• Ementa: • Noções de Cálculos Atuariais: Introdução à ciência atuarial; Profissão de atuário. • Previdência Social e Previdência Complementar: Histórico; Modalidades de planos de benefícios de aposentadoria; Diretrizes normativas; Política de investimentos. Dinâmica dos fundos de pensão. 1 • Contabilidade dos fundos de pensão: Sistema de planificação das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC); Segregação contábil; Estrutura das contas; Modelos de demonstrações contábeis; Balanço patrimonial; Demonstração de resultado de exercício; Outras demonstrações contábeis; Planificação contábil padrão; Notas explicativas; Parecer do atuário; Auditoria independente; Conselho fiscal; Conselho deliberativo. 2 • Contabilização na patrocinadora: USGAAP; International Accounting Standards Board (IASB); Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 3 • Bibliografia Básica: • MARTINS, Gilberto de Andrade; SILVA, Fabiana Lopes da; CHAN, Betty Lílian. Fundamentos da Previdência Complementar: Da atuária à contabilidade. São Paulo: Atlas, 2006. • SOUZA, Silney de. Seguros, Contabilidade, Atuária e Auditoria. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. • IBRACON. Demonstrações Financeiras: Elaboração e Temas Diversos. São Paulo: Atlas, 2000. 4 • Bibliografia Complementar: • SILVA, Affonso. Contabilidade e Análise Econômico-Financeira de Seguradoras. São Paulo: Atlas, 1999. • FIGUEIREDO, Sandra. Contabilidade de Seguros. São Paulo: Atlas, 1997. 5 • Pense em risco como a probabilidade de ocorrência de um determinado evento que gere prejuízo econômico. 6 • RISCO é a possibilidade de uma determinada COISA acontecer e pode ser o agente causador de uma perda econômica, reparável. • Probabilidade é parte do risco, que para ser assim classificado precisa, basicamente, ser causador de uma perda econômica, reparável. 7 Existem ainda outras exigências para o gerenciamento de um risco O risco deve ser: – Possível; – Incerto; – Futuro; – Independente da vontade humana; – Mensurável – Homogêneo e não catastrófico 8 Mas, por que estudar cálculos atuariais no curso de Ciências Contábeis? • Se você for selecionado para trabalhar em uma seguradora? • Como contador de uma empresa (comercial, industrial ou de serviços), poderá ser consultado pela administração sobre esse assunto. • Faz parte das diretrizes curriculares do curso de Ciências Contábeis, aprovadas pelo MEC. 9 ATUÁRIA • É a parte da estatística que investiga problemas relacionados com a teoria e o cálculo de seguros em uma coletividade, conforme o Dicionário Aurélio. • É a área do conhecimento que analisa os riscos e expectativas financeiros e econômicos, principalmente na administração de seguros e pensões. 10 ATUÁRIA • É o uso de conhecimentos e cálculos para a elaboração de seguros, planos de previdência e realização de outras operações financeiras que envolvam risco. • É a ciência da avaliação de riscos e do cálculo dos prêmios e reservas relativas às operações de seguros. 11 ATUÁRIA • Fundamentalmente o cálculo atuarial busca por meio do conhecimento histórico, de distribuições estatísticas e hipóteses, formar um valor presente (atual) de um conjunto de obrigações a pagar ou a receber em uma ou várias datas no futuro. 12 SURGIMENTO • Surgiu na Inglaterra, no final da metade do século XIX, portanto, há mais de 150 anos, e é considerada área de conhecimento multidisciplinar, pressupondo o domínio de conceitos de economia, administração, contabilidade, matemática, finanças e estatística para o entendimento dos modelos atuariais. 13 SURGIMENTO • Estudos realizados dão conta de que ela voltava-se para o cálculo da expectativa de vida, com interesse nas questões de aposentadoria e pensão. • Embora no século XVII, a Inglaterra e a Holanda, empenhavam-se em vender aos seus súditos, títulos públicos que asseguravam ao tomador a percepção de uma renda vitalícia. 14 SURGIMENTO • Assim, foi necessário determinar com a maior precisão a importância em dinheiro que deveria ser cobrada em contraprestação ao serviço, para que não houvesse prejuízo à coroa, trabalho destinado aos melhores matemáticos da época. 