Compreendendo o assédio moral USO INTERNO E-DSA - Eduardo No ambiente de trabalho Dentre as situações de violência no trabalho, o assédio moral pode ser entendido como uma forma extrema de violência psicológica e tem despertado grande preocupação e interesse por parte de pesquisadores, profissionais da área da saúde e do direito, dos sindicatos, dos trabalhadores e de empresas, tendo em vista a forma sutil com que se apresenta e suas graves consequências para os trabalhadores, o ambiente de trabalho e a sociedade. USO INTERNO Nas últimas décadas, casos crônicos de depressão, suicídios , síndrome do pânico e outras doenças ocasionadas pela carga excessiva de tarefas, impossíveis de serem executadas, devido ao comportamento do agressor, de chefias na exigência do cumprimento de metas pré-estabelecidas. Objetivo: O intuito deste texto é o de alertar e orientar sobre o grande vilão do relacionamento no meio do trabalho. USO INTERNO Características COMPORTAMENTO DO AGRESSOR (CHEFES) Atitudes e condutas negativas SENTIMENTOS DO AGREDIDO (SUBORDINADOS) Relações desumanas e sem ética de longa duração Culpa Pensamentos ou atitudes que o levam pedir demissão Isolamento do grupo sem explicações Medo Problemas de saúde, gástricos, digestivos Relação hostil, ridicularização do agredido Raiva Depressão, ansiedade Culpar, responsabilizar publicamente Vergonha Desestabilizar emocionalmente e profissionalmente Humilhação Sentimentos de inferioridade COSEQUÊNCIAS NA VIDA DO AGREDIDO Falta de motivação para o trabalho Interfere diretamente na autoestima e autoconfiança do agredido Utilização de álcool, drogas, alimentações inadequadas Relevância A organização nas condições de trabalho, assim como as relações entre os trabalhadores condicionam em grande parte para a qualidade de vida. O que acontece dentro das empresas é fundamental para a democracia e os direitos humanos. USO INTERNO É sempre positivo que pessoas sensibilizadas individualmente intervenham para ajudar as vítimas e para alertar sobre os danos à saúde dessa vítima. Importante entender como o agressor e o agredido geralmente lidam com a sua vida cotidiana. O agressor é considerado a pessoa com condutas agressivas, e o agredido considerado o passivo ou não assertivo. Por tanto, observando nossas condutas do dia-a-dia é de extrema atenção para evitarmos o assédio moral, buscando desenvolver atitudes mais assertivas. Identifique-se: ASSERTIVO NÃO ASSERTIVO Emocionante honesto na expressão de sentimentos negativos Emocionante inibido na expressão de sentimentos negativos AGRESSIVO Emocionante honesto na expressão de sentimentos negativos Expressa sentimentos negativos sem humilhar o outro Quando expressa sentimentos negativos, a forma é inapropriada Atinge os objetivos, na maioria das vezes prejudicando a relação Procura atingir os objetivos, preservando a relação USO INTERNO Defende os próprios direitos, respeitando os direitos alheios Produz uma imagem positiva de si mesmo Usa geralmente expressões afirmativas (eu quero, vamos resolver) Muito raramente atinge os objetivos e usualmente os sacrifica para manter a relação Não defende os próprios direitos, mas respeita os direitos alheios Produz uma imagem negativa de si mesmo Usa geralmente expressões dúbias (talvez, acho que, quem sabe), raramente inclui o pronome Eu Atinge os objetivos, na maioria das vezes prejudica a relação Defende os próprios direitos, geralmente desrespeita os direitos alheios Produz uma imagem negativa de si mesmo Usa geralmente expressões imperativas (faça assim, você não deve, eu quero, eu prefiro assim), Incluindo o pronome Eu Situações Na empresa: - não cumprimentar e impedir os colegas de almoçarem, - não conversarem com a vitima, mesmo que a conversa esteja relacionada à tarefa; - ignorar a presença do trabalhador; - divulgar boatos sobre sua moral; - desmoralizar publicamente; - rir à distância ou em pequenos grupos; - exigir que faça