metodológicos que foram desenvolvidas na pesquisa de campo. A terceira seção é
uma apropriação teórica dos dados empíricos, via análise e discussão dos
resultados obtidos. Finalmente, na última parte, são tecidas algumas considerações
finais a título de conclusão.
2 REVISÃO LITERÁRIA
2.1. MEIO AMBIENTE
Nesta investigação meio ambiente é entendido como o conjunto de elementos
com os quais o homem convive cotidianamente, incluindo a natureza em sua ampla
definição que contempla a natureza externa e as relações homem – homem. Essa
fundamentação está baseada na revisão teórica procedida para fins deste estudo
assim como na formação obtida durante o curso de licenciatura na área de Ciências
Biológicas,
De acordo com Pinheiro (1992), o meio ambiente e tudo que tem a ver com a vida
de um ser, envolvendo todas as coisas vivas e não vivas da terra. Incluindo o
ambiente construído artificialmente que se contrasta com o ambiente natural.
O meio ambiente é o conjunto de elementos favoráveis ou desfavoráveis que
cercam determinado ser vivo, como luz, calor, ventos, chuvas, condições edáficas
(relativas ao solo) e a presença de outros seres vivos. O ambiente pode ser natural,
quando ocorre na própria natureza, ou artificial, quando criado pelo homem.
(PINHEIRO,1992, p. 2).
Para Fonte (2009), “meio ambiente é uma daquelas expressões que, embora
bastante conhecida, não costuma ser definida com clareza”. Diante desse assunto
que vem conquistando cada vez mais espaço e prestígio atualmente, é necessário
que possamos perceber o meio ambiente como algo que começa dentro de nós,
alcançando tudo que nos cerca e as relações que estabelecemos com o universo.
Quando se discute a questão do meio ambiente, é comum invocar-se a
extrema fragilidade de nosso planeta como argumento contra a intervenção humana.
Entretanto, por incrível que pareça seria mais verdadeiro dizer que projetamos na
Terra nossa própria fragilidade e limitação. Estudos geológicos na Terra revelam que
nosso planeta já passou por inúmeras vicissitucides: violentíssimos terremotos e
erupções vulcânicas, rompimento da crosta terrestre e impactos de grandes
meteoros. A todos ela sobreviveu. (SARIEGO, 2001, p.6)
A relação homem-natureza não era considerada ponto de interação no
convívio social; o ser humano conseguiu evoluir, desenvolvendo a indústria,
promovendo mais empregos aumentando sua população, ate que diante dos limites
impostos pela natureza, começou a perceber que a qualidade de vida do homem
depende da qualidade e estabilidade da natureza, o que fica claro nas falas de
Cunha; Guerra (2005) e Loureiro (2008).
A compreensão tradicional das relações entre a sociedade e a natureza
desenvolvidas até o século XIX, vinculadas ao processo de produção capitalista,
considerava o homem e a natureza como polos excludentes, tendo subjacente a
concepção de uma natureza objeto, fonte ilimitada de recursos à disposição do
homem. Com base nessa concepção, desenvolveram-se práticas, por meio de um
processo de industrialização, em que a acumulação se realizava por meio da
exploração intensa dos recursos naturais, com efeitos perversos para a natureza e
os homens. (CUNHA; GUERRA, 2005, p.17)
Apesar de a dimensão natureza, na tradição crítica, não ter sido objeto de
maiores atenções até o final da década de 60, o entendimento dialético sociedadenatureza impede que se façam afirmações idealistas de uma relação vista como
natural ou perfeita dos seres humanos na natureza. Indica, como conceito, que um
pólo determina as possibilidades do outro, ou seja, a espécie humana, por mais que
avance em termos tecnológicos, jamais se desvinculará da natureza e aos limites
por esta impostos em dadas circunstancias historicamente definidas, e que a cada
fase da humanidade se construirá um tipo específico de relação com a dimensão
natural e um conceito próprio a seu respeito. (LOUREIRO, 2008, p.16)
2.2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A educação ambiental faz parte da luta pela sobrevivência do homem,
buscando no coletivo e individual a conscientização de que o desenvolvimento
sustentável irá promover um futuro promissor. As pessoas passarão a compreender
a necessidade de promover uma mudança diante de sua postura com o convívio
com a natureza. Tudo isso foi visto nos textos de Dias (2004) e Rusheinsky (2002).
