Rev, do 8.P.A.
ESTUDOSOBREUMAESPECXiDE “LINATUS"
_ QUESE CRLi EM:BURACOS
DE PAU
( Dipt,Culicidae)
Do Instituto de Biolo
No presente trabalhu trato de uma especie de mosquito do genero
Linctus que vinha observando, ha tempos, em S50 Paulu, em material
provenientede f6cos que se. criam na agua contida em buracos de pau,
na serra do CubaGo.
Meu estudo, porem, s6 @de ser concluido graqas a A. da Costa
Lima, do Instituto Oswald0 Cruz, e C . de1 Ponte, da Rockfeller Foundation, que me of fereeeram a opportunidade de examinar urn material
mais abundante da especieem questso. A ambos cordialmente agradeqo.
Li+92&4~ fkmisetosus
n.sp.
8 Vertke (occipicio) revestido de escamasobtriangulaneslargas; as da
parte dorsal escuras, corn brilho metallico azul e Verde, algumas clams,
d,ouradas,em &ma, formando urn grupo ao nivel da junc@o dos olhos;
as da regigo infer0 lateral brancas,nacaradas; corn duas cerdas longas proclinadas,pardo claras, entre OSolhos e algumas escuras,mais curtas, ao
longo da borda ocular. Olhos separadas. Ha uma proeminencia adiante,
entre 0s.mesmos,coberta de pollen branco brilhante. Clypeo parda claro,
corn abundante pollen branco brilhante. Proboscida (Est. 2, fig. I)
acotovellada,podendo apresentar-setambem distendida, corn spice forten;entedilatado e corn uma constric$o pre-apicillar (articula@o dos label10s). Revestida de escamasespatuladasestreitas, na maiar part? pardas
cornbrilho de cobre; mais claras na regi5o ventral do cotovello; as dorsaes,
da regiga do cotovello ati a altura da art.ioula#o dos labellos corn ligeiro
Erilho azulado; as que revestem a base dos labellos,assim coma as ventraes
da proboscidalogo abaixo destes,Go negras e erectas; logo abaixo destas
existe uma mancha triangular de escamasclaras, corn brilho metallic0 azul
claro, que termina ao nivel da inser$io de duas cerdas. A dilata@o apical comesa quasi corn a mancha ventral azul, a meia distancia entre o
acotovellamentoe o spicei da proboscida. Labelh
bem desenvolvidos
;
corn a extremidade arredondada, pardo-Clara e corn pequenospellos erectos; corn a base revestida de eseamaspretas erectas. Palpos extremai
tnente curtos, corn pequenasescamaspardas e alguns pellos etectos. Antmw plumosas; .t6ros pardo-amarellados,corn pollen branco brilhante,
.
1935.
Castro
.-_---. ~~~~~~~~~::N;:P,‘_A,---.2zzr-_-_---_-___-_~;
-z a
ii4
,
revestidus de numerosas cerdas pequenas e louras; primeiro art&lo
do
flagella curto, castanho, corn pellos esparsos, e algumas escamas espatuladas; os demais longos, castanhos, C~WI verticillos basaes de pellos, tambem castanhos, e alguns pellos curtos, da mesma c6r, esparsos, except0 o
uttimo que tern o verticillo basal pouco desenvolvido e maior numero de
Fellos curtos; 0 ultimo e penultimo articulos 60 do mesmo comprimento
que OS precedentes; articula@es brancas, transparentes, except0 a do 1.0
e 2.0 segmentos que parecem fundidos num so.
