Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários José Roberto Afonso Vilma da Conceição Pinto 21/7/2014 IBRE/Rio de Janeiro Julho de 2014 Sumário :: Benefícios Fiscais Concedidos e Mensurados pelo Gov. Federal. Texto para Discussão IBRE, janeiro 2014: http://bit.ly/KoFBkp. Metodologia e Contexto Benefícios Fiscais Estimados Gasto/Renúncia Tributária e Previdenciária Observações Finais 2 Boletim Macro: Maio de 2013 Metodologia Formas atípicas de gastos públicos: Renuncia a um tributo; Deixa de cobrar juros e encargos equivalentes àqueles que paga ao se endividar; Assume encargo que caberia a terceiro. Cultura da responsabilidade fiscal: pressão sobre essa forma invisível para tratar como se fosse gasto público 3 Necessário identificar, mensurar, divulgar e analisar tais gastos invisíveis. Objetivo: levantar/consolidar as estimativas do Min.Fazenda - RFB (desde anos 90) e SPE (desde 2011), mas publicadas em separado Período coberto por dois órgãos: 2011 a 2014 Conceito sugerido: benefícios fiscais, para abrigar da renúncia aos subsídios. Boletim Macro: Maio de 2013 Contexto 4 Benefícios Fiscais compreendem... Renúncia ou gasto tributário (Demonstrativo RFB): formas de desonerações não realizadas no orçamento, que reduzem a arrecadação potencial. Obs.: antes, apresentava em separado a renúncia da contribuição previdenciária. Benefícios financeiros e creditícios (Demonstrativo SPE): os financeiros (explícitos) são desembolsos efetivos realizados por meio das equalizações de juros e preços, bem como assunção das dívidas, apresentados explicitamente no orçamento da União; já os creditícios (implícitos) são gastos decorrentes de programas oficiais de crédito, operacionalizados por meio de fundos ou programas, à taxa de juros inferior ao custo de captação do Governo Federal. Algumas questões por debater... Qual o real custo de todas as políticas que envolvem algum tipo de subsídio ou perda de receita pelo Governo? O quanto o governo deixa de arrecadar ou subsidia sem estar explícito no orçamento? Boletim Macro: Maio de 2013 Total de Benefícios Fiscais 2011/ 2017 Montante: de R$ 196 para 423 bilhões entre 2011 e 2017 Tabela 1 – Benefícios Fiscais Bases Efetivas 2011 (2009 a 2013) Projeções PLDO 2015 PLOA 2014 R$ Milhões Correntes Descrição 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Benefícios Financeiros e Creditícios 44.202 43.638 62.683 68.613 90.600 99.000 108.000 Gastos Tributários e Renúncias Previdenciárias 152.450 181.523 218.229 249.761 282.345 300.330 315.866 Gastos Tributários 132.012 150.772 175.510 192.669 219.827 231.930 241.272 Renúncias Previdenciárias 20.438 30.751 42.719 57.093 62.518 68.401 74.594 Total - Benefícios Fiscais 196.652 225.161 280.912 318.374 372.945 399.330 423.865 Fontes Primárias: SPE e RFB. Renúncia Previdenciária a partir de 2014: devido a uma mudança metodológica de apresentação da RFB, esse valor foi obtido pelo dado da Contribuição para a Previdência Social. Renúncia Previdenciária para os demais anos: valores diretamente informados pela RFB. Valores de Benefícios Financeiros e Creditícios e Renúncias Previdenciárias foram mantidas a mesma proporção do PIB de 2015. 5 Boletim Macro: Maio de 2013 Composição – 2014 Gráfico 2 – Composição dos Benefícios Fiscais em 2014 Em R$ Milhões e Participação % Fontes Primárias: STN, RFB e Orçamento Federal. Elaboração própria. 