Para sair dessa situação, a promoção do Desenvolvimento sustentável salta
da utopia para assumir o papel de estratégia para a sobrevivência da espécie
humana, e a Educação Ambiental (EA) passa a representar um importante
componente dessa estratégia, em busca de um, novo paradigma, de um novo estilo
de vida, tão bem expresso por Mikhail Gorbacev, por ocasião do encontro do Rio +5,
realizado no Rio de Janeiro em julho de 1997: “O maior desafio, tanto na nossa
época como do próximo século, é salvar o planeta da destruição. Isso vai exigir
mudanças nos próprios fundamentos da civilização moderna – o relacionamento dos
seres humanos com a natureza”. (DIAS, 2004, p.97)
A educação ambiental é definida como um conjunto de processos a parti dos
quais os indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências (art.1º da Política Nacional de Educação
Ambiental- Edwards 1994), na educação ambiental o conhecimento é a educação
sobreo ambiente, enquanto os valores e atitudes positivas são uma educação para o
ambiente. (RUSHEINSKY, 2002, p.143)
Segundo Oliveira (2000), “a educação ambiental busca um novo ideário
comportamental, tanto no âmbito individual quanto coletivo. Ela deve começar em
casa, ganhar as praças e as ruas, atingir os bairros e as periferias, evidenciar as
peculiaridades regionais, apontando para o nacional e o global”.
A educação ambiental abrange, de forma diversificada, a consciência e a
ação de cada um, para que no futuro as pessoas possam agir de forma diferenciada
procurando viabilizar a melhoria das relações econômicas, sociais, políticas e
culturais fazendo com que estas não danifiquem o ambiente que o cerca. Dias
(2004), mais uma vez mostra a importância do meio ambiente integrado na
educação.
A EA, por ser interdisciplinar; por lidar com a realidade; por adotar uma
abordagem que considera todos os aspectos que compõem a questão ambientalsocioculturais, políticos, científico-tecnológicos, éticos, ecológicos etc.; por achar que
a escola não pode ser um amontoado de gente trabalhando com outro amontoado
de papel; por ser catalisadora de uma educação para a cidadania consciente, pode e
deve ser o agente otimizador de novos processos educativos que conduzam as
pessoas por caminhos onde se vislumbre a possibilidade de mudança e melhoria do
seu ambiente total e da qualidade da sua experiência humana. (DIAS, 2004, p.255)
2.3. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um desafio para os educadores,
pois tem mostrado um trabalho árduo e promissor em seus resultados. Na
perspectiva da EJA no Brasil a educação de adultos é decorrência da insuficiência
quantitativa e qualitativa da educação básica regular. A exclusão no acesso, hoje já
superada, gerou um numero significativo de jovens e adultos analfabetos que ainda
hoje buscam superar essa lacuna de formação, representando um débito histórico
do governo brasileiro para com esse segmento da população. Ao mesmo tempo, a
EJA decorre das altas taxas de evasão e reprovação, indicadores da deficiência
qualitativa da educação regular de crianças, que com o tempo tem feito crescer a
demanda pela educação de jovens e adultos.
Até hoje essa modalidade de ensino não mereceu efetiva prioridade dos diferentes
governos de modo que vem reptando os problemas enfrentados com o
analfabetismo e o poder econômico destes alunos, desafiando os professores no
sentido da busca de novas formas de ensinar, enfatizando o poder da pesquisa para
uma melhor compreensão e desenvolvimento do raciocínio. Freire (1987) mostra o
quanto os alunos devem ser desafiados e Piconez (2002) acentua a importância da
formação de professores no processo de alfabetização.
