MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO EXTRA-UTERINO E
FATORES PREDITORES DA EVOLUÇÃO
NUTRICIONAL EM RECÉM-NASCIDOS DE MUITO
BAIXO PESO ALIMENTADOS COM LEITE HUMANO E
ASSISTIDOS PELO MÉTODO MÃE-CANGURU
ALUNA: Anna Christina do Nascimento Granjeiro Barreto
ORIENTADOR: Hélcio de Sousa Maranhão
2012
www.paulomargotto.com.br / Brasília, 2/10/2015
INTRODUÇÃO
MÉTODO MÃE-CANGURU

Método Mãe-Canguru – Rey e Martinez, em 1979, Bogotá-Colômbia;
•
Brasil: Início da década de 90 – humanização no atendimento;
Ministério da Saúde, 2000

Vantagens do Método Mãe-Canguru (MMC);
Venâncio e Almeida, 2004; Dodd, 2005, Conde-Audelo et al., 2011
DINÂMICA DE CRESCIMENTO DO
PREMATURO
Período
inicial de
perda de
peso
Período de
transição e
recuperação
do peso de
nascimento
Crescimento
catch-up
Crescimento
paralelo às
curvas
padrão
Manser, 1984; Ehrenkranz et al., 1999, Pauls et al., 1998
Ehrenkranz RA. Early Hum Dev 2010;86 Suppl 1:21-5.
RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO EXTRAUTERINO

Alta incidência de RCEU ( 28 – 99%);
Ehrenkranz, 1999; Gianini et al., 2005; Lemons et al., 2001

A presença de morbidades no período neonatal aumenta a incidência de
RCEU;
Dusick et al., 2003; Ehrenkranz, 2010; Olsen et al., 2002

Comprometimento nutricional e baixa ingestão calórica e proteica = pior
crescimento
e
desenvolvimento
neuro-comportamental/cognitivo
posteriormente.
Ehrenkranz et al., 2006; Stephens et al., 2009
PROGRAMAÇÃO METABÓLICA
•
Definição;
•
Crescimento acelerado nos primeiros dias de vida está relacionado a
maior risco de doença cardiovascular, síndrome metabólica,
obesidade e outros;
Barker, 1990; Thureen, 2007; Singhal e Lucas, 2004
•
Adiposidade alterada.
Uthaya et al, 2005.

Qual seria o crescimento ideal de RNMBP?
 Velocidade de crescimento: ≥ 15 g/Kg/dia (AAP, OMS, ESPGHAN, SBP);
 Peso mínimo: 3º - 5º dia de vida;
 Recuperação do peso de nascimento: 7º - 10º dia de vida;
 Percentual de perda ponderal: 5 – 10%;
Dinerstein et al., 2006; Saluja et al., 2010; Senterre e Rigo, 2011.
SUPORTE NUTRICIONAL PARA RNMBP

Aporte calórico: 120 kcal/kg/dia e aporte protéico: 3,5 – 4,0 g/kg/dia
(AAP).

Nutrição parenteral precoce, agressivo;
De Curtis e Rigo, 2012; Denne e Poindexter, 2007; Wilson et al., 1997

Início precoce e avanços rápidos da nutrição enteral;
Maggio et al., 2007; Weiler et al., 2006; Morgan et al., 2011
Denne SC, Poindexter BB. Semin Perinatol 2007;31(2):56-60
LEITE MATERNO

Leite materno: melhor alimento para o prematuro;
Vohr et al., 2007; Bertino et al, 2009; Sisk et al., 2008, Section on Breastfeeding da AAP, 2012

Necessidade de fortificação do leite materno;
Schanler, 2007; Reali et al., 2010; Vohr et al., 2007, De Curtis e Rigo, 2012, Bem, 2008

Leite humano pasteurizado na ausência do leite da própria mãe;
Sisk et al., 2008; Breastfeeding SO – AAP, 2012, Quigley et al., 2007, Bertino et al., 2009

Tempo de internamento em UTI maior que 16 dias aumentou o risco de
desmame em RNMBP no retorno ambulatorial em 5,7 vezes.
Maia C, et al. J Matern Fetal Neonatal Med 2011;24(6):774-7.
JUSTIFICATIVA

Aumento da sobrevida dos RNMBP;

Nutrição: muitas controvérsias, dúvidas;

Consequências em curto e longo prazo provocadas por um suporte
nutricional inadequado nos primeiros dias de vida;