15 SURGIMENTO • Com isso, foi-se criando a base para o surgimento da matemática atuaria, principalmente a partir do cálculo da probabilidade de Pascal, de Graunt e Edmond Halley, na Inglaterra, e De Witt, na Holanda, a partir dos registros de nascimentos e óbitos, estudaram o problema levando em conta as leis da probabilidade e a expectativa de vida humana. 16 SURGIMENTO • Os avanços no cálculo de anuidades apresentados por James Dodson nesta época renderam-lhe o título de inventor da ciência atuarial. • O título de primeiro atuário da História é atribuído à Domitius Ulpiames, prefeito de Roma durante o Império Romano, considerado um dos maiores economistas de sua época. Foi ele quem deu os primeiros passos para o desenvolvimento do seguro de vida, pois se interessou pelo assunto e estudou documentos sobre nascimentos e mortes dos romanos. 17 SURGIMENTO • No século XX, a área de seguros expandiu a abrangência do estudo atuarial, e a inserção cada vez mais frequente das empresas de seguro e pensão no mercado financeiro, fez com que a ciência atuarial se especializasse cada vez mais em campos econômicos e financeiros. 18 SURGIMENTO • A partir de então, a atuária se desenvolveu, principalmente à medida que outros matemáticos, economistas e filósofos se interessaram pelo assunto. Cada vez mais houve a construção e especialização das tábuas de vida, como também o desenvolvimento das comutações, ferramenta do cálculo atuarial. Também aconteceu nesse período o 1º Congresso Internacional de Atuária em Bruxelas, no ano de 1895. 19 SURGIMENTO • Assim as empresas seguradoras passaram a oferecer programas de seguro de vida e outras especializações, o que gerou cada vez maior necessidade do desenvolvimento das ciências atuariais. 20 CÁLCULO ATUARIAL • É o estudo técnico baseado em levantamentos de dados da população analisada, no qual o atuário busca medir os recursos necessários para garantir os benefícios oferecidos pelo plano de seguro, avaliar o histórico e a evolução da entidade, de forma a apresentar estratégias que permitam a sua adaptação a novos cenários. 21 CÁLCULO ATUARIAL Os estudos da atuária dividem-se em dois principais ramos: o vida e o não-vida. • VIDA:- trata das questões de longo prazo, das consequências das principais contingencias da vida nascimento, morte, doença, invalidez, desemprego, aposentadoria, pensões, seguros de vida e saúde. • O NÃO VIDA:- está mais relacionado a características de curto prazo, são todos os demais como os seguros de automóveis e responsabilidade civil, fogo, transportes, habitacional, garantia de obrigações contratuais. 22 PLANO DE CUSTEIO • Neste plano, são apresentadas as formas necessárias para custear os benefícios oferecidos no Plano de Seguro, definindo as alíquotas de contribuição importantes ao equilíbrio do sistema (custo normal e suplementar). 23 PLANO DE BENEFÍCIOS • Neste plano, são apresentados todos os benefícios que o seguro pretende oferecer aos segurados, por exemplo as aposentadorias, as pensões, os auxílios. 24 TÁBUAS BIOMÉTRICAS • São tabelas utilizadas para auxiliar no cálculo das previdências e dos prêmios de seguros • São tabelas em que cada linha representa uma idade, variando de 0 anos até 115 anos, normalmente, nas quais, em razão de coleta de informações estatísticas de muitos anos, podese prever determinadas probabilidades de ocorrência de eventos. 25 TÁBUAS BIOMÉTRICAS UTILIZADAS • Tábuas (taxas) de juros, metodologia de cálculo, compensação previdenciária, aportes. • Tábuas (taxa) de mortalidade • Tábuas (taxa) de acidentes • Tábuas (taxa) de afastamento por doença 26 HIPÓTESES ATUARIAIS • Conjunto de valores esperados para as variáveis de influência no plano de benefícios (crescimento real dos salários nas carreiras, dos benefícios, taxa de juros etc.). 27 • • • • • • • • • • • As hipóteses se referem a: – rotatividade (desligamento do plano de benefícios); – reposição dos servidores públicos nas carreiras típicas; – família-padrão; – perfil do futuro segurado; – tempo de serviço anterior ao Regime Próprio de Previdência Social; – dinâmica das ocorrências de entrada em invalidez e morbidez; – dinâmica da mortalidade do grupo de segurados ativos, inativos, pensionistas e dependentes; – dinâmica da mortalidade dos servidores aposentados por invalidez; – taxas de natalidade. 