Preconceito e discriminação
Xenofobia – aspectos
• Uso de estatísticas falseadoras da
realidade ou da mera intuição popular
para justificar leis ou ações contra os
imigrantes
– “necessidade” de aumento de impostos
• Maiores “gastos sociais” com a chegada dos
imigrantes
– Aumento da criminalidade
Em julho, a municipalidade de Riverside, New
Jersey, que serve de cidade-dormitório a Nova
York, aprovou uma lei que pune quem contratar
imigrantes ilegais ou alugar-lhes imóveis. Nessa
cidade de 8 mil habitantes, cerca de 3.500 eram
estrangeiros, na maioria brasileiros. Pouco depois,
vândalos atearam fogo a dois carros e a uma casa
de imigrantes.
Para o prefeito, Charles Hilton Jr., "eles
superlotam as nossas escolas, aumentam o crime
e sobrecarregam nossas finanças por não pagar
impostos". As estatísticas dizem o contrário: o
crime não cresceu, não aumentou o número de
salas de aula sobrecarregadas e a economia da
cidade cresceu graças aos imigrantes.
Revista CartaCapital – 20/set/2006
Xenofobia – aspectos
• Tendência de absorção dos imigrantes pela
redução dos custos de mão-de-obra e
facilidade para contratação e demissão
Os empregadores gostam dos imigrantes ilegais,
pois podem dispensá-los ao cair a demanda sem
se preocupar com obrigações trabalhistas ou
mesmo com o último salário - ninguém volta para
reclamar.
CC – 20/09/2006
Xenofobia
aspectos
• Combate a imigração por
parte dos “nativos” e dos
imigrantes “antigos”
• Menor aversão por parte
de populações de classes
baixas, em especial,
negros
– Populações mais afetadas
pela concorrência no
mercado de trabalho
• Evidência do caráter
ideológico do processo
A historiadora brasileira Lise
Sedrez (...) disse que vê nisso
mais ideologia do que economia.
Os negros estadunidenses, em
tese os mais afetados pela
concorrência de imigrantes, não
têm um papel importante na
pressão contra eles e muitas de
suas organizações os apóiam.
Os imigrantes "antigos"
(inclusive os anistiados em
1986) que criticam os novos por
não aprenderem inglês e muitas
vezes retornarem ao seu país de
origem, esquecem-se da própria
história.
CC – 20/09/2006
Relações Humanas
Filosofia kantiana e buberiana
Filosofia moral kantiana
"Age como se a
máxima da tua ação
se devesse tornar,
pela tua vontade,
em lei universal da
natureza"
Forma de toda ação
"Age de tal maneira
que uses a
humanidade, tanto
na tua, como na
pessoa de qualquer
outro, sempre e
simultaneamente
como fim e nunca
simplesmente como
meio"
Ação moral
"Age só de tal maneira que a vontade pela sua máxima se
possa considerar a si mesma ao mesmo tempo como
legisladora universal"
Autonomia
Filosofia da relação: Buber
Homem: definido na relação
Relação: EU-TU
•Plena
•“face-à-face”
TU
Relação: EU-ISSO
•Parcial
EU
•Objetal
ISSO
Se tu chegar um dia a amar-me, que não seja por outro motivo que
não o amor.
Não digas: "Amo-te por teu sorriso, tua figura, teu jeito de falar
gentil, por um modo de pensar que combina tão bem com o meu e
que nos trouxe e a este dia uma sensação de agradável prazer".
Pois essas coisas, em si mesmas, Bem Amado, podem ser
mudadas ou mudar por tua causa, e o amor desse frágil tecido,
poderia, assim facilmente, se destecer.
Coríntios
Ainda que eu falasse
Nem tampouco me ames porque tua carinhosa atenção enxuga de
minha face as lágrimas. Tendo-te sempre por perto uma criatura
poderia se esquecer de chorar e assim perder teu amor.
A língua dos homens
O meu? Como é o meu amor?
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
Deixa-me fazer a conta de quantos modos eu te amo.
Eu amo a ti até a profundidade, a distância, a máxima altura que
a minha alma alcança, muito longe, para além da compreensão,
nos confins do ser e da graça ideal.
Eu te amo na mais calma e simples necessidade do dia-a-dia, à
luz do sol ou na claridade da noite.
Eu te amo com a liberdade, a mesma com que os homens lutam
por direitos.
Eu te amo com a alegria pura de quem recebeu um louvor.
Eu te amo assim: de meus velhos pesares, com a mesma
paixão; da minha infância com igual confiança e fé; com o amor
que eu pensava estivesse perdido com perdidas crenças.
Amo-te com a respiração, sorrisos e lágrimas de uma vida
inteira!
E, se Deus quiser, só depois da morte
te amarei melhor.
Filosofia da relação: Buber
Rebuscando e pervertendo o processo
ISSO
EU
TU
EU
Filosofia da relação: Buber
Rebuscando e pervertendo o processo
ISSO
Lixo
EU
Pureza contra sujeira, contra desordem, contra os “impuros”,
contra a diversidade. Pureza como ordem: cada coisa ocupa
funcional e estrategicamente seu lugar na busca por um
ambiente controlado. Nesse processo de ordenação pela
pureza o oposto da “pureza” – o sujo, o imundo, o refugo, o
lixo irreciclável – são coisas “fora do lugar”, uma vez que “não
são as características intrínsecas das coisas que as
transformam em ‘sujas’, mas tão-somente sua localização e,
mais precisamente, sua localização na ordem de coisas
idealizadas pelos que procuram a pureza”
Estrutura da psique
Analise freudiana do ego, id e
superego
Consciente x Inconsciente
•Consciente:
•Entendidos pela
pessoa
•Inconsciente:
•Atua sobre o indivíduo
•Sem controle ou
entendimento
–Entendimento: vias
indiretas:
•Sonhos, atos falhos,
neurose, psicose
Repressão e Resistência
• Repressão:
– Eliminação do conteúdo
consciente
– Adequação da vida
social ou pessoal
Consciente
• Resistência:
– Retenção do
conteúdo reprimido
Consciente
Id (isso – coisa)
• Herança biológica
• Estrutura básca
• Conteúdos
inconscientes
Um pensamento ou
lembrança localizados
no Id será capaz de
influenciar toda a vida
mental
de
uma
pessoa.