Necessidade de entender a dinâmica de crescimento e fatores preditores
da evolução nutricional em uma realidade diferente da observada na
maioria dos estudos;

Carência do conhecimento da realidade no Estado do Rio Grande do
Norte e em outras regiões com características semelhantes.
OBJETIVO

Determinar a prevalência da RCEU em RNMBP alimentados com
leite humano e assistidos pelo MMC, nas suas fases 1 e 2;

Identificar fatores preditores da evolução nutricional em RNMBP
assistidos pelo MMC (fases 1 e 2) e alimentados com leite humano.
METODOLOGIA

Estudo transversal;

Inserido na base de pesquisa: Atenção Integral à Saúde da Criança e do
Adolescente;

Local: Maternidade Escola Januário Cicco – UFRN
 Hospital Amigo da Criança - 1995
 MMC - 2000

112 RNMBP que participaram da 1ª e 2ª etapa do MMC;

Período de julho de 2005 a agosto de 2006;

Aprovado pelo CEP da UFRN, protocolo 071/05 e 116/08.

Critérios de inclusão:
 Peso de nascimento < 1500 g.

Critérios de exclusão:
 Mal formações congênitas maiores;
 Infecções congênitas do tipo TORCH;
 Cromossomopatias;
 Doenças metabólicas;
 Não participação nas duas etapas do MMC.

Variáveis dependentes:
 Dias para atingir o peso mínimo;
 Percentual de perda ponderal em relação ao peso de nascimento;
 Dias para recuperar o peso de nascimento;
 Agravamento do estado nutricional.

Análise fatorial: evolução nutricional
 Valor de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO): 0,779;
 Valores de medida de adequação da amostra (MAS) nas matrizes de
anti-image: acima de 0,5;
 Nível de significância no Teste de Bartlett: p<0,001;
 Eingenvalue: 87,8%.
Período
inicial de
perda de
peso
Período de
transição e
recuperação
do peso de
nascimento
Crescimento
catch-up
Crescimento
paralelo às
curvas
padrão

Variáveis independentes:
 Gênero da criança;
 Idade materna;
 Presença de DHEG;
 Peso de nascimento;
 Idade gestacional;
 Adequação peso/idade gestacional:AIG, PIG, GIG;
 Tempo de hospitalização na UTIN;

Variáveis independentes:
 Necessidade de ventilação mecânica;
 Presença de sepse tardia, BDP e ECN;
 Aporte calórico e protéico durante internamento na UTIN e no
período de hospitalização total;
 Tempo para início da dieta enteral e para atingir nutrição enteral plena
(≥ 150 ml/kg/dia);
 Escore Z P/I do nascimento, na alta da UTI neonatal e do ACC (Canadian
reference for birth weight for gestacional age, Kramer, 2001).
RCEU: presença de Escore Z P/I no momento da alta hospitalar < -2 dp

Suporte nutricional:
 LM da própria mãe;
 LM pasteurizado do banco de leite humano;
 Calorias: 61,7 kcal/100 ml do leite pasteurizado;
 Proteínas: 1,1 g/100 ml do leite pasteurizado.
Bortolozo EA et al. Rev Panam Salud Publica 2004;16(3):199-205

