MANEJO DE PASTAGENS CULTIVADAS EM REGIÕES SEMI-ÁRIDAS José Neuman Miranda Neiva1 Mercia Virgínia Ferreira Santos2 INTRODUÇÃO A zona semi-árida perfaz de 60 a 65% da área total do Nordeste (LIRA et al., 1990) e é caracterizada por áreas de solos rasos e pedregosos, baixa capacidade de retenção de água, elevada evaporação, potencialidade para erosão, altas temperaturas e irregularidade de distribuição das chuvas (DUQUE, 1980). Essas características, associadas a um manejo inadequado, contribuem para os baixos índices zootécnicos observados na região. Manejar corretamente pastagens é uma das tarefas mais árduas que os técnicos ou os produtores encontram numa fazenda de pecuária. De uma maneira geral alguns objetivos pretendidos pelos produtores são difíceis de serem atingidos simultaneamente. Os objetivos principais do manejo de pastagens são: a) manter elevada a densidade populacional das espécies mais palatáveis e aceitáveis pelos animais ao longo do tempo; b) equilibrar o fator produção e qualidade do pasto dentro de uma faixa razoável para ambos, uma vez que estes não podem ser maximizados simultaneamente; c) fornecer nutrientes em quantidade suficiente para os animais desempenharem suas funções produtivas como crescimento e produção de carne, lã e leite; d) tornar a produção das pastagens sustentável ao longo dos anos e acima de tudo mantendo o equilíbrio do ecossistema; e) manter relação harmônica entre solo, planta, animal e meio ambiente. Na região semi-árida nordestina, com raras exceções, não se tem dado atenção ao manejo das pastagens sejam elas cultivadas ou nativas. Normalmente são usadas taxas de lotação elevadas, que provocam baixo desempenho animal e acelerada degradação do solo. A cultura extrativista que caracterizou a exploração pecuária no nordeste, desde o descobrimento de Brasil a quase 500 anos atrás, tem diminuído os índices produtivos, degradado as áreas pastorís e consequentemente empobrecido o produtor de tal maneira que nas últimas décadas tem havido constante abandono de áreas que outrora foram produtivas. É sabido pela maioria dos técnicos que o simples ajuste na pressão de pastejo das pastagens poderia resolver boa parte dos problemas da pecuária nordestina. O simples fato de educarmos o produtor para uma exploração sustentável, aumentará consideravelmente a oferta de produtos animais na região. O manejo efetivo das pastagens possibilita a maximização da produção animal por meio do equilíbrio dos fatores produção de forragem e conversão animal. A produção de forragem é função das características da espécie vegetal e do manejo, bem como das condições edafo-climáticas. Por outro lado, a conversão animal é função das características inerentes ao animal, da composição química e digestibilidade da forragem e do nível de consumo da mesma. O objetivo desta palestra será discutir os princípios básicos de manejo de pastagens que possam contribuir para a elevação da produção animal no semi-árido nordestino. 2- TERMINOLOGIA SOBRE SISTEMAS DE PASTEJO -Manejo do pastejo - É a manipulação do animal em pastejo em busca de um objetivo definido em termos do animal, da planta, solo ou mesmo respostas econômicas. - Método de pastejo - São os procedimentos definidos ou técnicas de manejo de pastejo estabelecidas para que se consiga atingir objetivos específicos. - Sistema de pastejo - É a maneira a qual os períodos de utilização e de descanso das pastagens são arranjados dentro da estação de crescimento, tanto dentro como entre os anos. Na verdade um sistema de pastejo é uma combinação definida e integrada do animal, da planta, do solo e de outros componentes do ambiente e o(s) método(s) de pastejo pelo(s) qual(is) o sistema é manejado para atingir resultados ou objetivos específicos. -Intensidade de corte ou pastejo - É determinada pela altura de corte ou pastejo da planta. Quanto mais alto o corte ou pastejo, menor é a quantidade de forragem removida por unidade de planta, e consequentemente menor é a intensidade. -Freqüência de corte ou pastejo - Refere-se ao intervalo de tempo entre cortes ou pastejos sucessivos. -Persistência - É a habilidade de uma planta - É a quantidade de forragem sobreviver numa pastagem -Disponibilidade de forragem ou forragem disponível presente numa pastagem e que está disponível para os animais. Período de ocupação- É o período de tempo que uma área específica é ocupada por um grupo de animais