Oncologia Papel do patologista - Emilio Augusto C.P. Assis Neoplasia é uma massa anormal de tecido cujo crescimento excede e não está coordenado ao crescimento dos tecidos normais e que persiste mesmo cessada a causa que a provocou” Rupert Willis Tumor: qualquer crescimento expansivo. Neoplasia:lesão expansiva e/ou infiltrativa formada pela proliferação celular descontrolada Câncer: NEOPLASIA MALIGNA CARACTERÍSTICAS DAS NEOPLASIAS Proliferação celular descontrolada; Perda da diferenciação; Autonomia de crescimento; NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO=OMS CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO Pelo comportamento clínico: benigno e maligno Pelo aspecto microscópico (histomorfológico) Pela origem da neoplasia (histogenético) Outros (epônimos): Linfoma de Burkitt, tumor de Wilms.... CRITÉRIO MAIS USADO: HISTOMORFOLÓGICO OMA = sufixo de neoplasia CARCIN OMA = tumor maligno epitelial de revestimento SARC OMA = neoplasia maligna mesenquimal BLAST OMA = neoplasia com características embrionárias sis erb-B neu K-ras abl myc Aumento da produção de Fatores de Crescimento. Onc: c-sis (PDGF). (Astrocitoma, Osteossarcoma). Ativação permanente dos receptores dos Fatores de Crescimento. Onc: v-erb-B. (CA de mama, ovário, estomago, CEC de pulmão). Aumento de produção de receptores dos Fatores de Crescimento. Onc: c-neu Sinais de Tradução alterado. Onc: c-K-ras.(CA de pulmão, cólon, LMC, LLA) Proteínas reguladoras nucleares (facilitam a transcrição) C-myc. (CA de pequenas células do pulmão, neuroblastomas, linfoma se Burkitt. FASES DA NEOPLASIA 1. INICIAÇÃO: Irreversível (genótipo) 2. PROMOÇÃO: Reversível (fenótipo) 3. PROGRESSÃO: Irreversível (crescimento) 4. MANIFESTAÇÃO: Irreversível (quadro clínico) Oncogênese pancreática METÁSTASES 1. 2. Vasos linfáticos ou sangüíneos ou fluidos das cavidades; Perda de coesão; 3. 4. 5. Movimentação na direção correta (quimiotaxia); Digerir MEC e MB dos vasos através de enzimas; Escapar, dentro dos vasos, dos sistemas de defesa (mecânicos, células e Ac); Ocluir pequenos vasos de órgãos; 6. 7. 8. 9. Ser capazes de aderir ao endotélio desses vasos através de adesisnas; Destruir a MB deste vaso; No interstício do órgão as células têm que resistir a macrófagos e outras células; 10. Serem capazes de ser multiplicar no local; 11. Estimular a angiogênese para poderem crescer; Metástases O laudo anatomo-patológico nas peças oncológicas -Tipo histológico da neoplasia/ subtipos -Grau de diferenciação -Necrose tumoral -Invasão linfática ou vascular -Invasão peri-neural -Tamanho do tumor -Extensão para tecidos adjacentes -Medida da invasão máxima -Lesões associadas ( lesão in situ, inflamação) -Margens cirúrgicas -Multicentricidade -Avaliação de índice proliferativo -Avaliação dos linfonodos regionais -Fatores prognósticos – IMUNO -Estudo do linfonodo sentinela -Exame de congelação ESTADIAMENTO PATOLÓGICO T TUMOR Órgão 1 is 2 4 3 N NÓDULOS L. locais M Osso 0 1 2 3 Pulmão METÁSTASES Fígado 0 1 2 CONGELAÇÃO Micrótomo de congelação • O congelamento atua como agente compactante formando diminutos cristais de gelo dentro das células. • Mais rápido(10min), • Coloração: azul de metileno ou H&E CONGELAÇÃO • Objetivo – Responder a uma pergunta pontual do cirurgião • Ex. Margem cirúgica livre? • O tecido está alterado? (material representativo para diagnóstico posterior em bloco de parafina) • Não se deve usar NUNCA por curiosidade • O diagnóstico pode mudar com o estudo em bloco de parafina. Mandamentos do bom cirurgião: • Enviar a peça cirúrgica imediatamente para o laboratório de Patologia; • Zelar pelo correto acondicionamento da peça; • Não fatiar a peça cirúrgica sem a presença do patologista; • Marcar margens cirúrgicas; • Preencher a requisição do exame anatomopatológico; • Informar