Análise estatística:
 Programa Stata 10.0;
 Teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov;
 Teste estatístico: t de Student, Correlação de Pearson, Regressão linear
simples e múltipla pelo método Stepwise;
 Nível de significância: p < 0,05;
 Intervalo de confiança: 95%.
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
160 RNMBP
Óbito: 32 (20%)
Transferidos: 09
(5,6%)
Não
participaram do
MMC – 7 (4,4%)
Permaneceram
no estudo: 112
RNs (70%)
Gráfico 1a: Caracterização de amostra de 112 RNMBP da Maternidade
Escola Januário Cicco no período de julho/2005 a agosto/2006
79,5%
69,6%
58,9%
58%
42%
41,1%
30,4%
20,5%
Masculino
Feminino
Gênero
Rural
Urbana
Procedência
Não convive Convive com o
com pai
pai
Estado civil da mãe
≤ 20 anos
> 20 anos
Idade materna
Gráfico 1b: Caracterização de amostra de 112 RNMBP da Maternidade
Escola Januário Cicco no período de julho/2005 a agosto/2006
96,4%
100
90
80
69,7%
70
56,3%
53,6%
60
46,4%
43,8%
50
39,3%
40
30
20
3,6%
10
0
Sim
Não
Necessidade de VMC
Sim
Não
Sepse
Sim
Não
Doença Pulmonar crônica
AIG
PIG
Adequação do peso
Tabela 1a: Análise descritiva de variáveis nutricionais antropométricas, quantitativas, de 112
RNMBP admitidos na Maternidade Escola Januário Cicco, Natal/RN (julho/05 a agosto/06).
Variável
Média
Desvio-padrão
Mediana
Quartil 25
Quartil 75
1177
210,8
1207
1026
1375
31,8
2,15
32,0
31,0
331,1
6,5
2,89
6
5
8
13,3
5,99
12,4
8,9
17,4
17,3
7,5
16
12,2
22
Dias em jejum
1,58
1,07
1
1
2
Dias para atingir
11,1
4,15
10
8
13
Peso de
nascimento (em
gramas)
Idade gestacional
(em semanas)
Dias para atingir
o peso mínimo
Percentual de
perda ponderal
Dias para
recuperar peso
de nascimento
NEP
Tabela 1b: Análise descritiva de variáveis nutricionais antropométricas, quantitativas, de 112
RNMBP admitidos na Maternidade Escola Januário Cicco, Natal/RN (julho/05 a agosto/06).
Variável
Aporte calórico
Média
Desvio-padrão
Mediana
Quartil 25
Quartil 75
62,4
22,5
62,3
45,5
77,3
1,1
0,39
1,1
0,81
1,37
94,3
8,88
94,7
89,0
101,2
1,67
0,15
1,68
1,58
1,8
14,1
3,26
13,8
11,9
16,0
na UTIN (em
kcal/kg/dia)
Aporte protéico
na UTIN (em
g/kg/dia)
Aporte calórico
- UTIN + ACC
(em kcal/kg/dia)
Aporte protéico
- UTIN + ACC
(em g/kg/dia)
Velocidade de
crescimento
(em g/kg/dia)
Gráfico 2: Escore Z P/I ao nascer, na alta do UTI e na alta hospitalar de 112 recémnascidos de muito baixo peso admitidos na MEJC no período de julho/05 a agosto/06.
89,3%
81,3%
62,5%
37,5%
18,7%
10,7%
Senterre e Rigo, 2011: 20%;
Clark et al., 2003: 28%;
Lemons et al., 2001: 97-99%.
Gráfico 3: Escore Z peso/idade de 112 recém-nascidos de muito baixo peso
admitidos na MEJC, no período de julho/05 a agosto/06.

Período em dieta zero: 1,0 dia;
 1 – 9 dias
Ehrenkranz et al, 1999; Radmacher et al, 2003; Anchieta et al, 2004; Bertino et al, 2006; Saluja et al, 2010

Nutrição enteral plena (150 ml/Kg/dia): 10 dias;
 7 – 44 dias
Pauls et al, 1998,; Diekmann, 2005; Sakurai, 2008; Gianini et al, 2005; Deborah et al, 2002

Velocidade de crescimento: 14,1 g/kg/dia;
 15 g/kg/dia: 39,3%

Nenhum caso de Enterocolite necrotisante.
 < 1 – 8%
Brumbert et al, 2010; Pauls et a., 1998,; Dieckmann et al, 2005; Lemons et al, 2001

