Algodão
• O algodoeiro é dependente de um bom
manejo das plantas daninhas para que sejam
atingidos altos níveis de produtividade final,
além de preservação da qualidade da fibra.
• Atualmente, o uso de herbicidas é o método
mais eficaz, via de regra o mais econômico, no
controle das plantas daninhas, face às
dificuldades no uso da capina manual e o
controle na linha da cultura através do
processo mecânico (SIQUERI, 2001).
• O Diuron é um dos principais herbicidas préemergentes utilizados para o controle de plantas
• daninhas na cultura do algodoeiro, apresentando
seletividade de posição.
• Possui ação de pré e pós-emergência inicial, sendo
recomendado no controle das plantas daninhas
problema, tais como Commelina sp. (trapoeraba) ,
Richardia brasiliensis (poaia), Sida sp. (guanxuma),
Spermacoce latifolia (erva quente) e as folhas
estreitas.
• Seu mecanismo de ação (inibidor da fotossíntese)
permite um bom período de controle dessas plantas
infestantes.
algodão
• Outro produto utilizado na cultura do algodoeiro é o
Clomazone, o qual junto com o Diuron, Dual e Alachlor,
compõem grande porcentagem dos herbicidas
utilizados em pré-emergência. Esse herbicida inibe a
biossíntese dos compostos isopronóides precursores
do pigmento fotossintético, determinando redução do
nível de caroteno e fitol e, conseqüentemente de
clorofila (RODRIGUES e ALMEIDA, 1995). Controla as
principais plantas daninhas do algodoeiro, tendo ação
tanto em daninhas monocotiledônias como em
dicotiledônias, apresentando seletividade de posição.
Algodão
• A modalidade de aplicação em pósemergência total na cultura do algodoeiro
para controle de dicotiledôneas é
relativamente recente, sobretudo no Brasil, os
herbicidas mais utilizados são o Pyrithiobacsodium, grupo químico Carboxi pirimidinil e o
Trifloxisulfurom-sodium, considerados
seletivos à cultura quando aplicados em pósemergência
Algodão
• Os herbicidas mais utilizados em préemergência : Diuron (Karmex) nas doses de
1,25 e 2,5 litros de produto comercial por
hectare e Clomazone (Gamit) nas doses de 0,6
e 1,2 litros de produto comercial por hectare.
As aplicações realizadas um dia após a
semeadura.
Algodão
• Os herbicidas mais utilizados em pósemergência : Pyrithiobac-sodium nas doses de
0,25 e 0,5 litros por hectare do produto
comercial (Staple 280 SC) e Trifloxisulfuronsodium nas doses de 5 e 10 gramas por
hectare do produto comercial (Envoke). As
aplicações realizadas, aos 30 dias após a
emergência da cultura, ou seja, próximo da
emissão dos primeiros botões florais.
Algodão
• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ALGODÃO e as plantas daninhas. Revista Rural,
v.90, ago. 2005. Disponível no site <
• www.revistarural.com.br>. Visitado em março de
2006.
• BELTRÃO, N. E. M.; MELHORANÇA, A. L.,. Plantas
Daninhas: importância e controle. In:________
• Algodão Tecnologia e Produção.
Herbicidas recomendados para cultura de
soja dessecação pré-semeadura
• Amônio-glufosinato (Nome comercial: Finale)
• Pós-emergente, derivado de aminoácidos.
inibidor da enzima glutamina sintetase (GS) na
rota de assimilação do nitrogênio. Com a inibição
da GS ocorre acúmulo de amônia e as células
acabam morrendo. No momento da aplicação as
plantas daninhas devem estar em adequado
estado de vigor vegetativo, evitando–se períodos
de estiagem, horas de muito calor e umidade
relativa do ar inferior a 60%,.
• Pode ser aplicado em área total na préemergência de espécies cultivadas e pósemergência de plantas daninhas e
em aplicações dirigidas, com a cultura já
estabelecida. A dose varia de 500 a 600 g i.a.
ha-1, dependendo das espécies a serem
controladas. Pode ser usado como dessecante
em pré-colheita, deve ser aplicado 10 dias
antes .
Diquat (Nome comercial: Reglone)
• Pós-emergente, do grupo químico bipiridílio.
Ação é através da captura de elétrons
provenientes da fotossíntese e respiração.
• No momento da aplicação as plantas daninhas
devem estar em adequado estado de vigor
vegetativo, evitando-se períodos de estiagem,
horas de muito calor e umidade relativa do ar
inferior a 60%.
