HOSPITAL FEDERAL CARDOSO FONTES
SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL
CHEFE DO SERVIÇO: DR. ANTONIO MARCILIO
TRATAMENTO CONSERVADOR DO PLASTRÃO
APENDICULAR
-RELATO DE CASO-
Rafael Mussi de Melo
R1 Cirurgia Geral
ANAMNESE
ID: T.N.S; 28 anos; feminino; casada; natural e residente do Rio de Janeiro; parda.
QP: “dor na barriga”.
HDA: quadro de dor abdominal de pequena intensidade há aproximadamente 20 dias, em região periumbilical, sem irradiação. Nega queixas urinarias ou febre. Relata que nos primeiros 10 dias dos
sintomas, apresentou parada da eliminação de fezes, porém, eliminando flatos. Após este período,
retornou espontaneamente a evacuar, mas, ainda com dor, procurou um serviço de emergência. Foi
medicada com sintomáticos, com resolução do quadro álgico. Nega nauseas ou vomitos.
Foram também solicitados hemograma e TC de abdomem. Apesar do hemograma normal,
evidenciou-se imagem hiperdensa, contornos regulares, de conteúdo homogeneo em FID. Assim, a
enferma dirigiu-se a este nosocomio para avaliação pelo serviço de cirurgia geral do mesmo. No
momento da anamnese, já não apresentava quadro álgico importante, estando praticamente
assintomática.
HPP: nega doenças prévias. Desconhece doenças comuns da infância. Nega infecções
ginecológicas. ITU tratada na infância.
Hfam: pai e mãe hipertensos, irmãos saudaveis, desconhece história de neoplasia.
HF: 01 filho de parto cesáreo.
HS: nega etilismo, tabagismo ou uso de drogas.
EXAME FÍSICO
ECTOSCOPIA: marcha atípica, facies atipica, ausência de posição
antálgica. Hidratada, normocorada, anictérica, acianótica, ativa, BEG.
SINAIS VITAIS: FC:78bpm; FR:20irpm; PA:110X70mmHg.
ACV: RCR 2T BNF s/ S ou ES.
AR: MVUA s/ RA.
ABDOMEM: atípico, flácido, peristaltico, discretamente doloroso a
palpação profunda em FID, sem sinais de irritação peritoneal.
Tumoração palpavel de aproximadamente 06x06cm, imóvel, indolor a
palpação, sem sinais flogísticos, de contornos regulares, textura
homogenea e elastica. Linfonodos inguinais impalpaveis.
MMII: s/ edema, pulsos+
EXAMES COMPLEMENTARES
SANGUE: hemograma e leucometria normais.
PCR normal.
TC: imagem hiperdensa, heterogenea, em FID,
medindo 08cm em seu maior diâmetro. Não foram
visualizados apendice e ceco. Sem outras
alterações.
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
PLASTRÃO APENDICULAR
ABORDAGEM
A paciente foi internada na enfermaria do serviço. Iniciada
antibioticoterapia dupla com ciprofloxacino e metronidazol IV.
Permaneceu em dieta zero nos dois primeiros dias de internação,
evoluindo para dieta liquida de prova no terceiro dia, e líquida completa
no quarto e quinto dia. Iniciada dieta pastosa no sexto dia em diante,
com ótima aceitação.
Não foram observados durante a permanencia alterações dos sinais
vitais como febre e taquicardia. A enferma não apresentou quadro
algico mesmo na ausencia de sintomáticos.
Os exames de sangue permaneceram inalterados.
No sétimo dia de internação, a paciente passou por nova tomografia,
a qual se manteve inalterada.
Recebeu alta no sétimo dia, sendo marcado retorno para reavaliação
após três semanas.
Realizada TC de controle após 03 semanas de evolução, sendo
identificada redução tumoral. Leucograma normal. Paciente
assintomática por todo o período.
INTRODUÇÃO
O plastrão apendicular ocorre em dois a seis
por cento dos casos de apendicite.
DIAGNÓSTICO
Semiologia
Laboratório
Imagem
ABORDAGENS
1. Tratamento conservador inicial
seguido de apendicectomia eletiva;
ABORDAGENS
2. Tratamento inteiramente conservador
ABORDAGENS
3. Apendicectomia de Urgência
MANEJO INICIAL
Dieta oral zero
Suporte clínico
ANTIBIOTICOTERAPIA
Cobertura de germes gram-negativos e
anaeróbios
ABCESSO
Drenagem percutânea
URGÊNCIA
Resposta insatisfatória do tratamento
conservador em 48-72 horas
VANTAGENS
Técnica
Neoplasia
DESVANTAGENS
Relação custo/benefício
CONCLUSÃO
Aceitação
Divergências
FIM
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XXV Congresso Brasileiro de Cirurgia