Quanto mais se problematiza os educandos, como seres no mundo e com o
mundo, tanto mais se sentirão desafiados. Tão mais desafiados, quanto mais
obrigados a responder ao desafio. Desafiados, compreendem o desafio na própria
ação de captá-lo. Mas, precisamente porque captam o desafio como um problema
em suas conexões com outros, num plano de totalidade e não como algo petrificado,
a compreensão resultante tende a tornar-se crescentemente crítica, por isto, cada
vez mais desalienada. (FREIRE, 1987, p. 70)
Não podemos ignorar que, no Brasil, problemas de base ainda não foram
resolvidos e, portanto, diante de constantes transformações tecnológicas na
conquista do conhecimento, convivemos com o analfabetismo sem condições de
interação com perfis sociais e econômicos mais modernos. No âmbito da educação
escolar de jovens e adultos, o desafio apresenta questões mais específicas, dados o
insucesso da escola existente e as dificuldades com a formação de professores
competentes para o trabalho com o processo de alfabetização. (PICONEZ, 2009, p.
27)
Nessa perspectiva, o curso de Educação de Jovens e adultos, em tese,
oferece aos educandos não só a probabilidade de ampliar as competências
necessárias para a aprendizagem dos conteúdos escolares, como também a
possibilidade de aumentar a consciência em relação a sua interação com o mundo,
desenvolvendo a capacidade de participação social, no exercício da cidadania.
Gadotti; Romão (2007) e Freire (1987).
O aluno adulto não pode ser tratado como uma criança cuja história de vida
apenas começa. Ele quer ver a aplicação imediata do que está aprendendo. Ao
mesmo tempo, apresenta-se temeroso, sente-se ameaçado, precisa ser estimulado,
criar auto-estima, pois a sua “ignorância” lhe traz tensão, angústia, complexo de
inferioridade. Muitas vezes tem vergonha de falar de si, de sua moradia, de sua
experiência frustrada de infância, principalmente em relação à escola. É preciso que
tudo isso seja verbalizado e analisado. O primeiro direito do alfabetizado é o direito
de se expressar. (GADOTTI; ROMÃO, 2007, p.39)
A educação que se impõe aos que verdadeiramente se comprometem com a
libertação não pode fundar-se numa compreensão dos homens como seres “vazios”
a quem o mundo “encha” de conteúdos; não pode basear-se numa consciência
especializada, mecanicistamente compartimentada, mas nos homens como “corpos
conscientes” e na consciência como consciência intencionada ao mundo. Não pode
ser a do depósito de conteúdos, mas a da problematização dos homens em suas
relações com o mundo. (FREIRE, 1987, p.67)
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para realizar a investigação sobre a Conscientização Ambiental, desenvolvemos
uma pesquisa de campo na Escola Estadual Monsenhor Carlos Camélio Costa,
localizado na Rua: Alagoas, S/Nº - Conj. D. Pedro I, no Bairro Jose Conrado de
Araújo Aracaju - SE, CEP: 49075-030, sob direção da Prof.(a) Zilene Gomes
Geraldo, em uma turma de horário noturno do ensino médio na modalidade de EJA,
na faixa etária de 18 a 45 anos (Apêndice A), de ambos os sexos, trabalhadores
informais e alguns desempregados. A turma possui cerca de 35 alunos matriculados
mas apenas 24 atuantes.
A pesquisa teve caráter quantitativo-qualitativo, pois foi feito um questionário
(Apêndice B) para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos alunos e
também desenvolvidas oficinas com o intuito de estimular os entrevistados a
pensarem livremente sobre a relação homem-ambiente. Sendo realizada em três
dias, totalizando sete aulas.
A princípio foi aplicado esse questionário cujos resultados constam do Apêndice C,
para averiguar os conhecimentos antecedentes dos alunos sobre o conceito de meio
ambiente e os problemas que o cercam; em seguida foram exibidos dois vídeos,
selecionados de acordo com a temática, onde um mostrava diversos ambientes e
suas belezas e o outro era baseado em uma conversa entre a Terra e um
astronauta, no qual a Terra contava todas as suas tristezas; de modo interativo
debatemos com os alunos, fazendo com que refletissem suas relações com o
ambiente.