28 A profissão de Atuário • O vocábulo ATUÁRIO vem do latim ACTUARIUS, que correspondia na época do Império Romano ao Secretário do Senado, era responsável de escrever os discursos, era o cronista dos feitos de guerra, copista, secretário, tabelião, agrimensor, entre outras. 29 A profissão de Atuário O atuário deve ter solida formação em calculo de riscos subjacentes aos negócios, possuindo conhecimentos de economia, administração, contabilidade, matemática, finanças, estatística e demografia. Segundo o professor Reinaldo Guerreiro (2006), chefe do departamento de contabilidade e atuaria da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), alguns desses profissionais não são formados hoje em Ciências Atuariais, mas sim em um desses campos. 30 A profissão de Atuário Com a internacionalização em alta do setor, o mercado para esse profissional tende a crescer 30%. Uma área em crescimento é a dos fundos de pensão fechados, existem hoje mais de 350 fundos no pais, e cada um deles precisa ter a frente pelo menos um atuário. 31 A profissão de Atuário • Artigo 1º. Do decreto no. 66.408/70 define Atuário como sendo: “o técnico especializado em matemática superior que atua, de modo geral, no mercado econômico-financeiro, promovendo pesquisas e estabelecendo planos e políticas de investimentos e amortizações e, em seguro privado e social, calculando probabilidades de eventos, avaliando riscos e fixando prêmios, indenizações, benefícios e reservas matemáticas”. (É a Mãe Diná dos Negócios) 32 A profissão de Atuário • O profissional formado nessa graduação analisa e quantifica o risco presente nas operações de seguros, previdência complementar, planos de saúde e títulos de capitalização. • Cabe a ele avaliar as possibilidades de danos e perdas da instituição seguradora ou previdenciária e determinar o valor das prestações do seguro e dos prêmios a ser pagos. 33 A profissão de Atuário • É ele também quem define as reservas que as companhias devem ter para garantir o pagamento dos benefícios ou dos compromissos contratados. 34 A profissão de Atuário • O Decreto-Lei 806 de 04/09/1969 dispõe sobre a profissão de atuário • Artigo 5º, define profissional: as atribuições desse 35 A profissão de Atuário • a) a elaboração dos planos técnicos e a avaliação das reservas matemáticas das empresas privadas de seguros e de capitalização, das instituições de Previdência Social, das Associações ou Caixas Mutuárias de pecúlios ou sorteios e dos órgãos oficiais de seguros e resseguros; • b) a determinação e tarifação dos prêmios de seguros de todos os ramos, e dos prêmios de capitalização, bem como dos prêmios especiais ou extra prêmios relativos a riscos especiais; 36 A profissão de Atuário • c) a análise atuarial dos lucros dos seguros e das formas de sua distribuição entre os segurados e entre portadores de títulos de capitalização; • d) a assinatura, como responsável técnico, dos balanços das empresas de seguros e de capitalização, das carteiras dessas especialidades, mantidas por instituições de previdência social e outros órgãos oficiais de seguros e resseguros e dos balanços técnicos das caixas mutuárias de pecúlios ou sorteios, quando publicados; 37 A profissão de Atuário • e) o desempenho de cargo técnico - atuarial no Serviço Atuarial do Ministério do Trabalho e da Previdência Social e de outros órgãos oficiais semelhantes, encarregados de orientar e fiscalizar atividades atuariais; • f) a peritagem e a emissão de pareceres sobre assuntos envolvendo problemas de competência exclusivamente do atuário. 38 A profissão de Atuário • Embora a criação de cursos de formação de atuários tenha ocorrido na década de 30 e na UFPE na década de 50 somente em 1970 a profissão foi regulamentada, pelo Decreto Lei 66.408/70, e define o atuário como “o técnico especializado em matemática superior que atua, de modo geral, no mercado econômico-financeiro, promovendo pesquisas e estabelecendo planos e políticas de investimentos e amortizações e, em seguro privado e social, calculando probabilidades de eventos, avaliando riscos e fixando prêmios, indenizações, benefícios e reservas matemática”. 