XXIX Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, a XII Mostra de Experiências Exitosas dos Municípios e o V Prêmio David Capistrano, Campos do Jordão , Março de 2015. Curso Vigilância em Saúde nas Redes de Atenção à Saúde “O risco sanitário e a organização de um sistema de Vigilância em Saúde municipal”. A Saúde Pública apresentou um processo dinâmico de transformação nos últimos anos, com sérias mudanças estruturais e a proposição de modelos inovadores de gestão, em sintonia com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS representa um modelo de organização dos serviços de saúde, com eixos norteadores relacionados à universalidade, à integralidade, à acessibilidade, à resolutividade, à hierarquização, à regionalização, à descentralização e ao controle social. ideia "eliminação do inimigo“ ideia “erradicação" ideia "controle“ (combate a malária e a tuberculose ) ideia "vigilância" (noção de risco , fatores de risco) E agora (varíola e poliomielite) ? Ampliação e diversificação do objeto vigilâncias gerando informações e organização das intervenções sobre "danos", "indícios de danos", "riscos" e "condicionantes e determinantes" dos problemas de saúde. Determinação das doenças, não só as infectocontagiosas mas principalmente as crônico-degenerativas. A área de vigilância em saúde possui aspectos legais que a diferenciam das demais áreas de saúde que compõem o Sistema Único de Saúde. O principal deles está no exercício do poder de polícia, forte componente da área de vigilância sanitária, mas que se aplica a todas as vigilâncias, ainda que em menor grau. Tal fato leva a críticas dos gestores de saúde, especialmente os Municipais. Há uma racionalidade político-jurídica, fundada nas normas que regulamentam a produção, distribuição e consumo de bens e serviços, mas não justifica a sua institucionalização como órgãos separados, particularmente no âmbito municipal. Vigilância é a observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a todos os que necessitam conhecê-la. (LANGMUR, 1963). PORTANTO!!!! Trinômio "informação-decisão-ação", que se traduz do ponto de vista técnico-operacional, no uso de métodos/técnicas de planejamento que deem suporte ao processo de identificação e priorização de problemas de grupos populacionais de territórios delimitados e à articulação de operações integradas de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, destinadas ao enfrentamento continuo dos problemas selecionados. Entende o Território como...... A territorialização é a base do trabalho das equipes de atenção básica para a prática da vigilância em saúde, caracterizando-se por um conjunto de ações, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Propósito definição de prioridades em termos de problemas e grupos, o mais aproximadamente possível da realidade. Reflexo na definição das ações mais adequadas, de acordo com a natureza dos problemas identificados, bem como na concentração de intervenções sobre grupos priorizados e, consequentemente, em um maior impacto positivo sobre os níveis de saúde e as condições de vida. Epidemiologia Inteligente Não se trata de fazer tudo que é possível tecnicamente, e sim aquilo que é necessário para dar conta dos problemas reais existentes na população de um determinado território. Não se trata de dizer NÃO, mas dizer SIM e COMO fazer! Para isso .... a) análise da situação de saúde; b) desenho de situação; c) desenho das estratégias; d) programação, acompanhamento e avaliação. Mapas temáticos Primeiro lugar, localização espacial dos serviços de saúde e outros equipamentos sociais, como creches, escolas, igrejas e outros, com a delimitação das vias de acesso da população aos serviços, o que já dá uma ideia dos fluxos de demanda à diversas unidades de saúde do município. Segundo lugar, caracterizar os diversos grupos populacionais do município segundo suas condições de vida. Finalmente, cuidar da distribuição espacial dos principais problemas de saúde, identificados em função de informações epidemiológicas extraídas de bancos de dados oficiais ou obtidas através de "estimativa rápida" com "informantes-chave", cruzando estas informações com os mapas elaborados anteriormente. Esse processo , agrega, estabelece vínculos, trabalha com conceitos, é participativo? Fonte: Vila Ana/Jundiai/SP Passos sugeridos: sensibilizar técnicos e comunidades compor uma equipe mínima entender esta equipe mínima como um "grupo organizado para a ação" em vez de investir, inicialmente, na organização de uma estrutura ou órgão (departamento, divisão, setor, serviço) estimular o entrosamento deste grupo com técnicos responsáveis por programas e serviços garantir a educação permanente da equipe técnica reunir e sistematizar as informações disponíveis para identificar e priorizar os problemas de saúde que justificam um acompanhamento e atenção contínuo (planos municipais de saúde) planejar e programar as operações para enfrentamento continuado dos problemas selecionados, incluindo a montagem do sistema de informações em saúde Avaliar modo o processo e os produtos. Fonte: Inf. Epidemiol. Sus v.7 n.2 Brasília jun. 1998 “Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.” Paulo Freire Obrigada! Rosa Maria F.M.Bueno [email protected]