Alta: 37,4 semanas com peso: 1.613 g (esperado: 2.452 – 3.543 g
nas meninas e e 2.552 – 3.665 g nos meninos);
• Senterre e Rigo (2011) – alta: 37,3 semanas com peso: 2.391 g.
ANÁLISE BIVARIADA
Tabela II: Regressão linear simples da relação entre evolução nutricional e variáveis independentes
quantitativas de 112 RNMBP da Maternidade Escola Januário Cicco (julho/2005 a agosto/2006).
Variáveis
r2
β
p
IC 95%
Idade gestacional
0.168
-0.409
< 0.001
-0.270 to -0.110
Tempo de
0.351
0.592
<0.001
0.031 – 0.052
Dias em jejum
0.191
0.437
<0.001
0.249 – 0.567
Peso de nascimento
0.070
-0.264
0.005
-0.002 – 0.000
Dias para atingir NEP
0.384
0.619
<0.001
0.113 – 0.185
Aporte calórico na
0.067
0.259
0.006
-0.039 to -0.003
0.067
0.259
0.006
-2.213 to -0.139
0.026
0.163
0.086
0.003 - 0.020
0.027
0.164
0.085
0.003 - 0.020
internamento na UTIN
UTIN
Aporte protéico na
UTIN
Aporte calórico: UTIN +
alojamento conjunto
Aporte protéico: UTIN
+ alojamento conjunto
Tabela III: Associação entre evolução nutricional e variáveis independentes categóricas de 112
RNMBP da Maternidade Escola Januário Cicco (julho/2005 a agosto/2006).
Variáveis
Gênero
Idade materna
Presença de DHEG
Adequação peso/idade gestacional
Necessidade de ventilação mecânica
Presença de sepse
Presença de broncodisplasia pulmonar
Evolução
Teste t de
nutricional
Student
Média
±DP
p
Masculino
0.18
0.92
0.81
Feminino
-0.03
1.10
≤ 20 anos
0.39
0.96
> 20 anos
-0.17
0.97
Sim
-0.44
0.86
Não
0.15
0.96
AIG
0.31
0.81
PIG
-0.27
1.07
Sim
0.45
0.92
Não
-0.29
0.94
Sim
0.52
0.94
Não
-0.40
0.84
Sim
1.15
0.95
Não
-0.42
0.97
0.006
0.002
0.002
0.001
<0.001
0.02
ANÁLISE MULTIVARIADA
Tabela IV: Fatores preditores da evolução nutricional em 112 RNMBP da Maternidade Escola
Januário Cicco por regressão linear múltipla modelo stepwise (julho/2005 a agosto/2006).
Variáveis independentes
Coeficiente β
Valor de p
IC 95%
-0.478
-0.246
<0.001
-0.735 to -0.221
-0.315
-0.139
0.041
-0.618 to -0.013
0.087
0.396
<0.001
0.053 – 0.121
0.025
0.347
<0.001
0.014 – 0.036
-0.341
-0.169
0.014
-0.611 to -0.070
Coeficiente de
Regressão (B)
Adequação
AIG
peso/idade
PIG
gestacional
Idade materna
≤ 20 anos
> 20 anos
Dias para atingir a
NEP
Tempo de
internamento na
UTIN
Necessidade de
Sim
ventilação mecânica
Não
Equação: 0.331 + 0.087 x dias para atingir a NEP + 0.025 x tempo de internamento na UTIN – 0.478 x
adequação peso/IG – 0.341 x necessidade de VMC – 0.315 x idade materna. R² = 0,652.
Tabela IV: Fatores preditores da evolução nutricional em 112 RNMBP da Maternidade Escola
Januário Cicco por regressão linear múltipla modelo stepwise (julho/2005 a agosto/2006).
Variáveis independentes
Coeficiente β
Valor de p
IC 95%
-0.478
-0.246
<0.001
-0.735 to -0.221
-0.315
-0.139
0.041
-0.618 to -0.013
0.087
0.396
<0.001
0.053 – 0.121
0.025
0.347
<0.001
0.014 – 0.036
-0.341
-0.169
0.014
-0.611 to -0.070
Coeficiente de
Regressão (B)
Adequação
AIG
peso/idade
gestacional
Idade materna
PIG
≤ 20 anos
> 20 anos
Dias para atingir a
NEP
Tempo de
internamento na
UTIN
Necessidade de
ventilação mecânica
Sim
Não
AIG X PIG
Pior evolução nutricional nos PIG:
• Ter sido classificado como PIG aumentou a chance de ser
desnutrido ao termo em 12,19 vezes.
Gianini NM,Vieira AA, Moreira ME. J Pediatr (Rio J) 2005;81(1):34-40.
Pior evolução nutricional nos AIG:
• RN PIG recuperaram o peso de nascimento 3 – 5 dias mais cedo,
ganharam peso mais rapidamente e atingiram o peso de 2000 g 3 –
7 dias antes que os RN AIG.
Ehrenkranz RA, et al. Pediatrics 1999;104(2 Pt 1):280-9.
AIG X PIG
•Idade gestacional: AIG – 30,5 semanas, PIG – 32,9 semanas, p < 0,001;
VARIÁVEIS
SEPSE TARDIA
TEMPO DE
OXIGENIOTERAPIA
AIG
PIG
VALOR DE P
SIM
30 (61,2%)
19 (38,8%)
0,006
NÃO
22 (34,9%)
41 (65,1%)
MAIOR
33 (62,3%)
20 (37,7%)
MENOR
19 (32,2%)
40 (67,8%)
0,001
Tabela IV: Fatores preditores da evolução nutricional em 112 RNMBP da Maternidade Escola
Januário Cicco por regressão linear múltipla modelo stepwise (julho/2005 a agosto/2006).
Variáveis independentes
Coeficiente β
Valor de p
IC 95%
-0.478
-0.246
<0.001
-0.735 to -0.221
-0.315
-0.139
0.041
-0.618 to -0.013
0.087
0.396
<0.001
0.053 – 0.121
0.025
0.347
<0.001
0.014 – 0.036
-0.341
-0.169
0.014
-0.611 to -0.070
Coeficiente de
Regressão (B)
Adequação
AIG
peso/idade
gestacional
Idade materna
PIG
≤ 20 anos
> 20 anos
Dias para atingir a
NEP
Tempo de
internamento na
UTIN
Necessidade de
ventilação mecânica
Sim
Não
Idade materna
Estudo de Penalva e Schawartzman (2006) demonstrou que filhos
de mães com mais anos de estudo:

