ORGANIZAÇÃO DAS MULHERES NA LUTA PELA GARANTIA DE DIREITOS ROSINÁ MARIA SILVA DE ASSIS¹ MARLI ARAÚJO² RESUMO As Constituições brasileiras desde 1824 dispõem sobre o princípio da igualdade. Entretanto, ao realizarmos uma análise histórica em relação a mulher, percebemos que a subordinação ao poder masculino é algo que vem de longas datas. Desde os primórdios, a mulher tem como função básica a procriação e o cuidado do lar. Com os avanços científicos e tecnológicos surgidos no Século XX, após as grandes guerras mundiais e através do movimento do feminismo que começa a dar os seus primeiros passos reivindicando igualdade de direitos, começa a surgir, também, a possibilidade de outro espaço para a mulher. Se começa a pensar na possibilidade de um futuro diferente daquele que lhe era reservado histórico e culturalmente. Assim sendo, as mulheres se organizam em um processo lento e gradual em busca de conquistas sociais, econômicas e jurídicas, buscando a superação da situação vivenciada. Acreditamos que ainda hoje, a mulher se depara com a contradição, fruto de uma herança histórica, que a limita, de um lado, a ser mãe e esposa; e de outro lado, lhe mostra a possibilidade de escolher seu futuro e se fazer sujeito de sua história. Portanto, se compararmos os séculos em que a mulher foi desqualificada, inferiorizada e submissa aos ditames da sociedade machista, pensemos, talvez, que os avanços conquistados nas últimas décadas são pequenos. Mas, uma coisa não se pode negar: eles foram fundamentais para a consolidação do processo histórico e cultural da mulher ao lado do homem com as mesmas possibilidades de ser na sociedade. PALAVRAS-CHAVE: Mulheres. Lutas. Direitos.