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Escolha pessoal do tema
◦ Atendimento separado no posto de saúde.
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Valores acadêmicos e sociais
◦ Atualidade e epidemiologia
 Doença que leva a incapacitação
 Traz prejuízo na qualidade de vida
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A quem interessa
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◦
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Políticas publicas
Grupos atingidos
Profissionais de saúde
Sociedade em geral
Viabilidade
Galvan (2003), Browne (2003)
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Aspecto histórico-social da hanseníase:
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Representação social da Lepra
◦
◦
◦
◦
◦
Perigo público
Bíblia - doença impura,
Castigo divino,
Prova corporal do pecado.
Tratamento e cura recentes.
OMS (2008), BRASIL (2009)

Brasil hiper-endêmico
◦ Número de casos – Índia e Brasil (40.000)
◦ Por população – 2,3 – 10.000.
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

Brasil abandonou a meta de eliminação da OMS.
 Eliminação
Erradicação
Concentração áreas mais pobres
Veronesi (2006)
A maioria dos indivíduos são resistentes
95% da população brasileira tem o teste Mitsuda
positivo e apenas 5% é Mitsuda negativo.
Pacientes paucibacilares não transmitem
Veronesi (2006)
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

Nomenclatura: hanseníase ou lepra
Micróbio: Mycobacterium leprae, bacilo álcoolácido resistente (BAAR).
Incubação.
Veronesi (2006)

Eliminação pelas vias aéreas superiores, áreas
de pele erosada, urina, fezes, leite materno.
Contágio:
Exposição continuada
tipo multibacilar sem tratamento
Sistema imune
Veronesi (2006)
Quantidade de bacilos.
◦ PAUCIBACILAR
◦ MULTIBACILAR
 Resposta imune, estados reacionais:
Indeterminada → Tuberculóide →
Dimorfa →Virchowiana

Cunha (2002)

Poliquimioterapia:
◦ rifampicina (RFM),
◦ sulfona (DDS) e
◦ clofazimina (CFZ).


Paucibacilar - após 6 doses.
Multibacilar - após 24 doses.
Profilaxia:
 Vigilância dos contatos e
 aplicação de BCG.
Ventura (1998)
O grau de comprometimento varia de acordo com a
evolução da doença, podendo causar:

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

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
(a) manchas pálidas ou avermelhadas dormecidas,
(b) diminuição de sensibilidade da pele,
(c) dormência nos braços, mãos e pés,
(d) caroços ou inchações localizadas -cotovelos, mãos,
face, orelhas,
(e) obstrução nasal,
(f) diminuição dos pêlos da
face (sobrancelhas, cílios
e barba) e do corpo,



(g) Pode afetar outros órgãos, como fígado,
baço, testículos,
(h) Podem ocasionar lesões deformantes na
face, mãos e pés,
(i) Em casos mais graves ocorrem necroses, as
quais podem ocasionar necessidade de
amputações gradativas.
Ventura (1998)
Patrick et al. (2006)
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SNP
Neuropatias
com ou sem lesões.

Dormência

Dor:
nociceptiva: Inflamação dos
tecidos
Dor neuropática: Por lesão
anatômica e/ou
funcional do sistema
nervoso.

O diagnóstico e tratamento tardio podem levar a
incapacidades físicas e sociais.
Veronesi (2006)


Fenômenos imuno inflamatórios.
Mesmo após alta: carga e eliminação bacilar.
◦ Reação reversa ou tipo 1: lesões dermatológicas,
infiltrações, alterações de cor e edema nas lesões
antigas, bem como dor ou espessamento de
nervos (neurites).
◦ Eritema nodoso ou tipo 2: sintomas gerais como:
febre, queda do estado geral, astenia, anorexia,
artralgias, nódulos subcutâneos, vermelhos e
dolorosos disseminados e neurite com ou sem a
presença de lesões.
Gallo e Oliveira, 2005.
◦ Bacilos podem permanecer relativamente protegidos da
ação imunocelular e da terapêutica, e em condições
propícias, voltar a proliferar, estimulando a reatividade
inflamatória.
◦ Possibilidade de sobrevivência de bacilos resistentes.
◦ Pode ser confundido com reações após alta terapêutica.
Leite e Brito (2007)





