8.5 – Centro de massa Posição do centro de massa de um sistema de N partículas: i 2 m r ii 0 N m r m2 r2 ... mN rN Rcm 1 1 m1 m2 ... mN ri 1 i 1 N m i i 1 Média, ponderada pelas massas, das posições das partículas Em componentes: X cm m1 x1 m2 x2 ... mN x N m1 m2 ... mN N m x i 1 N i i m i 1 i (idem para y e z) Exemplos em 1D: 2 partículas X CM (a) m1 m2 xCM x1 x2 2 m1 x1 m2 x2 m1 m2 x1 x2 x2 (b) m1 m2 xCM x1 (c) x xCM xCM Em geral, o centro de massa é um ponto intermediário entre x1 e x2: x1 X CM x 2 2/3 m x=0 1/3 xCM 2m x=L x X CM Kits LADIF m 0 2m L 2 L 3m 3 x Exemplo: sistema de 3 partículas em 2D 0×1+ 0× 2 + 4× 4 m = 2,3 m 1+ 2 + 4 0×1+ 3× 2 + 0× 4 = m = 0,9 m 1+ 2 + 4 x CM = y CM Distribuições contínuas de massa (qualitativo) Objeto homogêneo com centro geométrico: CM no centro Objeto com eixo de simetria: CM ao longo do eixo Note que o c.m. pode estar localizado fora do objeto Movimento do centro de massa m1r1 m2 r2 ... mN rN Rcm m1 m2 ... mN Velocidade do centro de massa: dRcm m1v1 m2v2 ... mN vN Vcm dt m1 m2 ... mN Massa total: M m1 m2 ... mN MVcm m1v1 m2v2 ... mN vN P (momento linear total) Momento linear total é igual à massa total multiplicada pela velocidade do centro de massa Como vimos na aula passada, se a resultante das forças externas for nula, ou se o sistema for isolado: P constante Vcm constante Vídeo: Physics Demonstrations in Mechanics: Part II, No. 5 Exemplo: Y&F 8.14 E se houver força externa resultante não-nula? MVcm m1v1 m2v2 ... mN vN Derivando mais uma vez: dVcm dvN dv1 dv2 M m1 m2 ... mN dt dt dt dt MAcm m1a1 m2a2 ... mN aN MAcm m1a1 m2a2 ... mN aN Pela 2ª Lei de Newton: MAcm F1 F2 ... FN F F Fext Fint Soma das forças externas Somatório de todas as forças que atuam sobre todas as partículas Soma das forças internas Como vimos na aula passada, pela 3ª Lei de Newton: (pares ação e reação se cancelam) Fint 0 Assim: F ext MAcm Ou: F ext dVcm d MVcm dP M dt dt dt O centro de massa se move como uma partícula que concentrasse toda a massa do sistema, sob ação da resultante das forças externas Vídeo: Physics Demonstrations in Mechanics: Part II, No. 6 Colisões no referencial do centro de massa: • ausência de forças externas, velocidade do c.m. permanece inalterada pela colisão • referencial do c.m. é inercial Mostrar applet: http://galileoandeinstein.physics.virginia.edu/more_stuff/Applets/Collision/jarapplet.html Trajetória uA u B do c.m. vA A vA A vB B A uA A B C.m. está parado uB B Referencial do c.m. vB B Referencial do laboratório Velocidades no referencial do centro de massa: u A v A Vcm u B vB Vcm u A v A Vcm u B vB Vcm Conservação do momento linear: mA uA Vcm mAvA mB vB mAvA mB vB mB uB Vcm mA uA Vcm mB uB Vcm mAu A mBuB mAu A mBuB Momento linear também se conserva no referencial do centro de massa (como esperado, pois trata-se de um referencial inercial) Energia cinética no referencial do lab: Antes: Ec 1 1 m Av A2 mB vB2 2 2 Mudança de variáveis para velocidade do c.m. e velocidade relativa: mAv A mB vB Vcm mA mB v v v u u (independedo referencial) A B A B rel Invertendo, obtemos: mB v A Vcm m m A B v V m A cm B m A mB vrel vrel Substituindo na expressão para a energia cinética: 1 1 2 Ec m Av A mB vB2 2 2 2 1 mB 1 mA Ec m A Vcm vrel mB Vcm vrel 2 m A mB m A mB 2 Após alguma álgebra (quadro negro): Definindo: 1 1 mAmB 2 2 Ec mA mB Vcm vrel 2 2 mA mB M mA mB mA mB mA mB (massa total) e (massa reduzida) 2 Obtemos finalmente: Ec 1 1 2 MV cm2 vrel 2 2 Energia cinética do movimento do centro de massa Energia cinética do movimento relativo Análise: 1. Parece com a expressão da energia cinética de duas “partículas” 2. No referencial do c.m., temos: E cm c 1 2 vrel 2 ( vel. do c.m. 0) Ou seja, a energia cinética depende do referencial, e a energia cinética mínima é aquela calculada no referencial do c.m. 3. Antes e depois de uma colisão, a velocidade do c.m. não varia, de modo que a variação da energia cinética é: 1 1 2 2 Ec vrel vrel 2 2 Ou seja, a variação de energia cinética não depende do referencial (como esperado) 4. Em uma colisão elástica, temos: 1 1 2 2 vrel 0 vrel vrel Ec vrel 2 2 Ou seja, o módulo da velocidade relativa não é alterado pela colisão 5. A perda máxima de energia cinética (colisão totalmente inelástica), ocorre quando: 0 1 1 2 1 2 2 vrel vrel Ec vrel 2 2 2 Desta forma, explica-se porque as partículas ficam “grudadas” depois de uma colisão totalmente inelástica 8.6 – Propulsão de um foguete Exemplo de movimento de um sistema de massa variável: Instante t v Massa m http://www.youtube.com/watch?v=sJj1WpbvxM4 Velocidade de exaustão dos gases relativa ao foguete Instante t + dt v dv m +dm dm < 0 -dm vex Conservação do momento linear: P(t ) m v P(t dt) m dm(v dv) (dm)(v vex ) mv m dm(v dv) (dm)(v vex ) mv mv mdv vdm dmdv vdm vexdm mdv vexdm Infinitésimo de ordem superior dv dm dm m vex F vex dt dt dt Força de propulsão do foguete (proporcional à taxa e à velocidade de exaustão) Note que, ainda que a força seja supostamente constante, a aceleração aumenta com o tempo, pois a massa diminui continuamente Cálculo da velocidade: dm dv v dm mdv vexdm dv vex ex m m v0 m0 v m v v0 vex ln m0 m0 v v0 vex ln m Exemplo: Y&F 8.16 m Próximas aulas: 4a. Feira 26/10: Aula de Exercícios (sala A-327) 6a. Feira 28/10: Feriado 4a. Feira 02/11: Feriado 6a. Feira 04/11: Aula Magna (sala A-343) e Testes do Cap. 8