Para levar o aluno a um interesse maior no segundo dia foram apresentados mais
seis vídeos com conteúdos diversos; os dois primeiros vídeos mostravam os vários
tipos de poluição (poluição dos solos, da água, do ar, sonora) e algumas
consequências como o efeito estufa. Depois foram exibidos mais dois vídeos que
falavam sobre as secas, e os dois últimos mostravam reportagens sobre enchentes,
sendo que a cada dois vídeos, as pesquisadoras procuravam fazer com que os
estudantes expressassem suas opiniões, levantando questionamentos referentes ao
seu cotidiano.
No terceiro e último dia, procuramos fazer com que a oficina fosse motivacional,
apresentando dois vídeos que fizessem os alunos refletir sobre a importância de
tudo que os cercam; esses dois últimos vídeos apresentavam imagens muito tristes
da realidade do nosso planeta e imagens muito bonitas de algumas paisagens que
ainda resistem.
Em seguida foi aplicado novamente o mesmo questionário, cujos resultados
constam do Apêndice D, visando avaliar a aprendizagem em termos de mudança na
forma de pensar a relação do homem com a natureza.
4 RESULTADOS
Para a elaboração dessa pesquisa contamos com 23 alunos da EJAEM
terceira etapa, totalizando 66% (anexo) de um universo de 35 alunos matriculados
nessa etapa, na Escola Estadual Monsenhor Carlos Camelio Costa. A média de
idade dos alunos é de 70% de 18 à 25 anos, 26% de 25 à 35 anos e 4% de 35 à 45
anos.
Com base na primeira pergunta do questionário observamos que antes das
oficinas 70% dos alunos não sabiam o que era meio ambiente, 4% não responderam
essa pergunta e apenas 26% dos pesquisados responderam de forma coerente.
Depois da aplicação das oficinas apenas 13% dos alunos permaneceram sem saber
expressar o que é meio ambiente, 9% não responderam à pergunta e 78% já tinham
uma base do que é meio ambiente. Esses resultados podem ser visualizados nos
gráficos que seguem.
O que você entende por
meio ambiente?
4%
26%
Sim
Não
70%
Não respondeu
Gráfico 1: Análise da primeira pergunta do questionário antes das oficinas.
O que você entende por
meio ambiente?
9%
Sim
13%
Não
78%
Não respondeu
Gráfico 2: Análise da primeira pergunta do questionário depois da oficina.
Na analise da segunda questão foi observado através do gráfico 3 que tanto
antes quanto depois das oficinas 96% dos alunos consideram a água, o ar e as
árvores importantes para sua vida. E foi notado também que as justificativas que os
educandos expuseram foram claras nos dois contextos.
A água, o ar e as
arvores tem alguma
importância na sua…
4%
0%
Sim
Não
96%
Não respondeu
Gráfico 3: Analise da segunda pergunta do questionário antes e depois da oficina.
De acordo com o gráfico 4, 57% dos alunos consideram os diversos tipos de
poluição principalmente a poluição do solo como problemas ambientais, 30% acham
que a poluição e o desmatamento são os problemas enfrentados pelo meio
ambiente e 13% não souberam responder sobre os problemas ambientais, como
exemplo o aluno 16 (Apêndice C) que respondeu da seguinte forma: “Ambientes
preservados são as plantas, as arvores, os rios, os manguezais.”
Já no gráfico 5, foi analisado a mesma pergunta só que após as oficinas e de
acordo com esse gráfico 31% responderam algum tipo de poluição, 65% consideram
poluição e desmatamento e 4% não responderam, deixando a questão em branco.
Quais são os problemas
ambientais observados
por você?
