HIPER E HIPOTIREOIDISMO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Marcia Bandeira Pediatria Universidade Positivo Regulação da secreção dos hormônios tireoideanos TRH é secretado pelo hipotálamo Isto estimula a secreção de TSH pela hipófise Estimula a liberação dos hormônios tireoidianos pela tireóide http://www.colorado.edu/epob/academics/web_resources/thyroid/ http://www.colorado.edu/epob/academics/web_resources/thyroid/thyrost1.gif Regulação da secreção dos hormônios tireoideanos Hormônio tireoidiano inibe a secreção de TRH Isto reduz a secreção de TSH pela hipófise Reduz a liberação dos hormônios tireoidianos pela tireóide http://www.colorado.edu/epob/academics/web_resources/thyroid/ http://www.colorado.edu/epob/academics/web_resources/thyroid/thyrost1.gif HORMÔNIOS TIREOIDEANOS Efeitos Metabolismo energético, crescimento e diferenciação consumo de O2 tecidos - efeito calorigênico taxas metabolismo basal absorção glicose no intestino, gliconeogênese e glicogenólise síntese e secreção de colesterol Lipólise / reduz colesterol DOENÇA DE GRAVES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Doença de Graves Doença auto-imune caracterizada por bócio difuso, hipertireoidismo, oftalmopatia e dermatopatia. Doença de Graves Frequência: 0,1 por 100mil crianças 3,0 em 100mil adolescentes 1- 5% dos pctes: na infância causa mais comum de hipertireoidismo na infância gêmeos idênticos: 30- 50% Doença de Graves Idade: incidência aumenta com a idade pico incidência: 11- 15a (raro ↓ 5a) 10% RN mãe c/ Graves tem hormônios tireoidianos ↑, mas 1- 2% tem clínica de tireotoxicose Raça: parece não haver predileção racial Doença de Graves - - - Patogênese Falência imune não é totalmente conhecida Produção de Ig estimuladoras da tireóide intermediada por linfócitos T estimulados Ig (Trab: anticorpo anti receptor da tireóide) ligam- se ao receptor do TSH→↑ hormôn. tireoidianos e ↑ tamanho tireóide Doença de Graves - Patogênese Presença de Ac antiperoxidase e antitireoglobulina Trab atravessa barreira placentária→ Graves neonatal Trab estimula glicosaminoglicanos no tecido conjuntivo de músculos retrorbitário→ inflamação→ edema e fibrose Doença de Graves - - Etiologia Susceptibilidade genética: haplotipos HLA ( B8 e DR3 ) Trissomia 21 Etiologia infecciosa (pctes s/ histórico familiar) Recente vida com stress Ocorrência familial de tireotoxicose ou outra doença tireoidiana auto-imune sugere ligação genética mais importante que a associação HLA para Graves Doença de Graves - - Manifestações clínicas: Tireóide: firme, elástica, lisa, ↑ volume (bócio em mais 95%), às vezes lobo piramidal proeminente. Tireóide vol ↑↑: disfagia, rouquidão, raramente dor Cardíacas: pulsos amplos, ↑FC, ↑PA sistólica precordio proeminente, raramente FA Doença de Graves Manifestações clínicas: - Neuromusculares: reflexos exacerbados, fraqueza muscular, paralisia (↓ Ca), tremores - Pele: fina e úmida, prurido, escurecimento, sudorese - Digestivas: aumento da motilidade intestinal - Cabelos finos e queda capilar (reg temporal) Doença de Graves Manifestações clínicas: - Crescimento: crescimento ↑ , IO avançada - Peso: aumentado ou diminuído - Renal: hipercalciúria e hipofosfatenúria (hormônios tireoidianos→ túbulo renal), nictúria / enurese noturna - Ossos: ↓mineralização,↓ densidade óssea Doença