6 Boletim Macro: Maio de 2013 Evolução dos Benefícios 2011/2017 Em proporção do PIB, o Total de Benefícios Fiscais subirão de 4,75% para 6,19% do produto de 2011 a 2017. Tabela 2 – Benefícios Fiscais Em % do PIB Descrição 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Benefícios Financeiros e Creditícios 1,07 0,99 1,29 1,31 1,58 1,58 1,58 Gastos Tributários e Renúncias Previdenciárias 3,68 4,12 4,50 4,76 4,92 4,79 4,62 Gastos Tributários 3,19 3,42 3,62 3,67 3,83 3,70 3,53 Renúncias Previdenciárias 0,49 0,70 0,88 1,09 1,09 1,09 1,09 Total - Benefícios Fiscais 4,75 5,11 5,80 6,07 6,50 6,36 6,19 Fontes Primárias: SPE e RFB. Renúncia Previdenciária de 2014: devido a uma mudança metodológica de apresentação da RFB, esse valor foi obtido pelo dado da Contribuição para a Previdência Social. Renúncia Previdenciária para os demais anos: valores diretamente informados pela RFB. 7 Boletim Macro: Maio de 2013 Evolução dos Benefícios 2011/2017 Impacto dos Benefícios Fiscais na Arrecadação subiu cerca de 5 pontos percentuais de 2011 a 2017. Tabela 3 – Benefícios Fiscais Em % da Arrecadação Descrição 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Benefícios Financeiros e Creditícios 4,71 4,40 5,70 5,68 6,66 6,59 6,50 Gastos Tributários e Renúncias Previdenciárias 16,24 18,30 19,84 20,66 20,75 19,98 19,02 Gastos Tributários 14,06 15,20 15,95 15,94 16,16 15,43 14,53 Renúncias Previdenciárias 2,18 3,10 3,88 4,72 4,59 4,55 4,49 Total - Benefícios Fiscais 20,94 22,70 25,53 26,34 27,41 26,56 25,52 Fontes Primárias: SPE e RFB. Renúncia Previdenciária de 2014: devido a uma mudança metodológica de apresentação da RFB, esse valor foi obtido pelo dado da Contribuição para a Previdência Social. Renúncia Previdenciária para os demais anos: valores diretamente informados pela RFB. 8 Boletim Macro: Maio de 2013 Benefícios Tributários e Renúncias Previdenciárias 9 Gasto tributário é calculado há mais tempo: análise entre 2008 (captar evolução pós-crise) e 2014. As renúncias previdenciárias se destacam pela desoneração da folha salarial: enquanto as renúncias previdenciárias aumentam mais de R$ 30 bilhões, só a desoneração da folha contribuiu com um aumento superior a R$ 22 bilhões. Já entre os gastos tributários, os que mais crescem são os relativos aos incentivos do IRPJ e da COFINS: R$ 22 dos 35 bilhões a mais de renúncia via gastos tributários no período entre 2011 e 2014 são explicados por essas duas contas. Boletim Macro: Maio de 2013 Benefícios Tributários e Renúncias Previdenciárias Arrecadação Tributária Potencial: Tabela 4 – Receita Tributária Potencial Descrição 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 PIB em R$ Bilhões 4.143 4.403 4.845 5.243 5.733 6.275 6.843 Gastos Tributários e Renúncias Previdenciárias (R$ bi) 152 182 218 250 282 300 316 Arrecadação (R$ bi) 939 992 1.100 1.209 1.361 1.503 1.661 Arrecadação Potencial (R$ bi) 1.091 1.174 1.318 1.459 1.643 1.804 1.977 Gastos Tributários e Renúncias Previdenciárias (Em % do PIB) 3,68 4,12 4,50 4,76 4,92 4,79 4,62 Arrecadação (Em % do PIB) 22,66 22,53 22,71 23,06 23,73 23,96 24,27 Arrecadação Potencial (Em % do PIB) 26,34 26,66 27,21 27,82 28,65 28,74 28,88 Fontes Primárias: SPE e RFB. Elaboração própria. Para o ano de 2013, o dado de renúncia previdenciária foi utilizado para se calcular a arrecadação. Em particular, considerou-se que a renúncia previdenciária correspondeu a 9,86% da arrecadação previdenciária. 10 Boletim Macro: Maio de 2013 Observações Finais Premente discutir estratégia de estimular economia via benefícios.. Cortar impostos ou elevar investimentos? Keynes, por exemplo, se posicionou a favor do governo elevar o seu gasto, em particular do investimento, para impulsionar a economia. Reduzir impostos não daria a garantia de que os contribuintes beneficiados converteriam necessariamente em maior gasto o aumento decorrente em sua renda disponível. Crescer via desonerações ou ajuste fiscal? Alesina e Ardagna, por exemplo, estímulos pautados em impostos tem um impacto maior sobre o crescimento do que os focados em gastos – estudo histórico sobre esse comportamento para países da OCDE, entre os anos de 1970 e 2007. Qual estratégia fiscal anticíclica? 