Prmoto anterior (lobos prothoracicos) bem desenvolvido, hem separ&do na linha mediana, corn escamas elipticas, largas, amarellas corn brilho
de ouro; corn cerdas pardo-clams no bordo anterior, mais desenvolvidas
,
em cima. Pronoto posterior completamente revestido de escamas semelhantes 5s do pronoto anterior. Mesomto revestido de escamas lanceoladas,
largas, escuras corn brilho metallico violaceo (,e azul) e, claras, c6r de
ouro (ou de cobre), formando o seguinte desenho: as car de our-o, que
de festo Go mais escuras e metallicas que as do pronoto posterior, occupam I) t.rma faixa na linha mediana, que vae desde a borda anterior
do mesonoto ate quasi ao meio do mesmo; 2) 2 alqas corn concavidade
.dirigida para f&a, de cada lado do mesonoto, isto C, seguindo ao long0
. da sutura do escudo e, pouco antes da linha mediana, encurvando-se e
dirigindo-se para f6ra e para traz ate encontrar a beira do escudo entre
.as asas e o escutello, onde ha urn tufo de cerdas Iongas e pardo-claras;
as escamas escuras ficam assim repartidas em &co manchas, 2 anterolateraes, 2 lateraes e uma posterior mais longa, lembrando uma fig-m-a
-eztylisada de urn trevo de quatro folhas corn sua haste. Algumas cerdas
par-do-clams na parte anterior do mesonoto e duas preescutellares es.curas: Escutello trilobado, corn escamas elipticas, largas, amarello-dourado-pallidas, na base ; e obtriangulares pardas, relativamente mais es. treitas, corn fraco reflex0 azulado, nos lobos ; cerdas dos lobes pardo- _ claras e bem desenvolvidas. Postmto castanho claro, carenado, poste:riormente corn urn tufo de cerdas louras. Flew-as: mesopleura reves,tida de escamas douradas coma as do pronoto posterior ; sem cerdas postespiraculares. Cerdas espiraculares substituidas por urn tufo de escamas
tambem douradas. Esternopleura e meso-epimero corn escamas obtriangulares menores e de car branca de nacar, amarelladas apenas no tubercula
prealar e ao nivel das cerdas superiores do meso-epimero; OS demais esCleritos desnudados; cerdas esternopleuraes superiores (ljrealares) e in.feriores, &&n coma super-i&s do meso-epimero presentes.
.
-Asas - membrana hyalina revestida de microtricbios; peciolo de R2
cerca de z,7 (2,4 - 2,7 - 2,8 - 3) e peciolo de MI
certi de I ,2 menores’
que as cellulas correspondentes; r-m mais’ proxima do spice que Y-cu,
dimer&io do afastamento menor que ,a do comprimento de r-m; nervuras
revestidas de escamas espatzlladas largas corn spice asimGtrico, -castanhas
1935.
Gastro
,
X
ESTUDO
SOBRE
UMA
ESPECIE
DE
“LIMATUS”
145
cam f races ref lexos azul-Verde ; algumas mais largas e corn spice arre-
dondado, na parte apical da asa; lineares, curvas e sub-erectas, principaln.ente ao long0 da nervura i‘n, ate a inser@o de wn. Nervura awzeon-rspice
encurvado fortwte.
Balancins amarellos corn OS capitulos obscurecidos.
Patas - Quadris corn escamas brancas ck de nacar, coma as da estcrnopleura e mesoepimero . Pernas revestidas de escamas espatuladas
estreitas, pardas, corn f race brilho azul esverdeado ; f I, fz e f 3 corn escanlas crime douradas, em baixo em toda sua extensso, em f3 mais claras,
tornando-se brancas junto ao hpice; t3, basitarso 3, corn escamas brancas
em baixo, na face anterior, em toda sua extensgo, Segundo art&lo tarsal
posterior corn escamas bran&; em baixo, em toda sua extensSo, except0
uma pequena por@o no spice, terceiro, corn escamas brancas, no lado inferior ao longo da metade basal, quart0 corn urn pequeno grupo de
taes esamas na base e quint0 corn escamas brancas ao long0 de todo
seu lado inferior; t2. corn marca@o analoga a de t3, por&m muito menos
conspicua; 3.O, 4.O c 5.” articulos tarsaes do par media quasi que inteiramente brancos, except0 uma estreita linha dorsal longitudinal de escamas
castanhas;. conv&m notar que as escamas da face inferior das tibias e
tarsos, &o mais claras que as dorsaes; nos outrus pares, 0 que n50 se
deve confuridir corn as brancas. acima indicadas ; tibias anteriores e mkdias
corn escamas brancas, em baixo tambem, o que 4 menus pronunciado nas
anteriores; o Spice da tibia e a base do basitarso posterior-es dilatados e
corn algumas escarnas erectas do lado interno. Indice ungueal : o - o, o - o, o.
Tergitos revestidos dorsalmente de escamas espatuladas,
Abdome corn reflexos muito pouco pronunciados, azues e verdes, lateralmente corn
escamas mais largas, car de cr<me ; as &es lateraes estando separadas
Gas dorsxs por uma linba simples. Ventrecorn escamas semelhantes
5s lateraes claras dos tergitos, porem menores, except0 no nono tergito,
cm que Go escuras, sendo este esclerito fortemente desenvolvido, furmando coma que duas con&as de cada lado e corn. densas e fortes cerdas
louras, no seu bordo livre. Cerdas do primeiro ’ tergito bem . desenvoltidas, as dos 2 - 5 .muito pouco desenvolvidas, do 6.0 -em diante urn pouco
mais desenvolvidas.