de Graves - - Manifestações clínicas: Olhos: exoftalmia em 50% casos e pode ser unilateral (mais frequente e mais leve que em adultos), sensação de areia nos olhos, irritação córnea ou ulceração Puberdade: ♀: ciclos menstruais irregulares ♂:↑ metabolismo de esteróides→estrogênios: ginecomastia e ↓ libido Doença de Graves - - Manifestações clínicas: Outras: insônia durante a noite, cansaço durante o dia, desatenção, dificuldade escolar, hiperatividade, intolerância ao calor Tempestade tireóidea: mecanismo da perda de calor não se iguala ao da termogênese→ hipertermia, falência cardíaca e perturbação mental Doença de Graves - - Laboratório: diagnóstico TSH: suprimido T4L, T4 e T3: elevados Ac anti tireoidianos: Ac peroxidase, tireoglobulina e Trab ↑ 90 % dos casos Doença de Graves - - Laboratório: controle Contagem completa de cél sanguíneas: Graves→leucopenia, anemia leve, ↑linfócitos DAT→ leucopenia Função hepática: Tireotoxicose→hipermetab→↑Transam e Bb DAT→hepatite (↑ TGO e TGP) Doença de Graves - - Laboratório: controle Assocação de Graves + lúpus: dosar FAN DAT→ lúpus Ca sérico, Ca urinário, creatinina: investigar hipercalciúria Doença de Graves Imagem - US: definir anatomia da glândula - Cintilografia da Tireóide: distribuição difusa e homogênea do isótopo, captação ↑ I131 Procedimento: PAF raramente é indicado mas biópsia de nódulo suspeito pode ser feita Doença de Graves • • • • • • Histologia: Tireóide: Hiperplasia difusa Glândula hiperemiada, ↑ vascularização Formação de muitos novos folículos, céls formam estruturas colunares altas Infiltrados linfocíticos irregulares Hiperplasia linfóide Cél B e cél T (predominante) Doença de Graves Histologia: - Olhos: Músculo ocular infiltrado com linfócitos - Pele: Sub- cutâneo: espesso devido ao depósito de glicosaminoglicanas Doença de Graves - - - Tratamento: 3 tipos: drogas anti tireoidianas (DAT) cirurgia radioterapia Nenhum é o ideal ou superior ao outro Europa: DAT EUA: radioterapia (seguro,simples,barato) Doença de Graves Drogas anti tireoidianas: Tionamidas:metimazol,carbimazol,propiltiouracil - Bloqueiam síntese de hornônios tireoidianos: inibem oxidação e organificação do iodeto tireoidiano - Propiltiouracil inibe conversão perif. T3→T4 - DAT inibem produção Trab (↓tamanho tireóide) Doença de Graves - Metimazol ( Tapazol) É a mais usada Meia vida longa (dose única) Dose inicial: 0,5-1,0 mg/kg/dia VO ÷ 1- 2x Contra indicações: neutropenia, doença hepática e gravidez (aplasia cutânea) Ef colaterais: rash cutâneo, artrite, artralgia, neutropenia, agranulocitose, Sd lúpus simile, púrpura simile. Mais frequentes com altas doses Doença de Graves - - Carbimazol Não disponível EUA, muito usado na Europa Meia vida longa: dose única garante tto Dose inicial: 0,5- 1,0 mg/kg/dia Doença de Graves - - Propiltiouracil Meia vida curta Dose inicial: 5- 10 mg/kg/dia VO ÷ 3x Contra indicação: neutropenia, doença hepática Ef colaterais (não dose dependente): rash cutâneo, artrite, artralgia, neutropenia, agranulocitose, hepatite, Sd lúpus símile Droga escolha: gestação e lactação Doença de Graves DAT - Máxima resposta: 4- 6 semanas - Propranolol: 1- 2 mg/kg/dia ÷ VO 3-4x ( ↓ sinais de hipertireoidismo) - ↑ dose se necessário - Após melhora clínica: 2 caminhos 1- ↓ dose DAT até atingir TSH e T4 nl vantagem: ↓ doses,↓ ef