UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA PÓLO PENEDO CURSO: ENGENHARIA DE PESCA DISCIPLINA: CONTROLE DE QUALIDADE NA INDÚSTRIA DO PESCADO AULA 3: BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Professora: Talita Espósito Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 1 A IMPORTÂNCIA DA FUNÇÃO CONTROLE PARA A GESTÃO ORGANIZACIONAL • COMPETITIVIDADE • PLANEJAMENTO • CONTROLE • “FUNÇÃO CONTROLE” – ÚLTIMA ETAPA DAS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS – MONITORAR O PLANEJAMENTO – INSTRUMENTO DE ORIENTAÇÃO – AÇÕES CORRETIVAS Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 2 O CONTROLE DE QUALIDADE • “ASPECTO QUALIDADE” – ELEMENTO DIFERENCIADOR NA PREFERÊNCIA DOS CONSUMIDORES • “CONTROLE DE QUALIDADE” – TEM ACOMPANHADO O PROCESSO DE EVOLUÇÃO - ADMINISTRAÇÃO DAS EMPRESAS – INCORPORANDO OUTROS ASPECTOS NA AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS – IMPORTANTE: VALORIZAR O PROCESSO DE PRODUÇÃO, FORMAÇÃO E O TREINAMENTO DE EQUIPES MULTIFUNCIONAIS • COMPROMETIMENTO DE TODA A EMPRESA – BUSCA POR MELHORES RESULTADOS • ADEQUAÇÃO DOS PRODUTOS ÀS NECESSIDADES DOS CLIENTES - SATISFAÇÃO Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 3 “ A qualidade não se faz somente com tecnologia. Ela se faz com pessoas, sobretudo com pessoas capacitadas, treinadas , lideradas, motivadas e plenamente conscientes de suas responsabilidades. Qualidade se faz com a participação e o empowerment das pessoas. Nesse sentido, a qualidade é, sobretudo, um estado de espírito que reina dentro da organização. Ela exige o comprometimento das pessoas com a excelência” Chiavenato, 1999, p. 678 Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 4 IMPLANTAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE • SURGIU DA NECESSIDADE DE MELHORAR O DESEMPENHO DA PRODUÇÃO • CUSTOS COM: – – – – REFUGO E/OU RETRABALHO; INSPEÇÃO; PERDA FINANCEIRA; RESPONSABILIDADE LEGAL • CONTROLE DO PRODUTO – TODO O PROCESSO DE FABRICAÇÃO: CONCEPÇÃO, RECEBIMENTO DAS MATÉRIAS-PRIMAS, MANUFATURA OU PRODUÇÃO, EMBALAGM, EXPEDIÇÃO E RECEBIMENTO PELO CONSUMIDOR Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 5 ESTÁGIOS NO DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE DE QUALIDADE INSPEÇÃO Aula 3 CONTROLE ESTATÍSTICO CONFIABILIDADE Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 6 O OBJETIVO DA QUALIDADE É UM ALVO MÓVEL, MUTÁVEL AO LONGO DO TEMPO GERENCIAMENTO PARA A QUALIDADE Aula 3 TRILOGIA JURAN – JURAN INSTITUTE, Inc . Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 7 PRODUÇÃO SANIDADE E QUALIDADE INSPEÇÃO DOS PRODUTOS PROCESSOS DE MUDANÇA SISTEMAS TRADICIONAIS DE INSPEÇÃO Aula 3 SISTEMAS DE ASSEGURAMENTO DA QUALIDADE PROBLEMAS COSIDERADOS CRÍTICOS SÃO PREVENIDOS ANTES QUE OCORRAM Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 8 POP/ POP/BPF FERRAMENTAS DE SEGURANÇA E QUALIDADE FERRAMENTAS DE SEGURANÇA E QUALIDADE • PNQ – Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ) A FNQ (FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE) realiza, anualmente, o ciclo de avaliação do PNQ, que reconhece as organizações que praticam a Excelência em Gestão no Brasil .Reconhece empresas de nível Classe Mundial . • QT –QUALIDADE TOTAL • ISO – INTERNACIONAL STANDARD ORGANIZATION • ISO 18000 (normas OHSAS 18000): Guia para implementação de sistemas de gestão de segurança e higiene ocupacional. • ISO 14000: Gestão Ambiental, foram inicialmente elaboradas visando o “manejo ambiental”, que significa “o que a organização faz para minimizar os efeitos nocivos ao ambiente causados pelas suas atividades” • ISO 9000: As normas ISO 9000- Sistemas de qualidade - foram elaboradas, inicialmente, enfocando a necessidade de “manejo de qualidade”. Nessas normas, a qualidade é entendida como “todas as características de um produto ou serviço que são exigidas pelo consumidor” e o manejo de qualidade como “o que a organização necessita assegurar que seu produto tem em conformidade com as exigências do consumidor” • PPHO – PROCEDIMENTOS PADRÃO DE