AVALIAÇÃO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA MELHORIA DOS RESULTADOS http://danielmartins.jimdo.com [email protected] [email protected] Prof. Msc. Daniel Martins 2010 Objetivos • Discorrer sobre a visão macro do processo de avaliar, planejar na busca de novos resultados da aprendizagem • Identificar os marcos reguladores, tradicionais e sociais desse processo; • Diferenciar aprendizagem e resultados; • Apontar novos caminhos para construir um novo jeito de planejar, avaliar buscando a aprendizagem para obter melhores resultados. Planejar... É uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina. Sendo, portanto, o lado racional da ação. Avaliar É colher elementos, dados, metas, mudanças, crescimentos (+/-). Avaliar é colher informações para progredir. Avaliar provoca Reavaliar. Avaliação como forma de poder e controle “eu te pego na prova...” “esse já esta reprovado comigo...” O poder cultural de avaliar Momento de onipotência sobre o outro; Clara divisão de classes mantidas pela sociedade; Relação de força e fraqueza da partes Desestabilização psicológica processual Segregação: inteligentes e menos capazes Qual é o seu “lugar”?.... Colocação, posição, média, vai passar? Quanto (nº) eu preciso... Será que dá... +1,5 vai completar... Passei !!!!!! Colar para passar, estuda para aprender!! Relações de forças.... Instrumentos que sustentam o modelo social a que serve. Fortalecem relações, hierarquias e incrustam nos indivíduos um certo normalismo social, imposição e coerção, o destaca do grupo pela individualização. Escola: uma poderosa máquina de poder e controle social, pela via do controle do indivíduo. Visão/Relação da Avaliação (envolvidos) Alunos: idolatrada! Emocional! A escola: vive e sobrevive dos resultados; Pais: únicos e seguros indicativos da aprendizagem. Tensão O professor tem na avaliação o mais poderoso e seguro instrumento a garantir-lhe a autoridade e o domínio da sala; Legitimação O poder é alguma coisa generalizada nas sociedades, que se organizam e definem as esferas do seu exercício, bem como o legitimam. Tal legitimação descansa por fim sobre o que chamamos de instituições, dentre as quais, o Estado é a maior. Fábio K. Comparato (1987, p.17) Na visão de FOUCAULT "O exame está no centro dos processos que constituem o indivíduo como efeito de poder, como efeito e objeto de saber. É ele que, combinando vigilância hierárquica e sanção normatizadora, realiza as grandes funções disciplinares: APROVAR/REPROVAR (FOUCAULT, 1999, p. 160.) PLANEJAR BUSCANDO OUTRAS FORMAS DE AVALIAR "O ato de planejar é a atividade intencional pela qual se projetam fins e se estabelecem meios para atingi-los. Por isso, não é neutro, mas ideologicamente comprometido." PLANEJAR.... Mais que um ato técnico. Cria uma dimensão político-social que pode determinar o futuro de toda uma geração. Planejamento Estratégico Não está no ato de criar, organizar, dimensionar conteúdos; Está nas aplicações das práticas de tudo que foi pensado; Dia de Planejamento! Humm!!... Posso chegar mais tarde... DIA CINZA... SEM ALUNOS... ISOLADO...... VAI TER UMA MERENDINHA? “TÔ PENSANDO IR MAIS TARDE AO SHOPPING...” “ O “MEU PLANO” JÁ ESTÁ PRONTO, POSSO SAIR...!!!” “VOU MANDAR VER O CARRO...!! “A DIRETORA MEIOVEIO!?!” MUDAR EM BUSCA DOS RESULTADOS DA APRENDIZAGEM NÚMEROS % Planejamento Estratégico É conceituado como um processo gerencial que possibilita estabelecer o rumo a ser seguido, com vistas a obter um nível de otimização. Estratégias na busca de Resultados na aprendizagem 1. Regra Geral: * fazer entender que aprendizagem não se mede somente por % * planejar ( o que) * avaliar ( quem ) Estratégias na busca de Resultados na aprendizagem 2. Regra: a) Visão de conjunto : quem os atores que serão atingidos; b) Visão do cenário: eu conheço o ambiente social, cultural, político e econômico dos atores; c) Envolvimento: qual meu grau de envolvimento com esse ambiente – profissional – emocional - de indiferença, ausência, sofrimento, prazer, alegria; Estratégias na busca de Resultados na aprendizagem 3. Regra: a) Ter bom senso de cobrar fielmente o que foi ensinado; b) Criar graus de dificuldades possíveis de dentro do contexto; c) Como se avalia 50% (na média) dos conteúdos ministrados, considerar e investigar se o aluno sabe os outros 50% que não foi perguntado . Estratégias na busca de Resultados na aprendizagem 4. Regra: a) Humanizar a avaliação: professor é gente, aluno é gente; b) Avaliação reflexiva: O dia “A” de analisar o que não foi entendido e o que aprendido; c) Dividir as funções e responsabilidade no processo; eliminar os VILÕES. CAMINHO DAS MUDANÇAS 1. QUEBRA DOS MITOS CAMINHOS DAS MUDANÇAS 2. TORNANDO A PARTICIPATIVA ... O que vai cair na prova? CAMINHOS DAS MUDANÇAS 3. INVESTIGAR OS ERROS PARA PRODUZIR ACERTOS ERROS FAZEM PARTES DO ATO DE APRENDER, SENÃO SERIA PERFEITO. CAMINHOS DAS MUDANÇAS 4. RELACIONAR O PROCESSO AVALIATIVO COM O COTIDIANO DE CRESCIMENTO PESSOAL, PROCESSUAL E NÃO RESULTADO FINAL CAMINHOS DAS MUDANÇAS Estou sendo avaliado... Na vida!! CAMINHOS DAS MUDANÇAS 5. AVALIAR O PROCESSO DE APRENDIZAGEM NÃO O RESULTADO, AFINAL A EDUCAÇÃO É CONTÍNUA ESCOLA NÃO É INSTITUIÇÃO DE REPROVAÇÃO, SUA ESSÊNCIA É A APRENDIZAGEM E finalmente.... “A prática da avaliação da aprendizagem, para manifestar-se como tal, deve apontar para a busca do melhor de todos os educandos, por isso é diagnóstica, e não voltada para a seleção de uns poucos, como se comportam os exames. Por si, a avaliação, como dissemos, é inclusiva e, por isso mesmo, democrática e amorosa. Por ela, onde quer que se passe, não há exclusão, mas sim diagnóstico e construção. Não há submissão, mas sim liberdade. Não há medo, mas sim espontaneidade e busca. Não há chegada definitiva, mas sim travessia permanente, em busca do melhor. Sempre!” Cipriano Luckesi O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?, Revista Pátio, ano3, n° 12, p.11, 2000. Pode colorir essas idéias! Elas serão reais amanhã! Obrigado ! REFERÊNCIAS LUCKESI, C. C. Avaliação Escolar. São Paulo: Cortez, 1999. PERRENOUD, P. As dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de ensinoaprendizagem. 11 ed. Petrópolis:Vozes, 1989. p. 117-118. HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré- escola à universidade. Porto Alegre: Ed. Real, 1993. __________________. Avaliação para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2004. p. 23. __________________. Avaliação para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001. LEITE, T.A.R. A concepção do professor sobre a prática pedagógica de avaliação. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas, SP, 1998. VASCONCELOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. 5. ed. São Paulo: Libertad, 1999. p. 148-151. ZABALA,A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre:Artes Médicas, 1998.