colaterais desvantagem: níveis hormonais instáveis 2- Bloquear totalmente a tireóide e repor LT4 (níveis horm estáv) Doença de Graves - - DAT Tempo de tto: mínimo 1- 2 anos Alto risco de falência: cças c/ bócio intenso, tiroxina alta (>20 mcg/dL), tireoglobulina alta (>50 mcg/dL) ou oftalmopatia Taxas de remissão variam de 34- 64% Indicadores de possível remissão: tireóide pequena e ↓ Trab Taxa de remissão: pré-púberes(17%),púberes(30%) Doença de Graves - - - DAT Ef colateral: parar DAT e indicar cirurgia ou radioterapia Falta de aderência DAT: ↑complicações após reintrodução das drogas Recidiva: novo tto com DAT ou indicar cirurgia ou radioterapia Doença de Graves - - - Radioterapia Massachusetts General Hospital (1930) Efetiva e baixo custo Indicações: ef colaterais /má aderência DAT, recidiva durante ou após tto c/ DAT Eficácia: imprecisa (sensibilidade dos folículos ao radioiodo é variável) Doença de Graves • • Ef colaterais: Hipotireoidismo: orientar os pais→ LT4 Tumores tireóide: ↓ doses (<75uCi/g tireóide):↑ risco neoplasia benigna de tiróide Chernobil: ↑incidência de Ca papilífero Risco de Ca após radiação externa é > em ↓ 5a e ↓ progressivamente com ↑ idade Doença de Graves Tumores tireóide: Dose radioiodo > 150 uCi/g parece não aumentar o risco de Ca tireóide ►Importante: não usar em crianças < 5-10 a não usar doses baixas • Exposição outros órgãos é baixa • Tu aparecem 10- 20 após radioiodo • Doença de Graves Dor cervical , edema, náuseas, hipo ou hiperparatireoidismo são raros e transitórios • Gerações de pacientes que usaram radioiodo: s/ alterações ►Se persistência hipertireoidismo após 3-6m: segunda dose de radioiodo • Doença de Graves - Cirurgia Tireoidectomia sub total: tto mais antigo Indicação: bócio grande / tireotoxicose severa Pré- operatório: sol de lugol (5- 10 gts 3x/dia) ou sol saturada de iodeto de K (2- 10 gts/dia) para ↓ horm tireoidianos e ↓ vascularização da glândula Propranolol: prevenir tempestade tireóidea DAT previamente Doença de Graves Cirurgia - Ef colaterais: hipoparatireoidismo, dor no pescoço, lesão do nervo laríngeo recorrente, cicatriz, recorrência de hipertireoidismo (tireóide ↓ 4g: incidência pequena) Doença de Graves - - Exoftalmia Raramente é necessário corticosteróides ou descompressão Prednisona: casos severos Análogos somatostatina de longa ação (octreotide/ lonreotide): foi identificado receptor em tec orbital em pctes c/ exoftalmia. Bons resultados em adultos, mas necessita mais estudos Doença de Graves Neonatal Tireotoxicose neonatal é rara Prevalência de Graves em grávidas: 0,2% (desses casos; 1-1,4%RN→Graves neon) Trab materno atravessa barreira placentária Hipertireoidismo fetal inicia na segunda metade da gestação: taquicardia, retardo mental, RCIU, parto premat, bossa frontal, craniossinostose Doença de Graves Neonatal Prevenção: PTU 150-300 mg/dia (gestante) Manter BCF<160 bpm ↑ PTU→bócio fetal e hipotireoidismo PTU é transferido no LM ( não contraindica a amamentação) Apresentações da doença: transitória e persistente Doença de Graves Neonatal Transitória: sintomas leves e recuperação espontânea, sem sequelas, sem recidivas. Pode durar até 3m. Termina quando Trab materno é degradado pelo RN Persistente: rara. Mãe pode ter ou não Graves. Sintomas graves. Quadro clínico ultrapassa período neonatal. Doença