HIGIENE OPERACIONAL • BPF – BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 10 LEGISLAÇÃO BPF • Portaria MS nº 1428/93 • Portaria MS nº 326/97 • Portaria MAPA nº 368/97 • ANVISA/MS RESOLUÇÃO RDC nº 275/02 • ANVISA/MS RESOLUÇÃO-RDC N° 216/04 Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 11 • BOAS PRÁTICAS: SÃO NORMAS DE PROCEDIMENTOS PARA ATINGIR UM DETERMINADO PIQ DE UM PRODUTO E/OU SERVIÇO NA ÁREA DE ALIMENTOS • BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF): CONJUNTO DE MEDIDAS QUE DEVEM SER ADOTADAS PELAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS A FIM DE GARANTIR A QUALIDADE SANITÁRIA E A CONFORMIDADE DOS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS COM OS REGULAMENTOS TÉCNICOS. A LEGISLAÇÃO SANITÁRIA FEDERAL REGULAMENTA ESSAS MEDIDAS EM CARÁTER GERAL, APLICÁVEL A TODO O TIPO DE INDÚSTRIA DE ALIMENTOS E ESPECÍFICO, VOLTADAS ÀS INDÚSTRIAS QUE PROCESSAM DETERMINADAS CATEGORIAS DE ALIMENTOS . FONTE: ANVISA/MS Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 12 • GMP (GOOD MANUFACTURING PRACTICE) • BOAS PRÁTICAS DE MANUFATURA OU FABRICAÇÃO (BPF): OS PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS E INDISPENSÁVEIS PARA A OBTENÇÃO DE ALIMENTOS INÓCUOS E SAUDÁVEIS. Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 13 OBJETIVOS DAS BPF´s • PRESERVAÇÃO DA PUREZA, DA PALATABILIDADE E QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DOS ALIMENTOS • AUXILIANDO NA OBTENÇÃO DE UM PRODUTO DE MELHOR QUALIDADE NUTRICIONAL E SENSORIAL, • GARANTINDO QUE O ALIMENTO TENHA BOAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO SANITÁRIAS, • NÃO OFERECENDO RISCOS À SAÚDE DO CONSUMIDOR. Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 14 O programa BPF compreende: • NORMAS PARA PROJETO; • MANUTENÇÃO E LIMPEZA; • POP’S; • UNIDADE DE CONTROLE DE QUALIDADE; • TREINAMENTO DE PESSOAL; • ADEQUAÇÃO DE NORMAS. Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 15 CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE HIGIENE • • • • • • RECLAMAÇÕES DESPERDÍCIO DE PRODUÇÃO PAGAR INDENIZAÇÕES PERDAS DE CLIENTES PERDA DA REPUTAÇÃO A EMPRESA FICA SUJEITA A MULTAS PESADAS • ESTABELECIMENTO PODE SER FECHADO • PERDA DO EMPREGO Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 16 ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO • COMPROMETIMENTO DA ALTA ADMINISTRAÇÃO • DESIGNAÇÃO DE UM TÉCNICO RESPONSÁVEL • ANÁLISE DAS PRÁTICAS DE MANUFATURA DA EMPRESA • CORREÇÕES FÍSICAS NA EMPRESA • DEFINIÇÃO DAS OPERAÇÕES SANITÁRIAS E DOCUMENTAÇÃO(MANUAL E PPHO) • TREINAMENTO DE FUNCIONÁRIOS • AUDITORIA DO PROGRAMA Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 17 ANEXO II DA RESOLUÇÃO RDC 275/02 ANVISA/MS LISTA DE VERIFICAÇÃO DAS BPF EM ESTABELECIMENTOS PRODUTORES/INDUSTRIALIZADORES DE ALIMENTOS 1. EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES SANITÁRIAS 2. EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 3. MANIPULADORES 4. PRODUÇÃO E TRANSPORTE DO ALIMENTO 5. DOCUMENTAÇÃO Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 18 BOAS PRÁTICAS PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO ANVISA/MS RESOLUÇÃO-RDC NO 216/04 1. EDIFICAÇÃO, INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS – – – – – – – – – FLUXO ORDENADO E SEM CRUZAMENTOS PISO, TETOS, PAREDES E DIVISÓRIAS PORTAS, JANELAS E OUTRAS ABERTURAS ESCADAS, ELEVADORES DE SERVIÇO, MONTACARGAS E ESTRUTURAS AUXILIARES ÁREAS INTERNAS E EXTERNAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E VESTIÁRIOS PARA OS MANIPULADORES, VISITANTES LAVATÓRIOS NA ÁREA DE PRODUÇÃO ILUMINAÇÃO E INSTALAÇÃO ELÉTRICA VENTILAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO 2. HIGIENIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 3. CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS 4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA 5. MANEJO DOS RESÍDUOS Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 19 Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 20 Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 