PSICONEUROSE O que é Neurose na Psicologia Na psicologia moderna neurose é o sinônimo de psiconeurose ou distúrbio neurótico e se refere a qualquer desordem mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa. Freud entendia a neurose como o resultado de um conflito entre o Ego e o Id, ou seja, entre aquilo que o indivíduo é (ou foi) de fato, com aquilo que ele desejaria prazerosamente ser (ou ter sido), ao passo que a psicose seria o desfecho análogo de um distúrbio entre o Ego e o Mundo. NEUROSES Freud- inicio de sua obra Neuroses atuaissomatização Neuroses tranferênciaisneuroses de defesas ( histeria, fobia, obsessiva) Neuroses narcisistasconstituem os atuais quadros psicóticos De forma genérica podemos discriminar 5 tipos de estrutura neuróticas: Neurose atual Neurose de angustia Histeria Obsessivo Compulsivo Fobia Depressão NEUROSE ATUAL Não é produzida por conflitos históricos, mas por motivos atuais, de modo que não depende estritamente de fatores psicológicos. No caso das neuroses atuais a intensidade da energia sexual não é suficiente para romper o limiar psíquico e investir as representações mentais. A energia sexual somática é, nesses casos, defletida para vias inadequadas, geralmente corporais, produzindo uma gama de sintomas, tais como palpitações, fadiga, sudorese e somatizações diversas. NEUROSE DE ANGÚSTIA Há uma tensão íntima, de caráter geral, manifestada sob a forma de uma angústia constante e oscilante, ou de uma produtividade de angústia. A neurose de angustia consiste em um transtorno clinico que se manifesta por meio de uma angustia livre, quer sobre forma permanente ou por momentos de crise ou seja por equivalentes somáticos como uma opressão pré cordial, taquicardia, dispnéia suspirosa, sensação de ¨bola no peito¨ ou como por uma indefinida e angustiante sensação de medo de que possa vir a morrer, enlouquecer, ou da iminência de alguma tragédia. NEUROSE DE ANGÚSTIA ANGUSTIA (estreitamento apertamento) ANSIEDADE ( desejo desmedido). • O quadro clínico da neurose de angústia compreende vários sintomas, por exemplo: IRRITABILIDADE GERAL: há um aumento na irritabilidade causando grande excitação, podendo tornar-se incontrolável. Uma manifestação da irritabilidade é a “hiperestesia auditiva”, revelada frequentemente como causa de angústia. NEUROSE DE ANGÚSTIA • EXPECTATIVA ANSIOSA: esta se dá na ansiedade normal de forma imperceptível, tendo o doente uma visão pessimista, reconhecendo esta como uma espécie de compulsão. Uma das formas da manifestação da expectativa ansiosa é a hipocondria, que requer como pré-condição o aparecimento de parestesias ( sensações cutâneas de frio, calor, formigamento) e sensações corporais aflitivas, a distribuição da libido para o hipocondríaco tem o mesmo efeito da doença orgânica. Este perde o interesse e a libido relacionados aos objetos do mundo externo e fixa ambos no órgão que lhe traz desconforto. NEUROSES TRANSFERÊNCIAIS • As neuroses transferências se originam de recuar-se do ego e aceitar um poderoso impulso instintual do ID ou ajudá-lo a encontrar um escoador ou motor, ou de o ego proibir aquele impulso o objeto a que visa. Em tal caso, o EGO se defende contra o impulso instintual mediante o mecanismo de REPRESSÃO. NEUROSES TRANSFERÊNCIAIS • O material reprimido luta contra esse destino. Cria para si próprio, ao longo de caminhos sobre os quais o EGO não tem poder, uma REPRESENTAÇÃO SUBSTITUTIVA que se impõe ao ego mediante uma conciliação – O SINTOMA. • O EGO descobre a sua unidade ameaçada e prejudicada por esse intruso continua a lutar contra o sintoma, tal como desviou o impulso instintual original, produzindo o quadro de neurose . • Todas as defesas tem em comum a proteção do ego contra as demandas instintivas do ID ( S. Freud- 1926/1959). Alguns dos principais mecanismos de defesa neuróticos: Repressão, Deslocamento, Formação Reativa, Isolamento do Afeto, Anulação, Somatização e Conversão. NEUROSES TRANSFERÊNCIAIS • O material reprimido luta contra esse