Rede Sentinela de Informação em
Saúde do Trabalhador na Bahia
Salvador, 2007
Justificativa
• Importância da informação para a gestão,
produção de conhecimento, prática
profissional e controle social
• Escassez e inconsistência das informações
em Saúde do Trabalhador
Antecedentes
• Portaria 2.867/98 – inclui agravos
relacionados ao trabalho na lista estadual
de agravos de
notificação compulsória
(SINAN)
 LER/DORT, PAIR, Intoxicação por agrotóxico,
Intoxicação por benzeno, Intoxicação por
chumbo,
Dermatoses
ocupacionais,
Pneumoconioses e Acidentes de trabalho com
óbito
Antecedentes
• Portaria 1.234/2004
listagem anterior
-
atualização
da
 Incluídos mais cinco agravos relacionados ao
trabalho:
asma,
laringopatia,
discopatia,
rinusinusite e seqüela de acidente de trabalho
Agravos/suspeitas relacionados ao
trabalho notificados no estado da Bahia
no período de 2002 a 2005
3000
2731
2500
2000
1605
1500
1000
719
721
500
0
2002
2003
2004
2005
Limitações da notificação
• Não contemplava a investigação dos agravos;
apenas a notificação
• Não contemplava variáveis importantes para a
saúde do trabalhador como ocupação e ramo de
atividade econômica
• Os agravos relacionados ao trabalho não eram de
notificação compulsória em todo o país
Opção para geração da informação
• Organização de serviços sentinela em rede
que investigassem, notificassem e
acompanhassem os casos de agravos
relacionados ao trabalho
• Rede de serviços sentinela dentro da
RENAST que utilizasse o SINAN
Portaria GM/MS nº 777/2004
• Regulamenta a notificação compulsória de
agravos à saúde do trabalhador – acidentes
e doenças relacionadas ao trabalho – em
rede de serviços sentinela específica
• Cria a Rede Sentinela de Notificação
Compulsória de Acidentes e Doenças
Relacionadas ao Trabalho
Portaria GM/MS nº 777/2004
• Rede Sentinela de Notificação Compulsória de
Acidentes e Doenças Relacionados ao Trabalho
Centros de Referências em Saúde do
Trabalhador
Hospitais de referência para o atendimento de
urgência e emergência e ou atenção de média e
alta complexidade, credenciados como sentinela
Serviços de atenção básica e de média
complexidade credenciados como sentinelas, por
critérios a serem definidos em instrumento
próprio
Unidades Sentinela
• Irão identificar, investigar e notificar, quando
confirmado, os casos de doença e/ou acidentes
relacionados ao trabalho
• Algumas unidades sentinela, a depender do nível de
complexidade poderão também planejar ações de
vigilância, inclusive adotar medidas de intervenção
nos ambientes e/ou processos de trabalho
Agravos constantes na Portaria GM/MS
777/04
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Acidente de Trabalho Fatal
Acidentes de Trabalho Graves
Acidente com Exposição a Material Biológico
Acidentes do Trabalho em Crianças e Adolescentes
Dermatoses Ocupacionais
Intoxicações Exógenas
Lesões por Esforços Repetitivos / Distúrbios
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho
Pneumoconioses
Perda Auditiva Induzida por Ruído
Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho (estresse
pós-traumático decorrente do trabalho)
Câncer Relacionado ao Trabalho
Objetivo Geral
• Organizar uma rede de serviços sentinela que
envolva a produção, sistematização, análise e
disseminação de informações em saúde do
trabalhador que subsidiem a gestão, a prática
profissional, a geração de conhecimentos e o
controle social, como estratégia de fortalecimento
da vigilância à saúde
Objetivos Específicos
• Estabelecer uma rede sentinela para o estado,
definindo componentes/unidades envolvidas
• Desenvolver ações articuladas entre as DIRES,
Secretarias Municipais de Saúde e CEREST
• Capacitar profissionais de saúde para identificar
os casos suspeitos, investigar e notificar, quando
confirmados, os casos de agravos relacionados ao
trabalho
Estratégias de implantação
• Elaboração de Projetos de Implantação da
Vigilância Epidemiológica para a área de Saúde do
Trabalhador Estadual e Regionais
Estratégias de implantação
• 1º Etapa (2007-2008)
 Implantação da Rede de Informação em Saúde
do Trabalhador nos municípios sede de CEREST,
com estruturação de uma rede sentinela
municipal, envolvendo, no mínimo, duas unidades
sentinelas notificantes sendo uma de acidentes
do trabalho e outra de doenças do trabalho, em
cada município
Municípios sede de CEREST – Bahia 2007
Juazeiro
Conceição do
Coité
Feira de
Santana
Salvador
Itaberaba
Santo Antônio de
Jesus
Barreiras
Vitória da
Conquista
Camaçari
Jequié
Itabuna
Teixeira de Freitas
Estratégias de implantação
• 2ª Etapa (2008–2009)
 Implantação da Rede de Informação em Saúde
do Trabalhador, envolvendo município(s) pólo de
microrregião da área de abrangência dos
CEREST
 Estruturação da rede sentinela nestes
municípios selecionados, envolvendo, no mínimo,
em cada município, uma unidade notificante de
acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho
Estratégias de implantação
• 3ª Etapa (2009-2010)
 Itens semelhantes à 2ª Etapa, envolvendo
outro(s) município(s) da área de abrangência dos
CEREST
Estratégias de implantação
• Unidade Sentinela Tipo 3