• Usado como dessecante no sistema
plantio direto. Pode ser aplicado em área total
na pré-emergência de culturas e pósemergência de plantas daninhas, e
em aplicações dirigidas, com a cultura já
estabelecida. A dose entre 200 a 400 g i.a. ha1. Deve-se adicionar adjuvante não iônico à
calda.
Adjuvantes
• São substâncias adicionadas à formulação
herbicida ou à calda herbicida para aumentar
a eficiência do produto ou modificar
determinadas propriedades da solução,
visando facilitar a aplicação ou minimizar
possíveis problemas.
Os adjuvantes são divididos em dois
grupos
• Os modificadores ( surfatantes) das
propriedades de superfície dos líquidos
• Surfatantes:espalhante,umectante,detergente
,dispersantes e aderentes, entre outros)
• Aditivos (óleo mineral ou vegetal, sulfato de
amônio e uréia, entre outros) que afetam a
absorção devido à sua ação direta sobre a
cutícula.
Surfatantes
• São substâncias que afetam as propriedades
de superfície dos líquidos, proporcionando
ajustamento mais íntimo de duas substâncias.
Classificação dos surfatantes
• Espalhantes: são substâncias que diminuem a
tensão superficial das gotículas reduzindo o
ângulo de contato destas com a superfície da
folha.
• Estes produtos proporcionam o espalhamento
completo da gota sobre a superfície tratada
aumentando a absorção do herbicida.
Classificação dos surfatantes
• Molhantes (umectantes): são substâncias que
retardam a evaporação da água,fazendo com
que a gota permaneça mais tempo na
superfície tratada,aumentando a absorção do
produto aplicado.
Classificação dos surfatantes
• Aderentes: são substâncias que aumentam a
aderência dos líquidos ou sólidos à superfície
da planta. Estes apresentam afinidade com a
água e forte adesão à cera e à cutina da
superfície dos órgãos da planta. O aumento da
aderência diminui o escorrimento e faz com
que as gotas permaneçam na superfície das
folhas e não sejam lavadas com facilidade pela
água da chuva.
Classificação dos surfatantes
• Emulsificantes: são substâncias com atividade
sobre a superfície do líquido, promovendo a
suspensão de um líquido em outro. Estes
produtos reduzem a tensão interfacial entre dois
líquidos imiscíveis, proporcionando a formação
de uma emulsão de um líquido em outro, como
por exemplo, óleo em água através da
combinação de grupos polares com apolares dos
mesmos. Os emulsificantes também podem
possuir atividade espalhante, adesiva e
umectante.
Classificação dos surfatantes
• Dispersantes: São substância que evitam a
aglomeração das partículas através da
redução das forças de coesão entre as
mesmas, fazendo com que as suspensões
mantenham-se estáveis por um certo tempo.
São muito importantes para manter estáveis
as formulações de pós-molháveis, evitando
que as partículas sólidas se aglomerem e
precipitem.
Classificação dos surfatantes
• Os surfatantes não-iônicos são aqueles que
não possuem carga elétrica e não se ionizam
ou dissociam na água. Este tipo de surfatante
não reage com os sais ou as moléculas
herbicidas presentes na água e por isso são os
mais usados. Além disso, não apresentam
toxicidade às plantas e possuem ação
emulsificante, detergente e dispersante.
Classificação dos surfatantes
• Já os iônicos são aqueles surfatantes que se
dissociam na água em cátions (catiônicos) e
ânions (aniônicos). Os surfatantes catiônicos
quando dissociados são os cátions que
exercem influência predominante na ação
surfatante. São derivados da amônia, possuem
alto custo, fraco poder detergente, precipitam
na presença de sais e são de uso limitado na
agricultura
Aditivos
• São substâncias que aumentam a absorção
dos herbicidas devido à sua ação direta sobre
a cutícula das plantas
Óleos
• Óleos: os óleos minerais ou vegetais agem
dissolvendo as gorduras componentes da
cutícula e membranas celulares, eliminando as
barreiras que diminuem a absorção dos
herbicidas e provocam o extravasamento do
conteúdo da célula
Referência bibliográfica
• FLECK, N. G. Controle químico de plantas
daninhas. Porto Alegre: UFRGS, 1993. 132p.
• Apresenta absorção foliar com translocação
reduzida. Glufosinato não é absorvido pelas
raízes, por isso não apresenta atividade de
solo.
