A aprendizagem da docência na formação inicial: contribuições da teoria da atividade Profa. Dra. Flávia Dias Ribeiro Departamento de Educação - DEPED Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR [email protected] Curitiba, 21/02/2013 Primeiras apropriações Sujeito em atividade⃰ Condição norteadora para a organização do ensino na formação inicial ⃰perspectiva teórica de Leontiev (1983) APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA NECESSIDADE aprender a ensinar ATIVIDADE MOTIVO – possibilitar que o estudante aprenda OBJETO – a atividade de ensino Fig. 1 - Atividade e aprendizagem da docência Perspectivas para a formação em atividade Superação de uma certa tendência ao “praticismo” – comum em disciplinas curriculares voltadas à prática; Conscientização do professor em relação ao seu objeto – a atividade de ensino. Desenvolvimento do pensamento teórico do professor Atividade de aprendizagem da docência movimento de formação e desenvolvimento do pensamento teórico do professor reflexão, análise e plano interior das ações⃰ ⃰ Davydov (1988); Rubtsov (1996) REFLEXÃO – tomada de consciência sobre as ações de ensino ANÁLISE – identificação e compreensão de elementos do modo geral de organização das ações de ensino PLANIFICAÇÃO DAS AÇÕES – apropriação de elementos do modo geral no desenvolvimento das ações de ensino Fig. 2 – Elementos do pensamento teórico na aprendizagem da docência De que perspectivas e práticas estamos tratando ao situarmos a formação reflexiva na aprendizagem da docência? A reflexão no processo formativo Compreende a necessidade de que as práticas formativas oportunizem a ampliação das possibilidades de reflexão, na direção de um processo de análise e planificação das ações; Necessita favorecer o desenvolvimento do pensamento teórico dos professores sobre a docência, compreendendo assim, um modo geral de organização da atividade de ensino; Pode ser aprimorada à medida que “acentuar o caráter colaborativo no trabalho docente” (ALARCÃO, 2005). A essência do conceito de reflexão Não cabe qualquer “pensar sobre” ou qualquer análise da prática, mas um “pensar sobre” mediado por fundamentos ou referenciais que possibilitem a compreensão do objeto no caminho da solução de problemas da prática; A reflexão na direção do objeto implica na existência de critérios que, necessariamente, determinam a qualidade da reflexão. Referências Alarcão, I. (2005). Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez. Araújo, E. S. (2003). Da formação e do formar-se: a atividade de aprendizagem docente em uma escola pública. Tese de Doutorado em Educação. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo - SP. Araújo, E. S. e Moura, M. O. de. (2008). Contribuições da Teoria Histórico-Cultural à pesquisa qualitativa sobre formação docente. Em Pimenta, S. G. e Franco, M. A. (orgs.). Pesquisa em educação: possibilidades investigativas/formativas de pesquisa-ação. São Paulo: Loyola. Azevedo, M. A. R. de; Abib, M. L. V. dos S. (2006). Os estágios supervisionados e os estilos de orientação. Anais XIII ENDIPE. Recife: UFPE. Caraça, B. J. (1998). Conceitos fundamentais da matemática. Lisboa: Gradiva. Cedro, W. L. (2008). O motivo e a atividade de aprendizagem do professor de matemática: uma perspectiva histórico-cultural. Tese de Doutorado em Educação. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo - SP. Davydov, V. V. (1982). Tipos de generalización em la enseñanza. Habana: Editorial Pueblo y Educación. 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