Genitalia (Est. I, figs. I-g) - Coxite Go longo quanta largo, dobrado
quasi que em angulo recta. A porc5o basal traz na face extemo-ventral:
IO.
seis cerdas longas e fortes, enfileiradas e dirigidas para a linha mediana; 2.O -urn
tufo de abundantes cerdas approximadamente t50 longas
coma as- preceden s, pork&n, n-@is finas e dirigidas para a extremidade
Y
caudal; 3.0 - urn tufo m.uitu tiais desenvolvido e abundante de cerdas
analogas, as de&e, encurvadas’ para dentro e para a face dorsal e depois
cncurvando&e de. n&o, mas *forte e brus-ente,
para’ se dirigir para a
extremidade caudal e *para f&a.; este C o
‘ que esti situado mais para
193%
146
Castrq
REVISTA
DO
D.
N.
P.
A.
dentro e mais afastado da face ventral ; a serie de seis cerdas estS situada em posic50 mais externa e ventral e 0 2.O tufo entre esta e aquelle.
0 Apice do coxite C subdividido em tres lobos, entre OS quaes se insere
a pinca; urn delles, o ventroAatera1, apresenta o bordo chitinizado de maneira a simular em certas posic$ies u?n corno. Face dorsal do coxite
corn urn sulco longitudinal. Na base, interna e ventralmente, apresenta
uma pinceta corn extremidade cilindrica, truncada e revestida de cerdas.
Pingas corn haste afinando-se bem para o +ice; este expande-se bruscamente, formando : I.*) uma protuberancia capituliforme central que apresenta num dos lados apenas algumas cerdas no spice e um pequeno grupo
de cerdas na base ; e do outro lade. C revestido de ccrdas curtas cm forma
de espinho, e na base uma s&ie de cerdas fortes e relativamente longas,
enroladas; 2.“) uma expans%o achatada, corn uma serie de fortes cerdas
numa das margens, e urn prolongamento digitiforme, corn uma cerda fina
e longa, sub-apicilar ; 3.“) uma pequena expans50 que se prolonga num
apendice digitiforme e encurvado, na base do qua1 existe urn tufo de
cerdas longas e finas. Decimos esternitos encurvados, tocando-se na
linha. mediana de modo a formar urn conjunct0 sub-conico, corn a base
expandida e corn o bordo apkilar interno fortemente chitinizado o qua1
apresenta 5, 6 ou 7 (em geral 7) den&, provido tambee de urn pequeno
grupo de cerdas delicadas, ventralmente logo abaixo do &pice. Nono
tergito muito desenvolvido, corn OS lados ourvos, corn concavidade dirigida para o @ice; encurvados de novo no meio, mas em sentido contrario, sendo nesta regiti fortemente chitinizado e provido de uma s&rie
de cerdas espatuladas r&o separadas na linha mediana e em numero de
13, 14 15 e 16. Phallosoma em forma de capacete. Traz na base e ventralmecte uma forma&o arqueada que se assernelha a uma pelvis corn
as expansdes dirigidas para a base; na parte distal e ventral duas proeminencias corn o!s bordos adelgacados e irregularmente denteados, sendo que
estas forma$ks podem se apresentar convergentes e se todando pelos apices,
ou afastadas e mais 011 menos parallelas ; mais dorsalmente, correspondendo a base das proerrkncias
precedentes, uma ponte e, finalmente, o
Spice na parte dorsal toma o aspect0 de urn gargalo de muitos rebordos.
Comfwimsn~o: 3 m&n. sem a proboscida que tern 1,s mm. ; asas:
3,3’mm.
Q Antenvuz.s pillosas, corn verticillos basaes urn pouco menos desenvolvidos que OS do macho, zona transparente das articula@es, menores . Proboscida forte, dilatando-se bastante para o bpice, n5o geniculada, uniformemente revestida de dscamas espatuladas e estreitas, corn
brilho sub-metallic0 car de cobre (e violaceo). Nas asas as nervuras
transversaes r-m e r-m se encontram -mais ‘approximadas relativamente
&do
8 ; num dos exemplares est%o quasi :, em linha. *Peciolo, de R2
cerca de 4 (4,4 e 3,6) e peciblo d
‘e M
‘ l cerca de I ,6 ( $6 - I ,5 - 1,6) me-
1935.
s-“--
CMtrot
Rev,
ESTUDO
Dept. -- H.P.A.
