Linguagem
é qualquer e todo sistema de signos que serve
de meio de comunicação de idéias ou
sentimentos através de signos convencionais,
sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser
percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o
que leva a distinguirem-se várias espécies de
l​i​n​g​u​a​g​e​m​:​v​i​s​u​a​l​,​a​u​d​i​t​i​v​a​,​;​t​á​t​i​l​, etc., ou, ainda,
outras mais complexas, constituídas, ao mesmo
tempo, de elementos diversos.
Elementos da comunicação
Emissor - emite, codifica a mensagem;
Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
Código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem;
Referente - contexto relacionado a emissor e receptor;
Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
Funções da linguagem
são recursos de ênfase que atuam segundo a intenção do
produtor da mensagem, cada qual abordando um
diferente elemento da comunicação.
Um texto pode apresentar mais de uma função enfatizada. O
modelo a seguir foi proposto por Roman Jakobson no livro
Lingüística e Comunicação (1970).
Modelo de Roman Jakobson
1 - Função emotiva ou expressiva
2 - Função referencial ou denotativa
3 - Função apelativa ou conativa
4 - Função fática
5 - Função poética ou estética
6 - Função metalingüística
1 - Função emotiva ou expressiva
A mensagem é centrada nas opiniões e emoções do
emissor. Geralmente usa-se a 1ª pessoa do singular,
interjeições e exclamações. O texto é pessoal,
subjetivo.
Exemplos: autobiografias, memórias, poesia lírica e
cartas de amor.
2- Função referencial ou denotativa
A mensagem é centrada no referente (contexto
relacionado a emissor e receptor). O emissor
procura fornecer informações da realidade, sem a
opinião pessoal, de forma objetiva, direta,
denotativa. A ênfase é dada ao conteúdo, às
informações. Geralmente usa-se a 3ª pessoa do
singular.
Exemplos: textos jornalísticos, científicos, etc.
3 - Função apelativa ou conativa
A mensagem é centrada no receptor e
organiza-se de forma a influenciá-lo.
Geralmente usa-se a 2ª e 3ª pessoa,
vocativos e imperativo.
Exemplos: discursos, sermões, textos de
publicidade e propaganda.
4 - Função fática
O canal é posto em destaque. O interesse do emissor
é emitir e simplesmente testar ou chamar a atenção
para o canal.
Exemplos típicos da função fática são: "alô", "pronto",
"oi", "tudo bem?" "boa tarde", "sentem-se", etc. Ou
na propaganda, de forma a chamar a atenção, a
tipografia, layout, etc.
5 - Função poética ou estética
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou
seja, que se preocupa mais em "como dizer" do que com
"o que dizer". A mensagem é posta em destaque,
chamando a atenção para o modo como foi organizada. É
afetiva, sugestiva, conotativa, metafórica. Valorizam-se as
palavras e suas combinações.
Exemplos: linguagem figurada apresentada em obras
literárias, letras de música, em algumas propagandas.
Características: Subjetividade Figuras de linguagem
Brincadeiras com o código
6 - Função metalingüística
O código lingüístico é posto em destaque. Usa-se o
código para falar dele mesmo.
Exemplos: dicionários, gramáticas, textos que
analisam textos, poemas que abordam o assunto
da poesia.
Uns Versos
Adriana Calcanhoto
Sou sua noite, sou seu quarto
Se você quiser dormir
Eu me despeço
Eu em pedaços
Como um silêncio ao contrário
Enquanto espero
Escrevo uns versos
Depois rasgo
Referências
CIPRO, Neto Pasquale e INFANTE, Ulisses. Gramática
da língua portuguesa. São Paulo: Scipione. 2008.
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza
Cochar. Texto e interação: uma proposta de
produção textual a partir de gêneros e projetos. São
Paulo: Atual. 2005.
SARMENTO, Leila Lauar e TUFANO, Douglas.
Português: literatura, gramática, produção de texto.
São Paulo: Moderna. 2004.
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Funções da linguagem