11 Brasil é dos poucos países em que a resposta da política fiscal foi muito mais baseada em cortar imposto do que em elevar o gasto público, especialmente o de investimentos. Boletim Macro: Maio de 2013 Observações Finais Consolidação fiscal exige melhorar transparência e controle: Ministério da Fazenda poderia fazer consolidação do estimado por seus dois órgãos. Transparência não se resume a publicidade de estimativas de benefícios. Metodologia de cálculo precisa ser publicada em detalhes de discutida. Controle interno (CGU) e externo (TCU) poderiam ser mais proativos (acompanhar cálculo) e dedicar atenção crescente a metas e análise de custo/benefício Debate fiscal precisa aprofundar análise para responder questões: 12 Será que reduzir receita seria uma forma melhor de induzir a demanda do que elevar os investimentos? Será que desonerações e crédito farto aumentam rentabilidade e liquidez de contribuintes e mutuários ao invés de fomentar os gastos privados? Por que apesar de o governo federal oferecer um volume tão grande e crescente de benefícios fiscais, a economia brasileira não responde com aceleração de seu crescimento? Boletim Macro: Maio de 2013 Sumário :: Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários Texto para Discussão IBRE, julho 2014: http://bit.ly/1wv1V0n. Breve Histórico Leis que alteraram a politica Dificuldades em se trabalhar com os dados (NCM x CNAE, etc...) Evolução da Renúncia por medida (Leis) Resultados gerais (Renúncia, vínculos e contribuintes) Resultados gerais (Renúncia vs arrecadação previdenciária, massa de salários) Resultados setoriais Questões para debate 13 Boletim Macro: Maio de 2013 Desoneração da folha crescente: renúncia calculada pela RFB Evolução da Desoneração da Folha de Salários R$ Milhões Correntes Fonte: RFB. Elaboração própria dos Autores. 14 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Desoneração x mudança base/alíquota A alteração da legislação tributária incidente sobre a Folha de Pagamento (Desoneração da Folha) foi efetuada em agosto de 2011, por intermédio da Medida Provisória 540, de 02 de agosto de 2011, convertida na Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e ampliada por alterações posteriores (Lei nº 12.715/2012, Lei nº 12.794/2013 e Lei nº 12.844/2013). Fonte: RFB. Disponível no Link: http://bit.ly/1iC9JJk. 15 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Definição da Desoneração 16 Cota Patronal CPRB Contribuição Sobre Folha de Salários Contribuição Sobre Faturamento 20% 1% ou 2% Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Novas Mudanças na Medida de Desoneração O governo federal tornou permanente a chamada desoneração da folha salarial com a edição da Medida Provisória nº 651, de 9/7/2014 (que, aliás, trata de várias outras matérias tributárias). A justificativa básica, no discurso, foi conceder um benefício tido como crucial para melhorar a competitividade da indústria brasileira, e, na exposição de motivos, da medida citada, foi realçado o impacto sobre o emprego – mas nenhuma estatística foi citada para ilustrar ou fundamentar os efeitos positivos alegados 17 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Análise Comparativa da Desoneração da Folha Primeira MP (540/11) vs Atual MP (651/14) que torna a Desoneração da Folha uma medida permanente MP 540/11 MP 610/13 e MP 651/14 Desonera 4 setores: Amplia a quantidade de Setores e torna a desoneração permanente: TI e TIC; Couro e Calçados; Confecções e; Call Center. 