SOBRE
UMA
ESPECIE
DE
“LIMATUS”
147
as cellufas correspondentes. A&me
alargandckse para o
tlCres que
&ice, que 6 rbmbudo; oom as cerdas claw mais desenvokidas lateraln;ate nas bordaq da setimo tei‘gito em diante, bem como no primeiro
tergto. Patas coma as do macho, except0 a marca@o sob OS‘tarsos p&
tcriores sobretudo, que C menos nitida.
No mais a femea C perf eitamente semelhante a~ macho.
cmnpri~zen to: _ 3 mm:, sem a proboscida hue tern 1,4 mm. ;. asas :
/ 3 n@*
A descrip@o se baseia em 9 exemplares ; 6 88,
sendo I do Par&,
1 da Bahia, 3 de S. Paul0 (CubaGo), criados de larvas colhidas em foaos
de buracu de pau, e I de S. Paul0 (Iguape) ; 3 p y , sendo duas de S5o
Paula (Iguape) e uma da Bahia. *
Lam
(Est. 2, figs. 2-5) L Cabeqa arredondada, quasi Go longa
quanta larga . Cerdas clipeaes 4, longas, simples, de comprimento equiV$
lenk ao das antennas; margem frontal saliente ; estiletes preoraes bem desenvolvidos; cerdas frontaes an&ores semelhantes Bs clipeaes ; as medianas
externas trifurcadas; as mCdias e as posteriores, curtas e simpks, sendo *as
&&as as mais internas; suturaes bifurcadas e curtas ; occulares simples e
igualmente curtas. Antennas corn a base saliente ; segment0 distal recta,
ligeiramente encurvado, de comprimento cerca de l/3 da dimens
da disl
tancia que separa a fake interna de seus segmetftos basaes; cerda antenna1
simples, preapicilar ; Qpice provido de 4 cerdas, uma das quaes mais longti,
e de uk process0 cylindrico, articu!ado, corn a metade distal m,enos chitinizada e parecendo fendida num lado. Mento corn o dente mediano largo na
base e constrangido bruscamente antes do 5pice; corn &IO dentes lateraes
n:enores, levemente acuminados, corn o Spice desviado para a linha mediana. Abdome corn .duas cerdas lateraes nos 1.0 - 2.O segmentos, a do:sal multifurcada (6) e a ventral simples ; OS demais segmentos apznas cg,ril
uma que nos 2.O, 3.O, 4.O e 5.” segmentos s50 multifu.rcadas (4)) no 6.0 triiurcadas e no 7.” simples; todas as cerdas lateraes do abdome s?io longas e
pennadas. Pente ldo 8.0 segment0 corn uma fileira de dentes em f&ma
de aculeos alongados, bem separados, em numero de 4 - 7 ; cerda subsyphoteal bifurcada, relativamente longa e pennada; cerdas subventral e dorsal
rkltifur&adas,
(3-4 respectivamente) mais curtas e tambem pennadas.
Syph5o resp&atorio 3 (2,6 - 3,4) vexes mais longo que largo, conico; sem
yente ; corn duas skies de cerdas dorsaes, uma de cada Iado respectivamente,
tormadas de 4-7 kerdas pennadas bifurcadas ou trifurcadas tie alinhadas,
corn uma s&ie de cerdas ventraes; em linha, formada por 8 - I I cerdas pennadas, simples a+s& base, depois bifurcadas e tri furcadas e, de novo bifurcadas, as mafs apicaes; cwn uma cerda. multifurcada de ramos curtos,
na base e proxi??
da face ventral. 10.0 segment0 abdominal corn, plati
&n fkfia ,di &la, cork dual; cerdas dokaes trifurcadas longas e pennadas, uma cer?d&ltitkal bifurtidi
semdhante e urn par de cerdas vkntraes flabelliRev. 10
REVISTA DO D. N. P. A.
