Controle Químico cultura do milho Método Químico • Consiste na utilização de produtos químicos registrados no ministério da agricultura • A seleção do herbicida deve ser baseada nas espécies de plantas presentes. • Deve-se verificar as condições climáticas. • Evitar aplicar sobre condições de estresse das plantas daninhas. Método Químico. • É de grande importância verificar a persistência media no solo dos herbicidas utilizados nas culturas antecessoras, uma vez que eles podem tornar-se fitotóxicos para a cultura seguinte. Herbicidas na cultura do milho aplicação pré-emergente Principio ativo Kg ha-1 acetolchlor 2,0- 4,0 alachlor 2,4 – 3,36 Atrazine 1,5 – 4,0 Cyanazine 1,75 – 3,5 2,4-D 1,2-2,3 Dimethenamid 1,125 Isoxaflutole 60 Linuron 0,6 – 2,0 Metalachlor 2,40 – 2,88 Pendimethalin 1,00 – 1,75 Simazine 1,5 – 4,0 Trifluralin 1,35 – 2,4 Recomendações • Utilizar a maior dose em solos com teor de matéria orgânica superior a 5%. • Não aplicar em solos arenosos que recebam calagem no inverno em intervalo de 90 dias em variedades de milho branco. Herbicidas do milho em aplicação pósemergente. Principio ativo Kg há-1 Alachlor + atrazine 3,12 – 4,16 Ametryn 1,5 – 2,0 Amônio-glufosinato 0,3 – 0,4 Bentazon 0,72 – 1,2 Carfentrazone-ethyl 0,02 – 0,028 2,4-D 0,2 – 1,0 Glyphosate 0,36 – 2,16 Imazapic iazapyr 52,0 +17,5 Mesotrione 0,144 – 0,192 Nicosulfuron 50 - 60 Recomendações • Utilizar nas entrelinhas após 5m cm de altura do milho. • Utilizar de forma dirigida. • Aplicar quando as gramíneas no estádio de 3 folhas e as folhas largas com 6 folhas. Aplicação em pré-semeadura • Consiste na eliminação das plantas daninhas antes da semeadura. • Utiliza-se herbicidas de contato ou sistêmicos. • Nas aplicações de pré-semeadura, pode-se usar em determinadas situações dessecantes associados a outros com residuais. • Nesta modalidade de aplicação, os herbicidas são aplicados após a semeadura do milho, sendo que a grande maioria dos herbicidas aplicados pertence aos grupos químicos das triazinas e das amidas. • Herbicidas do grupo químico das triazinas (ametryne, atrazine, cyanazine e simazine) são utilizados na cultura do milho sobretudo para o controle de plantas daninhas dicotiledôneas. • Herbicidas do grupo químico das amidas (acetochlor, alachlor, dimethenamid e s-metolachlor) possuem mecanismo de ação associado à inibição da parte aérea das plantas. São absorvidos durante o processo germinativo das sementes das plantas daninhas, interferem em diversos processos bioquímicos da plântula e inibem a divisão celular, a síntese de lipídeos, ácidos graxos, ceras foliares, terpenos, flavonóides, proteínas e divisão celular, e também, por interferirem na regulação hormonal (Liebl, 1995; Weed, 2002). Estes herbicidas controlam grande número de espécies mono e dicotiledôneas. • O efeito fitotóxico desse grupo de herbicida pode ser observado após a germinação das plântulas, caracterizando-se pela não abertura do coleóptilo e pelo enrugamento das folhas definitivas, causados pelo menor crescimento da nervura central em relação ao crescimento do limbo foliar (Figura). Figura – Plantas novas de milho apresentando efeito fitotóxico do herbicida smetolachlor. Foto: Décio Karam • Os herbicidas aspergidos em pré-emergência na cultura do milho apresentam comportamento diferenciado no solo e nas plantas daninhas, e, em situações de reduzida umidade e alta quantidade de palha, possibilitam o surgimento de plantas daninhas ainda durante o período crítico para prevenção da interferência. • No sistema de semeadura direta, ocorre maior acúmulo de palha na superfície do solo, podendo afetar o comportamento de herbicidas aplicados sobre a palha em pré-emergência, ficando estes produtos mais expostos à radiação solar, às altas temperaturas e à adsorção nos resíduos vegetais. • O desempenho de herbicidas aplicados ao solo para o controle de plantas daninhas em milho não é homogêneo em diferentes ambientes, estando alguns herbicidas mais sujeitos que outros a esse efeito do ambiente. Aplicação em pós-emergênci • Esta aplicação é realizada quando as plantas daninhas e a cultura se encontram emergidas. Alguns herbicidas recomendados para serem aplicados em pré-emergência, como as triazinas, também podem ser aplicados em pós. • O herbicida aplicado em pós-emergência deverá ser adequadamente absorvido pelas plantas daninhas para que o controle das mesmas seja eficaz. A eficiência dos herbicidas aplicados em pós-emergência está condicionada, sobretudo, às condições climáticas no momento da aplicação e ao estádio de desenvolvimento das plantas daninhas. • Figura – Fitotoxicidade do herbicida carfentrazone-ethyl em plantas da milho. Aplicação em jato dirigido • A aplicação dirigida de herbicidas pode ser realizada quando ocorrerem falhas de aplicação ou de funcionamento do herbicida ou, mesmo, em estratégias de controle sequencial das plantas daninhas. As aplicações sequenciais