horários fora de jornada; - mandar executar tarefas acima ou abaixo do conhecimento do trabalhador. USO INTERNO No cotidiano do trabalho: - receber advertência em consequência de atestado médico ou porque reclamou direitos; - desvio de função para qual o agredido sinta-se ridicularizado; - discriminação de salários segundo sexo; - impedir de usar telefone em caso de urgência; - controlar idas a médicos; - comentar sobre o falado em outro espaço; - colocar o agredido em local sem nenhuma tarefa e não dar tarefa; - ter outra pessoa no posto de trabalho ou função. O que fazer? Resistir: anotar com detalhes todas as humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, amigos que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar necessário). USO INTERNO Dar visibilidade, procurando a ajuda dos amigos, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor. Organizar: o apoio é fundamental dentro e fora da empresa. Evitar conversar com o agressor, sem testemunhas. Ir sempre com um amigo de trabalho, buscar apoio junto aos familiares, pois o apoio é fundamental para a recuperação da autoestima, dignidade, identidade e cidadania. APRENDA A SE RELACIONAR E A SE POSICIONAR!!! Perfil dos agressores Profeta: Sua missão é "enxugar" o mais rápido possível a "máquina", demitindo indiscriminadamente os trabalhadores/as. Refere-se às demissões como a "grande realização da sua vida". Humilha com cautela, reservadamente. As testemunhas, quando existem, são seus superiores, mostrando sua habilidade em "esmagar" elegantemente. USO INTERNO Mala-babão: É aquele chefe que bajula o patrão e não larga os subordinados. Persegue e controla cada um com "mão de ferro". É uma espécie de capataz moderno. Tigrão: Esconde sua incapacidade com atitudes grosseiras e necessita de público que assista seu ato para sentir-se respeitado e temido por todos. Pitt-bull: é o chefe agressivo, violento e perverso em palavras e atos. Demite friamente e humilha por prazer. Troglodita: É o chefe brusco, grotesco. Implanta as normas sem pensar e todos devem obedecer sem reclamar. Sempre está com a razão. Seu tipo é: "eu mando e você obedece". Perfil dos agressores USO INTERNO Grande irmão: Aproxima-se dos trabalhadores/as e mostra-se sensível aos problemas particulares de cada um, independente se intra ou extra-muros. Na primeira "oportunidade", utiliza estes mesmos problemas contra o trabalhador, para rebaixá-lo, afastá-lo do grupo, demiti-lo ou exigir produtividade. Tasea: "Ta se achando". Confuso e inseguro. Esconde seu desconhecimento com ordens contraditórias: começa projetos novos, para no dia seguinte modificá-los. Exige relatórios diários que não serão utilizados. Não sabe o que fazer com as demandas dos seus superiores. Se algum projeto é elogiado pelos superiores, colhe os louros. Em caso contrário, responsabiliza a "incompetência" dos seus subordinados. Garganta: É o chefe que não conhece bem o seu trabalho, mas vive contando vantagens e não admite que seu subordinado saiba mais do que ele. Submete-o a situações vexatórias, como por exemplo: colocá-lo para realizar tarefas acima do seu conhecimento ou inferior à sua função. USO INTERNO Assédio Moral é Crime! O assédio moral caracteriza-se pela exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas, podem haver mais de um chefes dirigidos a um ou mais subordinados, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-a a desistir do emprego. Referencias bibliográficas Caballo, V.E. (1993). Manual de evolución y entrenamiento em habilidades sociales. Madri: siglo Veintiuno Del Prette, A & Del Prette A.A.P. (1999) Psicologia das habilidades sociais: terapia e educação. Petrópolis/RJ: Vozes USO INTERNO O que é Assédio 09/05/2011, 22h05) Moral? www.assediomoral.org Projeto de Lei Assédio www.assediomoral.org/legisla/SP-Mentor.htm (acesso em: 09/05/2011, 22h35) Moral Vanderlei Zampaulo Mtb 20.124 Assédio Moral 2002. (acesso em: Brasil: