Mercado Financeiro e os Planos de Previdência
Departamento de Análise Competitiva
Ricardo Aguida Geraldes, CFP®
INTERNA
“Este documento foi classificado pelo Departamento de Indicadores de Gestão e o acesso está autorizado, exclusivamente,
para os Colaboradores da Organização.”
Conjuntura– Evolução das Taxas de Juros – SELIC Over
INTERNA
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Conjuntura – Evolução dos Juros Reais
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FONTE: BRADESCO - DEPEC
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Principais Conceitos
• Retorno – Juros e Ganho de Capital
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– Juros
Taxas de juros exprimem a remuneração pela alocação de capital. A taxa de juros reflete:
• O preço pago pelo sacrifício de poupar, isto é, a remuneração exigida por um agente
econômico ao decidir postergar o consumo; e
• O preço pago pelo benefício de consumir já.
Assim toda operação que envolva uma remuneração de juros tem a participação de dois agentes:
• O poupador, que adia seu consumo para o futuro; e
• O tomador de recursos que decide antecipar seu consumo para o presente.
– Ganho de Capital
Representa a diferença entre o valor de aquisição e o valor de venda de um ativo
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Principais Conceitos
• Principais Conceitos e Características dos Instrumentos de Renda Fixa
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Data de Emissão: é a data de origem do título;
Valor de Face: valor de resgate e o montante sobre o qual o juros é calculado
Valor Nominal Atualizado: valor de face corrigido pelo indexador, quando houver;
Data de Vencimento: é a data de resgate quando o principal e juros são pagos
PU (preço unitário): preço do título no mercado secundário.
Ágio: PU > Valor de Face
Deságio: PU < Valor de Face
• Formas de Remuneração
Prefixado: o valor dos rendimentos é conhecido no início da operação;
Pós-fixado: o valor do juros somente é conhecido no momento do resgate
- Principais Indexadores: CDI, TR, IGP-M, TJLP, SELIC, etc...
Notas:
i. alguns títulos pós-fixados podem pagar cupom (juros) periodicamente;
ii. alguns títulos são emitidos sem juros, os “zero cupom”, colocados no mercado com deságio.
iii. alguns são corrigidos por um indexador, p.ex.: IPCA e além dele há uma taxa de juros prefixadas.
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Adequação
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• Risco x Retorno
Cada investidor tem uma expectativa de retorno e uma tolerância a riscos.
Há investidores arrojados que suportam altos riscos em busca de maior retorno.
Há investidores conservadores que desejam o mínimo de risco, ainda que isso implique
em retornos menores.
Entre esses dois opostos estão os mais diversos perfis de investidores.
Por outro lado, cada investimento apresenta sua combinação de risco e retorno.
Existe uma tendência de elevação dos retornos a medida que aumentam os riscos.
“NÃO TEM ALMOÇO DE GRAÇA”
Atribuída a Milton Friedman
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Principais Conceitos
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• O que é Risco?
Risco é a possibilidade de que determinada situação tenha resultado diferente
daquele que se espera. Constitui característica básica de todos os investimentos,
como reflexo das incertezas associadas aos elementos determinantes do valor dos
ativos financeiros.
Todo Investimento tem Risco: Ao optar por um investimento, o cliente sempre
assume algum risco.
Principais Riscos do Investidor:
i) Risco de Mercado; ii) Risco de Liquidez e iii) Risco de Crédito
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Principais Conceitos
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• Risco de Liquidez
O risco de liquidez está associado à negociabilidade de um título no mercado. Dizemos que um
ativo apresenta risco de liquidez quando ele não pode ser realizado ou negociado pelos preços
prevalecentes no mercado devido à insuficiência de atividade no mercado.
A falta de contrapartes em número suficiente para negociar o volume desejado de determinado
ativo, causando-lhe variação anormal de valor e conseqüente redução de rentabilidade também
é considerado risco de liquidez.
• Risco de Crédito
Risco de crédito está presente em todo instrumento de renda fixa, pois estes títulos representam
para o emissor uma dívida, e para o investidor um crédito a receber. Risco de Crédito é a
possibilidade de um investidor não receber os valores (principal e juros) prometidos pelos
emissores dos títulos da carteira.
Inadimplência ou Default: Não pagamento até a data de vencimento de um compromisso
financeiro.
Solvência: Capacidade de um credor para cumprir os compromissos financeiros assumidos.
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Principais Conceitos
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• Risco de Mercado
É o risco de que mudanças nos preços e nas taxas no mercado financeiro reduzam o valor das
posições de um título ou de uma carteira.
