APRESENTAÇÃO MULTIMÉDIA #20
TEMA III |EU COM OS OUTROS
CAPÍTULO 1 | AS RELAÇÕES PRECOCES
→ O PAPEL DAS RELAÇÕES PRECOCES NO TORNAR-SE
HUMANO
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CONSEQUÊNCIAS DA PRIVAÇÃO AFETIVA PRECOCE
CONSEQUÊNCIAS DA PRIVAÇÃO AFETIVA PRECOCE
RENÉ SPITZ (1887-1974)
• PSICANALISTA AUSTRÍACO, DE ORIGEM
JUDAICA, QUE EM 1939 EMIGROU PARA OS
EUA.
• DESENVOLVEU ESTUDOS EXPERIMENTAIS
SOBRE AS TROCAS EMOCIONAIS ENTRE A
CRIANÇA E A MÃE E ESTUDOU O EFEITO QUE
A AUSÊNCIA DE UMA RELAÇÃO MATERNA
PODE PROVOCAR NAS CRIANÇAS.
CONSEQUÊNCIAS DA PRIVAÇÃO AFETIVA PRECOCE
• SPITZ FOI UM DOS PIONEIROS NO ESTUDO SOBRE O PAPEL DAS RELAÇÕES PRECOCES PARA O
DESENVOLVIMENTO INFANTIL E A ELE SE DEVE O RECONHECIMENTO DA POSSIBILIDADE DE DOR
PSÍQUICA EM FASES PRECOCES DO DESENVOLVIMENTO.
• SPITZ AFIRMOU QUE A CARÊNCIA DE CUIDADOS MATERNOS, DE TERNURA, DE RELAÇÕES
INTERPESSOAIS E DE COMUNICAÇÃO, ERAM A PRINCIPAL CAUSA DAS ELEVADAS TAXAS DE
MORTALIDADE E DE MORBILIDADE ENTRE AS CRIANÇAS RECOLHIDAS EM INSTITUIÇÕES.
• SPITZ IDENTIFICOU DUAS ENFERMIDADES QUE SE PRODUZEM POR PRIVAÇÃO AFETIVA
PRECOCE, DEPOIS DE SE TEREM ESTABELECIDO VÍNCULOS: A DEPRESSÃO ANACLÍTICA E A
SÍNDROME DE HOSPITALISMO.
CONSEQUÊNCIAS DA PRIVAÇÃO AFETIVA PRECOCE
Depressão
anaclítica
Síndrome de
hospitalismo
Consequência de privação afetiva parcial.
Consequência de privação afetiva total e
duradoura.
Atonia afetiva, inércia motora, pobreza interativa
e desorganização psicossomática, etc.
Atraso global do desenvolvimento e sentimentos
de abandono, desamparo e medo são algumas
das características a ela associadas.
PAPEL DA RELAÇÃO PRECOCE
• A RELAÇÃO PRECOCE DESEMPENHA UM PAPEL
CAUSAL IMPORTANTE NA CONSTRUÇÃO DA
AUTOESTIMA E NA IDENTIFICAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE RELAÇÕES ÍNTIMAS,
DURADOURAS E GRATIFICANTES, POIS:
• REFORÇA O SENTIDO DE SEGURANÇA.
• REFORÇA A AUTONOMIA.
• PROMOVE DE REPRESENTAÇÕES POSITIVAS DE
SI MESMO E DOS OUTROS.
RESILIÊNCIA
RESILIÊNCIA
• NA DÉCADA DE 1980 OCORRE UMA MUDANÇA DE PARADIGMA INTRODUZ-SE, EM PSICOLOGIA,
O CONCEITO DE RESILIÊNCIA.
• SER RESILIENTE PRESSUPÕE, POR UM LADO, RESISTÊNCIA À DESTRUIÇÃO E, POR OUTRO LADO,
A CAPACIDADE PARA RECONSTRUIR E RECONSTRUIR-SE SOBRE CIRCUNSTÂNCIAS
DESFAVORÁVEIS.
• SER RESILIENTE NÃO SIGNIFICA SER INVULNERÁVEL, MAS SIM SER CAPAZ DE ADAPTAR-SE
POSITIVAMENTE.
RESILIÊNCIA
Fatores de risco
Conjunto de fatores adversos ligados à criança,
à configuração familiar e socioambientais.
Fatores de proteção
Recursos pessoais, familiares ou extrafamiliares
que atenuam ou neutralizam o impacto do
risco e permitem fazer face à situação.
RESILIÊNCIA
EMMY WERNER (1929-)
• PSICÓLOGA NORTE-AMERICANA.
• FOI PIONEIRA NA INVESTIGAÇÃO SOBRE
RESILIÊNCIA E SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE
CRIANÇAS QUE CRESCEM RODEADAS DE
ADVERSIDADE.
• COORDENOU UM ESTUDO LONGITUDINAL QUE
ACOMPANHOU 698 CRIANÇAS DA ILHA KAUAI,
NO HAVAI (EUA), NASCIDAS NO ANO DE 1955.
RESILIÊNCIA
• CERCA DE 30% DA POPULAÇÃO ESTUDADA (210 INDIVÍDUOS) NASCEU E CRESCEU EM SITUAÇÃO
DE POBREZA EXTREMA E FOI CRIADA POR FAMÍLIAS MARCADAS PELA DISCÓRDIA CRÓNICA,
DISSOLUÇÃO, VIOLÊNCIA, DOENÇA MENTAL E ALCOOLISMO PARENTAL, ABUSOS DE VÁRIA
ORDEM, ENTRE OUTROS.
• APESAR DOS RISCOS A QUE ESTAVAM EXPOSTAS, WERNER CONSTATOU QUE UMA EM CADA
TRÊS DESTAS CRIANÇAS CONSEGUIU SUPERAR AS ADVERSIDADES, ENCONTRAR FATORES DE
PROTEÇÃO E ULTRAPASSAR POSITIVAMENTE AS VICISSITUDES, CONSTRUINDO-SE COMO
ADULTOS COMPETENTES, CONFIANTES E AFETUOSOS.
BIBLIOGRAFIA
• AAVV. (2012). The Psychology Book. Londres: DK Publishing.
• ANAUT, M. (2005). A Resiliência – Ultrapassar Os Traumatismos. Lisboa: Climepsi.
• BOWLBY, J. (1990). Formação e Rompimento dos Laços Afetivos. São Paulo: Martins Fontes.
• BOWLBY, J. (1981). Cuidados Maternos e Saúde Mental. São Paulo: Martins Fontes.
• GUEDENEY, N. e GUEDENEY, A. (2004). Vinculação – Conceitos e Aplicações. Lisboa: Climepsi.
• PAPALIA, D. (2001). O Mundo da Criança. Lisboa: MacGrawHill.
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p. 197 - ProfAreal