Módulo X - Coaching e Gestão de Pessoas Prof. Ms. Ana Cláudia Bilhão Apresentação Administradora com Habilitação em Recursos Humanos, Especialista em Gestão de Pessoas e Equipes, Mestre em Administração (Unisinos). Profissional com 20 anos de experiência na área de Recursos Humanos atuando como gestora em organizações do segmento industrial e de prestação de serviços. Profundos conhecimentos e experiência em todos os processos de gestão de pessoas, do operacional ao estratégico. Consultora organizacional, ministrante de cursos de extensão, professora universitária nos cursos de graduação e pós-graduação da Unisinos nas modalidades presencial e a distância. Coordenadora de MBAs e Programas de Desenvolvimento Gerencial in company. Autora de livros e artigos na área de gestão de pessoas. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1260592078618951 E-mail: [email protected] Telefone (51) 9982-0439 2 Gestão de Pessoas “A gestão de pessoas é uma responsabilidade compartilhada e distribuída ao longo da estrutura organizacional. Mesmo que na organização exista a área de RH formalmente constituída, a gestão de pessoas não será uma atribuição exclusiva dessa área. Pelo contrário, será distribuída por todos os gestores”. De Ré e De Ré (2010, p. 82) Atração e Seleção Retenção de Talentos Avaliação e Feedback T&D Coaching Delegação 3 Os Processos de Gestão de Pessoas Agregar Talentos Atrair e incorporar talentos à organização. Esse é o trabalho de recrutamento, seleção e socialização. O objetivo é atrair e agregar talentos que possam garantir a continuidade e competitividade da organização. 4 Quando o gestor não participa da seleção, deve ocupar-se de uma adequada integração no novo membro à equipe de trabalho, contribuindo para a sua socialização. A atividade gerencial mais importante e a mais negligenciada é a contratação de um novo profissional. É importante também identificar as competências deste novo colaborador. Peter Drucker 5 Os Processos de Gestão de Pessoas Desenvolver talentos Investir pesadamente em treinamento e desenvolvimento das pessoas e da organização. Trata-se de aumentar o capital de conhecimentos e sua aplicabilidade às necessidades da empresa. Envolve: gestão de competências, gestão do conhecimento, aprendizagem, coaching e mentoring. 6 Etapas do Processo de Capacitação Diagnóstico Planejamento • Levantamento de Necessidades • Objetivos organizacionais, requisitos da força de trabalho, gaps da seleção, avaliações de desempenho, observações da chefia, dados da produção, relacionamentos, etc. • Programação de Capacitação (Treinamento, Desenvolvimento ou Educação) • Plano de ação - Quem participará, como será feito, onde, quando, quem será o facilitador, etc. • Execução do Programa • Aplicação do programa, realização do plano de capacitação, coaching Execução Em todas etapas pode haver a participação do gestor! • Avaliação dos resultados • Acompanhamento, avaliação de eficiência e eficácia, aplicação da aprendizagem, novos Avaliação e comportamentos, etc. Busca de melhoria contínua. Melhoria 7 Coaching No contexto organizacional coaching pode ser entendido como um estilo de gerenciamento de pessoas e também como um processo bem definido, com metas claras que desenham ações e contribuem de forma efetiva para o desenvolvimento de pessoas e, como consequência, o desenvolvimento das empresas. (RABAGLIO, 2004). Coaching é o processo no qual o líder auxilia seus liderados a encontrar a solução mais adequada para um determinado problema/desafio. Coaching – é o processo Coach – quem realiza Coachee – quem recebe 8 O coaching pode ajudar em: O que não é coaching: Novos desafios Não é aconselhamento Ambiente ruim Não é terapia Falta de reconhecimento Não trabalha com questões do Oportunidades de crescimento passado, mas pode lidar com as Desmotivação crenças. Falta de identificação com a Não desconsidera os sentimentos cultura, trabalho e má postura das pessoas. Reestruturação (falta de O Coach não dá respostas. adaptação) O coach não é um “resolvedor”. Mau desempenho Problemas pessoais Coaching é uma ferramenta de desenvolvimento! 