21 Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 22 Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 23 Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 24 Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 25 Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 26 Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 27 Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 28 LEIAUTE (LAYOUT) Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 29 6. MANIPULADORES – VESTUÁRIO – HÁBITOS HIGIÊNICOS – ESTADO DE SAÚDE – PROGRAMA DE CONTROLE DE SAÚDE – EPI´s – PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DOS MANIPULADORES E SUPERVISÃO Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 30 HIGIENE PESSOAL • MEDIDAS DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA VISANDO A PROTEÇÃO DO INDIVÍDUO ÀS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. • • • • MÃOS E PELE CABELO E BARBA BANHO DIÁRIO ESCOVAR OS DENTES APÓS AS REFEIÇÕES Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 31 UNIFORMES E ACESSÓRIOS • OS UNIFORMES DEVEM ESTAR LIMPOS, SEM BOTÕES E SEM BOLSOS ACIMA DA CINTURA; • OS UNIFORMES DEVEM SER TROCADOS DIARIAMENTE; • OS UNIFORMES DEVEM TAMBÉM SER USADOS EXCLUSIVAMENTE NAS ÁREAS DE TRABALHO; • A TOUCA DEVE ESTAR LIMPA E ÍNTEGRA; • OS CALÇADOS DEVEM SER FECHADOS, IMPERMEÁVEIS E ANTIDERRAPANTES; • NÃO DEVE SER PERMITIDO O USO DE ALIANÇAS, ANÉIS, BRINCOS, COLARES, PULSEIRAS, OU QUALQUER OUTRO ADORNO; • QUANDO NECESSÁRIO O USO DE ÓCULOS, ESTES DEVEM ESTAR PRESO POR UM CORDÃO QUE PASSE POR TRÁS DO PESCOÇO; Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 33 HIGIENE PESSOAL Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 34 HÁBITOS COMPORTAMENTAIS • PRÁTICAS NÃO HIGIÊNICAS COMO FUMAR, COMER, BEBER, CUSPIR, COÇAR NARIZ, CABEÇA E ORELHA NÃO DEVEM SER REALIZADAS NAS ÁREAS DE PRODUÇÃO; • ANTES DE TOSSIR OU ESPIRRAR DEVE-SE AFASTAR DO PRODUTOS, COBRIR A BOCA E NARIZ COM LENÇO DE PAPEL E EM SEGUIDA LAVAR AS MÃOS; • NÃO DEVE SER PERMITIDO O CONSUMO DE ALIMENTOS E BEBIDAS NAS ÁREAS DE SANITÁRIOS E VESTIÁRIOS; • ROUPAS E PERTENCES PESSOAIS (CARTEIRAS, CHAVES, DOCUMENTOS, ETC) DEVEM SER GUARDADOS EM ESCANINHOS PRÓPRIOS NOS VESTIÁRIOS • OS VISITANTES E FUNCIONÁRIOS TERCEIRIZADOS DEVEM SE ADEQUAR A TODAS AS NORMAS. Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 35 • SEMPRE INFORME SEU SUPERIOR SOBRE QUALQUER PROBLEMA DE SAÚDE. • PESSOAS COM DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS OU COM LESÕES DE PELE NÃO PODEM MANIPULAR ALIMENTOS Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado HIGIENE AMBIENTAL • MANTER A ORGANIZAÇÃO E LIMPEZA DO AMBIENTE DE TRABALHO MESMO NAS HORAS DE MAIOR PRODUÇÃO. – CUBAS E BANCADAS. – EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS. – PISOS E PAREDES. – SANITÁRIOS E VESTIÁRIOS • UTILIZAR ÁGUA DE BOA QUALIDADE. • ESFREGAR SUPERFÍCIES COM DETERGENTE. • ENXAGUAR E APLICAR SOLUÇÃO DESINFETANTE A BASE DE CLORO OU IODO (CONFORME ESPECIFICAÇÃO DO FABRICANTE). • A SITUAÇÃO E CONDIÇÕES DA EDIFICAÇÃO DEVEM IMPEDIR A ENTRADA DE PRAGAS E EVITAR CONTAMINAÇÕES CRUZADAS; • A ÁREA EXTERNA NÃO DEVE OFERECER CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DE PRAGAS. Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 37 7. MATÉRIAS-PRIMAS, INGREDIENTES E EMBALAGENS 8. PREPARAÇÃO DO ALIMENTO 9. ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DO ALIMENTO PREPARADO 10. EXPOSIÇÃO AO CONSUMO DO ALIMENTO PREPARADO Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 38 11. DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO • MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO • PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS (POP´s) Aula 3 Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 39 12. RESPONSABILIDADE • PROPRIETÁRIO OU FUNCIONÁRIO DESIGNADO, DEVIDAMENTE, CAPACITADO • CURSO DE CAPACITAÇÃO – – – – Aula 3 CONTAMINANTES ALIMENTARES DTA MANIPULAÇÃO HIGIÊNICA DE ALIMENTOS BOAS PRÁTICAS Controle de Qualidade na Indústria do Pescado 40