ou por dois ou mais grupos de animais em sucessão. Período de descanso - É o período de tempo em que não se permite a utilização de uma área de pastagem, ou seja, permite-se o descanso da área. Taxa de lotação - É a relação entre o número de animais e a unidade de área utilizada durante um período especificado de tempo. Densidade de lotação ou animal - É a relação entre o número de animais e a unidade de área específica que está sendo pastejada em qualquer momento. Pressão de pastejo - É a relação entre o número ou peso vivo dos animais em pastejo e a quantidade de forragem disponível na pastagem. Capacidade de suporte - É a taxa de lotação máxima que irá permitir determinado nível de desempenho animal em um método de pastejo especificado, o qual poderá ser aplicado durante um período de tempo definido sem causar deterioração do sistema. Super-pastejo - Caracteriza-se pelo pastejo intensivo e freqüente das pastagens, acarretando danos à vegetação, com possíveis perdas de espécies forrageiras valiosas. Sub-pastejo - O pastejo se realiza a uma baixa pressão, o que permite a seleção da dieta pelo animal e o acúmulo de forragem. Manejo do pastejo - É a manipulação do animal em busca de um objetivo definido. Método de pastejo - É o procedimento definido ou técnica de pastejo estabelecido para atingir objetivos específicos. Dentro de um sistema de pastejo podem ser utilizados um ou mais métodos de pastejo. Sistema de pastejo - É a combinação definida e integrada do animal, da planta, do solo e de outros componentes do ambiente e o(s) método (s) de pastejo pelo (s) qual (is) o sistema é manejado para atingir resultados ou objetivos específicos. A literatura mundial tem apresentado muitas discrepâncias na terminologia usada para a área de manejo de pastagens. Visando padronizar a terminologia a American Forage and Grassland Council reuniu pesquisadores de várias regiões do mundo e publicou em 1992 a “TERMINOLOGY FOR GRAZING LANDS AND GRAZING ANIMALS” . As várias definições dadas nesta palestra foram baseadas nesta publicação. 3- CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PASTEJO Embora existam classificações bastante complexas para os sistemas de pastejo (LACEY e VAN POOLEN, 1979; VALLENTINE, 1990), para as condições brasileiras e mais especificamente para o nordeste, onde as técnicas de manejo do pastejo são simples, a classificação proposta por LEWIS (1983) parece mais adequada. Segundo este autor os sistemas simples de pastejo devem ser agrupados em: a) Sistema contínuo b) Sistemas diferidos c) Sistemas “com descanso” d) Sistemas rotacionados e) Sistemas combinados A escolha do método de pastejo a ser adotado pode ser apenas em função da preferencia pessoal do produtor, entretanto, as escolhas mais acertadas sempre são aquelas baseadas no conhecimento da fisiologia das plantas utilizadas acopladas com o tipo de animal e nível de produção que se deseja obter. Normalmente vários fatores podem interferir na adoção do método de pastejo como disponibilidade e localização da água, topografia do solo, disponibilidade de recursos financeiros para fazer cercas, comprar adubos, plantio de forrageiras e ainda a manutenção do sistema ao longo do tempo. O método escolhido deve ser o mais lucrativo e nenhum deles servirá para todas as fazendas. Devemos entender que cada propriedade apresenta peculiaridades que a torna diferente das demais. 3. MÉTODOS DE PASTEJO 3.1. LOTAÇÃO CONTÍNUA OU ROTACIONAL O manejo do pastejo implica um grau de controle tanto sobre o animal como do pasto. O pastejo contínuo e o rotacional representam os dois extremos no manejo do pastejo. O pastejo contínuo é caracterizado pela presença contínua e irrestrita de animais em uma área específica durante o ano ou estação de pastejo. O pastejo contínuo normalmente é utilizado em pastagens nativas ou naturais onde se obtém menores taxas de produção, destacando-se entretanto que o mesmo pode ser em muitos casos intensificado assim como o é o pastejo rotacionado. Outro aspecto que deve ser destacado é que mesmo num sistema de pastejo contínuo não se admite a ausência total das cercas divisórias pois os animais devem ser separados em categorias (idade, sexo, espécies e etc). Por outro lado, o pastejo rotacionado é caracterizado pela subdivisão das pastagens e utilização por períodos de tempo limitado, seguido de um período de descanso. Existem grandes divergências sobre qual método