13%
30%
Vários tipos de
poluição
57%
Poluição e
desmatamento
Não souberam
responder
Gráfico 4: Analise da terceira pergunta do questionário, antes da oficina.
Quais são os problemas
ambientais observados
por você?
4%
Vários tipos de
poluição
31%
65%
Poluição e
desmatamento
Não
responderam
Gráfico 5: Analise da terceira pergunta do questionário, depois da oficina.
Na quarta questão os alunos foram questionados sobre o que devemos fazer
para melhorar os problemas ambientais, o gráfico 6 mostra que os alunos deram
cinco respostas 17% respondeu cuidar do meio ambiente como resposta, 57% não
jogar lixo na rua, 13% não desmatar, 9% reciclagem e 4% dos educandos não
souberam responder.
Segundo a avaliação feita no gráfico 7 13% dos alunos responderam cuidar
do meio ambiente, 39% não jogar lixo na rua, 22% não desmatar e não jogar lixo na
rua, 22% reciclagem e 4% dos alunos não respondeu.
Para você o que
devemos fazer para
melhorar os
…
Cuidar do meio
13%
ambiente
Não jogar lixo na rua
4%
17%
Reciclagem
9%
Não desmatar
57%
Não souberam
responder
Gráfico 6: Análise da quarta pergunta do questionário, antes da oficina.
Para você o que
devemos fazer para
melhorar Cuidar
os…do ambiente
4%
Não jogar lixo na rua
13%
22%
22%
39%
Não desmatar e não
jogar lixi na rua
Reciclagem
Não responderam
Gráfico 7: Análise da quarta pergunta do questionário, após a oficina.
Na analise da quinta questão que pergunta se no dia-a-dia os alunos fazem
algo que contribua para a preservação do meio ambiente, o gráfico 8 que analisa a
questão antes das oficinas mostra que 87% dos alunos responderam que sim, mas a
justificativa dada por eles (Apêndice C) era mais ou menos da seguinte forma como
a do aluno 28: “Sim, jogo o lixo no lugar certo tento não desperdiçar água.”
E o gráfico 9 que analisa a mesma questão depois das oficinas mostrou que
os alunos mudaram de idéi; 96% responderam sim, mas as respostas eram um
pouco mais coerentes, como a do mesmo aluno 28 (Apêndice D): “Muito pouco, jogo
lixo no lugar serto, tento não fazer muita comida para poder não sobrar para jogar no
lixo.”
No seu dia-a-dia você
faz alguma coisa que
contribua com a…
13%
Sim
87%
Não
Gráfico 8: Analise da quinta pergunta do questionário, antes da oficina.
No seu dia-a-dia você
faz alguma coisa que
contribua com a…
4%
0%
Sim
Não
96%
Gráfico 9: Analise da quinta pergunta do questionário, depois da oficina.
A sexta pergunta do questionário indaga o seguinte: As relações entre os
homens, colegas, familiares e comunidade, por exemplo, podem ser consideradas
como problema do meio ambiente?
Analisando o gráfico 10 podemos perceber que 79% dos alunos responderam
que sim, 13% não e 8% não souberam responder. Já o gráfico 11, mostra que 80%
dos alunos responderam sim, 9% não, 6% não souberam responder e 5% não
responderam à pergunta.
As relações entre os
homens, colegas
familiares e…
9%
Sim
13%
Não
78%
Não souberam
responder
Gráfico 10: Analise da sexta pergunta do questionário, antes da oficina.
As relações entre os
homens, colegas
familiares e…
9%
Sim
4%
Não
9%
78%
Não souberam
responder
Não
responderam
Gráfico 11: Analise da sexta pergunta do questionário, depois da oficina.
Na sétima questão foi perguntado de quem era na opinião dos alunos a
responsabilidade pela preservação do meio ambiente e equilíbrio do planeta. Foi
observado no gráfico 12 que os alunos nos deram 5 opções como respostas, 75%
responderam que a responsabilidade era dos seres humanos, 17% da EMSURB,
8% dos políticos e 4% dos ambientalistas.