9 • Líder Coach – É o líder que desenvolve sua equipe dando ênfase no aprendizado contínuo, está preocupado com o desenvolvimento profissional e pessoal. • Utiliza ferramentas como o feedback e delegação, mobiliza a equipe e proporciona desenvolvimento antes de cobrar performance. 10 O líder Coach O grande poder do coaching é fazer as perguntas certas que levem o coachee a reflexão. O coach auxilia de forma neutra o coachee a encontrar a resposta. O líder coach deve deixar sua resposta de lado e aceitar a solução do outro. Não emite julgamento nos valores/decisões. 11 Etapa 1 – Estabelecer o foco Etapa 2 – Possibilidades Etapa 3 – Plano de ação Etapa 4 – Remover barreiras Etapa 5 – Recapitular • Entender onde se quer chegar. Fazer perguntas que levem a descobrir: • O que é prioridade? • Qual é o foco neste momento? • Quais são as alternativas para a solução. Auxiliar na descoberta de possibilidades. • Quais alternativas são possíveis? • Desenhar o que, quando e como aplicar a solução. • Qual a opção mais atraente? • O que você fará para colocar o plano em prática? • Encontrar quais recursos e possíveis barreiras a aplicação da solução. É clarear as ações para remover as barreiras. • Quais são as dificuldades que você vai encontrar? • É estabelecer responsabilidade sobre a solução encontrada, organizando a ação. • Com o que você está se comprometendo. • O que você vai fazer e quando? 12 Mentoring • O objetivo é ajudar um determinado profissional a alcançar seus resultados da melhor forma possível. • No uso do mentoring no desenvolvimento de carreiras, é preciso considerar três dimensões: o desenvolvimento pessoal, o profissional e o de carreira, na empresa em questão. (BERNHOEFT, 1994). 13 • Coach – o papel costuma ser exercido pela liderança imediata. Seu objetivo principal é impulsionar o desempenho profissional do subordinado, ajudando-o a analisar as situações e a encontrar saída para os problemas do dia-adia. • Mentor – É alguém, de dentro da empresa ou não, com quem se pode tratar de temas mais amplos, como desenvolvimento pessoal e da carreira, qualidade de vida ou pressões emocionais. A relação é mais profunda e envolve um compromisso maior. 14 14 15 Coaching Mentoring Condução ativa do superior imediato Orientação profissional por pessoa da organização Estilo de liderança e supervisão Estilo de desenvolvimento de carreira Foco no curto prazo e no cotidiano Foco no longo prazo e no encarreiramento Relação entre chefe e subordinado Relação entre protetor e protegido 15 Os Processos de Gestão de Pessoas Acompanhar talentos Utilizar o pleno potencial das pessoas. Isso significa organizar e adequar o trabalho para aproveitar todas as competências das pessoas. Envolve modelagem de cargos, avaliação do desempenho humano e a contínua orientação das pessoas. 16 Gestão do Desempenho A avaliação do desempenho se propõe a ser mais do que uma ferramenta ou processo de avaliar, mensurar ou recompensar comportamentos e resultados alcançados pelos profissionais. Deve ter por objetivo a melhoria global do desempenho e produtividade das pessoas ao longo do tempo. Configurando-se em um sistema de gestão do desempenho. 17 Recrutamento e Seleção É um instrumento gerencial. Envolve a sistemática apreciação do desempenho de um colaborador em sua função e de seu potencial de desenvolvimento. Impacta em todos os processos de Gestão de Pessoas. Remanejo e Demissões Treinamento e Desenvolvimento Avaliação do Desempenho Liderança e Sucessão Carreira e Remuneração 18 Desempenho Desempenho Desempenho Potencial 19 Potencial Algo que pode ser revelado, estimulado e aperfeiçoado para produzir realizações. O potencial dá pistas do que uma pessoa é capaz de fazer no futuro. É uma possibilidade. Desempenho É tudo aquilo que a pessoa fez acontecer, suas realizações. São os resultados alcançados ou comportamentos apresentados no passado. É um histórico. Performance Indica o movimento relativo a interação entre o potencial e o desempenho. Envolve a mobilização das competências e o alcance de resultados. Melhoria contínua. 