Ciclo de Aprendizagem Organizacional C.A.V HE HD 5 - APLICAÇÃO (compromisso com melhorias) 4 - GENERALIZAÇÃO (analogias) 3 - PROCESSAMENTO (avaliação de performance) 1 - VIVÊNCIA (atividade) 2 - RELATO (análise de clima) CICLO DE APRENDIZAGEM VIVENCIAL (CAV) Ao utilizar técnicas vivenciais em situações de aprendizagem, o facilitador deve levar os participantes a passarem por todo o processo de aprendizagem vivencial. O Ciclo de Aprendizagem Vivencial é um método desenvolvido com o objetivo de sistematizar e possibilitar a reflexão sobre uma atividade buscando um aprendizado efetivo que leve a uma mudança de comportamento. Desta forma o CAV passa por 5 etapas combinando características da aprendizagem e solução de problemas a partir da experiência, conceitos, regras e princípios dos indivíduos. Fases do Ciclo 1- Vivência – Ação / Experiência: É uma atividade proposta pelo facilitador. Nesta fase os participantes vivem uma situação simulada, na qual é possível criar uma base comum para a discussão posterior. É o momento do “fazer” e da manifestação espontânea de comportamentos, constituindo-se na verdadeira situação de aprendizagem. Daí a importância de se saber como e quando utilizar uma técnica vivencial. A vivência pode ter mais de uma rodada, ter diferentes durações, ser realizada com todo o grupo ou em grupos menores. O importante é que os participantes interajam e tenham a oportunidade de aprender através da descoberta. 2- Relato: Nesta etapa os participantes compartilham seus sentimentos e reações com relação à vivencia. Aqui, os participantes têm a oportunidade de trazer à tona suas emoções, não na forma de uma terapia de grupo, mas de compartilhamento de sentimentos provocados pela atividade. Nessa fase, o como é mais importante do que o resultado em si. Ou seja, é importante que cada participante compartilhe com o grupo como foi para ele a sua experiência. A maioria das pessoas tem dificuldade de expressar seus sentimentos e o facilitador deve atuar de modo a levar os participantes a permitirem a manifestação do hemisfério cerebral direito, responsável pela expressão espontânea das emoções e sentimentos. O que se deseja nessa fase, é a energia emocional fluindo e trazendo material para posterior análise. Esta é uma etapa curta, mas de grande importância, pois o emocional é um dos níveis de aprendizagem e prepara o grupo para falar do que ocorreu no desenvolvimento da tarefa proposta. 3- Processamento: A fase do processamento é decisiva para o processo de aprendizagem. Se quisermos que a vivência leve a uma aprendizagem efetiva, é necessário levar o grupo a discutir e refletir sobre as experiências a partir de muitas perspectivas diferentes. Nessa etapa, busca-se reconstituir padrões de comportamento adotados durante a vivência para que ocorra o aprendizado. Cada participante tem oportunidade de perceber os resultados de suas ações e reações em relação ao processo vivenciado durante a atividade. É na fase do processamento que o grupo revê etapa por etapa do que aconteceu na atividade vivenciada e tem a oportunidade de perceber os resultados de suas ações e reações e reformular padrões de comportamento. No processamento o facilitador deverá voltar ao início da atividade proposta, analisando cada etapa do trabalho. Deverá também estar atento ao grupo, trazendo observações de fatos ocorridos durante a vivência para que no processamento possa aprofundar todas as questões pertinentes aos objetivos da atividade. Trata-se de um trabalho conjunto entre facilitador e participantes, que propiciará a conscientização dos aspectos pessoais, interpessoais e grupais que levará a aprendizagens significativas, uma vez que têm como base a vivência de cada um. 4- Generalização: Os participantes fazem correlação, paralelos com a realidade a partir da atividade. As pessoas fazem correlações com o real, comparando-se aspectos teóricos com situações práticas de trabalho e da vida em geral. Assim cada um elabora suas conclusões para uso futuro. Normalmente lembram-se de situações já vivenciadas ou que percebem acontecer no dia a dia. Esta etapa transpõe o jogo ou atividade vivenciada para o contexto concreto, onde o participante é despertado para analisar suas ações e reações não mais na atividade ocorrida, mas na vida pessoal e profissional. O facilitador deve ter uma postura não-avaliativa em relação às aprendizagens buscando inclusive que todos os participantes apoiem uns aos outros em suas generalizações. Nesta etapa, é também aconselhável o facilitador fazer colocações teóricas apresentando para o grupo resultados de estudos e pesquisas que irão enriquecer o aprendizado, pois os conhecimentos, as informações e conceitos teóricos são parte integrante do processo de aprendizagem vivencial, uma vez que as experiências vivenciadas, por mais importantesque sejam, não são suficientes para uma aprendizagem significativa. Os conceitos e generalizações dessa etapa são valiosos referenciais para a etapa que vem a seguir. 