39 A profissão de Atuário • O objetivo fundamental do profissional de atuaria é desenvolver ações estratégicas para o diagnostico de problemas e a construção de modelos matemáticos para a avaliação e mensuração desses riscos. Para isso, utiliza conhecimentos de matemática e estatística, estima a incidência de doenças, mortes, acidentes de trânsito ou de trabalho e fenômenos naturais, como enchentes e secas. 40 A profissão de Atuário • O atuário é também um profissional capacitado para trabalhar gerencialmente no âmbito das diferentes atividades das instituições de previdência e de seguros, bem como em outros ambientes empresariais do mercado financeiro e de capitais. 41 A profissão de Atuário • Suas metodologias mais tradicionais são baseadas em teorias econômicas, envolvendo suas análises numa forte manipulação de dados, num contexto empresarial. Portanto, atuária é uma área de conhecimento multidisplinar, onde o domínio de conceitos em economia, administração, contabilidade, matemática, finanças e estatística são fundamentais para o entendimento dos modelos atuariais mais elementares. 42 A profissão de Atuário 43 • A preocupação com as incertezas do futuro vem acompanhando a evolução da humanidade. • “A história da humanidade descreve homens, reunidos em grupos, clãs, tribos, sociedades, para mais adequadamente se protegerem. Em qualquer destes grupos pode ser vista sempre uma forma de amparo”. (Moreira e Lustosa, 1977) 44 O que é a Previdência Social • Um instrumento criado pelo homem para amenizar as adversidades inesperadas e promover tranquilidade num período em que a sua capacidade de trabalho é limitada. 45 O marco inicial foi atribuído a Otto Von Bismarck – 1883 – Alemanha • Sistema de Seguro Social baseado em três pilares SAÚDE ACIDENTE DE TRABALHO INVALIDEZ 46 A Previdência é um seguro social, mediante contribuições previdenciárias, com a finalidade de prover subsistência ao trabalhador, em caso de perda de sua capacidade laborativa, que oferece vários benefícios que juntos garantem tranqüilidade quanto ao presente e em relação ao futuro assegurando um rendimento seguro e também garante a renda ao contribuinte e de sua família, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. 47 Para ter essa proteção, é necessário se inscrever e contribuir todos os meses. A Previdência Social no Brasil possui mais de 100 anos de história. A primeira legislação pertinente ao tema é datada de 1888, quando foi regulamentado o direito à aposentadoria para empregados dos Correios. 48 O fato considerado como ponto de partida da Previdência Social propriamente dita no País, contudo, é a Lei Elói Chaves (Decreto n° 4.682) de 1923. Ela criou a Caixa de Aposentadoria e Pensões para empregados de empresas ferroviárias, estabelecendo assistência médica, aposentadoria e pensões, válidos inclusive para seus familiares. Em três anos, a lei seria estendida para trabalhadores de empresas portuárias e marítimas. 49 Na década de 30, através da promulgação de diversas normas, os benefícios sociais foram sendo implementados para a maioria das categorias de trabalhadores, dos setores público e privado. 50 O diploma legal que definiu as bases do sistema de Previdência Social foi a Lei N.º 1884 de 16 de Março de 1935. Esta lei vigorou até 1962 e efetuava a regulamentação dos princípios gerais definidos pelo Estatuto do Trabalho Nacional. As instituições de previdência foram divididas em quatro categorias: 1.ª categoria – instituições de previdência dos organismos corporativos (Caixas Sindicais de Previdência, Caixas de Previdência da Casa do Povo, Casa dos Pescadores; 2.ª categoria - Caixas de Reforma ou de Previdência; 3.ª categoria - Associações de Socorros Mútuos; 4.ª categoria - Instituições de Previdência dos Funcionários Civis e Militares do Estado e dos Corpos Administrativos. Foram criados, também, seis institutos de previdência, responsáveis pela gestão e execução da seguridade social brasileira. 51 Em 1960, foi criada a Lei Orgânica de Previdência Social, unificando a legislação referente aos institutos de aposentadorias e pensões. A esta altura, a Previdência Social já beneficiava todos os trabalhadores urbanos. Os trabalhadores rurais passariam a ser contemplados em 1963. Em 1974, foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social. Até então, o tema ficava sob o comando do Ministério do Trabalho e Emprego (na época chamado Ministério do Trabalho e Previdência Social). 