Ganharam mais peso no ambulatório;

Permaneceram menos tempo no seguimento ambulatorial;

Obtiveram alta do programa mais cedo.
Penalva O, Schwartzman JS. J Pediatr (Rio J) 2006;82(1):33-9
Tabela IV: Fatores preditores da evolução nutricional em 112 RNMBP da Maternidade Escola
Januário Cicco por regressão linear múltipla modelo stepwise (julho/2005 a agosto/2006).
Variáveis independentes
Coeficiente β
Valor de p
IC 95%
-0.478
-0.246
<0.001
-0.735 to -0.221
-0.315
-0.139
0.041
-0.618 to -0.013
0.087
0.396
<0.001
0.053 – 0.121
0.025
0.347
<0.001
0.014 – 0.036
-0.341
-0.169
0.014
-0.611 to -0.070
Coeficiente de
Regressão (B)
Adequação
AIG
peso/idade
gestacional
Idade materna
PIG
≤ 20 anos
> 20 anos
Dias para atingir a
NEP
Tempo de
internamento na
UTIN
Necessidade de
ventilação mecânica
Sim
Não
Tempo para atingir a nutrição enteral plena:

Atingir a NEP em até 10 dias reduziu o risco de desnutrição ao
termo em 1,97 vezes;
Gianini NM, et al. J Pediatr (Rio J) 2005;81(1):34-40.

Crianças que receberam NP por curtos períodos, iniciaram
alimentação enteral mais cedo e atingiram NEP precocemente
tiveram maior velocidade de crescimento.
Ehrenkranz RA, et al. Pediatrics 1999;104(2 Pt 1):280-9.
Tabela IV: Fatores preditores da evolução nutricional em 112 RNMBP da Maternidade Escola
Januário Cicco por regressão linear múltipla modelo stepwise (julho/2005 a agosto/2006).
Variáveis independentes
Coeficiente β
Valor de p
IC 95%
-0.478
-0.246
<0.001
-0.735 to -0.221
-0.315
-0.139
0.041
-0.618 to -0.013
0.087
0.396
<0.001
0.053 – 0.121
0.025
0.347
<0.001
0.014 – 0.036
-0.341
-0.169
0.014
-0.611 to -0.070
Coeficiente de
Regressão (B)
Adequação
AIG
peso/idade
gestacional
Idade materna
PIG
≤ 20 anos
> 20 anos
Dias para atingir a
NEP
Tempo de
internamento na
UTIN
Necessidade de
ventilação mecânica
Sim
Não
Tempo de internamento em UTIN:
• Pode estar relacionada a maior gravidade dos recém-nascidos;
• Maior exposição a fatores de risco ambientais que repercutem sob sua
nutrição;
• Tempo de internação apresentou correlação negativa com o peso à
idade gestacional corrigida de termo.
Gianini NM, et al. J Pediatr (Rio J) 2005;81(1):34-40.
Tabela IV: Fatores preditores da evolução nutricional em 112 RNMBP da Maternidade Escola
Januário Cicco por regressão linear múltipla modelo stepwise (julho/2005 a agosto/2006).
Variáveis independentes
Coeficiente β
Valor de p
IC 95%
-0.478
-0.246
<0.001
-0.735 to -0.221
-0.315
-0.139
0.041
-0.618 to -0.013
0.087
0.396
<0.001
0.053 – 0.121
0.025
0.347
<0.001
0.014 – 0.036
-0.341
-0.169
0.014
-0.611 to -0.070
Coeficiente de
Regressão (B)
Adequação
AIG
peso/idade
gestacional
Idade materna
PIG
≤ 20 anos
> 20 anos
Dias para atingir a
NEP
Tempo de
internamento na
UTIN
Necessidade de
ventilação mecânica
Sim
Não
Necessidade de ventilação mecânica:
•Suporte nutricional menos agressivo;
•Necessidades metabólicas aumentadas;
•Necessidades nutricionais raramente são atendidas.
Steward e Pridham, 2002; Clark et al, 2003; Loui at al, 2008, Ehrenkranz et al, 2011
Necessidade de ventilação mecânica:
Práticas nutricionais precoces
2
3
Doença crítica nas primeiras semanas de vida
Crescimento tardio e outros desfechos
1
Ehrenkranz RA, et al. Pediatr Res 2011;69(6):522-9
CONCLUSÕES