O retorno e o risco esperados de um ativo se baseiam nos resultados desse ativo em um dado
período ou nas expectativas de resultado desse ativo no período seguinte.
O retorno será dado pela probabilidade desse ativo continuar a ‘prover’ esse comportamento
no futuro.
É calculado pela média aritmética de seus retornos no período  E[r] = média (r)
Entretanto, esse retorno não é ‘certeiro’, o comportamento volátil dos retornos do ativo gera
um risco.
Calculado pelo desvio-padrão dos retornos observados  δ [r] (Volatilidade)
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Principais Conceitos
• Risco de Mercado x Retorno
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Principais Conceitos – Título Renda Fixa – Prefixado
•
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LTN
Valor de Face: R$1.000
Vencimento: 4 anos (1.008 dias úteis)
𝟏.Juros
𝟎𝟎𝟎
Taxa
de
Juros
sobe
para
Taxa
Taxa
de
Juros
é 10%
cai
para
a.a.
8%12%
a.a. a.a.
𝑷𝑼
=de
𝟏, 𝟏𝟎 𝟒
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝑭𝒂𝒄𝒆 ∆ = 20,4%
𝟏. 𝟎𝟎𝟎
𝑷𝑼== 𝟏. 𝟎𝟎𝟎
𝑷𝑼
𝒅𝒊𝒂𝒔 ú𝒕𝒆𝒊𝒔
𝟏, 𝟏𝟐 𝟑 𝟏.𝟑𝟎𝟎𝟎
𝑷𝑼 =
𝟐𝟓𝟐
𝑷𝑼𝟏,=𝟏𝟐 𝒕𝒂𝒙𝒂𝟐 𝒅𝒆 𝒎𝒆𝒓𝒄𝒂𝒅𝒐
𝟏 + 𝟏, 𝟎𝟖
∆ = -1,8%
𝟏𝟎𝟎
𝑷𝑼 =
𝟏. 𝟎𝟎𝟎
𝟏𝟎
𝟏+
𝟏𝟎𝟎
𝟏. 𝟎𝟎𝟎
𝑷𝑼 =
𝟏, 𝟏𝟎 𝟒
∆ = 7,5%
𝟏.𝟎𝟎𝟖
𝟐𝟓𝟐
∆ = -3,5%
∆= -5,3%
∆ = -5,3%
∆= 4,2%
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Principais Conceitos
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• Risco de Mercado
Há uma relação inversa entre os movimentos das taxas de juros e dos preços (PU) dos títulos de
renda fixa, esta relação é amplificada quanto mais longo for o título.
Taxa de
Juros
Valor de
Mercado (PU)
volatilidade
O risco de mercado de um título de renda fixa será tanto maior quanto maior for o prazo para
vencimento do título.
• Marcação a Mercado (Mark to Market) – MaM
OU todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de cotas dos Fundos, pelos
• Consiste em registrar
preços negociados no Mercado.
• Objetivos da MaM:
•Evitar transferência de riqueza entre cotistas (no nosso caso, participantes)
•Melhor a comparabilidade entre performances
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tempo
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MaM – Marcação a Mercado
•
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Marcação a Mercado
∆ = -1,8%
∆ = -3,5%
∆ = -5,3%
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Principais Conceitos
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Taxas de Juros
Taxa Selic
Selic Meta
Taxa divulgado pelo COPOM a cada 45 dias e que determina a taxa básica do Economia.
Ultima Reunião do COPOM : 8,5% a.a. sem viés (29-30/05/2012)
Selic Over
Média das taxas diárias pagas pelos títulos públicos federais, provenientes das operações,
de um dia, entre instituições financeiras, lastreadas por esses títulos.
Dia 29/06: 8,40% a.a.
Taxa DI – CDI
Média diária das taxa de juros praticadas nas operações, de um dia, entre as instituições
financeiras, lastreadas em CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro), título privado
negociado, exclusivamente, entre IFs.
Dia 29/06: 8,38% a.a.
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Principais Conceitos
• Estrutura a Termo da Taxa de juros
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• Basicamente, a estrutura a termo representa a expectativa do
comportamento futuro de uma determinada taxa. Ou seja, é a relação
entre o tempo e a taxa.
• O Banco Central utiliza como instrumento de política monetária a taxa
de juros de curto prazo.
• No entanto, são as taxas de prazo mais longo que interessam para a
determinação dos preços dos ativos.