52 A extensão dos benefícios da previdência a todos os trabalhadores se dá com a Constituição de 1988, que passou a garantir renda mensal vitalícia a idosos e portadores de deficiência, desde que comprovada a baixa renda e que tenham qualidade de segurado. Em 1990, o INPS mudou de nome, passando a ser chamado de INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social. 53 Em dezembro de 1998, o governo mudou as regras da previdência passando a exigir uma idade mínima para a aposentadoria, que, no caso das mulheres, é de 55 anos e do homem, 60 anos. Anteriormente, a aposentadoria valia para quem contribuísse por 25 a 30 anos, no caso das mulheres, e 30 a 35 anos, no caso dos homens, sem limite mínimo de idade. 54 Todos os trabalhadores formais recolhem, diretamente ou por meio de seus empregadores, Contribuições Previdenciárias para o Fundo de Previdência. 55 TABELA VIGENTE Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2014 Salário-de-contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%) até 1.317,07 8,00 de 1.317,07 até 2.195,12 9,00 de 2.195,13 até 4.390,24 11,00 56 Previdência Privada É uma forma de poupança de longo prazo para evitar que a pessoa, na aposentadoria, sofra uma redução muito grande de sua renda. Qualquer pessoa que receba mais do que o teto de benefício da Previdência Social (INSS) R$4.390,24 em 01/01/2014, deve se preocupar em formar uma poupança, seja por meio da previdência privada, seja por meio de recursos administrados por sua própria conta. 57 Previdência Privada O processo de poupança consiste de duas fases: • A primeira é o momento em que o poupador acumula um capital, durante o qual receberá rendimentos. • A segunda é o momento de receber os benefícios, que coincide com a aposentadoria para a maioria das pessoas - mas não necessariamente. 58 Previdência Privada • Na segunda fase, o poupador não faz novas acumulações, embora continue se beneficiando do rendimento sobre o capital acumulado. Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação de proporção com o capital acumulado: quanto maior o capital, maior o benefício. 59 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC Também conhecidas como Fundo de Pensão • São sociedades civis ou fundações criadas com o objetivo de instituir planos privados de concessão de benefícios complementares ou assemelhados aos da previdência social, acessíveis aos empregados ou dirigentes de uma empresa ou de um grupo de empresas, denominadas patrocinadoras, e equiparas às entidades assistenciais, educacionais, portanto, sem fins lucrativos. 60 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • A primeira entidade destinada ao oferecimento de benefícios que hoje seriam considerados típicos da previdência complementar foi a PREVI (CAPRE à época), criada em 1904, por um grupo de 52 empregados do Banco da República do Brasil, sob a forma de associação “cujo fim é exclusivamente garantir o pagamento de uma pensão mensal ao herdeiro do funcionário que dela fizer parte, na forma estabelecida pelos presentes Estatutos”. 61 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • Ainda antes da primeira lei sobre a previdência complementar, surgiram algumas entidades, como a Fundação Petrobrás de Seguridade Social – PETROS (1970) e a Fundação CESP (1974). • Nesse primeiro momento, a previdência complementar era um fenômeno tipicamente associado à grande empresa e, sobretudo, à grande empresa estatal. 62 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • A Lei n. º 6.435, de 15 de julho de 1977, foi aprovada em um contexto de fomento ao mercado de capitais por parte do poder público. • Seu objetivo foi disciplinar os fundos de pensão como entidades captadoras de poupança popular, estimulando seu crescimento, de modo que pudessem canalizar investimentos para aplicações em Bolsa de Valores. 63 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • A normatização veio no mesmo ambiente da reformulação da legislação sobre sociedades anônimas. Lei n.º 6.404/76, que substituiu a Lei das S.A. de 1940. 64 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC O movimento de modernização da legislação que rege a previdência complementar teve início com a Emenda Constitucional n.