Situações de preconceito e exclusão social
◦ Ruptura convívio social
◦ Afastamento familiar
◦ Separação de utensílios domésticos
◦ Comportamentos de esquiva frente a contato físico
A imagem de si (identitária) é deteriorada mesmo sem
seqüelas
Sofrimento psíquico do portador
Descrédito na cura
Medo da transmissão no imaginário social da doença gerando
isolamento social.
Leite e Brito (2007)
Medo, tristeza e preconceito
 [...] porque o povo fica olhando com medo, sem querer chegar perto
da gente. Até o povo da família mesmo. [...] eu ficava em casa,
ninguém ia nem me visitar. Chegaram até a pedir a meu pai pra
arrumar um lugar pra eu ficar, um quarto separado. (PARTICIPANTE
J, HOMEM, 23 ANOS).
Lepra, doença, câncer e AIDS
 [...] preconceito, eles dizem assim, olha esse leproso que vai ali,
esse não sei o quê, é imoral. A ser leproso, a pessoa passa logo por
isso: tá com o leproso é? Vai andar com o leproso? Os caras dizem
assim para eu não pegar a corrida (PARTICIPANTE H, HOMEM, 42
ANOS).
Leite e Brito (2007)
Imagem leproso
 Eu falo assim mesmo, na linguagem que todo mundo fala, eu
não vou dizer: “como ele ficou diferente!”, se o povo fala:
“vixe, esse caba é um monstro”. E ficou mesmo um monstro,
carne feia, orelha preta.[...]. Aí dá desespero, você olha no
espelho, e diz: “caramba, doido, o caba tá feio hoje mesmo”.
Aí dá aquele desgosto. Um bocado de desgosto, olhava
assim: caramba, esse cara é diferente [...] (PARTICIPANTE K,
HOMEM, 26 ANOS).
Difícil entender e/ou explicar, horrível, divórcio e contágio
* [...] eu não tive oportunidade de saber completamente o que
é [...] ninguém me disse [...] Eu fico assim, ouvindo um e
outro (PARTICIPANTE T, MULHER, 26 ANOS).
 Eu acho que perdi o pai dos meus filhos por causa disso, eu
vim aqui pegar os remédio, logo depois ele terminou, foi por
causa disso, só pode ser. (PARTICIPANTE, MULHER, 35
ANOS).
Leite e Brito (2007)
Manchas no corpo, sequelas e reação
 Eu me sinto ruim, tenho que me esconder, eu me escondo, as
pessoas tem medo. Eu tenho manchas que aparecem, eu não
digo que estou doente não . (PARTICIPANTE R, HOMEM, 35
ANOS).
Cura, não cura e esperança
Participante A (homem, 27 anos)
 Mas que trata logo no começo, assim realmente quando vê que
é aquilo e começa, no meu caso não, no meu caso demorou
demais, quando eu vim não tinha como estancar.
 [...] dizem que cura, dizem, mas já morreu duas pessoas com
hansen, duas pessoas que estavam fazendo tratamento [...] não
vejo essa cura [...].
 [...] tem que acreditar na melhora, que um dia vai ficar bom,
tem que botar na cabeça, na melhora, eu não desejo isso pra
ninguém.

PREVALÊNCIA MUNDIAL DE COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS
EM PORTADORES DE HANSENÍASE: REVISÃO SISTEMÁTICA
Projeto de Mestrado:
SAÚDE MENTAL E QUALIDADE DE VIDA NA
HANSENÍASE
Clarissa Íris Rocha Leite
Contatos: [email protected]
Telefone: (71) 8739 5033
ILUSTRAÇÕES APRESENTAÇÃO:Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Hanseníase e direitos humanos : direitos e deveres dos usuários do SUS / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008.
72 p. : il. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde)
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Aula hanseníase