Força motivadora da
pessoa
O Ego
• Contato com a realidade
• Desenvolve-se do Id
– consciência de sua
identidade
– retenção das exigências do
ID
EGO: casca da árvore
do aparelho psíquico
O Super-ego
• Última estrutura desenvolvida
• Atua como um juiz ou censor do ego
– códigos morais
– modelos de conduta
– parâmetros de inibições da personalidade
• Relacionado com a realidade social
ID x SUPEREGO
Manifestação: id e superego
Superego: ontogênese x
filogênese
• Ontogênese: complexo
de édipo
– Menino: fixação: mãe
– Pai: objeto de:
• Atrito e superação
• Identificação
• Filogênese: Totem e
Tabu
Filogênese da sociedade
repressora
PRIMATAS SUPERIORES
análise biológica
CLÃS AUSTRALIANOS
análises antropológicas
Freud: hipótese de
ligação
Pai (toda repressão)
•Amor
•Fundação da ordem
Fracasso da revolta
•Ninguém pode
tomar o lugar do pai
•Ódio
•Institucionalização de
uma nova ordem
repressora
Crime contra “todos”
•Obrigações
Direcionamento da libido
para o trabalho
•Remorso
Revolta dos irmãos
•Morte do “Pai”
•A ordem instituída
Narcisismo de grupo
• Narcisismo de grupo
• Erich Fromm
– Narcisismo
Objeto do desejo: EU
Narciso de Waterhouse
– Objeto do desejo: grupo
• Religião, nação...
(...) o grau de narcisismo de
grupo
é
equivalente
à
carência de uma satisfação
real. Os grupos que usufruem
adequadamente
a
vida
apresentam menor propensão
ao narcisismo frente aos
grupos dotados de carências
materiais
e
imateriais.
(adaptado
de
Fromm,
Anatomia da Destrutividade
Humana)
Sociedade repressora:
sociedade capitalista
Sociedade capitalista
Introjeção da
sociedade no
inconsciente
Formação do
superego
Complexo de Édipo
•Noção de trabalho
de...
Realização ou
Para...
necessidade
individual
Reprodução
do capital
•Heterodeterminada
Necessidade
social
Impossibilidade de
realização da pessoa
Sociologia durkheimiana
A condição anômica
Durkheim – O Suicídio
Determina
Sociedade
Suicídio
Suicídio é “todo caso de morte provocada direta
ou indiretamente por um ato positivo ou
negativo realizado pela própria vítima e que ela
sabia que provocaria esse resultado.”
Tipologia do Suicídio
• Egoísta:
Desejo

Realização
– Grupos de fraca coesão
• solteiros, homens divorciados...
• Altruísta:
– Renúncia de si frente a demanda
social
• Comandantes que afundam com o
navio
Tipologia do Suicídio
• Anômico:
– característico das sociedades contemporâneas
– rápidas transformações sociais ou longos períodos de
estabilidade
– Desregulamentação ou inadequação das normas
tradicionais (normas vividas)
• Obs.: o suicídio não é, necessariamente, algo
“patológico” enquanto fenômeno social. Será
patológico apenas se causar problema para a
manutenção/desenvolvimento da sociedade
Anomia
Aumento do suicídio
“corrente suicidógena”
Outros problemas
Xenofobia
Padrões
sociais
anômalos
Fatores do preconceito
Rápidas mudanças sociais
• Inadequação:
indivíduos –
processos
– Vulnerabilidade por
• Renda
• Idade
• Religião...
• Ligação alternativa:
pessoa – grupo
– Narcisismo de grupo
– Tribos urbanas
• Padrões anômalos
– violência
Leitura durkheimiana
Leitura psicanalítica
Nobody Home/Ninguém em Casa
I've got a little black book with my poems in.
Got a bag with a toothbrush and a comb in.
When I'm a good dog, they sometimes throw
me a bone in.
I got elastic bands keepin my shoes on.
Got those swollen hand blues.
Got thirteen channels of shit on the T.V. to
choose from.
I've got electric light.
And I've got second sight.
And amazing powers of observation.
And that is how I know
When I try to get through
On the telephone to you
There'll be nobody home.
I've got wild staring eyes.
And I've got a strong urge to fly.
But I got nowhere to fly to.
Ooooh, Babe when I pick up the phone
There's still nobody home.
Tenho um livrinho preto com meus poemas nele.
Tenho uma bolsa com uma escova de dentes e um pente.
Quando sou um bom cão, às vezes eles me dão um osso.
Tenho elásticos nos meus sapatos.
Tenho as mãos inchadas.
Tenho treze canais de porcaria na TV para escolher.
Tenho luz elétrica.
Tenho sexto sentido.
E incríveis poderes de observação.
E é assim que eu sei...
Quando tentar falar
No telefone com você
Não haverá ninguém em casa.
Tenho olhos ferozes.
E tenho um forte desejo de voar.
Mas não tenho para onde ir.
Ooooh, Bem quando pego o telefone
Ainda não tem ninguém em casa.
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