de pastejo utilizar. Embora a literatura seja rica em informações, os resultados são contraditórios (MANNETJE et al 1976; MORLEY, 1981; BLASER, 1982; THOMAS e ROCHA,1985; MARASCHIN, 1994; RODRIGUES e REIS,1997). Segundo GARDNER e ALVIM (1985), essa divergência não deveria existir, uma vez que o pastejo a ser adotado está condicionado a alguns fatores como tipo de planta a ser utilizada, clima da região, espécie a ser utilizada e tipo de solo dentre outros. RODRIGUES e REIS (1997) comentaram que qualquer sistema de pastejo poderá resultar em ótimo desempenho animal, dependendo do consumo de energia, o qual está relacionado com a disponibilidade de forragem, proporção de folhas na pastagem, digestibilidade e consumo. Já BLASER (1982) afirma que a produção animal por hectare obtida em diferentes métodos de pastejo depende das características morfológicas das plantas e da freqüência, da Intensidade e da época de utilização das pastagens. Nas condições do nordeste brasileiro, poucos trabalhos foram feitos comparando os vários métodos de pastejo. MANNETJE et al (1976) revisaram os resultados de 12 experimentos de pastejo nos trópicos e verificaram que em 8 experimentos o pastejo contínuo foi superior, enquanto nos demais experimentos os resultados se assemelharam. Segundo GARDNER e ALVIM (1985) para que o pastejo rotacionado resulte em aumento da produção animal, e consequentemente se obtenha maior lucro, é necessário que haja aumentos na produção ou na qualidade das pastagens, aumento no consumo animal, maior Persistência das espécies forrageiras ou melhor controle de parasitas no animal. Os referidos pesquisadores afirmam que com baixas taxas de lotação, provavelmente, não haverá aumentos de produção em função do pastejo rotacionado. Também MORLEY (1981) afirma que a pesquisa mundial tem encontrado pequenas vantagens em favor do pastejo rotacionado apenas em altas lotações. Este fato foi observado por RIEWE (1985), que detectou uma interação entre a taxa de lotação e o método de pastejo. Com taxa de lotação leve ou moderada o desempenho animal sob pastejo contínuo pode ser igual ou superior ao obtido em pastejo rotacionado. Por outro lado, conforme pode ser visto na figura , o pastejo rotacionado favoreceria o desempenho animal em pastagens onde se utilizam taxas de lotação mais altas. Nas condições do semi-árido nordestino, onde o período de produção das pastagens é curto e as espécies utilizadas apresentam potencial de produção relativamente baixo, a utilização do método de pastejo rotacionado intensivo deve ser utilizado com reservas. O elevado custo para construção e manutenção de cercas divisórias certamente contribuirão para elevação do custo de produção, principalmente se se utilizar as espécies caprina e ovina, que exigem cercas mais elaboradas. Deve ser destacado entretanto, que as espécies forrageiras utilizadas, como mencionado anteriormente poderá influenciar sobre o sistema de pastejo utilizado. No caso específico do nordeste, devemos salientar por exemplo que a utilização de pastagens consorciadas, principalmente com leucena, tem se mostrado problemática em sistema de pastejo contínuo. Nesse caso são necessários artifícios como o uso de legumineiras que são áreas exclusivas de leguminosas. PASTEJO DIFERIDO O pastejo diferido, também chamado protelado, é caracterizado pelo descanso de determinadas pastagens ou parte destas, antes do período de seca, para permitir o acúmulo e a conservação da forragem e ainda permitir a revigoração e ressemeio natural dos campos. Esta prática deve ser aplicada de forma alternada nas áreas de pastagens, com intervalos de alguns anos. Esse manejo, evidentemente, pode resultar em perdas da quantidade e qualidade da forragem reservada, assim como ocorre também com outras formas convencionais de conservação como a fenação e a ensilagem. GARDNER e ALVIM (1985) consideram entretanto que este fato pode ser desprezado, se for considerado que a maioria das propriedades possui categorias de animais que em determinadas épocas do ano, precisam ser mantidas a baixo custo. RODRIGUES e REIS (1997) cita como vantagem do pastejo diferido o fato de dispensar investimento em máquinas utilizadas na conservação de forragem. Já CORSI (1976) e MARASCHIN (1986) salientam que a eficiência do pastejo diferido esta estreitamente associada com a qualidade que a planta forrageira, na área diferida, teria na ocasião de