20 Avaliação de Desempenho O que deveria fazer O que o avaliado faz Para Pontes (2005, p. 27) “a metodologia de avaliação de desempenho se preocupa com o comportamento das pessoas no trabalho e não com a pessoa em si. A preocupação é sempre em relação ao seu desempenho”. RESULTADO 21 Tipos de Avaliação de Desempenho Tipos de Avaliação Possíveis avaliadores • • • • • • • • • • • • • Relatórios Escalas gráficas Padrões descritivos Sistema de classificação Escolha forçada 360 graus • Avaliação por competências O gestor O próprio colaborador Comissão RH Equipe Pares Clientes (internos/externos) A partir da combinação dos métodos existentes, cada organização deve criar a sistemática de avaliação mais adequada à sua realidade! 22 Cuidados Especiais no tipo de AD Utilize critérios claros de avaliação, negociados e legitimados; Ampla comunicação dos objetivos, etapas e impactos do processo; Capacitação dos usuários do sistema (avaliadores e avaliados); Apresentação da avaliação como um elemento de apoio ao desenvolvimento organizacional e profissional; Adoção de uma sistemática que transcenda a dimensão unilateral. 23 Entrevista de Avaliação de Desempenho Serve para analisar e validar junto ao colaborador o feedback sobre o seu desempenho, tendo em vista valorizar pontos fortes e correções de pontos fracos ou necessidades de desenvolvimento. 24 Condução da Entrevista de AD • Preparação: reunir os documentos da avaliação de desempenho, agendar um momento com o colaborador, definir os objetivos da entrevista. • Desenvolvimento: apresentar ao colaborador a avaliação e oferecer feedback apontando as suas qualidades e limitações. Discutir as percepções, mas usar fatos e dados para justificar. Se possível entrar em consenso da AD. • Encerramento: elaboração do plano de melhorias em conjunto, preenchimento do formulários de AD, coleta de assinaturas e entrega ao RH. 25 Cuidar Propensões do Avaliador Efeito Halo • Inferir qualidades positivas ou negativas a partir de uma outra qualidade que seja considerada bem representativa. Exemplo: É assíduo - é pontual. Tendência Central • O desempenho é mais ou menos. Nem muito bom, nem muito ruim. Avalia no meio, médio. Extremismos • Avaliador encara a AD como um instrumento para punir ou para premiar. Muito liberal ou muito rigoroso. Preconceitos • Preconceitos como por exemplo: tempo de casa, profissão ou cargo, gênero, grau de instrução, etc. Leniência • A tendência dos avaliadores em abrandar o julgamento dos avaliados. Popular “panos quentes”. 26 Feedback É uma comunicação a uma pessoa ou grupo no sentido de fornecer-lhes informação sobre como sua atuação está afetando outras pessoas. Ajuda o indivíduo ou grupo a melhorar o seu desempenho. Moscovici (1997) • • • • • • Seja Construtivo Seja Direto Não Use Rótulos Não Exagere Não Faça Julgamentos Fale Em Seu Próprio Nome 27 Um Feedback Deve Ser: : quando não há julgamento, apenas o relato de um evento, reduz-se a necessidade de reagir defensivamente e, assim, o indivíduo pode ouvir e sentirse à vontade para utilizar aquele dado como julgar conveniente. : explicitar em que situações (fatos e dados) os comportamentos que estão sendo discutidos aconteceram. , comunicador e receptor: pode ser altamente destrutivo quando satisfaz somente às necessidades do comunicador sem levar em conta as necessidades do receptor. 28 Um Feedback Deve Ser: : para comportamentos que o receptor possa modificar, pois, em caso contrário, a frustração será apenas incrementada, se o receptor reconhecer falhas naquilo que não está sob seu controle. : será mais útil quando o receptor tiver interesse nas informações e na mudança. : em geral, o feedback é mais útil quanto mais próximo possível após o comportamento em questão, dependendo, naturalmente, da prontidão da pessoa para ouvi-lo, do apoio dos outros, do clima emocional, etc. : assegurar-se de que o feedback recebido corresponde ao que o comunicador quis dizer. 