A PESCA Consiste na extracção, das águas do mar, dos rios, dos lagos e dos viveiros, de recursos alimentares como: peixe, crustáceos, moluscos, sal e algas. Factores que condicionam a actividade piscatória • Plataforma continental (a pouca profundidade permite a penetração dos raios solares e consequentemente a fotossíntese das plantas, fonte de fitoplâncton e plâncton para alimentação dos peixes; Agitação provocada pelas ondas e pelas marés favorece a oxigenação da água, imprescindível à vida marinha; O grau de salinidade não pode ser excessivo, logo o desaguar dos rios na plataforma continental equilibra o grau de salinidade e injectando no mar matéria orgânica e inorgânica que servirá de alimento aos peixes) • Correntes marítimas (permitem a renovação das águas e pela distribuição de nutrientes) e zonas de contacto entre correntes marítimas frias e quentes. • Upwelling (Consiste na subida à superfície de aguas profundas e frias carregadas de plâncton. Esta corrente vertical vem compensar a água superficial mais quente e pobre em nutrientes que o vento empurra para alto mar. A compensação desta água permite um balanço perfeito muito favorável ao desenvolvimento dos peixes. Gestão do espaço marítimo Águas marítimas Águas internacionais Zona Económica Exclusiva (ZEE) Mar territorial Águas internacionais: Zonas marítimas de acesso livre a todos os países. Zona Económica Exclusiva (ZEE): Zona que se estende até às 200 milhas da costa (370,4 Km). Os países costeiros têm o direito de explorar mas também o dever de as conservar, proteger e de fiscalizar. Mar territorial: Estende-se ao longo de 12 milhas a partir da costa, sendo território nacional do respectivo país Tipos de pesca Pesca tradicional ou artesanal Junto à costa; Técnicas rudimentares; Embarcações de pequena dimensão, tripulação reduzida e pequena permanência no mar (1 dia); Reduzidas quantidades capturadas; O pescado destina-se ao autoconsumo ou ao mercado local. Pesca industrial Em alto mar (longo período); Elevado número de tripulantes; Embarcações de grande dimensão; Utilização de equipamentos tecnológicos de comunicação, detecção e de captura de pescado. Utilização dos navio-fábrica; Altos rendimentos e produtividade, devido às elevadas capturas; As capturas destinam-se à indústria, de congelados, de conservas e ao abastecimento de grandes superfícies. NAVIO-FÁBRICA O peixe, depois de capturado, é submetido a uma série de operações: • Lavagem, corte da cabeça, extracção das vísceras se for o caso disso, o • arranque da pele e o corte de filetes. Depois é necessário conservar, dependendo da técnica utilizada do destino do pescado. • O que for escolhido para a indústria das conservas tem de ser cozido e colocado em latas com óleo vegetal; se é para produzir peixe fumado, é necessário salgar, secar, defumar; o que se destina à congelação é armazenado em frigoríficos e grandes dimensões. • Depois de todas estas operações é ainda preciso pesar e embalar. • Tudo isto é, cada vez mais, feito a bordo. Um navio de pesca transformou-se numa verdadeira fábrica flutuante. Países que apresentam maior número de capturas Impactes ambientais da actividade piscatória • Sobreexploração de recursos piscícolas (capturas excessivas através da modernização das técnicas de captura; aumento do consumo das populações; localização de cardumes por satélite; etc. ; • Extinção de espécies marinhas (perda da biodiversidade); • Poluição (marés negras); • Destruição de habitats. Soluções • Áreas de reserva marinha interditas à pesca; • Regras de captura (tamanho e períodos de • • • defeso); Quotas de pesca; Reposição de stocks através da proibição ou; Aquacultura ou aquicultura (produção controlada de peixe, moluscos, crustáceos e algas em viveiros).