Na analise feita com o gráfico 13 evidenciou-se que 86% consideram os seres
humanos responsáveis pela preservação ambiental, 5% EMSURB, 4% políticos e
4% não responderam.
Em sua opinião de
quem e a
responsabilidade pela…
9%
Dos seres
humanos
EMSURB
4%
Políticos
17%
70%
Ambientalista
s
Gráfico 12: Analise da sétima pergunta do questionário, antes da oficina.
Em sua opinião de quem e
a responsabilidade pela
preservação do meio
ambiente e equilíbrioSeres
dohuanos
…
5% 4%
4%
EMSURB
Políticos
87%
Não
responderam
Gráfico 13: Analise da sétima pergunta do questionário, depois da oficina.
A oitava e última questão teve como propósito ser aberta de modo a permitir
que os pesquisados tivessem como expressar-se de maneira livre, pondo suas
idéias sem um contexto prévio. No primeiro momento, apenas 30% responderam e
70% preferiram não expor suas opiniões; desses que responderam tivemos uma
resposta que nos pareceu bem interessante e real do aluno 13 (Apêndice C) quando
cita que: “Pra falar a verdade eu to por fora desse assunto, a verdade é que de dez,
um liga pro meio ambiente. Tem gente que nem sabe o que é meio ambiente”.
Em relação ao segundo questionário desse mesmo item notamos que houve
um declive no número de pessoas que responderam que foi de 30% para 28%,
porém essas respostas tiveram um contexto mais expressivo como esse citado pelo
aluno 10 (Apêndice D): “A natureza tem que ser preservada; o fim da natureza
significa o fim do homem”.
Observações livres
30%
Respondeu
70%
Não respondeu
Gráfico 14: Analise da oitava pergunta, antes da oficina.
Observações livres:
22%
Respondeu
78%
Não respondeu
Gráfico 15: Analise da oitava questão, depois da oficina.
5 DISCUSSÃO
Diante dos resultados obtidos com os alunos do EJAEM foi constatado que a
Educação Ambiental nos cursos de nível médio ainda mostra deficiência e que essa
deficiência pode ser corrigida se a mesma for integrada no ensino diário desse
curso, levando assim conhecimentos ambientais com bases mais firmes. Essa
averiguação foi completada com os conhecimentos de Ruscheinsky (2002 p. 58), “é
preciso dizer com clareza que não concebemos uma educação ambiental doutrinária
que, externamente à problemática das comunidades, “as invada” com objetivos que
lhes são estranhos, ainda que para restaurar, acriticamente, a ligação perdida com a
natureza. Buscamos, isso sim, construir cada vez mais a autonomia cidadã,
imprimindo às práticas de educação ambiental um caráter transformador da
realidade”.
Os pesquisados mostraram que não possuem um alicerce do que vem a ser o
meio ambiente, apresentando insegurança e muitas vezes deixando esplicito que
não possuem uma relação segura com o tema. Através disso percebece-se que se
estes não tem afinidade com o tema, como irão conhecer suas problematicas e sua
importância?
Vê-se então que ainda falta essência para o pensamento de Tristão (2004 p.
25),
A educação ambiental, na sua complexibilidade, configura-se como a possibilidade
de religar a natureza e a cultura, a sociedade e a natureza, o sujeito e o objeto,
enfim. Entretanto baseada na relação do ser humano com o meio ambiente, da
sociedade com a natureza, das sociedades entre si, encontra-se em construção e
em debate.
Quando foram questionados os alunos a respeito do que deveria ser feito
para melhorar o meio ambiente observou-se que grande maioria tem plena
consciência do quanto é importante e o que deve ser feito para que haja essa
interação entre o meio ambiente e o homem, mostrando que deveria haver
consientização e que isso não acontece, deixando assim claro que ainda faltam
incentivos educacionais para que essa conscientização seja posto em prática.
