ENERGIA DE ACTIVAÇÃO DE UMA REACÇÃO QUÍMICA Ana Tenreiro, Hugo Pereira, Pedro Santos, Sara Monteiro Laboratórios de Química-Física Departamento de Engenharia Química Edição 2001/2002 INTRODUÇÃO PARTE EXPERIMENTAL A energia de activação é a quantidade de energia necessária para iniciar uma Num banho termostático, foram colocadas as seguintes soluções em recipientes fechados: persulfato de potássio (0,02M), tiossulfato de sódio (0,0101M) e algumas gotas de cozimento de amido; Iodeto de potássio (0,5M). Deixou-se que as soluções atingissem o equilíbrio térmico. De seguida, misturaram-se as soluções, determinando-se o tempo necessário até ao aparecimento de uma cor azul. reacção. A reacção considerada foi: (1) que ocorre em simultâneo com (2) Tal determinação baseia-se no estudo da velocidade da reacção com a temperatura, traduzida pela equação de Arrhenius: E a k A exp RT (3) onde A é o factor pré-exponencial, R é a constante dos gases ideais e Ea é a energia de activação. Relacionando a equação (3) com uma equação de velocidade de reacção de primeira ordem, chegou-se a: 1 1 Ea B ln ln t n ln B (5) (4); onde A 1 n RT Determinou-se também a taxa de diminuição da concentração do ião persulfato, o que corresponde à n-ésima vida do composto. Esta é traduzida por: S O n 1 S O 2 2 8 final (6) 2 2 8 inicial DISCUSSÃO RESULTADOS Energia de activação: Grupo II.7 : 50,5 ± 1,5 kJ/mol Representação gráfica do ln(t) em função de 1/T 6.0 5.5 y = 5,3898x - 13,342 Relacionando a equação (4) com as equações das rectas, verifica-se que o declive corresponde à Ea/R. y = 6,0763x - 15,609 2 R = 0,9929 R2 = 0,9963 Grupo II.1 : Ea = 5,3898 X 8,3141 = 44,811 kJ/mol Grupo II.7 : Ea = 6,0763 X 8,3141 = 50,519 kJ/mol ln(t) (s) 5.0 4.5 Grupo II.1 4.0 44,8 103 k 8,3 10 exp RT 50,5 103 5 k 8,0 10 exp RT 4 Grupo II.7 Linear (Grupo II.7) Linear (Grupo II.1) 3.5 3.0 3.10 Grupo II.1 : 44,8 ± 1,9 kJ/mol Equação de Arrhenius com valores obtidos neste projecto Através do cálculo da média de valores de energia de activação obtidos por outros grupos (49.25 kJ/mol), obteve-se um desvio para cada grupo : grupo II.1 – 11 % e grupo II.7 – 2%. A discrepância entre os dois valores, deve-se essencialmente a um erro na determinação dos tempos por parte do grupo II.1, ou seja, o final da reacção foi antecipado. É necessário considerar também o erro associado ao tempo de reacção entre a mistura das soluções e o início da contagem do tempo e uma má calibração da temperatura do banho. Com a equação (6), calculou-se a n-ésima vida: 3.15 3.20 3.25 3.30 1/T x 10-3 (K-1) 3.35 3.40 3.45 n 0,125 REFERÊNCIAS CONCLUSÕES A partir da lei de Arrhenius, destaca-se que quanto maior a temperatura de reacção, maior é a velocidade desta e menor é a energia de activação. A n-ésima vida é a taxa de diminuição do ião persulfato que permite obter o tempo no qual se dá a reacção quase total. O factor pré-exponencial é característico de cada reacção e depende do número de colisões por unidade de tempo. [1] P.W.Atkins, Physical Chemistry, 6ª edição, Oxford university Press, Oxford (1998), Cap. 25 [2] http://learn.chem.vt.edu/tutorials/kinetics/arrhenius.html