– Identificação do caso suspeito
– Investigação
– Notificação: preenchimento da ficha e digitação e
envio dos dados
– Acompanhamento e análise
– Planejamento e execução das ações de vigilância
– Intervenção em ambientes de trabalho
Estratégias de implantação
• Unidades Sentinela Tipo 2
– Identificação do caso suspeito
– Investigação
– Notificação preenchimento da ficha e digitação
e envio dos dados para a SMS
Estratégias de implantação
• Unidade Sentinela Tipo 1
– Identificação do caso suspeito
– Investigação
– Notificação: preenchimento da ficha
Estratégias de implantação
• Outras unidades componentes da Rede
– Unidade de suspeita diagnóstica
– Unidade de Acompanhamento e Análise
Estratégias de implantação
• Mobilização de recursos financeiros
– Utilização de recursos RENAST para resolução
de empecilhos referentes a equipamento,
material, apoio diagnóstico e pessoal, mediante
Plano de Ação aprovado pelo CMS
– Incorporação no Plano Plurianual 2008–2011 de
recursos estaduais para apoio financeiro aos
municípios visando à implementação de unidades
sentinela
Estratégias de implantação
• Mobilização dos gestores locais
– Participação nas reuniões do pacto de gestão
• Fortalecimento das equipes técnicas
– Capacitação
continuada dos
identificados pelos CEREST
profissionais
Estratégias de implantação
• Envolvimento dos hospitais com Núcleo
Hospitalar de Epidemiologia implantado
– Definição destes hospitais, notadamente
aqueles com serviço de urgência e emergência,
para conformarem as Unidades Sentinela
responsáveis pelas informações concernentes
aos acidentes de trabalho típicos
Resultados esperados
• Informações de saúde do trabalhador apresentem
consonância, garantam dados confiáveis e revelem a
morbimortalidade do conjunto dos trabalhadores do
estado
• SMS
coloquem
em
seus
compromissos
a
implementação da rede sentinela de saúde do
trabalhador, fazendo parte dos planos municipais
aprovados pelos gestores e Conselhos de Saúde
• SMS utilizem dados da rede sentinela como
ferramentas para execução, planejamento e avaliação
das ações de saúde do trabalhador
Resultados esperados
• CEREST assumam o papel de coordenador da rede
sentinela no seu território de abrangência, atuando
de forma articulada com as SMS e DIRES
• Rede pública de serviços de saúde incorpore nas
suas concepções e ações, o lugar que o “trabalho”
ocupa na determinação do processo saúde / doença
Acompanhamento e Avaliação
• Acompanhamento e avaliação da rede sentinela
estadual pelo CESAT juntamente com a Diretoria
de Informação de Saúde - DIS da Secretaria
Estadual da Saúde
• Acompanhamento, pelos CEREST regionais, das
informações de saúde do trabalhador junto ao
setor de vigilância epidemiológica ou setor de
informação das Secretarias Municipais, bem como
pela Internet (tabnet do CESAT)
Acompanhamento e Avaliação
• Retroalimentação das unidades notificantes, por
meio de correspondências ou boletins periódicos
• Identificação dos entraves e definição de
estratégias para superação das dificuldades no
tocante às unidades que foram cadastradas como
notificantes e que não apresentem informações
Acompanhamento e Avaliação
• Indicadores de processo
 De âmbito estadual - n° de municípios
notificantes/nº de municípios com unidade
sentinela cadastrada
 De âmbito regional - n° de unidades sentinela
notificantes/nº
de
unidades
sentinela
cadastradas
– As metas para os dois indicadores são de 100%
– O número de municípios com Unidades Sentinelas e o
número de Unidades Sentinela cadastradas variarão a
depender da etapa da implantação da Rede.
Acompanhamento e Avaliação
• Indicadores epidemiológicos
 Coeficiente de incidência de doenças relacionadas ao
trabalho (por 10.000 trabalhadores) = n° de doenças
registradas/população ocupada da área de abrangência do
CEREST
 Coeficiente de incidência de acidentes de trabalho graves
(por 10.000 trabalhadores) = n° de acidentes graves
registrados/população ocupada da área de abrangência do
CEREST
 Taxa de mortalidade por acidente de trabalho (por
100.000 trabalhadores) = n° de acidentes com óbito
registrados/população ocupada da área de abrangência do
CEREST
Acompanhamento e Avaliação
• Indicadores epidemiológicos
 Coeficiente de incidência de intoxicações exógenas
relacionadas ao trabalho (por 10.000 trabalhadores) = n° de
intoxicações exógenas registradas/ população ocupada da área
de abrangência do CEREST
 Coeficiente de incidência de acidentes
do trabalho em
menores de 18 anos (por 10.000 trabalhadores) = n° de
acidentes registrados/ população ocupada menor de 18 anos da
área de abrangência do CEREST
Acompanhamento e Avaliação
• Indicadores epidemiológicos, a princípio, refletirão
menos o risco de ocorrência do agravo e mais a
capacidade de registro dos CEREST
• Expectativa de que, inicialmente, ocorra
aumento gradativo destes coeficientes
um
• Nos próximos anos, com a atuação da vigilância
voltada para um trabalho de controle dos fatores
de risco ocupacionais, os indicadores deverão
evidenciar diminuição na freqüência dos agravos
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Apresentação_Rede de Informação-ULTIMA