148
-
.formes multifurcadas, pennadas (& 8). NW/&Z : (Est. 2, fig. 6). “I’rml_
pas respiratorias longas, 6 vezes mais longas que largas; abertura sub
triangular. Abdome corn I aerda sub-lateral longa, de, comprimento equiva_
lente ao dor segmento correspondente, nos 2.O- 6.0 segmentos; nos 7r~ e 8~
uma cerda lateral flabelliforme de. numerosos ramos, Paletas natatorias
ausentes.
-.
A descrip$o s
‘ e baseia em 4 larvas provenientes da Bahia, uqa exuvia nymphal e tuna larval de material colhido em agua contida em buraco
de pau, Cubat%, S. Paula.
DISCUS!%0
TAXONOMICA
Esta especie C extremamente proxima de Wyiomyia
asullepta Theo-
bald, 1903~
NZo me posso basear na descrip@o original porque, al&m de tratar
apenas da y , oEf erece duvidas . (Vide : Howard, L . O., Dyar, H . G.,
Wepster, J., & Bonne, C. 1921:6 e
& Knab, F. 1915 : 133 e .Bonne I925 :53)
Bonne-Wepster, J., & Bonne, C. (1925)) porem, identificam OS exemplares de Dam e MOengo, Guyana Hollandeza, corn a Wyeomyiu adkpta, de que conhecem o typo, sendo este proveniente de Demerara River, Guyana Ingleza. Consideram tambem (1921,’ 1925) pertencente a
esta mesma especie o Limatus methystirms Dyar & Knab, 1909, coma ji
suspeitara Dyar (IgIg),
e do qua1 tambem examinaram o typo. A descrip@o que dZo (x925 :50 - 52) nso C outra que a de Howard, L. O.,
Dyar, H. G., & Knab, F. (1915) de Limatus methysticus corn minimas
altera@es, mais accentuadas na do 8.
(Na descrip$io da p suppri&em OS adjectives “coarsely” e “black” em relac$o a pilosidade das antennas e aos olhos, respectivamente; substituem “less than” por “nearly”
l
em relacao a distancia entre Y-cu e r-pti; d%o 3 mm. em vez de 3,5 para as
dimens6es do corpo e da asa. Na do madho, accrescentam uma melhor
descrip@o da proboscida e, quando trata da distancia entre r-cu e r-m,
substituem a express50 “closely approximated to” par “nearly its own
length distant from”, d% 3 mm. em vez de 2,8 para o comprimento da
asa; na descrip@io da genitalia, por&n, supprimem muitos dos caracteres,
,do que trataremos mais adiante, modificam a nomenclatura e, apenas corn0
,accrescimo determinam o numero de dentes do 10.~ esternito. DZo ainda,
c pela primeira vez, uma descrip$o da larva
Baseio-me nest : dbus. trabalhos, e ainda nos de Root ( 1927) e Dyar
(1928) e nas respe
1 tivas ,figuras, para, compara@o corn 0s mew exmplares .
, . .
Gumpre-me not& ‘que, quando verifiquei >a identidade dos exempla.res de S. Paul0 ,com o do..Par&, e mais ah&,
__-_.
q,,e o’ mq@q= ~differencial
1935.
F
Castrot Rev. Dept.
ESTUDO
SOBRE
UMA
&P.A,
ESPECIE
DE
“LIMATUS”
146
maiS evidente, isto C, a presenca nas’pinqas
de “a p&ted
branch near
base” foi supprimido~ ulteriormente nas descrip@es de Bonne 61 Bonnelvepster e Dyar, hesitei em considerar a espe&e de que tratei, coma nova.
