A Vida intra uterina e o espírito O Aborto e suas consequências Na vida embrionária (intra uterina) enquanto ocorre o desenvolvimento do corpo físico, o Espírito, ser préexistente que começa o processo de ligação ao corpo em formação, não tem plena consciência da situação, mas as experiências que se passam nesse período ficam marcadas e são importantes na vida futura. A reencarnação é resultado de um cuidadoso planejamento elaborado e conduzido pelos Espíritos Superiores onde, na própria fecundação, há a seleção do espermatozoide mais apropriado para as experiências daquele Espírito que retorna à matéria, fruto desse projeto. Hoje a moderna ciência confirma que não é o gameta masculino mais rápido, nem o mais qualificado, nem o primeiro que chega ao óvulo feminino que rompe a sua membrana e o fertiliza, mas aquele que é "energeticamente compatível". Isso ocorre porque é nesse momento que são determinadas as características genéticas e hereditárias necessárias ao aprendizado do ser que renasce. No momento da fecundação, o Espírito que já se aproximava fluidicamente da futura mamãe agora começa seu processo físico reencarnatório. A energia vital do Espírito vai se acoplando a cada célula multiplicada a partir do zigoto, dando-lhe vida e direcionamento no desenvolvimento do corpo físico do feto. O pleno êxito da gestação depende, além da condição biológica favorável, mais especialmente do perfeito acoplamento e aceitação do Espírito ao processo. Se alguma dessas condições não está a contento, poderá ocorrer o abortamento espontâneo. Durante essa etapa o Espírito fica, de certa forma, inconsciente porque o órgão de manifestação dessa consciência (o cérebro) está em processo de formação. Mas, apesar disso, os fatos que ocorrem, as situações familiares, o estado psicológico da mãe, os estresses, as preocupações, tanto quanto as alegrias e o bem-estar provocam profundas repercussões no Espírito, podendo afetá-lo durante toda a sua vida. Da mesma forma, o Espírito que se liga ao embrião também provoca reflexos na mãe gestante. As alterações de humor, desejos incoerentes e pensamentos conflitantes podem ser resultados da influência do Espírito que, atuando fluidicamente sobre a mãe, transformam-na em uma espécie de "médium" dele. Podemos citar, como exemplo, a aversão repentina que algumas gestantes passam a ter de seus maridos, em especial, no início da gravidez. Em alguns casos, justifica-se essa atitude pela vinda de um Espírito antagônico ao próprio pai e que vem justamente para o reajustamento das animosidades. Finda a gestação ou até antes disso, quando se equilibram as emoções, os sentimentos do casal retornam ao nível normal. É importante lembrar que todos já tiveram muitas existências e cada uma delas deixou marcas profundas. Muitas são perceptíveis como o conhecimento inato, as experiências marcantes, os sentimentos, as tendências adquiridas, as emoções que surgem, os traumas e temores que afloram desde tenra idade. Tudo isso demonstra a imensa responsabilidade dos pais frente à alma que reencarna sob sua égide. Esta programação se inicia no plano espiritual onde há a preparação emocional dos pais e do filho, o planejamento familiar e conscientização das provas que terão que passar no mundo físico. Uma gestação emocionalmente tranquila, as conversas serenas dos pais com o bebê ainda no ventre, a manutenção de uma vida saudável à gestante, com uma alimentação equilibrada e sem substâncias nocivas, bem como a presença amorosa do pai, proporcionando uma atmosfera harmônica ao lar, são fatores de profunda importância para o desenvolvimento físico, mental e emocional do bebê e, consequentemente, uma vida mais equilibrada e feliz ao ser que retorna à Terra com propósitos evolutivos. Será que ao abortar não estamos criando condições para que o espírito reencarnante fique revoltado e se torne um obsessor? O aborto é o crime mais cruel que se pode cometer, pois você está tirando a vida de um ser humano sem direito de defesa. É um crime bárbaro. No momento do aborto, ele perde a oportunidade de voltar a reencarnar e, dessa forma, poder se redimir de erros do passado, aproveitar a oportunidade de evolução concedida pela misericórdia divina. Por isso, ocorre ao reencarnante o desequilíbrio pela rejeição, pois muitos necessitam voltar com aquela família em específico para resgatar débitos do passado. O processo da reencarnação é traçado pelo astral, onde é preparado o mapa da vida do reencarnante. O encontro com os futuros pais nos sonhos é essencial para o conhecimento da tarefa de cada um, muitas vezes, amigos de outras vidas ou desafetos, que devem aproveitar a oportunidade para repararem seus erros. Como temos o livre-arbítrio, cabe aos pais a decisão de abortar ou não. Antes do ato propriamente dito, há um trabalho todo especial feito pelos socorristas com o intuito de evitar o crime, porém a decisão final é do encarnado. Após o aborto, esse espírito precisa de tratamento, passando por