º 20, de 15.12.1998. Essa emenda deu nova redação ao art. 202 da CF, que tratava de outro tema, dedicando-o, inteiramente, à previdência complementar. 65 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC O movimento de modernização da legislação que rege a previdência complementar teve início com a Emenda Constitucional n.º 20, de 15.12.1998. Essa emenda deu nova redação ao art. 202 da CF, que tratava de outro tema, dedicando-o, inteiramente, à previdência complementar. Fez-se a opção por disciplinar a previdência complementar dentro do título da Ordem Social da CF. 66 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC A nova redação do art. 202 da CF exigiu a elaboração de duas leis complementares. Uma prevista no caput do dispositivo constitucional, que traz normas gerais sobre a previdência complementar, e que veio a ser a Lei Complementar n. º 109, de 29 de maio de 2001; E outra, prevista no § 4º do art. 202, contendo normas específicas para disciplinar “a relação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas e suas respectivas entidades fechadas de previdência complementar”, e que veio a ser a Lei Complementar n.º 108, de 29 de maio de 2001. 67 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • Completando o ciclo de aprimoramento da legislação, a Emenda Constitucional n.º 40, de 29.05.2003, que deu nova redação ao artigo que trata do sistema financeiro nacional (art. 192), suprimiu do dispositivo que integra o Título da Ordem Econômica da CF a referência a “seguros, previdência e capitalização”. • De um ângulo constitucional, portanto, a previdência complementar é, hoje, tema claramente inserido no campo social. 68 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • Num conceito amplo e fugindo das definições técnicas, Previdência Privada é o veículo que você tem a disposição para construir todos os dias o seu futuro bem estar social, econômico e financeiro que não poderá ser suprido pelo setor público. • Afinal, se você não estiver bem financeiramente como poderá desfrutar da vida socialmente? 69 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • Como a maioria das pessoas, você poderá receber após a vida ativa um benefício oficial ou público... A aposentadoria do INSS 70 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • Dependendo de sua renda antes de se aposentar, e quanto maior ela for tanto maior sua necessidade, esse benefício oferecido não será suficiente. • Pois bem, a Previdência Privada, é um dos veículos que poderá permitir a manutenção do seu padrão social e de sua qualidade de vida. 71 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • A maioria das pessoas não tem o hábito de se preparar para a vida no longo prazo. • Mas Previdência Privada enseja exatamente isso: acumular gradativamente recursos por um período de contribuição, ou capitalização, para numa dada idade quando se aposentar, iniciar o período de recebimento ou gozo do benefício. 72 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • Hoje, os produtos de Previdência Privada disponíveis permitem construir reservas para a aposentadoria, além de desfrutar de benefício fiscal e permitir a acumulação de recursos para pagamento de estudo dos filhos, entre outros objetivos. 73 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • Existem no mercado produtos padronizados, cuja escolha deve basear-se em como ele se adequará a sua realidade de vida. • Devem ser considerados ainda sua idade, prazo de contribuição, capacidade de poupar e, claro, seus objetivos de curto, médio e longo prazos. 74 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • A legislação que rege os produtos e a tributação atual nos obriga a encará-los também sob a ótica do Planejamento Financeiro, Tributário e Sucessório. 75 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • Devido à grande variedade e flexibilidade dos produtos e às características comerciais, técnicas e legais de cada um torna-se necessária uma detalhada e conscienciosa análise prévia, quer estejamos falando da contratação de um Plano de Previdência Privada, ou na mudança para um novo Plano. 76 Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC • Para que sua escolha seja a mais acertada, conheça as opções de Previdência Complementar e entenda como ela poderá atender a seus interesses quando precisar... consideramos isso pré-condição para uma VIDA FELIZ. 