Vacinas vivas para salmonelas paratíficas na reprodução de matrizes: Experiência de outros Países Novembro,2014 - Porto Alegre / RS Letícia Dal Bérto- Serviço Técnico Lohmann - Elanco Sumário: • Objetivos dos Programas adotados na Comunidade Europeia; • Diferenças Programas Europa e EUA ; • Razões para adoção de programas - Surtos ; Custos • Princípios dos programas – Medidas ; Monitorias ; Vacinas; • Uso de vacinas vivas para Salmonella Enteritidis / Typhimurium ; • Resultados deste pacote de medidas ; Objetivos dos Programas adotados na Comunidade Europeia Prevalência de Salmonella Estabelecimentos avícolas Salmonella spp S.E/ST Reprodutoras 5.1% ( 0-34.7 ) 1.8% ( 0-28.0 ) Poedeiras 30.7% ( 0-79.5 ) 20.3% ( 0-62.5) Frango 13.6% ( 0-68.2 ) 11.0% ( 0-39.2 ) Reprodutoras de Perus 13.6% ( 0-78.5) 1.7% ( 0-18.4) Perus de Corte 30.7% ( 0-78.5) 3.8% (0-18.4) EFSA,2004 Prevalência das Salmonella em reprodutoras durante a produção Prevalência das Salmonella em reprodutoras durante a produção Prevalência de Salmonella nos EUA Figura: Percentual de positividade anual para Salmonella Enteritidis em pintos de 1 dias. Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 S.E (%) 1,54 0,88 1,35 1,41 1,72 1,78 0,84 0,52 Estabelecimentos (n) 155 180 146 133 146 74 181 192 USDA – FSIS (2013) Base para controle – focada na prevalência em pintos de um dia e carne de frango no abate. Razões para adotar medidas Controle: Surtos em humanos X Custos Surtos em humanos no Reino Unido Custos com medicação e perdas de produtividade nos EUA U$ 2,3 Bilhões. (Frenzen at al (1999). Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Incrementar programas de limpeza e desinfecção; o RISCO • 400ppm de hipoclorito em superfícies de aço inoxidável , não demostrou ser efetiva contra biofilme da Salmonella. Steenackers et al, (2011) Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Controle de Pragas Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Controle de Pragas Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Programas de Monitória Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Programas de Monitória o Recomendação – OIE – Para infecções subclínicas ou de baixa prevalência “ Aumentar numero de amostras, tipos e frequência”. Salmoneloses – OIE,2012. Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Medidas mandatórias – Diferencial • Sacrifício Matrizes positivas para S.E/ S.T – Ressarcimento do governo para Produtor • Eliminação de pintos de um dia e ovos oriundos de lotes positivos para S.E/ S.T; REGULATION (EC) No 2160/2003 Medidas para Redução e controle de Salmonela Paratíficas • Vacinas Vivas “O desenvolvimento de vacinas vivas eficazes, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, como parte da estratégia de controle de salmoneloses em alimentos de origem animal.” (Cooper et al. 1994) Medidas para Redução e controle de Salmonela Paratíficas • Vacinas Vivas “A vacinação tem sido considerada efetiva na redução de infecção dos principais sorovares na Europa, a percentuais que não foram alcançados anteriormente.” Barrow, et al.,2012 Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Vacinas Vivas Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Vacinas Vivas “A vacinação é uma medida adicional dos programas de controle com objetivo de aumentar a resistência das aves”. “A vacinação contra Salmonella Enteritidis para reduzir a excreção e contaminação dos ovos deve ser realizada em todas as aves em países membros, onde a prevalência de S.E for acima de 9%”. Diretiva de Salmonella Nº 1177/2006 Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Vacinas Vivas o Características de uma vacina ideal • Segura para as aves e outras espécies; • Efetiva na redução da excreção; • Redução da Salmonella nos tecidos – através “ Clearence”. • Não interferir nos exames para de detecção de Salmonela . Prevenir a colonização intestinal Segura para aves e meio ambiente Segura para outras espécies Não interferir com o diagnóstico Microbiológico Diferenciar-se das cepas de campo Cepa de campo Cepa vacinal ISO 6579:2002, ISO 6579:2002/Amd1:2007 Prevenir TRANSMISSÃO HORIZONTAL Prevenir Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Vacinas Vivas o Segundo Postulado de Selbitz para ser considerada segura: • Replicar em curto espaço de tempo no hospedeiro; • Induzir imunidade; • Desaparecer rapidamente; • Ser excretada em curto espaço de tempo no ambiente; • Balanço entre virulência e imunogenicidade; • Baixa sobrevivência no meio ambiente; • Duas ou mais mutações independentes para não reverter a virulência; H.J. Selbitz, "Fundamental safety requirements in the use of live vaccine in food animals", BERL MUN TI, 114(11-12), 2001, pp. 428-432 Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Vacinas Vivas – Salmonella Enteritidis / Salmonella Typhimurium o Vacinas vivas de Salmonella, de acordo com as regras de autorização devem ser diferenciadas de cepas de Salmonelas de campo através de exames bacteriológicos. Diretiva 2001/82/EC Medidas para Redução e controle de Salmonelas Paratíficas • Vacinas Vivas – Salmonella Enteritidis / Salmonella Typhimurium o Vacinas Vivas Liberadas na Europa para Reprodutoras Sorotipo Cepa / Marcador Diferenciação Salmonella Enteritidis Auxotrófica – Purina e Histidina – PT4 Salmonella Enteritidis Auxotrófica – Purina e Histidina – PT4 (ausência de plasmídeo especifico do sorovar ) Salmonella Enteritidis Mutante Metabólico – Resistente Rifampicina / Estreptomicina e Sensível Eritromicina – PT4 Salmonella Typhimurium Auxotrófica – Purina e Histidina –DT9 Salmonella Typhimurium Mutante Metabólico – Resistente Acido Nalidixico / Rifanpicina e Sensível Eritromicina - DT9 Resultados obtidos com aplicação das medidas de controle Artigo: A batalha contra Salmonella em produção de aves (world Poultry News, Jul/2014). o Redução de caso em humanos em 2012 comparado a 2004 redução de 53,5%. Resultados obtidos com aplicação das medidas de controle • Em trabalho publicado em 2012, a Dra. Sarah O’Brien, da Universidade de Liverpool, correlaciona o declínio das salmoneloses alimentares humanas (não tifóides) ao uso de vacinas aviárias nos planteis do Reino Unido. Considerações Finais • Todo o programa de prevenção e controle de Salmonella, demanda tempo e comprometimento de todo sistema produtivo; • As vacinas vivas para Salmonella, representam uma ferramenta importante , do ponto de vista, que desta forma é possível interferir na imunidade das aves : Resistência; • Premissa básica para programas de prevenção de Salmonella : SAÚDE HUMANA : Leticia Dal Bérto Serviço Técnico Brasil [email protected] Fone: 11-96830 0333 OBRIGADA !