Disciplina: FCA II Aula 8: Teoria Comportamental Prof. Me. Tonny Kerley de Alencar Rodrigues PRINCIPAIS AUTORES Herbert Alexander Simon; Chester Barnard. Douglas McGregor; Rensis Likert. Chris Argyris Abraham Maslow (motivação humana) Frederick Herzberg (motivação humana) David McClelland (motivação humana) ORIGENS Oposição ferrenha e definitiva da Teoria das Relações Humanas (com sua profunda ênfase nas pessoas) em relação à Teoria Clássica (com sua profunda ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional. A Teoria Comportamental representa um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, rejeitando sua concepção ingênua e romântica. ORIGENS A Teoria Comportamental critica a Teoria Clássica em relação à posição rígida e mecanicista dos autores clássicos. Em 1947 com o livro “O Comportamento Administrativo” de Herbert A Simon. Fundamenta-se no comportamento individual das pessoas. Hierarquia das Necessidades de Maslow Maslow apresentou uma teoria da motivação segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis hierárquicos. Essa hierarquia de necessidades visualizada como uma pirâmide. pode ser Necessidades Primárias: Fisiológicas e de Segurança Necessidades Secundárias: Estima; de Auto-Realização. Sociais; de Hierarquia das Necessidades de Maslow Fisiológicas: constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, mas de vital importância. Ex: alimentação (fome e sede); sono e repouso (cansaço); abrigo (frio e calor); sexuais. De Segurança: constituem o segundo nível das necessidades humanas. São as necessidades de segurança ou de estabilidade, a busca de proteção contra a ameaça ou privação. Hierarquia das Necessidades de Maslow Necessidades Sociais: surgem no comportamento, quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) encontram-se relativamente satisfeitas. Ex: necessidades de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto, de amor. Hierarquia das Necessidades de Maslow Necessidades de Estima: são as necessidades relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a autoapreciação; a autoconfiança; a necessidade de aprovação social e de respeito; de status; de prestígio. Hierarquia das Necessidades de Maslow Necessidades de auto-realização: são as necessidades humanas mais elevadas e que estão no topo da hierarquia. Ex: realização do próprio potencial e do autodesenvolvimento contínuo. Se expressa através do impulso que a pessoa tem para tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser. Hierarquia das Necessidades de Maslow Teoria dos Dois Fatores de Herzberg Para Herzberg, existem dois fatores que orientam o comportamento das pessoas. Teoria dos Dois Fatores de Herzberg Fatores Higiênicos ou Insatisfacientes ou Extrínsecos: pois localizam-se no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem as condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Ex: salário, benefícios sociais, tipo de chefia ou supervisão, ambiente de trabalho etc. Fatores Motivacionais ou Satisfacientes ou Intrínsecos: estão relacionados com o conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que a pessoa executa. Estão sob o controle do indivíduo. Ex: sentimento de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realização. Teoria dos Dois Fatores de Herzberg OBS: Quando os fatores higiênicos são precários, eles provocam a insatisfação dos funcionários. OBS: Quando os fatores motivacionais são ótimos, eles provocam a satisfação das pessoas. OBS: Os fatores higiênicos e motivacionais são independentes e não se vinculam entre si. Estilos de Administração A Teoria Comportamental oferece uma variedade de estilos de administração à disposição do administrador. As organizações são projetadas e administradas de acordo com certas teorias administrativas. Teoria X e Teoria Y McGregor compara dois estilos opostos e antagônicos de administrar: um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (Teoria X) e de outro lado um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (Teoria Y). Teoria X O homem é indolente e preguiçoso por natureza: ele evita o trabalho ou trabalho o mínimo possível. O homem não tem ambição: não gosta de assumir responsabilidades e prefere ser dirigido e sentir-se seguro nessa dependência. O homem é basicamente egocêntrico e seus objetivos pessoais opõem-se, em geral, aos objetivos da organização. Sua própria natureza leva-o a resistir às mudanças. Sua dependência torna-o incapaz de autocontrole autodisciplina: precisa ser dirigido e controlado. e Teoria Y As pessoas não tem desprazer em trabalhar: dependendo de certas condições, o trabalho pode e deve ser fonte de satisfação. O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar. As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios. As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas. As pessoas são criativas e competentes. A Teoria das três necessidades, de David McClelland Necessidade de Poder - Desejo de influenciar ou controlar outros, ser responsável por outros e ter autoridade sobre outros; Necessidade de dominar, influenciar ou controlar pessoas. (procuram por posições de liderança); uma elevada tendência para o poder está associada a atividades competitivas bem como ao interesse de obter e manter posições de prestígio e reputação. A Teoria das três necessidades, de David McClelland Necessidades de Realização: Desejo de alcançar algo difícil exige um padrão