77 • Os planos previdenciários privados podem ser classificados, segundo o regime adotado na concepção do benefício, em duas grandes modalidades: BD – BENEFICIO DEFINIDO CD – CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA 78 BD – BENEFICIO DEFINIDO Plano em que o participante define previamente o valor do seu benefício e a partir disso, é calculada a sua contribuição e a da patrocinadora. Nesse caso é necessário que o valor das contribuições seja ajustado periodicamente para assegurar o valor fixado para o benefício. 79 CD – CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA Plano em que a patrocinadora e o participante definem previamente o valor da contribuição, em percentagem salarial. Em alguns planos existe um valor mínimo de contribuição. O cálculo do benefício é de acordo com os valores contribuídos e a capitalização desses recursos. 80 “O estudo atuarial dos Fundos de Pensão, quer sociais, quer privados, não pode prescindir de um conhecimento mínimo sobre Demografia porque os grupos de segurados ativos, que aportam receitas, estão sujeitos a gradientes decrementais dos quais um dos mais importantes é o relativo à morte. O mesmo fenômeno, por outro lado incrementa o grupo dos pensionistas o que implica em despesas para o Fundo”. 81 TÁBUAS DE MORTALIDADE • Também chamada de Tábua de Vida ou Tábua Atuarial, é uma tabela utilizada principalmente no cálculo atuarial, em planos de previdência e seguros de vida, tanto no setor público quanto no setor privado, para calcular as probabilidades de vida e morte de uma população, em função da idade. As tábuas de mortalidade caracterizam-se por ser um modelo tabular da análise demográfica, que permite traçar políticas públicas e estudos demográficos. 82 TÁBUAS DE MORTALIDADE • As tábuas são criadas a partir de dados provenientes de Censos Populacionais, entidades oficiais do país a que se referem, levantamentos sobre apólices de seguros de vida, experiência de fundos de pensão, registro civil, livros de batismo e enterro e reflete a população num determinado período de tempo. Ela apresenta a probabilidade de morte e sobrevida de um determinado número de indivíduos em uma certa idades, entre outros dados que variam conforme a tábua. 83 TÁBUAS DE MORTALIDADE • “Dentro do princípio de solidariedade, o recebimento da renda é certo para quem sobrevive. Contudo, a sobrevivência é um fato aleatório. É incerteza. A incerteza faz com que o valor necessário seja reduzido, pois o risco está distribuído no grupo”.(Anzolin in Reis, 2002) 84 TÁBUAS DE MORTALIDADE • Em cumprimento ao disposto no Art. 2o do Decreto no 3.266, de 29 de novembro de 1999, o IBGE divulga, anualmente, até o dia primeiro de dezembro de cada ano, a Tábua Completa de Mortalidade para o total da população brasileira, referente ao ano anterior. • Essas informações subsidiam o cálculo do fator previdenciário, por parte do Ministério da Previdência Social, para fins das aposentadorias das pessoas regidas pelo Regime Geral da Previdência Social. 85 Símbolo Descrição l Originário da palavra “living” representa o número de sobreviventes em uma certa idade. d Originário da palavra “death”, representa o número de pessoas que falecem em uma determinada idade. p Originário da palavra “probability”, representa a probabilidade matemática de sobrevivência. q Mede a taxa de mortalidade ou a probabilidade matemática de falecimento. Ou seja, representa a probabilidade complementar de p. e Originário da expressão “expectation of life”, representa a esperança de vida. Ou seja, retrata a média de vida que resta para uma pessoa em determinada idade. Usualmente, representa a idade que não poderá ser atingida por nenhum componente do grupo. Ω • Exemplos de tábuas atuariais Benefício Evento Correspondente Tábua Aposentadoria Programada Sobrevivência de aposentado válido Aposentadoria por Invalidez Entrada de ativo em invalidez Sobrevivência de aposentado inválido Álvaro Vindas IAPC Mortalidade de servidor ativo Sobrevivência de pensionista válido Sobrevivência de pensionista inválido CSO-58 AT-49 IAPC Pensão de aposentado programado Mortalidade de aposentado válido