18 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Construção Civil Transportes Comércio Varejista Etc... Relação de Setores Beneficiados – SPE/MF (Continua) Setor Segmento MP Lei Indústria Couro e calçados 540 12.546/2011 Serviços Call Center 540 Serviços TI & TIC Indústria Setor Segmento MP Lei 1% Serviços Hotéis 563 12.715/2012 2% 12.546/2011 2% Indústria Aves, suínos e derivados PLV 18 12.715/2012 1% 540 12.546/2011 2% Indústria Pães e massas PLV 18 12.715/2012 1% Confecções 540 12.546/2011 1% Indústria Medicamentos e fármacos PLV 18 12.715/2012 1% Indústria BK mecânico 563 12.715/2012 1% Indústria Manutenção e reparação de aviões PLV 18 12.715/2012 1% Indústria Material elétrico 563 12.715/2012 1% Indústria Partes e acessórios de máquinas de escrever e máquinas e aparelhos de PLV 18 12.715/2012 escritório. 1% Indústria Auto-peças 563 12.715/2012 1% Indústria Pedras e rochas ornamentais PLV 18 12.715/2012 1% Indústria Fabricação de aviões 563 12.715/2012 1% Indústria Brinquedos PLV 18 12.715/2012 1% Indústria Fabricação de navios 563 12.715/2012 1% Transportes Transporte aéreo PLV 18 12.715/2012 1% Indústria Fabricação de ônibus 563 12.715/2012 1% Transportes Transporte marítimo, fluvial e naveg apoio PLV 18 12.715/2012 1% Indústria Plásticos 563 12.715/2012 1% Transportes Transporte rodoviário coletivo PLV 18 12.715/2012 2% Indústria Móveis 563 12.715/2012 1% Indústria Pescado 582 12.794/2013 1% Indústria Têxtil 563 12.715/2012 1% Indústria Equipamentos médicos e odontológicos* 582 12.794/2013 1% Serviços Design Houses 563 12.715/2012 2% Indústria Bicicletas 582 12.794/2013 1% Fonte: SPE/MF. Elaboração própria dos Autores. 20 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Alíquota fixada Alíquota fixada Relação de Setores Beneficiados – SPE/MF (Conclusão) Setor Segmento MP Lei Indústria Equipamento ferroviário 582 12.794/2013 Indústria Pneus e câmaras de ar 582 Indústria Papel e celulose Indústria Setor Segmento MP Lei 1% Comércio Comércio Varejista 610 12.844/2013 1% 12.794/2013 1% Indústria Manutenção e reparação de embarcações 610 12.844/2013 1% 582 12.794/2013 1% Indústria Borracha 610 12.844/2013 1% Vidros 582 12.794/2013 1% Indústria Obras de ferro fundido, ferro ou aço 610 12.844/2013 1% Indústria Fogões, refrigeradores e lavadoras 582 12.794/2013 1% Indústria Cobre e suas obras 610 12.844/2013 1% Indústria Cerâmicas 582 12.794/2013 1% Indústria Alumínio e suas obras 610 12.844/2013 1% Indústria Tintas e vernizes 582 12.794/2013 1% Indústria Obras diversas de metais comuns 610 12.844/2013 1% Indústria Construção metálica 582 12.794/2013 1% Indústria Reatores nucleares, cladeiras,máquinas e instrumentos mecânicos e suas partes 610 12.844/2013 1% Indústria Fabricação de ferramentas 582 12.794/2013 1% Transportes Transporte Rodoviário de Carga 610 12.844/2013 1% Indústria Fabricação de forjados de aço 582 12.794/2013 1% Transportes Transporte Metroferroviário de Passageiros 610 12.844/2013 2% Indústria Parafusos, porcas e trefilados 582 12.794/2013 1% Transportes Transporte Ferroviário de Cargas 610 12.844/2013 1% Indústria Instrumentos óticos 582 12.794/2013 1% Transportes 610 12.844/2013 1% Serviços Suporte técnico informática 610 12.844/2013 2% 610 12.844/2013 2% 610 12.844/2013 2% 610 12.844/2013 1% Construção Construção Civil Fonte: SPE/MF. Elaboração própria dos Autores. 