A prevalência de RCEU foi elevada;

Fatores preditores da evolução nutricional: adequação
peso/idade gestacional, idade materna, tempo de hospitalização
na UTIN e para atingir a NEP, necessidade de ventilação
mecânica;

Há necessidade de implantação de medidas no período préconcepcional e pós-concepcional (pré-natal e assistência pósnatal).
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os RNMBP devem fazer crescimento catch up durante o período inicial
de hospitalização?

O crescimento de catch up é seguro, quais as implicações em longo
prazo?

Os RN assistidos pelo MMC e submetidos a um suporte nutricional
mais agressivo apresentam melhores resultados em curto e longo
prazo?

Que parâmetros e velocidade de crescimento estão associados a
melhor desenvolvimento e saúde em fases posteriores da vida, sem
ocasionar déficits nos crescimentos somáticos e neurológico ou
doenças metabólicas como a síndrome metabólica, HAS, dislipidemias,
DM, obesidade e outras?
PRODUÇÃO CIENTÍFICA
1. Barreto, ACNG; Maia, CRS; Lima, K; Maranhão, HS. Fatores associados a
retardo em atingir nutrição enteral plena em recém-nascidos de muito baixo
peso. 3º Simpósio Internacional de Nutrologia Pediátrica; 2012; Fortaleza,
Brasil;
2. Maia, CRS; Barreto, ACNG; Maranhão, HS. Fatores associados a maior tempo
de hospitalização em recém-nascidos de muito baixo peso. 35º Congresso
Brasileiro de Pediatria; 2011; Salvador, Brasil;
3. Maia, CRS; Barreto, ACNG; Maranhão, HS. Fatores associados a menor
velocidade de crescimento em recém-nascidos de muito baixo peso. 35º
Congresso Brasileiro de Pediatria; 2011; Salvador, Brasil;
4. Barreto, ACNG; Brandão, RAS; Maia, CRS; Maranhão, HS. Dinâmica de
crescimento de recém-nascidos de muito baixo peso assistidos pelo Método
Mãe-Canguru e alimentados predominantemente dom leite materno
pasteurizado não fortificado. XX Congresso Brasileiro de Perinatologia; 2010;
Rio de Janeiro, Brasil;
5. Barreto, ACNG; Maia, CRS; Lima, KC; Maranhão, HS. Fatores associados à pior
evolução nutricional de Recém-nascidos de Muito Baixo Peso assistidos pelo
Método Mãe-Canguru e alimentados predominantemente com leite materno
pasteurizado não fortificado. XX Congresso Brasileiro de Perinatologia; 2010;
Rio de Janeiro, Brasil.
ARTIGO PRODUZIDO
Barreto ACNG, Maia CRS, Lima KC, Maranhão HS. Postnatal growth restriction
and predictors of nutritional outcome in very low birth weight infants fed human
milk and assisted by the Kangaroo Mother Care method. J Matern Fetal Neonatal
Med.
Fator de impacto 1,495 e Qualis B1 internacional da CAPES para área Medicina II
Postnatal growth restriction and predictors of nutritional outcome in very low
birth weight infants fed human milk and assisted by the Kangaroo Mother Care
method.
Barreto AC, Maia CR, Lima Kde C, Maranhão Hde S.
J Matern Fetal Neonatal Med. 2013 Jan;26(2):201-6. doi:
10.3109/14767058.2012.722720. Epub 2012 Sep 12.
PMID:
22928499
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Restrição de crescimento extra-uterino e fatores preditores da