ao patologista histórico clínico do paciente; • Interpretar corretamente o laudo final. Biópsias MÉTODOS DIAGNÓSTICOS Citologias Peças cirúrgicas PAAF Colorações específicas ( Histoquímicas ) Imunofluorescência Hibridização in situ Captura híbrida Imuno-histoquímica Microscopia eletrônica Biologia molecular Indicações da Imunohistoquímica • • • • • • • Diagnóstico de neoplasias indiferenciadas Subtipagem de neoplasias Caracterização da origem de carcinomas Caract. de produtos de secreção celulares Discriminação entre benigno x maligno Avaliação prognóstica de neoplasias Identificação de agentes infecciosos 1- Determinar histogênese em neoplasias indiferenciadas - Impacto na seleção terapêutica - Aumento da eficácia de esquemas de radio e quimioterapia 2- Subtipagem de neoplasias LINFOMAS!!! 3- Definir sítio primário de metástases - Melhor seleção dos métodos de imagem - Redução de custos - Redução do início do tempo do tratamento 4- Caracterização de produtos de secreção de células neoplásicas - Adenomas da hipófise Prolactina GH 5- Definir natureza BENIGNA ou MALIGNA de determinadas proliferações celulares Adenocarcinoma da próstata 34BE12 – citoqueratina de alto peso molecular 6- Avaliação prognóstica de neoplasias - Câncer da mama : Receptor de estrógeno Receptor de progesterona Índice proliferativo/Ki67 P53 c-ERBb2 /HerNeu -Tumores estromais gastro-intestinais GIST -Adenomas colônicos FATORES DE PROGNÓSTICO PARA O CÂNCER DE MAMA 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Receptores esteróides (estrógeno e progesterona); C-erb-B2 (também o c-erb-B3 e 4, EGFR); P53; Marcadores de proliferação (Ki-67, miosina); BRCA1 e BRCA2; Vimentina Genes de resistência a drogas (MDR, MRP); Reguladores do ciclo celular (ciclinas, p27); Mediadores da apoptose (Bcl2, Bax) Ploidia do DNA; Marcadores séricos (CEA, CA 15-3) Receptor de estrógeno Receptor de progesterona cERB2 CD117 - cKIT 7- Identificação de agentes infecciosos - Virus das hepatites - Leishmanioses - Citomegalovirus - Herpes virus - Espiroquetose Controle de qualidade: -Padronização das reações -Uso de controles positivos e negativos -Técnico capacitado -Anticorpos confiáveis -Protocolo de leitura das lâminas -Correta interpretação do laudo Linfonodo sentinela Linfonodo sentinela Traçador Linfocintolografia Azul patente Identificação Patologia Acurácia • É uma técnica operador dependente • Taxa de acurácia 95-100% • Falso negativo (micrometástases e células tumorais isoladas) 0-15% Carol Reynolds, MD Mayo Clinic Rochester, MN Avaliação Histopatológica • Não há consenso para a avaliação do LS. • O Colege of American Pathologist, na avaliação do exame peroperatório (congelação) e na conduta macroscópica recomenda o seguinte. Linfonodo Sentinela O linfonodo sentinela é totalmente seccionado em cortes com espessura de 2mm Nos casos de congelação é feito um exame citológico de todos os cortes, para se preservar o material para o exame em bloco de parafina. Linfonodo Sentinela • O bloco de parafina do linfonodo sentinela é submetido a cortes em múltiplos níveis, com o intuito de se analisar o linfonodo inteiro, e durante este procedimento 2 cortes são separados para análise imunohistoquímica subsequente, caso haja necessidade. Linfonodo Sentinela Linfonodo sentinela Exame histopatológico Nível 1 Nível 3 Nível 6 Nível 7 Análise histopatológica • Micrometástases • Entre 0,2 mm e 2.0 mm mm 1 2 AJCC Cancer Staging Manual and International Union Against Cancer (UICC): TNM Classification, 2002 Micrometástases Focos múltiplos 0.2 mm 1.8 mm 0.15 mm 0.1 mm 0.2 mm AJCC pN0 (i+)(sn) 1.0 mm 1.8 mm AJCC pN1mi (sn) Células tumorais isoladas Linfonodo Sentinela O que fazer? Algoritmo para esvaziamento axilar Biologia molecular Avaliação de risco de metástases pelo perfil genético