ser consumida. Fica evidente que o aspecto bio-econômico do método de pastejo diferido não é muito claro. Segundo GARDNER e ALVIM (1985) o êxito do método de pastejo diferido depende muito da lotação animal, do clima e duração do período de restrição alimentar. Atualmente, a utilização de suplementos múltiplos na alimentação dos animais durante a seca tem tornado o diferimento bastante popular entre os criadores, uma vez que o uso desses suplementos está condicionado à disponibilidade de forragem em nível elevado. EFEITOS DA DISPONIBILIDADE DA QUALIDADE DO PASTO SOBRE O CONSUMO PELOS ANIMAIS Na literatura revisada, observa-se que é elevado o número de fatores que afetam o consumo pelos animais a pasto. A quantidade e qualidade da forragem consumida influenciam o consumo em condições de pastejo, e essas se modificam ao longo do período de pastejo. Estes fatores devem ser considerados ao se definir o manejo a ser adotado, para que se possa proporcionar condições para níveis de consumo que satisfaçam as exigências de cada categoria animal. Inicialmente a maior parte dos trabalhos existentes na literatura que tratavam dos fatores que afetam consumo voluntário foram com espécies temperadas. Na década de setenta, Stobbs e colaboradores iniciaram um maior número de estudos desses fatores em espécies tropicais. Entretanto, em condições brasileiras, ainda são poucos os trabalhos que tratam deste assunto, principalmente com forrageiras de zona semi-árida. O consumo de forragem de animais a pasto, para FORBES (1988), é controlado pela estrutura da pastagem e pelos efeitos da forragem ingerida no sistema digestivo, sendo então controlado pelo complexo fome-saciedade. A qualidade, principalmente proporção de folhas e conteúdo de parede celular, quantidade de biomassa presente, espécie forrageira e palatabilidade, são fatores inerentes à pastagem que podem afetar o consumo voluntário de forragem. As características estruturais do pasto, como altura, relação folha/caule e densidade afetam o consumo por infuenciarem o tamanho do bocado, taxa de bocado e tempo de pastejo. Segundo MINSON (1981), em pastagens novas, com mais de 1000 kg de matéria seca/ha, os animais, geralmente, não têm dificuldade de satisfazer suas necessidades, uma vez que estes levam grande quantidade de forragem em cada bocado. Quando a produção de forragem está abaixo de 1000 kg (STOBBS, 1973), o tamanho de bocado diminui abaixo do crítico de 300 mg de matéria orgânica. Entretanto, em pastagens de clima tropical, o consumo de forragem não é uma proporção fixa da forragem presente ou disponível (HUMPHREYS, 1991). Tratando-se dessas pastagens, onde há acúmulo sazonal de material morto, o consumo é assintoticamente relacionado com a disponibilidade de matéria seca verde (EUCLIDES, 1989). Esse aspecto é muito importante nas pastagens cultivadas na região semi-árida considerando que as grandes variações climáticas e seus efeitos afetam a taxa de aparecimento e senescência de folhas comprometendo a oferta de matéria seca verde. De uma maneira geral,, pode se admitir que as espécies adaptadas à seca apresentam ciclos de produção mais curtos e isto afeta diretamente a porcentagem de matéria seca verde das pastagens, uma vez que completado o ciclo de crescimento é acelerado o processo de senescência. Segundo STOBBS (1975), a natureza heterogênea das pastagens tropicais, que normalmente apresentam baixa densidade de folhas nas camadas superiores do pasto, dificulta o pastejo seletivo dos animais. Essa dificuldade de pastejo seletivo é compensada pelo aumento do tempo de pastejo (STOBBS, 1970) e pelo aumento do número de bocados por minuto (STOBBS, 1974). Para STOBBS (1973), a densidade do relvado, incorporando baixo conteúdo de caule e alta relação produção de folhas/altura, é o fator principal afetando o tamanho do bocado de bovinos em pastejo CHACON e STOBBS (1976) observaram que a folha é o mais importante componente do pasto e, portanto, que a produção de folha, porcentagem de folha e a relação folha/caule são as principais características estruturais que influenciam o consumo por animais em pastejo. Nesse aspecto, vale ressaltar que o capim-buffel que é uma das espécies mais utilizadas no Nordeste do Brasil, apresenta baixa relação folha/caule e que essa relação torna-se menor durante o período seco. Esse fato certamente pode comprometer o consumo de forragem dos animais. Como pode ser