• Além disso, as taxas de longo prazo são determinadas pela expectativa
futura das taxas de curto prazo ajustadas pelo risco de reter tais
títulos.
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Principais Conceitos
• Estrutura a Termo da Taxa de juros
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Jornal Valor 29-06-2012  Caderno de Finanças (C), Página 2
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Ativos Financeiros – Concorrentes ou Componentes das Carteiras dos Fundos
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• Títulos Públicos
Riscos inerentes ao produto:
Risco de crédito:
do Governo, portanto, muito baixo, também chamado de
“risco soberano”.
Risco de Liquidez: na maior parte dos casos, também, muito baixo.
Risco de Mercado: normal, ou seja, oscilações na taxa de juros podem gerar impactos
negativos sobre os preços dos títulos. Existem títulos bem longos, nesses casos, elevado
• Principais Títulos e suas Características:
Título
Rentabilidade
Atualização do
Valor Nominal
Cupom
Pagamento de
Juros
LTN
Pré, definida pelo deságio do valor
de face
Não há
Não há
Não há
LFT
Pós
Selic
Não há
Vencimento
NTN-B
Pós
IPCA
6% a.a.
Semestral
NTN-C
Pós
IGP-M
6% a.a.
Semestral
NTN-F
Pré
Não há
10% a.a.
Semestral
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Comportamento Recente dos Preços das NTN-Bs – Vencimento: 15 - maio - 2045
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Exposição da BVP e Comportamento Recente dos Preços das NTN-Bs
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Ranking Parcial de junho (até o dia 28) – Renda Fixa
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Taxa de Adm
até 0,95% a.a.
Taxa de Adm
de 1 a 1,3%
a.a.
Taxa de Adm
de 1,5 a 2,0%
a.a.
Taxa de Adm
de 2,2 a 3,5%
a.a.
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Planos de Previdência Complementar Aberta
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• Classificação ANBIMA dos Fundos – Categoria: Previdência
Tipo ANBIMA
Previdência Renda Fixa
Riscos
Juros Mercado Doméstico + Crédito +
Índice de Preço Doméstico
Previdência Balanceado - até 15%
Previdência Balanceado - de 15 a 30%
Previdência Balanceado acima de 30%
Riscos Diversos
Previdência Multimercado
Previdência Data-Alvo
Previdência Ações
Renda Variável
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Concluindo ...
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– O mercado todo está em processo de acomodação com a novo contexto de taxa juros
baixa – a menor da nossa história;
– Precisamos, hoje, nos dar conta de aspectos que sempre existiram, mas que não
eram importantes quando as taxas de juros eram extremamente elevadas, mesmo
sem riscos significativos;
– Neste contexto, a gestão de recursos precisa ser mais ativa, na busca de
oportunidades para maximizar a relação retorno-risco;
– A volatilidade das taxa de juros já foi maior, mas as incertezas que a provocaram
ainda estão presentes, o que exige posições cautelosas;
– A MaM existe para garantir a isonomia de tratamento a todos os participantes dos
nossos Planos, além de ser uma exigência legal;
– A taxa de juros de curto prazo não é a relevante para a MaM, mas sim a Estrutura a
Termo da Taxa de Juros;
– O mês de junho, com a elevação da taxa de juros no mercado futuro, prejudicou o
desempenho dos Fundos “ativos”, mas foram estes que entregaram os melhores
resultados no acumulado.
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Concluindo ...
INTERNA
– Nossos clientes estavam acostumados com altos retornos mesmo com baixo risco.
Isso não existe mais, portanto, avaliar um produto apenas pelo retorno, sem
considerar os riscos associados e apenas num determinado mês não é razoável;
– “Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura”. Essa máxima nunca
foi mais verdadeira do que hoje;
– Acompanhe a evolução dos juros, não só o de curto prazo. Fontes:
• Selic Meta e Selic Over: site do BC - www.bc.gov.br
• Taxa DI – CDI: site da CETIP - www.cetip.com.br
• Taxa de Juros – Mercado Futuro:
– Jornal Valor, Caderno “Finanças - C”, página 02;
– InfoMoney: www.infomoney.com.br , Guia Mercado, Renda Fixa
– Consulte o “Manual de Marcação a Mercado do Bradesco” – disponível no site do
Banco na guia “Investimento”
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23
Obrigado!
Departamento de Análise Competitiva
Ricardo Aguida Geraldes, CFP®
INTERNA
“Este documento foi classificado pelo Departamento de Indicadores de Gestão e o acesso está autorizado, exclusivamente,
para os Colaboradores da Organização.”
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