Loureiro (2004) mostra que a Educação ambiental transformadora é aquela
que possui um conteúdo emancipatório, em que a dialética entre a forma e conteúdo
se realiza de tal maneira que as alterações da atividade humana, vinculadas ao
fazer educativo, impliquem mudanças individuais e coletivas, locais e globais,
estruturais e conjunturais, econômicas e culturais.
No trabalho de concientização é preciso estar claro que conscientizar não é
simplesmente transmitir valores “verdes” do educador para o educando; essa é a
lógica da educação “tradicional”; é, na verdade, possibilitar ao educando questionar
criticamente os valores estabelecidos pela sociedade, assim como os valores do
próprio educador que está trabalhando em sua concientização, corroborando o que
descreve Guimarães (1995).
Guimarães (1995, p. 20) afirma:
Tem que permitir que o educando construa o conhecimento e critique valores a partir
de sua realidade, o que não significa um papel neutro do educador que negue os
seus próprios valores em sua prática, mas que propicie ao educanndo confrontar
criticamente diversos valores em busca de uma sintese pessoal que refletirá em
novas atitudes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa evidenciou que é de grande importância a inclusão da educação
ambiental no contexto escolar. De acordo com os resultados obtidos foi observado
um grande interesse por parte dos educandos, apesar de seus conhecimentos
prévios e inseguros, devido à despreparação por parte dos educadores.
O contexto meio ambiente, com suas poblemáticas e relação homemnatureza, pode ser inserido de diversas maneiras em todas as disciplinas desde a
educação infantil ate o final da educação básica (Ensino Médio), inclusive na
modalidade da educação de jovens e adultos, pois todos mostram-se interessados
não importando a idade.
A preparação maior e integral dos professores, nas respectivas licenciaturas,
atentando que se trata de tema transversal, mostrando as diversas formas de como
esse tema pode ser trabalhado, terá implicações na prática pedagógica futura. Após
essa inclusão no currículo de formação inicial e até continuada de professores, a
probabilidade é que os resultados obtidos sejam mais significativos, não só na forma
de pensar, mas, principalmente, em suas formas de relacionar-se e agir de
educadores-educandos.
Como um dos objetivos desta pesquisa foi mostrar que os alunos conseguem
melhorar suas concepções e relações com o meio ambiente através das oficinas,
tornou-se nítido pelos resultados obtidos que a pesquisa foi bastante vantajosa.
Sendo um estímulo para nos futuras professoras, que podemos perceber a
empolgação dos alunos e as mudanças em suas visões.
SOBRE OS AUTORES E ORIENTADOR
Mary Rubia P. Sousa graduada do sétimo período no curso de Ciências
Biológicas licenciatura pela Universidade Tiradentes. E-mail: [email protected].
Thaís Milena B. Santos graduada do sétimo período no curso de Ciências Biológicas
licenciatura pela Universidade Tiradentes. E-mail: [email protected].
Orientado por Ada Augusta Celestino Bezerra, doutora em Educação pela
Universidade de São Paulo, Mestra em Educação pela Fundação Getúlio Vargas
(RJ) e licenciada em Pedagogia pela UFS. Professor Pleno I do Curso de Mestrado
em Educação da UNIT.
REFERÊNCIAS
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ambiental: diferentes abordagens. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. 248
p. ISBN 8528609928
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<http://www.youtube.com/watch?v=zFIbgnC69LE&feature>. Acesso: 02 de março de
2011.
DIAS, Genebaldo Freire. Ecopercepção: um
socioambientais. São Paulo: Gaia, 2004. 51 p.
resumo
didático
dos
desafios
EDUCAÇÃO ambiental: abordagens múltiplas. Porto Alegre: ARTMED, 2002. 183 p.
ISBN 8573079932. organização [de] Aloísio Ruscheinsky
FONTES, Aracy Losano; AGRA, Leonilde Gomes; SANTANA, José Wagner Costa
de. Meio ambiente e sociedade. Aracaju, SE: UNIT, 2009. 176 p. (Série
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SITES CONSULTADOS
http://www.youtube.com/
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CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL E EDUCAÇÃO DE