5- Aplicação: É o resultado que se espera com a técnica vivencial. É o momento em que os participantes colocam o que foi significativo para cada um e o que esperam fazer de forma diferente a partir das conclusões a que chegaram. É um compromisso pessoal de mudança. O grupo deve ser levado a transferir suas generalizações e conceitos apreendidos para as situações reais nas quais está envolvido. Cada pessoa irá estimar suas perspectivas pessoais e os riscos que pretende assumir colocando em prática os conteúdos aprendidos, exercitando sua criatividade e planejando táticas de inovação de condutas e comportamentos. Nesse momento cada um busca a mudança, experimentando e testando novas formas de atuação no meio em que vive. O facilitador não fala sobre os objetivos do jogo ou atividade em seu início, mas este é construído com o grupo. Ou seja, o que se espera através do CAV é que os participantes cheguem ao seu objetivo através da revisão e reflexão sobre seu comportamento na atividade e também pela sua proposta de mudança estabelecida ao final. Existe uma linha tênue que divide as fases da CAV e requer do facilitador a sensibilidade para perceber quando uma fase já se esgotou e passar para a próxima. As técnicas vivenciais podem gerar no grupo uma grande energia, sendo um ótimo instrumento de aprendizagem. No entanto, é necessário um cuidado especial para não criar um clima propício ao aprendizado e que depois, por insensibilidade ao grupo ou por má administração do tempo, o material trazido durante a vivência não seja elaborado. O Ciclo de Aprendizagem Vivencial é, portanto, de suma importância para que as técnicas vivenciais não sejam apenas uma “brincadeira”, mas sim um instrumento que propicie o aprendizado. Análise SWOT Análise SWOT na captação de recursos: é a análise de pontos FORTES e FRACOS de uma organização, como também examinar as OPORTUNIDADES e as AMEAÇAS que poderão ser enfrentadas no mercado de atuação. Como fazer a Análise SWOT? • Ambiente externo • Ambiente interno • Formulação de metas 1.2.3 Estratégia de Aprendizagem Organizacional com foco em Peter Senge Peter Senge ficou conhecido desde o lançamento, em 1990, do livro ‘A Quinta Disciplina') que já vendeu mais de 500 mil exemplares e que foi considerado pela Harvard Business Review como um dos livros marcantes dos últimos 75 anos. Ele enfatiza nesse livro o aparecimento de um novo tipo de líder, disposto a associar seu aprendizado pessoal à ação coletiva da organização. A Origem deste conceito deu-se ao longo de quinze anos. Cada uma dessas disciplinas representa um corpo significativo de teoria e de métodos de gestão. Ao desenhar este quadro de cinco disciplinas foi que ele percebeu que havia sinergia entre elas. Em particular, a tal Quinta Disciplina – o pensamento sistêmico – expressa a sensibilidade que integra todas as outras. Organizações/Equipes que Apreendem. Grandes equipes são organizações que aprendem a desenvolver novas habilidades e capacidades, que levam a novas percepções e sensibilidades que, por sua vez, revolucionam crenças e opiniões (ciclo de aprendizado profundo). As organizações que aprendem são formadas por pessoas que expandem, continuamente, a sua capacidade de criar os resultados que desejam, onde se estimulam padrões de comportamento novos e abrangentes, a aspiração coletiva ganha liberdade, e as pessoas exercitam-se, continuamente, em aprender juntas. 11 Cinco disciplinas básicas. 1-Domínio Pessoal - E a disciplina que possibilita continuamente esclarecer e aprofundar nossa visão pessoal, concentrar nossas energias, desenvolver a paciência e ver a realidade objetivamente. 2-Modelos mentais - 3-Visão Compartilhada(Objetivo Comun) - A empresa deve ter uma missão genuína Muitas modificações administrativas não podem ser postas em prática por serem conflitantes com modelos mentais tácitos e poderosos. Ex:framework sof. para que as pessoas dêem o melhor de si e adotem uma visão compartilhada, na qual prevaleça o compromisso e o comprometimento em lugar da aceitação. 4-Aprendizagem em Equipe - Unidade de aprendizagem moderna é o grupo e não o indivíduo.Requer a prática do diálogo e discussão. 