21 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Alíquota fixada Carga, Descarga e Armazenagem de Contêineres Empresas de construção e de obras Construção de infra-estrutura Serviços Empresas jornalísticas Alíquota fixada Expansão acelerada da quantidade de setores beneficiados estacionou em 56 segmentos da Economia Evolução do Nº de setores beneficiados por alteração de legislação Fonte: SPE/MF. Elaboração própria dos Autores. 22 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Crescimento da Renúncia se deu mais pela entrada de novos setores que por um padrão sazonal. Evolução da Desoneração da Folha de Salários % do PIB Fonte: RFB e BCB. Elaboração própria dos Autores. 23 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) RFB: Metodologia da Desoneração da Folha 24 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Evolução mensal das Estimativas de Desoneração da Folha – Em R$ Milhões Correntes R$ Milhões Mês ja n/12 fev/12 ma r/12 a br/12 ma i /12 jun/12 jul /12 a go/12 s et/12 out/12 nov/12 dez/12 13º - 2012 Total 2012 ja n/13 fev/13 ma r/13 a br/13 ma i /13 jun/13 jul /13 a go/13 s et/13 out/13 nov/13 dez/13 13º - 2013 Total 2013 ja n/14 fev/14 ma r/14 a br/14 ma i /14 Total 2014 Contribuição Prevideniária Teórica [A] 293 315 331 326 685 680 725 734 1.930 1.936 1.947 2.039 812 12.753 2.064 3.067 3.013 3.214 3.843 3.956 3.690 3.827 3.840 3.929 3.966 4.282 2.729 45.420 4.598 5.401 5.403 5.552 5.697 26.651 S/ Folha (GPS) [B] 111 121 126 118 294 286 310 311 995 931 950 1.008 473 6.035 951 1.419 1.521 1.516 1.803 2.019 1.764 1.803 1.841 1.879 1.860 2.166 1.399 21.942 2.002 2.370 2.455 2.494 2.508 11.829 Fonte: RFB. 25 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Pagamentos Efetuados S/ Faturamento (DARF) [C] 94 82 102 126 204 211 206 209 452 444 474 500 3.103 478 687 684 791 1.061 1.089 963 1.017 1.031 1.066 1.103 1.223 11.194 1.274 1.314 1.389 1.523 1.467 6.967 Total [D] = [B] + [C] 205 204 228 244 498 497 515 519 1.447 1.375 1.424 1.508 473 9.137 1.429 2.105 2.205 2.307 2.864 3.108 2.727 2.821 2.872 2.945 2.964 3.390 1.399 33.136 3.276 3.683 3.844 4.016 3.975 18.795 Valor Renúncia [E] = [A] - [D] 88 111 103 82 188 183 210 215 482 562 523 531 338 3.616 635 961 808 907 979 848 963 1.006 968 984 1.003 892 1.330 12.284 1.322 1.718 1.559 1.536 1.722 7.856 Impacto % da entrada de novos setores no valor Renunciado (M/M-1) Variação Mês contra mesmo mês do ano anterior (M/M-1) Variação Mês contra mesmo mês do ano anterior (M/M-1) Fonte: RFB e BCB. Elaboração própria dos Autores. * Julho de 2013 contra Junho de 2013. 26 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Contudo Governo alega não haver qualquer impacto no resultado da Previdência Social. MP 540/11 Art. 9 inciso IV – “a União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social;” As disposições sobre as estimativas estão regulamentadas na Portaria Conjunta RFB/STN/INSS/MPS nº 2, de 28 de março de 2013. Na referida portaria está previsto o prazo de quatro meses para que seja realizado o cálculo do impacto da Renúncia Desoneração da Folha de Salários :: Janela Quadrimestral 27 Mês Caixa JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO Mês Apura çã o SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO Mês Caixa JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO Mês Apura çã o MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Projeções de Renúncia do Ministério da Fazenda desaceleram. Desoneração da Folha de Salários Valor Realizado e Projeções pelo Ministério da Fazenda. 