de Graves Neonatal Diagnóstico: - Sangue umbilical: TSH< 0,1um/L + níveis normais ou ↑ T3 ou T4 é sugestivo - Confirmação: T4, T4L e T3 ↑ : 2-5 dias vida Tratamento: - PTU: 5- 10 mg/kg/dia (8/8h) - Sol lugol ou sol de KI 10%: 1 gt (8/8h) Doença de Graves Neonatal - - - Tratamento Sem resposta 24- 48 h: ↑ dose Controle hipertireoidismo→suspender iodetos e↓ dose PTU para manter eutireoidismo Terapia prolongada: até certeza do controle do hipertireoidismo Após suspensão: manter vigilância HIPOTIREOIDISMO HIPOTIREOIDISMO • Inspeção Geral: lentidão mental e física óbvias • Mãos: edema da pele que está fria e seca, palidez das pregas palmares, pulso lento. • Braços: miopatia proximal • Face: pele amarelada (não a conjuntiva da esclera), espessada, madarose (perda ou escassez de sobrancelhas no terço externo), cabelos secos e pele fria. HIPOTIREOIDISMO • Pescoço: Pode haver bócio ou não. • Tórax: bradicardia, sinais de derrame pericárdico e pleural. • Pernas: Reflexo Aquileo “ reflexo retardado” – contração normal seguida por um retardo no relaxamento dos pés. Edema HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO SCREENING NEONATAL CRITÉRIOS Doença grave Sem clínica ao nascimento Tratamento eficaz Melhora o prognóstico com tratamento precoce Doença freqüente Teste barato, confiável, com baixo índice de falso positivo e falso-negativo Internacional Society of Neonatal Screening HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO HISTÓRICO PARACELSUS, 1603 SMITH, 1957 - tratamento antes dos 6 meses RAITH E NEWS, 1971 e KLEIN, 1972 - tratamento antes dos 3 meses HORMÔNIOS TIREOIDIANOS X SNC Proliferação e migração de neuroblastos Crescimento dendrítico e axonal Milelinização Hipotireoidismo Congênito Retardo Mental Baixa Estatura •Segunda doença endócrina crônica mais freqüente em pediatria – 1:4.000 nascidos vivos •Triagem neonatal a partir da década de 1970 mudou a história natural da doença LaFranchi, 1990 New England..., 1981 TRIAGEM NEONATAL DO HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO 24 milhões de crianças triadas por ano no mundo todo, com 6.000 a 8.000 novos casos de HC (LaFranchi, 1999) 30% do T4 materno atravessa a placenta e atinge o feto, protegendo-o do hipotireoidismo fetal EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-TIREÓIDE TRH TSH T3 e T4 HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO CAUSAS Disgenesias (ectopia, agenesia, hipoplasia) - 75 - 80% Defeitos de síntese de h. tireoidianos - 10 -15% Hipotireoidismo transitório 5 -10% Hipotireoidismo central - 2 - 5% HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO - HERANÇA Disgenesias maioria dos casos Defeitos recessivos de síntese esporádicas autossômico- na ETIOLOGIA DISGENESIAS TIREOIDIANAS • Mutações de genes que codificam fatores de transcrição tireoidianos PAX-8, TTF-1, TTF-2 • Mutações inativadoras do gene do receptor do TSH DEFEITOS DE SÍNTESE DE HORMÔNIOS TIREOIDIANOS • Defeitos de organificação e oxidação - mutações peroxidase tireoidiana • Defeitos da tireoglobulina - mutações do gene da Tg • Defeitos de transporte de Iodeto - mutações (sodium/iodide symporter) e da pendrina • Defeito na deiodinase Bócio não inicia no período neonatal da NIS HIPOTIREOIDISMO TRANSITÓRIO • Doença tireoidiana auto-imune materna (TRAb) • Exposição do feto ou recém-nascido a excesso de iodo • Deficiência de iodo • Prematuridade HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Ao nascimento Com 1 mês Anomalias associadas 5% 30% 10% MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Icterícia prolongada Hérnia umbilical Pele marmórea, seca, fria Obstipação Letargia, hipotonia Macroglossia, fontanela ampla Dificuldade de alimentação, choro rouco. 