• Os sintomas iniciais são amarelecimento de
folhas, seguido de murchamento e necrose
total da planta. O uso de espalhante aumenta
sua atividade.
• Os sintomas aparecem em poucas horas após
a aplicação, quando as folhas murcham e
surgem manchas com aspecto encharcado,
que evoluem para necrose total da planta em
até três dias após o tratamento.
• O uso de espalhante aumenta sua atividade. É
inativado ao entrar em contato com o solo,
por completa adsorção desse cátion à argila.
• Plantas perenes com sistema radicular
profundo podem rebrotar. A ocorrência de
chuva 30 minutos após a aplicação não afeta a
atividade desse herbicida.
Glyphosate (Nomes comerciais: Agrisato, Glifosato
Agripec, Glifosato Fersol, Glifosato Nortox, Gliz ou
Round Up)
• Herbicidas totais, aplicados em pósemergência , grupo químico derivado da
glicina. O mecanismo de ação ocorre através
da inibição da enzima EPSPS na rota de síntese
dos aminoácidos aromáticos fenilalanina,
tirosina e triptofano, precursores de produtos
como lignina, flavonóides e ácidos benzóicos.
Como a enzima afetada é exclusiva de plantas,
apresentam, de maneira geral, baixa
toxicidade para animais.
• A dose está entre 0,18 e 2,16 kg i.a. ha-1,
dependendo das espécies a serem
controladas. Esses produtos são
recomendados para controle de plantas
daninhas em áreas não-cultivadas e como
dessecante no sistema plantio direto, para
diversas culturas. São considerados herbicidas
totais (não-seletivos), com translocação
simplástica.
• A absorção desses herbicidas pelas plantas é
lenta. A ocorrência de chuva em intervalo de
tempo menor que 4-6 horas pode reduzir sua
eficiência.
• As plantas tratadas morrem lentamente de 7 a 14
dias após aplicação.
• Recomenda-se não cortar a parte aérea durante a
primeira semana após aplicação, para favorecer a
translocação do herbicida por toda planta.
• Por meio da engenharia genética, já foram
obtidas culturas resistentes a glyphosate,
como soja e algodão. Existem biótipos
de Lolium rigidum e Eleusine indica resistentes
ao glyphosate na Austrália, nos Estados
Unidos e na Malásia, respectivamente.
2,4-D + Glyphosate (Nome
comercial: Command)
• É mistura recomendada para controle total da
vegetação em pós-emergência (dessecação).
Deve ser aplicada em plantas que estão em
pleno crescimento vegetativo, ou seja, livres
de estresse, o qual reduz a atividade desse
produto. Requer um período de seis horas
sem chuva após aplicação para ser absorvido
• A água usada como diluente na aplicação deve
ser de adequada qualidade, livre de argila em
suspensão e excesso de sais, pois o 2,4-D e o
glyphosate podem ser inativados por esses
elementos. Requer um período de 8-10 dias
entre a dessecação e a semeadura da cultura.
Paraquat (Nome
comercial: Gramoxone 200)
• É herbicida total, pós-emergente que pertence
ao grupo químico bipiridílio. O mecanismo de
ação ocorre através da captura de elétrons
provenientes da fotossíntese e da respiração.
• É um herbicida
usado extensivamente como dessecante no
sistema plantio direto. Pode ser usado em
aplicações em área total em préemergência das culturas e pós-emergência de
plantas daninhas e em aplicações dirigidas,
com a cultura já estabelecida. A dose
recomendada varia de 300 a 600 g i.a. ha-1,
dependendo das espécies a serem
controladas.
• Os sintomas aparecem em poucas horas após
a aplicação, quando as folhas murcham e
surgem manchas com aspecto encharcado,
que evoluem para necrose total da planta em
até três dias após o tratamento. O uso de
espalhante aumenta sua atividade.
• Devido à elevada adsorção do paraquat pelos colóides
do solo, deve-se evitar o uso de água suja, com excesso
de argila em suspensão, para aplicar esse herbicida,
sob risco de perda da eficiência do tratamento.
• Plantas perenes com sistema radicular profundo
podem rebrotar. A cultura de soja não apresenta
injúrias quando esse herbicida é aplicado de forma
dirigida nas entrelinhas e na base de plantas da cultura.
A ocorrência de chuva, 30 minutos após a aplicação,
não afeta a atividade desse herbicida.
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controle quimigo algodão