visto a quantidade e a qualidade da forragem ingerida são sem dúvida alguma os principais fatores afetando o desempenho dos animais. Conforme pode ser visto na figura 2, a pressão de pastejo influência o ganho de peso por animal. A produção por animal decresce à medida que a pressão de pastejo passa de uma condição de subpastejo para uma condição de pressão de pastejo ótima, que apresenta uma amplitude de variação em função das espécies, das condições edafo-climáticas e do grau de pastejo seletivo. A produção por hectare mostra um aumento muito rápido na medida em que a pressão de pastejo aumenta de uma condição de subpastejo até uma faixa ótima. É importante salientar que havendo disponibilidade de forragem, mesmo que esta não apresente a qualidade ideal, o pastejo seletivo feito pelos animais, permite que os mesmos consumam uma forragem de qualidade razoável. Imaginando um caso extremo de ausência de forragem, não haverá consumo, não havendo consequentemente a produção animal. Este fato é melhor entendido observando se a figura 3, onde fica demonstrado claramente que só haverá produção animal a partir do ponto onde o consumo de forragem supera as exigências de mantença. Um dos principais aspectos que o produtor deve entender é o quanto de forragem consumida pelo animal que é direcionada para suprir as exigências de mantença e aquela que é dirigida para produção (leite, carne e lã). Para a exigência de mantença vai maior parte do alimento consumido pelos animais e portanto devemos procurar otimizar a produção pois quanto menor for a quantidade de forragem oferecida, acima do atendimento de mantença, maior será o consumo de alimento para cada quilograma de leite, carne ou lã produzidos. No quadro 1, pode-se observar mais claramente este fato. Nota-se que para um novilho ser recriado (de 150 a 450Kg de peso vivo) podem ser gastos 1903 Kg de matéria seca e 224 Kg de proteina durante 273 dias se o animal estiver ganhando 1,10 Kg/dia ou 7320 Kg de matéria seca e 652 Kg de proteína durante 1200 dias, se o mesmo animal estiver ganhando 0,25 Kg/dia. Analisando este fato, alguns pontos devem ser destacados: a- Se considerarmos o teor de matéria seca do capim como 20%, podemos concluir que um animal ganhando 1,10Kg/dia precisa ingerir 31,7 Kg de forragem para ganhar 1,00 Kg de peso vivo, enquanto se o mesmo animal ganhando 0,25 Kg/dia precisa ingerir 122 Kg de forragem para ganhar 1,00 Kg de peso vivo. Como pode ser visto no exemplo acima, ao contrário do que pensam alguns produtores, o que onera o produto animal, não é manter animais em pastagens com alta disponibilidade de pasto e sim mantê-los com taxas de ganho diário reduzidas e por período de tempo longo. b- Se observarmos, o tempo gasto para o animal com ganho de 0,25 Kg/dia atingir 450Kg de peso vivo (1200 dias) e o tempo necessário para o animal ganhando 1,10 Kg/dia (273 dias) atingir o mesmo peso, notamos que numa condição prática, poderíamos recriar 4,4 animais (1200 dias/273 dias=4,4) com taxa de ganho de 1,10 Kg enquanto se engorda um único animal com taxa de ganho diário de 0,25 Kg/dia. c- Devemos entender que a medida que se eleva o fornecimento de nutrientes acima da exigência de mantença, a eficiência de conversão alimentar também aumenta. Fica claro que sempre que se mantiver os animais em condições de baixa disponibilidade de pasto a eficiência de conversão alimentar será diminuída. d- Mantendo-se animais com maiores taxas de ganho de peso diário, a idade de abate será diminuída, atendendo ao mercado consumidor, que exige carne de animais mais jovens e obviamente de melhor qualidade. QUADRO 1- Requerimentos de matéria seca e proteina por um novilho para recria, dos 150 aos 450 Kg de peso vivo. GPD (dias) Tempo necessário (dias) Requerimento total Matéria seca (Kg) 0,25 1200 7320 0,50 600 4460 0,75 400 3052 1,10 273 1903 Adaptado de BLASER e NOVAES (1990) Proteína (Kg) 652 434 310 224 Embora todas essas colocações feitas acima sejam procedentes, o manejo correto das pastagens envolve outros fatores que não podem ser esquecidos. Infelizmente, numa região como a semi-árida nordestina, processo de produção intensivos a pasto nem sempre são viáveis economicamente pois seria necessário suplementar os animais durante boa parte do ano. Não podemos esquecer ainda que sistemas de pastejo intensivo nessa região, se mal executado, levam invariavelmente à degradação do ecossistema, que é bastante frágil. 