podem possibilitar melhores resultados por proporcionarem, por meio da primeira aplicação, o controle no início do período de competição, ao passo que a segunda aplicação possibilita o controle das plantas não afetadas inicialmente e também daquelas que emergiram após a primeira aplicação. Aplicação em jato dirigido • A aplicação dirigida ou na entrelinha do milho é realizada quando o milho está com cerca de 50 a 80 cm de altura, procurando-se atingir apenas a entrelinha da cultura. Adaptações, como a colocação de pingentes para aproximar os bicos do solo e a pulverização atingir apenas a área da entrelinha, a troca para pontas que trabalham com pressões baixas (15 a 20 lbs pol-2), evitam a deriva. Nesta aplicação, são utilizados produtos não seletivos de ação de contato de forma dirigida. Aplicação em jato dirigido • Na aplicação dirigida, apesar de as folhas baixeiras serem pulverizadas diretamente, ocasionando, com isso, sintomas visuais de necrose e perda de área foliar verde, as plantas de milho são capazes de compensar essa perda e, ainda, de alcançar um bom rendimento de grãos, através da redistribuição de carboidratos acumulados na planta. Referencias • ALBUQUERQUE, P.E.P. de; ANDRADE, C. de L.T. de. Planilha eletrônica para a programação da irrigação de culturas anuais. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2001. 14p. (Embrapa Milho e Sorgo.Circular Técnica, 10). • ALDRICH, S.R.; SCOTT, W.O.; LENG, E.R. Modern corn production. 2.ed. Champaign: A & L Publication, 1982. 371 p. • ALVARENGA, R. C.; CRUZ, J. C.; PACHECO, E. B. Preparo do solo. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.13, n.147, p.40-45, 1987. • ALVARENGA, R. C.; COBUCCI, T.; KLUTHCOUSKI, J.; WRUCK, F. J.; CRUZ, J. C.; GONTIJO NETO, M. M. A cultura do Milho na Integração Lavoura-Pecuária. In: Inf. Agropec. Sobre Milho (no prelo). • ALVARENGA, R.C.; LARA C., W.A.; CRUZ, J.C.; SANTANA, D.P. Plantas de cobertura de solo para sistema plantio direto. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.22, n.208, p.25-36, 2001. Algodão • O algodoeiro é dependente de um bom manejo das plantas daninhas para que sejam atingidos altos níveis de produtividade final, além de preservação da qualidade da fibra. • Atualmente, o uso de herbicidas é o método mais eficaz, via de regra o mais econômico, no controle das plantas daninhas, face às dificuldades no uso da capina manual e o controle na linha da cultura através do processo mecânico (SIQUERI, 2001). • O Diuron é um dos principais herbicidas préemergentes utilizados para o controle de plantas • daninhas na cultura do algodoeiro, apresentando seletividade de posição. • Possui ação de pré e pós-emergência inicial, sendo recomendado no controle das plantas daninhas problema, tais como Commelina sp. (trapoeraba) , Richardia brasiliensis (poaia), Sida sp. (guanxuma), Spermacoce latifolia (erva quente) e as folhas estreitas. • Seu mecanismo de ação (inibidor da fotossíntese) permite um bom período de controle dessas plantas infestantes. algodão • Outro produto utilizado na cultura do algodoeiro é o Clomazone, o qual junto com o Diuron, Dual e Alachlor, compõem grande porcentagem dos herbicidas utilizados em pré-emergência. Esse herbicida inibe a biossíntese dos compostos isopronóides precursores do pigmento fotossintético, determinando redução do nível de caroteno e fitol e, conseqüentemente de clorofila (RODRIGUES e ALMEIDA, 1995). Controla as principais plantas daninhas do algodoeiro, tendo ação tanto em daninhas monocotiledônias como em dicotiledônias, apresentando seletividade de posição. Algodão • A modalidade de aplicação em pósemergência total na cultura do algodoeiro para controle de dicotiledôneas é relativamente recente, sobretudo no Brasil, os herbicidas mais utilizados são o Pyrithiobacsodium, grupo químico Carboxi pirimidinil e o Trifloxisulfurom-sodium, considerados seletivos à cultura quando aplicados em pósemergência Algodão • Os herbicidas mais utilizados em préemergência : Diuron (Karmex) nas doses de 1,25 e 2,5 litros de produto comercial por hectare e Clomazone (Gamit) nas doses de 0,6 e 1,2 litros de produto comercial por hectare. As aplicações realizadas um dia após a semeadura. Algodão • Os herbicidas mais utilizados em pósemergência : Pyrithiobac-sodium nas doses de 0,25 e 0,5 litros por hectare do produto comercial (Staple 280 SC) e Trifloxisulfuronsodium nas doses de 5 e 10 gramas por hectare do produto comercial (Envoke). As aplicações realizadas, aos 30 dias após a emergência da cultura, ou seja, próximo da emissão dos primeiros botões florais. Algodão • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • ALGODÃO e as plantas daninhas. Revista Rural, v.90, ago. 2005. Disponível no site < • www.revistarural.com.br>. Visitado em março de 2006. • BELTRÃO, N. E. M.; MELHORANÇA, A. L.,. Plantas Daninhas: importância e controle. In:________ • Algodão Tecnologia e Produção.