28 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Evolução mensal das Estimativas de Desoneração da Folha Em % do PIB Fonte: IBGE, STN 29 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Conclusões (desoneração) Renúncia elevada comprometeu desempenho da arrecadação da contribuição previdenciária. Indústria foi menos beneficiada que serviços e construção em diferentes enfoques setoriais da renúncia, dos vínculos e dos contribuintes. Desoneração da folha não mais atende objetivo inicial de melhorar competitividade industrial: MP para benefício permanente justificada pelo emprego (até para não demitir tanto) > no limite, desonerar até bancos e governos 30 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Decomposição das Contribuições Previdenciária pelas Grandes Categorias. Acum. até Mai/14 em R$ Milhões Correntes e participação % do total. Fonte: STN, IBGE. Elaboração IBRE/FGV. 31 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Composição das Contribuições Previdenciárias Por tipo de Receita – 2013/14 - em R$ Milhões Correntes e % do total Mai/14 Abr/14 Mai/13 Part. % (*) Part. % (**) 24.667 24.127 23.043 100,0% - Em pregados = Individual + As s alariado + Dom es tica + Segurados 5.422 5.331 5.100 22,0% - Em pregador Folha = As s alariados + Acidente 9.451 9.473 8.874 38,3% - Em pregador Folha Outros = Filantrópica + Governos 2.837 2.703 2.570 11,5% - Em pregador Receita = Sim ples + Esportes + Rural + Sub + Rec Bruta 6.120 5.935 5.544 24,8% - Parcelam entos + Judiciais 848 680 938 3,4% - Dem ais -10 5 -4 0,0% - 18.408 18.111 16.988 74,6% 100,0% Em pregador Folha = As s alariados + Acidente 9.451 9.473 8.874 38,3% 51,3% Em pregador Folha Outros = Filantrópica + Governos 2.837 2.703 2.570 11,5% 15,4% Em pregador Receita = Sim ples + Esportes + Rural + Sub + Rec Bruta 6.120 5.935 5.544 24,8% 33,2% Bas e Receita Bruta (Des oneração) 1.469 1.524 1.063 6,0% 8,0% Em pregado Folha 4.487 4.393 4.233 18,2% 24,4% Em pregador Folha 12.288 12.176 11.444 49,8% 66,8% Descrição Total das Receitas de Contribuições Empregadores Diferentes Base Fonte: STN/MF. Elaboração FGV/IBRE. *Participação % em relação ao Total das Receitas de Contribuições. **Participação % em Relação ao Total dos Empregadores de Diferentes Bases. 32 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Relação entre Contribuições Previdenciárias e Massa Salarial nominal efetiva Contribuição Previdenciária como proporção da Massa Salarial Nominal Efetiva (%) Fonte: IBGE, STN Fonte: IBGE, STN, RFB. 33 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Conclusões (reestruturação da receita) Desoneração da folha consolidou mudança de padrão na estrutura da receita previdenciária: produtor rural (CF 1988), Simples (anos 90), subrrogação, governos... Receita se tornou uma espécie de mini-sistema tributário: cada vez menos sobre folha salarial, cada vez mais sobre faturamento bruto > crescente razão arrecadação/massa salarial Novo padrão de financiamento da previdência social tem sido ignorado: necessário rever elasticidade (talvez mais vulnerável à recessão se vendas caem antes que emprego) 34 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Evolução da Contribuição Previdenciária – R$ Bilhões Constantes e Varação % do mês contra mesmo mês do ano anterior. Fonte: STN, IBGE. Elaboração IBRE/FGV. 35 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Benefícios Fiscais Concedidos e Mensurados pelo Gov. Federal Texto de Discussão FGV/IBRE: http://bit.ly/KoFBkp. Composição da Desoneração (Completa) da Folha de Salários Texto de Discussão FGV/IBRE: http://bit.ly/1wv1V0n. 36 Núcleo de Economia do Setor Público (NESP) Vilma da Conceição Pinto José Roberto Afonso Érica Diniz