destino. Cria para si próprio, ao longo de caminhos sobre os quais o EGO não tem poder, uma REPRESENTAÇÃO SUBSTITUTIVA que se impõe ao ego mediante uma conciliação – O SINTOMA. • O EGO descobre a sua unidade ameaçada e prejudicada por esse intruso continua a lutar contra o sintoma, tal como desviou o impulso instintual original, produzindo o quadro de NEUROSE . SÍNDROMES HISTÉRICAS • O diagnóstico para a pessoa histérica era conhecido como neurose histérica ou histeria de conversão. Hoje o diagnóstico é nomeado como Transtorno Dissociativo ou Conversivo. • No atual Manual de Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10, a histeria é citada na categoria dos transtornos neuróticos, relacionados ao estresse e somatoformes, mais especificamente na subcategoria transtornos dissociativos (ou conversivos). Esse transtorno é caracterizado por uma perda parcial ou completa da integração normal entre as memórias do passado, consciência de identidade e sensações imediata, e controle dos movimentos corporais. SINDROMES HISTÉRICAS "Nos transtornos dissociativos presume-se que a capacidade de exercer um controle consciente e seletivo está comprometida em um grau que pode variar de dia para dia ou mesmo hora para hora". (CID-10, 1993, p. 149) Caracterizam-se por apresentarem manifestações clinicas tanto no corpo como na mente. No corpo predominam as alterações das funções sensoriais e motoras. Na mente funções relacionadas à consciência vigil, à memória e as percepções. É importante lembrar que antes de Freud os sintomas conversivos e dissociativos eram considerados mera simulação. Neurose Obsessiva Compulsiva Modernamente a neurose obsessiva compulsiva é denominada pela psiquiatria pelo Termo Técnico: Transtorno Obsessivo (pensamentos) Compulsivo ( ato motor) - (TOC). O neurótico tem consciência da absurdidade de alguns de seus pensamentos, por isso uma dolorosa dissociação se estabelece no ego, e a pessoa afetada fica atormentada pelas repetições ideativas, gerando uma ansiedade atormentadora. Objetivando aliviar a ansiedade causada pelas obsessões, o neurótico recorre a ações ritualizadas, essas por sua vez são chamadas de Compulsões. Os atos compulsivos mais comuns podem ser reduzidos a cinco categorias primárias: rituais envolvendo a verificação; rituais envolvendo a limpeza; pensamentos obsessivos sem compulsões; lentidão obsessiva e rituais mistos. Para a Psicanálise, a neurose obsessiva compulsiva tem como origem um conflito psíquico infantil e uma fixação da libido no estágio anal de maturação. FOBIAS Sob o ponto de vista clínico, no âmbito da psicopatologia, as fobias fazem parte do espectro das doenças de ansiedade com a característica especial de só se manifestarem em situações particulares. uma complexa e diversificada combinação de pulsões, fantasias, angustias, defesas do ego e identificações patógenas pode determinar uma estruturação de natureza fóbica. FOBIA • Em relação ao estatuto da fobia dentro das organizações psicopatológicas, Freud considera que a fobia não é uma organização libidinal independente mas um sintoma. Escreve ele: "No sistema classificatório das neuroses não foi, até agora, atribuída uma posição definida para as 'fobias'. Parece certo que elas só devam ser encaradas como síndromes, que podem formar parte de várias neuroses e que não precisamos classificá-las como um processo patológico independente."(Freud, 1909/1996b, p.106). Portanto, a fobia seria um sintoma presente em uma organização neurótica (neurose de angústia), por meio do qual a angústia livre é deslocada para um objeto fóbico. Tipos de fobias • Agorafobia - Medo de estar em lugares públicos concorridos, onde o indivíduo não possa retirarse de uma forma fácil ou despercebida. • Fobia Social - Medo perante situações em que a pessoa possa estar exposta a observação dos outros, ser vítima de comentários ou passar perante uma situação de humilhação em público. • Fobia Simples - Medo circunscrito diante objetos ou situações concretas.