algumas cirurgias perispirituais e tratamento psicológico, pois sua casa mental não esquece os momentos cruéis de seu assassinato. Esse tratamento é lento, pois não é fácil conscientizar o abortado de que o aborto é um ato físico e o espírito não deve ficar lembrando dos fatos tristes que passou. Em tratamento no plano espiritual, encontra-se metade bebê, metade adulto. Revoltados, uns choram, outros gritam palavrões, todos com muito ódio e rancor. Revolta e Obsessão Mas nem todos os abortados aceitam a ajuda dos socorristas e passam a obsediar os pais, os médicos e todos aqueles que, de uma forma ou de outra, tiveram alguma ligação com o aborto. Esses passam a ser obsediados tanto no plano físico quanto no espiritual. Os abortados colam-se aos seus assassinos para cobrar deles o direito de viver. Na obsessão, os corpos saem do nível e os abortados buscam os chacras, alimentando-se através deles. O espírito encarnado vai perdendo as forças, ficando a mercê dos vampiros. Existem o “Vale da Revolta” e o “Vale do Aborto”, para os quais diversos espíritos são atraídos pela vibração perispiritual. Não conseguimos calcular o horror deste lugar, onde vários espíritos são escravizados por outros mais fortes. Vamos descrever uma passagem do livro “Deixe-me Viver” – Luis Sérgio: Envolto por dez espíritos obsessores, vimos um aborteiro, que chamarei de Célio. “ Tentamos ajudá-lo, mas sua forma, que não podemos dizer humana, tal a deformação perispiritual, toda gelatinosa, arrastava-se pelo solo negro e viscoso, movendo-se com dificuldade, ainda mais por carregar junto a si seus verdugos, também muitos deles ainda na forma fetal, no ponto da interrupção da gravidez. Em Célio só havia a fisionomia sofredora, o resto de seu corpo não mais possuía forma humana. Destacava-se nele o semblante sofredor, mais parecia um verme, lutando para se livrar de seus verdugos, que lhe sugavam sem piedade. Célio me pareceu um enorme feto, tendo a cabeça humana deformada e, colado nele, suas vítimas. Assim como Célio, ali estavam vários outros aborteiros que contribuíram não só para retardar o plano de Deus para a reencarnação, como também prejudicaram seus próprios corpos. Mesmo nestes lugares, há um hospital para ajudar estes espíritos. A aura espiritual é que capta a luz do mais alto e uma mente ligada ao ódio não se alimenta de luz e, sim, de vibrações baixas. Neste momento, eles serão socorridos.” Aborto Moral & Estupro “ No livro “Aborto à Luz do Espiritismo”, de Eliseu Florentino da Mota Jr., colhemos as seguintes informações sobre o aborto eugênico ou eugenésico: É aquele praticado para evitar o nascimento de criança portadora de anomalia física ou psíquica. Diante desse quadro, em nosso modo de entender, se a gestante de um filho portador de anomalia física ou psíquica não alcançar esses avançados progressos da medicina fetal ou se, mesmo tendo alcançado, a criança nascer portando deficiências, está evidente que estamos diante de débitos pregressos. Devemos deixar claro que a mãe se exime de culpa quanto ao aborto espontâneo, que acontece naturalmente, ou seja, não foi provocado por ninguém.” Quanto ao aborto sentimental ou moral, que se refere ao estupro, sabemos da dificuldade da mulher em enfrentar essa violência brutal, mas tirar o filho daquele que lhe cometeu o estupro não é o caminho correto. Não se deve consertar um erro com outro. Deus não permitiria que isso acontecesse se ela não tivesse débitos referentes à situação vivida neste momento. O filho vindo nessas circunstâncias pode ser um amigo de outras reencarnações e ambos podem ter alguns resgates para efetuarem em conjunto. Existem inúmeros tipos de aborto. Comentamos alguns para que você tenha ciência sobre como é praticado e o grau de consequência perante as leis divinas, bem como a situação do abortado após o crime propriamente dito. As pessoas devem pensar sobre cada palavra que foi escrita e analisar se vale a pena praticar o aborto, se vale a pena penalizar um espírito reencarnante com essas torturas e, posteriormente, prejudicar a si próprio ao contrair débitos muitas vezes incalculáveis. Eu já ouvi depoimentos de mulheres que declararam a vontade de abortar, mas que, quando mudaram de idéia e resolveram ter o filho, disseram que ele era tudo de mais sagrado que tinham, sentiam-se felizes por não terem abortado. Aquelas que já abortaram, procurem se redimir desse erro. Como? A caridade cobre uma multidão de pecados (Pedro 4:8). Dediquem-se à criança abandonada, atenda ao berço da criança pobre. Se puder ainda gerar, aproveite, pois talvez aquele que foi abortado volte para uma nova tentativa de reencarnar. Se não tem mais possibilidades de gerar, existe a alternativa da adoção. Outra maneira é visitar orfanatos, confeccionar roupas para os pequeninos, comprar cobertores, que com certeza isentarão eles do frio que provavelmente passariam. Enfim, nunca é tarde para amar! FONTE: REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO