FALÊNCIA OVARIANA PRECOCE: PERFIL DAS PACIENTES DO HC - UFPR Bolsista: Guilherme José Farias PIBIC/FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA Orientador: Almir Antônio Urbanetz / Colaboradora: Mariana Nunes Viza Araújo INTRODUÇÃO: A falência ovariana precoce (FOP) é uma condição médica caracterizada por amenorréia, hipoestrogenismo e elevados níveis séricos de gonadotrofinas e, em alguns casos, infertilidade, em pacientes com idade inferior a 40 anos. OBJETIVOS: Avaliar a incidência da FOP em pacientes atendidas no Ambulatório de Climatério do HC da UFPR. Avaliar associação entre tratamentos quimioterápicos e radioterápicos e o aparecimento de FOP. MÉTODO: Estudo retrospectivo observacional analítico de prontuários de pacientes previamente selecionadas através do banco de dados do ambulatório de climatério do HC-UFPR. Seleção de pacientes com diagnóstico de menopausa e idade inferior a 40 anos (FOP). Pesquisa aprovada pelo comitê de ética. Selecionadas 60 pacientes no período 1998 a 2012. Coleta de dados de prontuário físico das pacientes e análise para resposta dos questionamentos feitos no início da pesquisa. REFERÊNCIAS: 1. Wang, Jing et al. New candidate gene P0U5F1 associated with premature ovarian failure in Chinese patients. Reproductive BioMedicine Online (2011) 22, 312 316. 2. Maclaran, Kate e Panay, Nick. Premature ovarian failure. J FamPlann Reprod Health Care 2011;37:35–42. doi:10.1136/jfprhc.2010.0015 3. Almeida, Deborah Marçal Bueno et al. Sexual function of women with premature ovarian failure. Menopause, Vol. 18, No. 3, 2011. RESULTADOS/DISCUSSÃO: 41,38% das pacientes encontraVam-se na faixa etária de 36 a 39 anos. Em 46,55% dos casos a queixa principal foi distúrbio menstrual e em 27,58% a queixa era fogacho. Em relação à paridade, 39,65% já haviam engravidado 3 vezes ou mais antes da instalação do quadro clinico. Das pacientes incluídas no estudo, 70,69% receberam terapia dereposição hormonal para alívio dos sintomas. No HC-UFPR a maioria dos casos, 58,62%, tinham doença secundária associada possivelmente envolvida na fisiopatologia da FOP. Entre elas: doenças auto-imunes, neoplasias variadas (principalmente as submetidas a tratamento de quimioterapia ou radioterapia), anemias graves e doenças infecciosas como , por exemplo o HIV.Em quase 60% dos casos foi encontrada uma possível causa secundária. Não foi possível avaliar o impacto do déficit hormonal na massa óssea .Não foi relatada gravidez após o diagnóstico de falência ovariana prematura nas pacientes analisadas mesmo, com o tratamento instituído. CONCLUSÃO: A falência ovariana é uma condição associada a uma série de sintomas hormonais e psicológicos. Devido a novos recursos diagnósticos e promissores protocolos em terapia adjuvante para neoplasias, destaca-se um aumento da prevalência de falência ovariana secundaria. Distúrbios menstruais e fogachos destacam-se como queixas preponderantes neste grupo de pacientes.