de sucesso, domínio de tarefas complexas e superação de outras (gostam de assumir responsabilidades; gostam de correr riscos calculados; querem retorno concreto sobre seu desempenho; não são motivados por dinheiro em si). Os indivíduos com este tipo de necessidade pretendem, mais que obter sucesso individual, é essencial obterem feedback positivo no grupo. A Teoria das três necessidades, de David McClelland Necessidades de Afiliação: Desejo de estabelecer relacionamentos pessoais próximos, de evitar conflito e estabelecer fortes amizades; é uma necessidade social, de companheirismo e apoio, para desenvolvimento de relacionamentos significativos com pessoas (motivados por cargos que exigem interação frequente com colegas), tem dificuldade em avaliar os subordinados de forma objetiva, as pessoas são mais importantes que a produção de outputs. Teoria ERG de Alderfer Existência – necessidades básicas Relacionamento – necessidade sociais Crescimento – necessidades de auto-realização Teoria da Equidade de Stacy Adams Equidade, neste caso, é a relação entre a contribuição que o indivíduo dá em seu trabalho e as recompensas que recebe, comparada com as recompensas que os outros recebem em troca dos esforços empregados. É uma relação de comparação social. Modelo Contingencial de Vroom No modelo contingencial de Vroom a motivação é função de três fatores determinantes: as expectativas, as recompensas e a relação entre as expectativas e as recompensas. Segundo Vroom, a motivação da pessoa para escolher uma das alternativas dependeria de 3 fatores: - do valor que ele atribui ao resultado advindo de cada alternativa (que ele chama de "valência"), - da percepção de que a obtenção de cada resultado está ligada a uma compensação (que ele chama de "instrumentalidade") e - da expectativa que ele tem de poder obter cada resultado (que ele chama de "expectativa"). Sistemas Administrativos segundo Likert Autoritário-Coercitivo: sistema administrativo autoritário e forte, coercitivo e arbitrário que controla tudo da empresa. Totalmente centralizado na cúpula da organização; comunicação precária e vertical. Autoritário-Benevolente: é um sistema autoritário mais condescendente e menos rígido. Centralizado na cúpula, permitindo alguma delegação; comunicação precária e vertical mas menos “agressiva”. Sistemas Administrativos segundo Likert Consultivo: sistema que pende mais para o lado participativo do que para o lado autocrático e impositivo. Consulta aos níveis inferiores, permitindo participação e delegação. Comunicação facilitada, onde a cúpula procura melhorar o processo, tornando-o vertical e horizontal. Participativo: é o sistema administrativo democrático por excelência. O poder é totalmente descentralizado. A cúpula define políticas e controla os resultados. Sistemas de comunicação eficiente, com trabalhos em grupos e formação de equipes. Processo Decisorial O processo decisorial é complexo e depende das características pessoais do tomador de decisões. Decisão é o processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que a pessoa deverá seguir. Etapas Processo Decisorial Percepção da situação que envolve algum problema. Análise e definição do problema. Definição do objetivos. Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação. Escolha (seleção) da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos. Avaliação e comparação das alternativas. Implementação das alternativas escolhidas. Homem Administrativo A Teoria Comportamental enfatiza o homem administrativo. O homem administrativo procura a “maneira satisfatória” e não a melhor maneira de fazer um trabalho. Não procura o máximo lucro, mas o lucro satisfatório; não tem o preço ótimo, mas o preço razoável. Apreciação Crítica da Teoria Comportamental Ênfase nas Pessoas: ao transferir o foco dos aspectos estruturais e estáticos da organização para os aspectos comportamentais e dinâmicos, a Teoria Comportamental realinha e redefine os conceitos de tarefa e de estrutura sob uma roupagem democrática e humana. Abordagem mais Descritiva e menos Prescritiva: a análise descritiva (que mostra o que é) e a análise prescritiva (que mostra o que deve ser) são aspectos importantes no estudo do comportamento organizacional. Análise Teórico x Empírica: o estudo do comportamento organizacional volta-se tanto para os aspectos empíricos (pesquisas, experiências, investigações etc.) como para os aspectos teóricos (especificação de proposições ou conceitos a respeito das variáveis envolvidas) Apreciação Crítica da Teoria Comportamental Organização Formal x Informal: envolvimento das organizações formais e informais, especificando suas importâncias e contribuições. Análise Cognitiva x Afetiva: cognitivo (baseado na racionalidade e na lógica) e afetivo (sentimento das pessoas e uso da mente e da inteligência) Relatividade das Teorias de Motivação: elas são relativas e não absolutas. Pesquisas recentes apontam resultados que põem dúvidas à sua validade. Apreciação Crítica da Teoria Comportamental Análise Organizacional a Partir do Comportamento: preocupação do indivíduo como indivíduo. Visão Tendenciosa: a escola comportamentalista também incorreu no equívoco de padronizar as suas proposições, não levando em consideração as diferenças individuais de personalidade das pessoas. Tanto os aspectos subjetivos como as diferentes interpretações da realidade pelas pessoas foram desprezados.