Sobrevivência de pensionista válido Sobrevivência de pensionista inválido CSO-58 AT-49 IAPC Pensão de aposentado inválido Mortalidade de aposentado inválido Sobrevivência de pensionista válido Sobrevivência de pensionista inválido IAPC AT-49 IAPC Pensão de ativo AT-49 EXPECTATIVA DE VIDA (em anos) TÁBUA BIOMÉTRICA ao nascer aos 20 anos aos 30 anos aos 40 anos aos 50 anos aos 60 anos aos 70 anos CSO-58 69,3 51,4 42,3 33,2 24,6 17,1 11,1 CSO-80 71,8 53,4 44,2 35,1 26,4 18,5 12,0 AT-49 74,2 55,2 45,6 36,2 27,2 19,5 12,9 UP-84 75,3 55,7 46,3 36,8 27,9 19,9 13,2 GAM-71 75,4 56,3 46,6 37,0 27,9 19,8 12,9 UP-94 79,2 59,6 50,0 40,4 31,0 22,2 14,8 AT-83 79,7 60,5 50,8 41,3 32,1 23,6 16,0 AT-2000 81,1 61,8 52,2 42,6 33,3 24,6 16,8 SEGUROS • O seguro é baseado no conceito de COMPARTILHAMENTO, ou divisão de riscos. • Exemplo clássico – Os camelos dos comerciantes da Babilônia no século XIII a.C. Quem perdesse o camelo, por morte ou desaparecimento, na travessia do deserto em direção aos mercados vizinhos recebia outros pagos pelos demais criadores. 90 SEGUROS • 1800 a.C. Babilônia – Código de Hamurabi Previa que os navegadores deveriam associarse para ressarcir aquele que perdesse seu navio em alguma tempestade. 91 SEGUROS • Os Hebreus e os Fenícios praticavam o MUTUALISMO É a formação de um grupo de pessoas com interesses em comum constituindo uma reserva econômica para dividir o risco de um acontecimento não previsto. 92 SEGUROS A coletividade assumia a responsabilidade pela reparação na ocorrência de sinistros Os fenícios para repor as embarcações nas travessias do Mar Mediterrâneo e do Mar Egeu. Os hebreus para repor os acidentes com os rebanhos dos pastores. 93 SEGUROS • Na Idade Média o Papa Gregório IX proibiu o mutualismo por considerar uma heresia, um sacrilégio alguém tentar amenizar a vontade divina. • Somente Deus poderia amenizar os infortúnios e as desgraças do homem. 94 SEGUROS SEGUROS NAUTICOS • Os navegadores passaram a pegar dinheiro emprestado nos bancos, que seria devolvido acrescido de elevados juros se a embarcação voltasse sem sofrer danos ou perdas. 95 SEGUROS • Assim o SEGURO MARITIMO pode ser considerado como um dos mais antigos e a base para todas as demais formas de seguros. • O primeiro contrato de seguro marítimo com emissão de apólice foi redigido em Genova – Itália em 1347. • Os sistemas jurídicos da época consideravam o seguro como um “jogo” por isso sua regulamentação foi muito dificultada. 96 SEGUROS • 1967 – Londres – um incêndio destrói 13 mil casas, igreja e a Catedral de Saint Paul e quase destrói a cidade. • 1684 – Londres - foi criado o seguro contra incêndio • 1690 – foi criada a LLOYD`S – a maior e mais tradicional empresa de seguros do mundo 97 SEGUROS • O seguro marítimo foi uma das primeiras formas de seguro. • O TITANIC tinha seguro? • Vocês já ouviram falar de algum artista que tenha feito seguro se si mesmo ou alguma parte do seu corpo? 98 SEGUROS • Lloyd´s fez seguro do TITANIC e da voz de Bruce Springsteen • Brasil – 24/02/1808 – fundada a Cia de Seguros Boa Fé – Bahia – por ser um grande centro de navegação marítima da época. 99 SEGUROS Mercado atual de seguros – dados 2012/2013 • • • • • 116 a 130 companhia de seguros 26 a 35 empresas de previdência privada aberta 10 a 17 empresas de capitalização 32 mil corretores – pessoas físicas 12 mil corretores – pessoas jurídicas 100 SEGUROS É uma operação que toma forma jurídica de um contrato, em que uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado ou beneficiário) mediante o recebimento de uma importância previamente estipulada, a compensá-la por um prejuízo. 101 SEGUROS • Segurador – pessoa jurídica legalmente constituída para assumir e gerir os riscos especificados no contrato de seguro. • Segurado – pessoa física ou jurídica em nome de que se faz o seguro – pessoa que transfere para a seguradora o risco de um evento através do pagamento do prêmio. • Beneficiário – pessoa que se beneficia do seguro, aquele que recebe a indenização 102 SEGUROS • Prêmio – preço ou custo do seguro especificado no contrato. • Indenização – valor pago pela seguradora ao segurado pelos prejuízos decorrentes de um sinistro, • Sinistro – evento causador de prejuízo • Risco – possibilidade de um evento ocorrer. 103