5. AJUSTE DA PRESSÃO DE PASTEJO Um dos maiores problemas para o manejo das pastagens é o ajuste da pressão de passtejo exercida ao longo dos anos de utilização. Na região nordeste este fato torna-se mais grave pois normalmente se utiliza mais de uma espécie animal nas pastagens, o que dificulta o ajuste da pressão de pastejo. O uso da equivalência de unidade animal (EUA) para ajustar a pressão de pastejo numa determinada área é uma das ferramentas mais utilizadas no mundo e vem sendo desenvolvida de forma que se possa considerar as categorias e espécies animais em pastejo de forma mais comum e uniforme. Vários fatores tem sido propostos como base para a equvalência de unidade animal: peso vivo (PV), peso metabólico (PV0,75), exigência de energia, ingestão de energia, exigência de matéria seca e ingestão de matéria seca. Destacamos entretanto que qualquer um dos fatores utilizados podem apresentar falhas e as particularidades de cada região, fazenda, tipo de pastagens e etc, podem tornar os fatores mais ou menos eficientes. O primeiro fator a ser utilizado para a equivalência de unidade animal foi o PV, onde segundo STODART e SMITH (1955), uma vaca pesando 1000 libras (450 Kg) corresponderia a 1 (uma) unidade animal (UA). Os referidos autores não levavam em consideração o estado fisiológico e a categoria animal. A partir daí passou a se fazer transformações diretas do peso vivo para UA, como por exemplo: 10 ovelhas de 45 Kg de PV = 1 UA ou 1 garrote de 225 Kg = 0,5 UA. Essa transformação não leva em conta se o animal está em lactação ou não, ganhando peso ou apenas se mantendo e o que é mais grave, assume que a ingestão de matéria em relação ao peso vivo é constante para todas as categorias e espécies animais. Na região nordeste, pode se admitir que tais transformações, se sugeridas em Universidades, Centros de Pesquisas e Agências Financiadoras de projetos agropecuários poderão ser um importante fator de degradação de pastagens e mesmo da baixa produtividade dos rebanhos. Considerando as falhas supra citadas LEWIS et al (1956), propôs que a EUA fosse feita a partir do peso metabólico, sugerindo a seguinte fórmula para transformação: EUA= PV0,75 /4500,75 Se considerarmos esta fórmula para se fazer a EUA de uma ovelha Santa Inês com 45 Kg de PV, teríamos o seguinte resultados: EUA= 450,75 /4500,75 EUA= 17,37/97,70 EUA= 0,18 UA Como pode ser visto, se se comparar o resultado obtido na transformação via peso metabólico, com aquele obtido pela transformação direta do PV, onde 1 UA= 10 ovelhas de 45 Kg ou 0,1 UA, nota se que a transformação direta do PV, subestima o valor de EUA. Desta forma, fica claro que se utilizar a equivalência de unidade animal calculada apenas com o PV animal, pode se exercer uma pressão de pastejo 80% maior do que se deseja, pois onde se deveria colocar 0,1 UA, será colocado 0,18 UA que é o que representaria uma ovelha de 45 Kg de PV. Já a SOCIETY FOR RANGE MANAGEMENT (1974) definiu UA como sendo uma vaca adulta de 450 Kg de PV ou seu equivalente consumindo aproximadamente 12 Kg de matéria seca por dia. Scarnecchia (1985) citado por VALLENTINE (1990) reconhece esta definição como baseada tanto no PV como no peso metabólico, pois foi essencialmente baseado no potencial de ingestão diário ou demanda animal. Este autor concluiu que unicamente a exigência animal por forragem, isto é, o potencial de ingestão, permite comparações dentre as categorias de animais de uma mesma espécie ou de espécies diferentes, sendo portanto o melhor método para se fazer EUA. VALLENTINE (1990) definiu demanda animal como o potencial de ingestão de matéria seca na forma forragem por herbívoros ungulados baseado somente em fatores ligados ao animal como tamanho e condição corporal, estágio do ciclo de vida , estágio de produção e etc. Fica evidente que se excluiu nesta definição as interações pastagem animal e ambiente animal que poderiam afetar o consumo em situações específicas. O que se deve assumir é que o ajuste da pressão de pastejo nas condições do nordeste brasileiro é uma tarefa complexa para técnicos e produtores. Baseado nas dificuldades de se ajustar a pressão de passtejo, principalmente nas condições nordestinas, sugere-se que pelo menos algumas medidas sejam tomadas de imediato: 1- Eliminar o uso de transformações diretas baseadas em peso vivo (Ex: 10 ovelhas (45 Kg de PV) = 1 vaca de 450 Kg de PV), principalmente nas agencias financiadoras de projetos agrícolas. 