COLÉGIO Profº CEME Bergson Morais Vieira Disciplina: História Aula: 26/02/2013 “Navegar é preciso, viver não é preciso”. No século XV, Portugal reunia as condições ideais para ser um dos protagonistas dos Descobrimentos. Situado no extremo ocidente da Europa, no caminho das rotas de comércio marítimo, em contacto com os povos mais desenvolvidos do Velho Continente, o reino português teve um papel decisivo no nascimento da Europa Moderna. Contudo, a navegação oceânica trazia alguns problemas, a começar pelas embarcações: Os Portugueses conheciam as galés mediterrânicas, os barcos do Mar do Norte e, através da influência árabe, um tipo de barco, dotado de velas latinas capazes de bolinar muito perto da linha do vento, desenvolvido e transformado na caravela. Além desta embarcação, a navegação para sul do Bojador exigia o domínio de técnicas e instrumentos de navegação (navegação astronômica). Os Portugueses usavam já a bússola, as cartas-portulano, o quadrante e o astrolábio náuticos. Em “O império marítimo português”, o historiador Charles Boxer, procura explicar como Portugal manteve um império tão vasto durante tanto tempo, já que era um país pouco povoado, sem estrutura comercial bem organizada. Para realizar essa tarefa, Boxer divide seu livro em duas partes. Na primeira, explica as "vicissitudes" do império, isto é, as contingências internacionais que envolveram a presença portuguesa em determinadas regiões durante certo período. Na segunda parte, Boxer examina as características e os principais pontos estratégicos da conquista portuguesa no ultramar: as instituições, as alianças interétnicas, os modos de organização navais, mercantis, políticos, culturais e religiosos. Para os portugueses o Brasil tinha pouca importância no inicio do séc. XVI; O Escambo (troca de mercadorias) e a pratica de trocar produtos europeus em produtos indígenas. O escambo era mai vantajoso para os portugueses, estes davam aos nativo machados e facões, instrumentos estes que seriam utilizado na própria derrubada do pau-brasil. Havia um controle sobre a população do navio: Os marujos não podiam negociar diretamente, não podiam dormir fora nem mesmo sair de suas intalações; Regras como estas demonstram como era o comportamento do marujo, ou seja, eles constantemente, saiam para negociar com os nativos; dormiam com as nativas e, as vezes, sequer voltavam ao navio. Para além do desejo dos portugueses sobre o Brasil, o que se entende é que o Brasil se constitua enquanto uma importante rota de navegação; Essa posição estava ameaçada com a presença de outros povos europeus. É o caso da presença francesa no litoral em busca de explorar o pau-brasil. Diante das necessidades de povoar o Brasil para garantir a soberania do território e a defesa contra invasores, Portugal, não pretendendo aplicar aqui seu capital, pois estava sem recursos financeiros, resolveu dividir a colônia em lotes, chamados Capitanias Hereditárias, e transferir as despesas e direitos para seus governadores, os donatários, que deveriam governá-las, explora-las e prestar contas ao rei de Portugal. Essas capitanias receberam o nome de hereditárias porque passavam de pai para filho e era regulamentadas pela carta de doação (documento de concessão do rei ao donatário) e pelo foral (direitos e deveres dos donatários e do rei).