5-Pensamento Sistêmico (A quinta disciplina)- Esta é a quinta disciplina, a que integra todas as outras, o elo de ligação, fundindo-as em um corpo coerente de teoria e prática. “O todo pode ser maior que a soma das partes”. As Cinco disciplinas É de fundamental importância que as cinco disciplinas funcionem em conjunto. Embora isso pareça mais fácil de ser dito do que de ser feito, é preciso reconhecer que o raciocínio sistêmico reforça cada uma das outras disciplinas, “mostrando que o todo pode ser maior que a soma das partes” (Senge, 1990, p. 21). Domínio Pessoal • Aprender a expandir as capacidades pessoais Criar um ambiente empresarial que estimule todos os participantes alcançando assim as metas escolhidas. Estimular os trabalhadores a buscarem e alcançarem seus objetivos sem medo de errar. Associar o desenvolvimento de cada pessoa dentro da sua organização ao crescimento da performance da organização. Mestria é a habilidade, conhecimento, superioridade, enfim, excelência. Domínio pessoal significa habilidade e vontade em compreender e trabalhar com as forças que rodeiam a pessoa. Modelos Mentais Consiste em refletir, esclarecer continuamente Melhorar a imagem que cada um tem do mundo. Verificar como moldar atos e decisões rever nossos modelos mentais e ajustá-los a realidade. Os modelos mentais referem-se aos mapas do mundo que guardamos há longo tempo na nossa memória e as percepções de curto prazo que as pessoas constroem com base no seu raciocínio quotidiano. Os modelos mentais distorcem a forma como vemos a realidade. Assim se justifica que pessoas possam interpretar o mesmo evento de forma diferente. Os modelos influenciam também as nossas ações. Em suma, o que vemos, como vemos e como agimos é influenciado por estes modelos. Visão compartilhada Estimular o engajamento do grupo em relação ao futuro. Elaborar princípios e diretrizes que permitirão alcançar esse futuro. Nas organizações tradicionais a visão é exclusividade do “superior". Desce depois pelos fluxos de comunicação formais, estrutura hierárquica abaixo. As pessoas recebem esta visão, passivamente ou ressentidas mas jamais assumirão um compromisso verdadeiro. Estas visões dos “superiores” podem ser importantes em tempo de crise mas falham em criar um senso coletivo do que é importante e porquê. A construção de uma visão para a organização é uma tarefa que deve envolver pessoas de vários níveis da organização e possibilitar-lhes falarem abertamente perante os “superiores" das suas aspirações e do rumo da organização. Aprendizado em Equipe Desenvolver o pensamento e a comunicação coletiva afim de superar a soma dos talentos individuais. Na essência da aprendizagem em equipe está o conceito de alinhamento em oposição ao conceito de concordância, presente no trabalho em equipe. Alinhamento é funcionar como um todo: melhorar a capacidade da equipe em pensar e agir sinergeticamente, com total coordenação e um forte sentido de unidade. À medida que o alinhamento se desenvolve, as pessoas não precisam se preocupar em esconder as suas discordâncias, pois como um todo, a equipe é capaz de as utilizar para construir um sentido coletivo mais largo e rico. Pensamento Sistêmico Analisar e compreender a organização como um sistema integrado. Criar uma forma de analisar e uma linguagem para descrever e compreender as forças e inter-relações que modelam o comportamento dos sistemas. Foco sistêmico é uma linguagem que nos permite descrever as inter-relações entre os elementos de um sistema. Cada elemento fornece influências e informação a outros, causando o crescimento, declínio ou estabilidade do sistema total. À medida que esta "linguagem" se torna natural para a pessoa, ela encontrar-se-á pensando de uma forma não convencional e conseqüentemente compreendendo e agindo de modo inovador, eficaz e criativo. Se considerarmos a organização como um sistema, então foco sistêmico permitirá vê-la como um conjunto de forças inter-relacionadas e revelar-nos-á quais as ações a tomar e onde aplicá-las. PRISIONEIROS DO PRÓPRIO SISTEMA OU DO NOSSO PRÓPRIO PENSAMENTO? O "jogo da cerveja" relata a experiência de pessoas nos papéis de varejista, atacadista e produtor de uma marca de cerveja. Essas pessoas se vêem no dilema de um aumento da demanda e conseqüente aumento de pedidos do varejista para o atacadista e deste para o produtor. Como a capacidade não aumenta, a demanda aquecida gera atraso de entrega em todos os níveis e, conseqüentemente, mais pedidos. Isso acaba acarretando maior produção para regularizar a entrega, mas, então, cessam os pedidos, uma vez que a demanda não era flutuante (os atrasos, sim, causavam mais pedidos). Esse jogo relata a experiência de pessoas diferentes agindo de maneira nãosistêmica. QUINTA DISCIPLINA: O PENSAMENTO SISTÊMICO O pensamento sistêmico é a disciplina para ver o todo; é uma forma de interligação que permite ver os padrões de mudança e não apenas eventos isolados. O pensamento sistêmico é o antídoto para a sensação de impotência causada pela era da interdependência; através dele, podemos enxergar as estruturas subjacentes e discernir as mudanças de alta e baixa alavancagem. O pensamento sistêmico é a pedra fundamental que determina como as organizações que aprendem pensam a respeito de seu universo. Nem sempre fazer o óbvio produz o resultado imediato e desejado.