VALDIRENE RODRIGUES DA SILVA, casada, mãe de dois filhos; graduada em direito pela Universidade Federal de Rondônia; advogada; atualmente conciliadora dos Juizados Especiais de Cacoal; professora da EBD há 9 anos; secretária da Escola Dominical aos 16 anos; regente do conjunto de adolescentes por 3 anos; professora e líder do Departamento Infantil por 5 anos; professora das classes de adolescentes. Éramos capazes de responder a pergunta quando adolescentes? Os adolescentes passam por transformações no corpo; mudanças repentinas de humor; sentimentos e inferioridade; medos; dúvidas; euforias... Sabemos disso, não? Se sim, porque não nos identificamos com nossos alunos? Porque não os compreendemos? Será que não estamos sendo para eles aqueles adultos “chatos” que só sabiam nos criticar, sem ao menos tentar nos entender? Alguém que os vê não como “grupo problema”, mas pessoas comuns que apenas têm dúvidas, e uma delas é: “Quem são?”; Adolescentes sempre têm dúvidas; “Quem nunca duvidou, jamais creu de verdade”; Precisam refletir sobre sua fé. O professor que o adolescente espera é aquele que se dispõe a ser seu líder; O professor da EBD não poderá ser um “contador de histórias da Bíblia”; O aluno precisa de respostas. Fundamentos para sua fé; “O aluno entre na Bíblia e a Bíblia entre no aluno”. Fazer com que tenham convicção de sua fé “Ah! Mas na minha época era diferente, eu...”; Estranho se não fosse! Cada época tem os seus próprios adolescentes, frutos da sociedade em que estão inseridos. O adolescente apenas seguirá o Deus que você ensina se ele ver em você esse Deus. O professor precisa ser “antenado”. Não existe esse negócio de “faz o que eu digo mas não faça o que eu faço”. Lembre-se: “Você ensina um pouco com as palavras. Você ensina muito com seu comportamento. A parte mais importante da lição é o professor por trás dela. (Henrietta Mears)” O professor deve ser um porto seguro, alguém que ele poderá contar, confiar. “se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la” É preciso amar o aluno e demonstrar esse amor por ele. Ele poderá não se recordar muito de suas aulas, mas lembrará sempre que você o amava. 1. Ainda que eu falasse a língua dos meus alunos e não tivesse amor, seria como um giz que range ou um pai que grita, 2. E ainda que eu tivesse o dom de ensinar e conhecesse a Bíblia inteira e todos os métodos criativos, e ainda que fosse capaz de falar as Escrituras todos os dias para meus alunos, e não tivesse amor, nada seria. 3. E ainda que planejasse reuniões sociais, e visitasse a casa de cada aluno, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. 4. O amor é paciente com alunos que são lentos, e gentil com aqueles que me irritam; o amor não tem inveja de professores de classes grandes; o amor não se ensoberbecesse com a frequência perfeita de meus alunos; não tem orgulho de minhas boas ideias. 5. Não grita com alunos indisciplinados, não se irrita quando a reunião de abertura se prolonga muito, tem uma vida pura e exemplar. 6. Não exulta com o pecado na vida de outros professores, mas fica feliz quando eles e os alunos agem corretamente; 7. Permanece quando ensinar se torna difícil, acredita que Deus opera através de mim, tem confiança na capacidade de meus alunos, suporta a junção das classes na última hora, quando falta professor. 8. Pode-se valer do amor em todo o tempo; mas, havendo audiovisuais, serão aniquilados; havendo histórias animadas, cessarão; havendo núcleos de ensino, desaparecerão. 9. Porque em parte conheço meus alunos e, em parte, eu leciono; 10. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o meu ensino em parte será aniquilado. 11. Quando eu era professor, repreendia constantemente, desconhecia o processo de aprendizagem, pensava que meus alunos vinham estudar impacientes; mas logo que me tornei um professor mais experiente, acabei com os métodos ineficazes. 12. Porque, agora, vejo meus alunos por espelho em enigma; mas, então, os verei como realmente são; agora, os conheço em parte, mas, então, os conhecerei como também sou conhecido. 13. Agora, pois, permanecem a fé de que Deus trabalha na vida dos meus alunos, a esperança de que cresçam como cristãos e o amor por eles como são. No entanto, o maior destes três é o amor. (Paráfrase da autora publicada em Key to Christian Education – A chave para a Educação Cristã). Ser professor é maravilhoso. Será sempre um desafio diário. Temos que aprender a lidar com alunos que ora estarão dispostos a qualquer coisa, ora nem ao menos ler o texto áureo; ora te amarão, outra não gostará tanto assim (a depender do que você disser para ele durante a aula). Mas saiba que se você conseguir a confiança dele, terá um grande amigo, e assim ele ouvirá seus conselhos. E lembre-se, através do seu amor ele poderá conhecer o amor de Deus.