2- Utilizar o peso metabólico como fator de transformação de equivalência de unidade animal, pelo menos em projetos mais amplos onde maiores detalhamentos são inviáveis. 3- Em propriedades mais organizadas e com melhor nível de gerenciamento, utilizar o peso metabólico e a ingestão de alimento para ajuste mais preciso e seguro. 6. CONSERVAÇÃO DE FORRAGEM COMO FERRAMENTA DE MANEJO DE PASTAGENS Em regiões onde a produção das plantas forrageiras apresentam forte estacionalidade, devido a fatores climáticos, a conservação de forragem para suplementar animais durante o período de escassez torna-se de extrema importancia. Em revisão sobre o assunto, GARDNER e ALVIM (1985) comentam que a lotação animal interage fortemente com a conservação de forragem. Quando a lotação é baixa a forragem disponível está em excesso, podendo ser conservada, porém nem sempre há necessidade. Pela figura 4, pode-se observar que, aumentando se a lotação animal, a quantidade de forragem deixa de ser excessiva, enquanto a necessidade de conservação torna-se cada vez maior (Hutchinson (1971) citado por GARDNER e ALVIM (1985)). Como pode ser visto, a conservação de forragem contribui para o aumento do número de animais na propriedade. Devemos entender entretanto que o simples fato de se armazenar alimentos não garante que todos os problemas oriundos da seca sejam superados. É de se esperar que em anos de seca não haverá excesso de forragem para ser conservada, a menos que o alimento conservado seja oriundo de áreas irrigadas e não das pastagens. 7. USO DE SUPLEMENTAÇÀO ALIMENTAR COMO FERRAMENTA DE MANEJO DE PASTAGENS Nos últimos anos a suplementação alimentar de animais em pastejo tem sido bastante difundido entre os criadores. Normalmente, são usados suplementos que podem equilibrar nutricionalmente a dieta dos animais, uma vez que as mesmas são compostas por gramíneas tropicais que são caracterizadas por apresentarem baixos conteúdos de energia e proteína. Nas condições do Nordeste brasileiro deve-se admitir que se os animais passarem o período seco em pastagens sem suplementação, não se deve esperar produção, uma vez que o pasto disponível dificilmente fornece nutrientes suficientes para mantença e produção. Segundo CARDOSO (1997), do ponto de vista técnico, a suplementação para animais em pastejo é empregada quando a pastagem apresenta deficiências que impeçam o animal de produzir ou se reproduzir. Há casos extremos onde é necessário que toda a alimentação seja fornecida aos animais para sobrevivência, extrapolando o conceito de suplementação. Uma das condições básicas para se utilizar a suplementação é haver elevada disponibilidade de massa forrageira na pastagem, que normalmente no período da seca é de baixa qualidade. Sendo assim a suplementação atuará aditivamente à dieta, as vezes modificando a condição metabólica ruminal ou do próprio animal e assim melhorando o desempenho dos mesmos. Os suplementos fornecidos aos animais em pastejo podem ser classificados em três grupos: n Suplementos energéticos n Suplementos protéicos (ou nitrogenados) n Suplementos inorgânicos Os suplementos inorgânicos são representados principalmente pelos minerais, que em regiões tropicais devem ser utilizados rotineiramente. Sendo assim a decisão sobre que tipo de suplemento deve ser usado depende segundo Lusby e Armbruster (1976) citado por CARDOSO (1997) dos seguintes fatores: conhecer as exigências dos animais, estimar o que está disponível como forragem e fornecer somente os nutrientes necessários para preencher a diferença entre o disponível pela forragem e a exigência nutricional dos aniamis. O principal fator para a decisão da suplementação porém é a relação custobenefício, que torna a viabilidade da mesma variável de acordo com a região onde se localiza a propriedade. No Nordeste brasileiro, opções como farelo de castanha cajú, subprodutos da indústria de sucos, dentre várias outras, também viáveis podem ser utilizadas. 8. ESTRATÉGIAS DE MANEJO A SEREM ADOTADAS EM ANOS DE SÊCA Em regiões semi-áridas a ocorrencia de anos secos é uma realidade. Todas as técnicas de manejo de passtagens podem ser comprometidas nesses anos e tal fato dificulta um planejamento de uso das pastagens a longo prazo. SAVILLE (1981) comenta vários procedimentos que poderiam ser adotados para se prevenir dos efeitos deletérios da seca. Baseado nas informações dadas pelo referido autor será feita uma síntese de algumas medidas preventivas e outras emergênciais. 