10% DOS CASOS DE HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO NÃO SÃO DETECTADOS POR QUALQUER PROGRAMA DE TRIAGEM TRATAMENTO E ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES COM HC Tratamento até 2 semanas de vida Levotiroxina (l-T4) 10-15µg/kg/dia Manter T4 total e T4 livre no limite superior do normal nos primeiros anos de vida Regularidade do uso Working Group on Neonatal Screening of the European Society for Paediatric Endocrinology, 1999 American Academy of Pediatrics, American Thyroid Association, Lawson Wilkins Pediatric Endocrine Society, 2006 PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM NEONATAL PORTARIA GM/MS no. 822 06 de junho de 2001 TRATAMENTO DOS PACIENTES COM HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO E FENILCETONÚRIA PORTARIA GM/MS no. 389 e 390 10 de junho de 2002 FUNDAMENTOS DO PROGRAMA Triagem neonatal Confirmação diagnóstica Acompanhamento e Tratamento Fonte: Min.Saúde (SIA/SUS) PROGRAMA DE TRIAGEM NEONATAL NO ESTADO DO PARANÁ Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional 1987 - Fenilcetonúria 1991 - Hipotireoidismo Congênito 1994 - Deficiência de Biotinidase 2001- Hemoglobinopatias e Fibrose Cística SCREENING NEONATAL Não começa ou termina com a detecção Abrange: tratamento, seguimento Mínimo de cada serviço: 100.000 exames por ano Internacional Society of Neonatal Screening PROGRAMA DE TRIAGEM NEONATAL PARA HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO NO ESTADO DO PARANÁ Gratuito e obrigatório para todos os recém-nascidos para as 5 doenças pesquisadas Coleta na alta hospitalar (3 dias em média, se alta precoce repetir na Unidade de Saúde) TSH por imunofluorometria Valor de corte 10 mu/L Chegada do exame - 8 dias Realização do exame – 2 dias FUNÇÃO TIREOIDIANA NEONATAL 18 80 10 TSH (uU/ml) T4 (ug/dl) T4 RNT TSH 40 T4 RNPT 1 2 3 4 5 dias de vida • TSH aumenta após o nascimento e atinge um pico com 30 minutos • T4 e T3 aumentam / Normalização após 48 horas Fisher DA et al. NEJM, TRIAGEM NEONATAL IDADE IDEAL DE COLETA Ideal entre 2 e 5 dias de vida Alta precoce (antes de 48 horas) colher na alta e repetir na Unidade de Saúde Permite diagnosticar os pacientes com hipotireoidismo Colher até 7 dias Working Group on Neonatal Screening of the European Society for Paediatric Endocrinology, 1999 American Academy of Pediatrics, American Thyroid Association, Lawson Wilkins Pediatric Endocrine Society, 2006 AVALIAÇÃO ETIOLÓGICA Avaliação inicial com dosagens séricas de T4 e TSH Avaliação da mãe (T4, TSH, TRAb) Avaliação após os 2 anos e 6 meses de idade Dosagens de T4 e TSH séricos Cintilografia de tireóide Ecografia de tireóide *Após a suspensão da levo-tiroxina por 30 dias. Estudo genético Homem de 44 anos, trazido pelo mãe. Retardo mental severo. Baixíssima estatura. Epífises ainda abertas, pele seca e grossa. Língua grossa. Ainda com dentição primária. Dentição secundária ainda não surgiu