29 Etapas Condução do Feedback Preparação Escolha do ambiente Definição das regras • Reflita cuidadosamente sobre o que pretende falar. Faça um balanço de aspectos positivos e negativos • Preparar-se com antecedência faz com que os fatos mais importantes sejam privilegiados na conversa e listar os pontos positivos ajuda a quebrar a resistência • A conversa deve ser em um ambiente neutro, de preferência na sala de quem vai receber o feedback, sem interrupções • O local adequado ajuda a diminuir a tensão. É fundamental que telefonemas ou outras pessoas não interrompam • Enquanto um se pronuncia, o ideal é que outro anote todas as observações e fale somente depois. Em seguida, os papéis se invertem • Respostas de bate-pronto geram tensão. Com a espera, a impulsividade é controlada e há tempo para assimilar o que foi dito. Quem propôs o feedback deve deixar o outro à vontade para começar, caso prefira 30 O feedback, quando bem utilizado é uma excelente estratégia de desenvolvimento de pessoas! O feedback contribui para identificar potencial, discutir o desempenho e melhorar a performance! 31 Os Processos de Gestão de Pessoas Reter e manter talentos Melhorar as condições físicas, psicológicas e sociais do ambiente de trabalho da organização. Trata-se de desenvolver relações saudáveis através de um ótimo clima organizacional. O objetivo é criar o melhor lugar para se trabalhar. 32 A gestão de talentos Talentos não são gênios e nem pessoas possuidoras de dons especiais, mas SÃO PESSOAS QUE GERAM RESULTADOS EXCEPCIONAIS ATRAVÉS DE SUAS COMPETÊNCIAS E SÃO ESSENCIAIS PARA O SUCESSO DE UM NEGÓCIO! Cultura Clima Modelo gestão Políticas e Práticas de RH Ambiente Interno Talentos Ambiente Externo Mercado de Trabalho Oportunidades Disputa por talentos Expertise, conhecimento, competências, solução de problemas, inovação, criatividade 33 Porque os talentos deixam as empresas Falta de liderança ou chefia inadequada Rotina pouco estimulante, trabalho ou ambiente sem desafios Falta de oportunidades de promoção Falta de feedback ou reconhecimento Colegas de trabalho ineficientes ou pouco competentes Excesso de horas de trabalho Remuneração pouco competitiva Tempo de deslocamento ao trabalho Falta de 34 processos de trabalho claros ou excesso de burocracia Porque os talentos ficam na empresa Carreira, aprendizado, desenvolvimento Natureza desafiadora do trabalho Percepção de sua contribuição Qualidade da liderança Sentimento de pertencer ao time Reconhecimento efetivo (inclusive financeiro) Controle sobre seu trabalho, autonomia Flexibilidade na jornada de trabalho Remuneração justa (equidade interna) Créditos Hay Group 35 Resiliência e Mudança O novo contexto empresarial é altamente dinâmico, complexo e competitivo. Portanto, requer pessoas resilientes. 36 A resiliência está associada à capacidade de aprender continuamente consigo mesmo, com os outros e com o contexto. Ser resiliente é ser orientado para as oportunidades e não para os perigos. Conner (1995) Pêndulo 37 É a capacidade humana de enfrentar, sobrepor-se e ser fortalecido ou transformado por experiências de adversidade. (Grotber, 2008) Processo e resultado de se adaptar com sucesso a experiências de vida difíceis ou desafiadoras, especialmente através da flexibilidade mental, emocional e comportamental, e ajustamento de demandas internas e externas. (American Psychological Association, 2010) 38 Pessoas resilientes Cabral e Brustolin (2010) 39 A Resiliência proporciona: Capacidade de reorientar-se, revendo seus propósitos sem abandoná-los; Visão da vida como um conjunto de variáveis interativas, em constante modificação; Aceitação da mudança como parte natural da vida; Equilíbrio entre as expectativas pessoais e as possibilidades da realidade. 40 Características básicas das pessoas resilientes: 1. Positividade 2. Foco 3. Flexibilidade 4. Organização 5. Proatividade Conner (1995) Teste 41 Lembre-se: A resiliência implica em adaptar-se às mudanças, mas principalmente ser um AGENTE DE MUDANÇAS. Ser resiliente é ter elasticidade suficiente para mover-se aliada a firmeza suficiente para sustentar seus propósitos... Profª Cátia Venturella Mantra Pessoal 42 Obrigada pela atenção! Mantenha contato! Ana Cláudia Bilhão e-mail: [email protected] 43 EXTENSÃO Programa de Capacitação Gerencial Trensurb Apresentação à Equipe de Trabalho Abril 2014 Este relatório é de uso exclusivo do cliente, e foi compilado pelo GMAP|Unisinos. Este relatório foi utilizado como material de apoio a uma apresentação oral e, por conseguinte, não representa registro completo do que foi abordado na referida apresentação. 44