8.1. PREPARO PARA A SECA Muitos fazendeiros, baseado nas suas experiências pessoais ou informações de Instituições de meteorologia, tomam conhecimento de uma provável seca antes da sua caracterização efetiva. Algumas medidas preventivas podem ser tomadas e incluem oss seguintes passos: a) Ajuste da taxa de lotação - Vários aspectos justificam um ajuste na taxa de lotação das pastagens. Se não se fizer um ajuste, o processo de degradação das pastagens é intenso e em muitas áreas, frequentemente, população das espécies das espécies de interesse forrageiro, baixam a níveis próximos de zero. Devemos entender que como não há um crescimento adequado das forrageiras, os animais tendo menor disponibilidade de forragem apresentarão pior desempenho produtivo. É comum, o produtor relutar em descartar animais e no final de uma seca perdê-los, pois a deficiência alimentar é de tal ordem, que culmina na morte de animais. b) Distribuição de pontos d agua - Em muitos casos, onde as opções de aguadas são limitadas, a melhor distribuição das mesmas é um fator que ajuda a contornar alguns problemas, pois o fato dos animais percorrerem longas distancias a procura de água, aumenta o seu gasto energético, que quando em condições de baixo nível alimentar acelera perda de peso dos mesmos. Uma sugestão simples, mas muito funcional é utilizar no início da seca, pastagens mais afastadas dos grandes reservatórios de água. Apenas depois de exauridas todas as outras fontes de água é que se deve iniciar a utilização das pastagens mais próximas destes reservatórios. c) Armazenamento de alimentos - Embora já comentado anteriormente, vale ressaltar que havendo alguma probabilidade de ocorrência de sêca, deve se agilizar o processo de produção e conservação de forragem e armazenamento de outros alimentos. O produtor sempre que possível deve procurar adquirir alimentos no início do período seco quando os preços são mais baixos. Também o uso de subprodutos da agroindústria, é uma boa alternativa, principalmente naquelas fazendas próximas a regiões produtoras. Há que se destacar que como se sugeriu anteriormente, o descarte de animais, antes do início, gera recursos que poderão ser destinados à compra de alimentos que seriam utilizados no período de maior escassez. Outro ponto importante a ser levantado é que a organização de grupos de produtores para se fazer compras de alimentos em conjunto, é uma boa alternativa, até porque, produtores mais organizados forçam o governo a criar políticas mais justas para se combater os efeitos da seca. 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS a) Para o sucesso da exploração pecuária no semi-árido nordestino, a ocorrência da seca deve ser encarada como uma realidade e não como um evento de ocorrência esporádica. Dentro deste contexto, um manejo racional das pastagens é de extrema importancia, uma vez que a ocorrência da seca torna a pastagem mais susceptível à degradação. b) Um mellhor ajuste da pressão de pastejo nas regiões semi-áridas é a técnica mais apropriada para que se obtenha bons índices produtivos de maneira sustentável. É preciso que seja trabalhado a nível de produtor, novas idéias a cerca de produção por unidade de área e se elimine conceitos já arraigados como número total de animais. O produtor precisa de conceber a idéia de que um pequeno número de animais bem alimentados, pode dar mais lucro do que um grande número em estado de subnutrição. c) Embora os produtores esperem que possa surgir um capim milagroso, que se adapte à região semi-árida e dispense técnicas de manejo de pastagens, sabe-se que tal fato jamais ocorrerá. No momento, o melhor caminho que se tem a seguir é manejar bem as gramíneas já existentes, pois apenas com a utilização de técnicas de manejo adequadas pode-se alcançar índices produtivos bastante superiores ao obtidos no momento. 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO FILHO, J.A. Manejo de pastagens em regiões semi-áridas. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DE PASTAGENS, 4, 1977, Piracicaba, SP. Anais ... Piracicaba, SP: ESALQ, 1977. p.164-176. BLASER, R.E.; NOVAES, L.P. Manejo do complexo pastagem-animal para a avaliação de plantas e desenvolvimento de sistemas de produção de forragens. 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