Escola Centro-Oeste de Formação da CUT – Apolônio de Carvalho Centro de Formação em Economia Solidária da região Centro-Oeste Planejamento de atividades O que significa planejar • Significa a intenção de um grupo de intervir em uma realidade, de não se deixar ser levado pelos acontecimentos. • Devemos considerar que: • A realidade esta sempre em Movimento. • Existem interesses diferentes e ou opostos. • Há falta de recurso. • Existem forças mais potentes que outras. Procedimento para planejar • Formular opções – converter uma variante em opção. • Compartilhar o poder – o mínimo de poder termina se não for compartilhado. • Pensar em situação – articular as diferentes dimensões da realidade. • Pensar o tempo presente –pensar o hoje, olhando o amanhã. Quais são nossos objetivos? • Objetivos são como faróis que nos indicam para onde queremos chegar. São a explicitação dos resultados. Podem ser decorrentes de iniciativas em andamento. • Para definirmos os objetivos devemos pensar nos problemas. • EX. se a dificuldade é o transporte de mercadoria, o objetivo será a busca de solução para o transporte. Cuidado! • Podemos não estar vendo o problema apenas uma parte muito reduzida. O que fazer para alcançarmos os objetivos? • Diagnóstico da realidade deve contemplar múltiplos aspectos. • Um levantamento o mais abrangente possível dos problemas, avanços, dificuldades; • processos em andamento e aspirações das pessoas; • Identificação dos atores, situação das comunidades envolvidas; • Análise das forças sociais a favor e contra, como se estruturam e como se articulam; • Impasses, potencialidades, as causas, os desafios, as estruturas de poder nacionais e internacionais, facilitadores ou complicadores, estabelecendo uma interação entre o geral e o particular, o local e o amplo, as comunidades e o território; • Quadro síntese para iluminar as decisões e posturas frente a realidade. • Características das políticas locais. Valorizar questões culturais. Com quem precisamos contar para alcançar os nossos objetivos? • É importante contar com: • Vinculados à estrutura do Estado: funcionários públicos, vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores, Fundações, universidades, centros de pesquisa. Desde que comprometidos com o processo de mudança. • Vinculados à sociedade civil: Movimentos sociais e populares, da terra, da moradia, da saúde, dos direitos humanos, comunidades, locais, associações, outros grupos de produção, cooperativas. • Fóruns e redes, diretas ou eletrônicas. • ONGS, sindicatos, fundações. • Meios de comunicação social. • Escolas ,universidades, centros de pesquisa. ´É necessário mapear as forças. Estratégias para a ação • Plano para alcançar os objetivos. Estratégias são instrumentos ágeis para atingir objetivos predeterminados, em busca de resultados de impacto, enfrentando o imprevisível. • Dentre as várias estratégias destacamos: • Articular iniciativas e reforçar a atuação. Agendas comuns, unificar projetos, desenvolver ações em parcerias. Ligar o local com o nacional, o particular como global. Unir forças do campo e cidade. Organizar coordenações em diferentes níveis e estabelecer a integração entre elas. • Desencadear iniciativas concretas. Identificar e priorizar temas, que sejam eixos das atividades. Mobilizar pessoas nas universidades e em outros setores, formando núcleos. Participar e diálogo em espaços institucionais. Governos, Fóruns, etc. Avaliação • Deve permear todo o processo. • Existem dois instrumentos essenciais; • Primeiro - aspectos que nos interessam – plano de controle – definidos no inicio da atuação, Registramos todos os avanços, dificuldades ou mesmo os recuos. • Segundo - registros O que vamos registrar? • Tudo o que diz respeito aos planos e metas. • Resultados alcançados, avanços em direção aos objetivos. • Impactos – todas as mudanças ocorridas na vida das pessoas que pertencem aos grupos. • Participação das pessoas, no nosso caso este é um aspecto fundamental Além disso devem estar presente • As parcerias estabelecidas, as mobilizações e o envolvimento crescente de mais pessoas. • As mudanças de mentalidade alcançadas junto aos grupos. • Processos inovadores que conseguimos desencadear, e quais em andamento potencializamos. • Ações coletivas que ocorreram se avançamos na dimensão da organização. • Como as ações locais se organizam com as regionais. • Que tipo de diálogo foi estabelecido com as instâncias públicas. • Como estamos mobilizando os diferentes recursos. • Se as pessoas envolvidas estão conseguindo se auto capacitar. • O que conseguimos na área de direitos humanos. • Se estão ocorrendo a recuperação das histórias, da organização com valorização das culturas locais. • Quais os impasses pendentes e forças adversas. • Se nossas ações conseguiram incomodar as políticas publicas locais. • Quase são os desafios pendentes. Sistematização • No exercício de sistematização podemos: • Atualizar o contexto geral que queremos transformar, comparando o contexto anterior com o atual. Descobrindo avanços, problemas e desafios. • Observar as dimensões das propostas e sua implementação para vermos se o nosso plano é adequado. • Mapear as relações e forças políticas, econômicas, sociais e culturais. Não podemos enfrentar de forma isolada a complexidade da realidade em que vivemos. Bibliografia • Cortez, Carlos. IFGA – Instrumento de formação para Grupos de Artesãos. Caderno de Planejamento, Monitoramento e Avaliação. • Projeto de Promoção do Desenvolvimento Local e Economia Solidária. MTE, SENAES.