Costa Lima, l&&m, a quem consultei, 60 achou razoavel a identidade das genital& p6r mim suspeitada ; por outro lado, no exame attento
dcs dados da litteratura, eu ja havia encontrado as differencas que seguem;* por isso me decidi a descrev&l-a coma especie nova corn o nome
,&&us fZ&.kelo.rus n. sp., o qua1 designa urn de seus caracteres differen-
&es, o de possuir todos os pellos loiros ou ‘pardo-claros corn brilho doirado:
Diagnose : 0 abdome do 2 de k’k&&
flavisetosus
n. sp. apresenta
no spice, isto. 6; nos bordos do 8P tergito, abundantes pellos do&ados,
~0s quaes, quando expandidos, ajuntam-se tambem OS da genitalia que
pro$0
da mesma c6r. 0 spice do abdome portanto C c&nspiczcamente
vido de cer&s doiradti o que’ vem distinguil-o de ’ Limutus asz&eptus
(Theobald) cujo abdome se apresenta “with numerous coarse black bristles ‘at tip.” i Na prpboscida, s6 s50 pretas as escamas erectas ventraes
que ficam entre a.-man&a triangular azul e o spice; tambem 60 pretas
as que revestem a base’ dos labellos ; ventralmente, da mancha triangular
at& pouco alCm do joelho, 1as escamas 60 claras e, lateralmente gquella
mancha est5o as pardas corn brilho sub-metallic0 que revestem o resto
da proboscida; estes caracteres, pois, n5o estSo*de ac&rdo’ c?omOS dados
par Root para a proboscida de L. asulleptus: “mi&
of t‘he swollen. POT-tim is bluck s&id avid this‘ cotoufl is continued for some d-istance toward;
the ba&e aiF
‘ a nuvrow, mid-ventral line. Ventrally, iut the middle of the
black-scaled, swollen tip of proboscis, there is a long, wedgeshaped patch
of blue scales”. Na genitalia: OS coxites se apresentam tb Bongos quunto
largos, e mesmo tomandd-se coma medida da base a largura do coxite ao
nivel da curvatura deste, resulta 1,5 vnais Zongo que Zargo, ao pass0 que
para L. &utleptus a rela@o indicada C: c‘ over twice as long as broad” .
nas descrip@es de Howard, L. O., Dyar, H . G., & Knab, F. (e na de
Bonne. C. CGBonne-Wepster, J.) e “three times as long as wide” na de
Dyar.; as pingas r&d apresentam ‘<a pointed branch near base”; este caratter de Limatus asulteptus, coma ja foi dito, n5o apparece nas descrip@es ulteriores ;- no emtanto vem assignalado na descrip@o e figura
de Limatus m-ethysticus por Howard, L. O., Dyar, H. G., & Knab, F,.
( 1915. z.- pr. 2, fig. 5)) figura esta que ?vem reproduzida tambern em
Dyar (1928) coma complemento &‘sua descrip@o de Limatus asulleptus
(pr. 4, fig. I I) ; por outro lado, outros caracteres da pinsa, assim coma
do coxite, supprimidos nestas descrip@es, s50 caracteres que de facto
devem existir, pois ha, no material de Limatus flavisetosus
n. sp., formac6es equivalentes, par isso a respectiva omiss50 n50 me autoriza a
concluir pefa ausencia dos mesmos; em LiMJus flavisetosus n. sp. existern d&k’tufos de pellos e uma Eerie & 6 cerdas enfileiradas na base, em
1935.
,
Cal3tso
--
i&
*
REVISTA
DO
D.
N.
Ff. A.
‘
L.
adeptus,
enfileiradas
;
’ n5d se distingue se&ndo a figura, se&o urn, e aS cerdas
Larva : Considerandd as divergencias
s50 em numerd de’ 8.
de Bonne, C., & Bonne-Wepster, =J. (1915 : 52 - $3) e de Dyar (1928:
17, pr. 4, fig. I I) coma motivadas por uma variabilidade dos caracteres
_
.
.
das larvas de L. m&eptzGs o material ‘que examinei de L6madw.s
fhviise~
toms n. sp., n5o se distingue a r&o’ ser por possuir urn maior numem
r”’
‘
. .
.’
de tufos de cerdas no syphSo respiratorio.
’
E’ possivel que esta especie, seja a que Lutz e Bourroul, em 1904,
identificaram corn I%‘yemyk
asullepta (Vide tambem Theobald IW),
.:
.
I
,
- ,
.
.*
.
I
.
\
,
dando coma proveniencia o Estado da Bahia. Peryassu, em 1@3, parece
potis,
quando tra$a
confundil-a corn L&NZ~M durha&
Theobald, 191,
desta especie, que caracterka pelas “manchas lateraes basaes brancas”
do abdome, descreve para a mesma uma genitalia que p6de bem ser de
Lhatus f1avisetdsu.s
n. sp.: “Org%os genitaes muito peculianes, OS l&s,
basaes’ s%o pequenos e as ‘pinsas grandes e terminam por urn ipice cornplexo alargado, consistindo em am grande ramo . que termina por- um
segment0 muito pequeno (este pode ser a propria pinsa) e_ uma grande
ma&a irregular em forma de cope corn extremidade dentadas e franjadas;
. ‘
si_ ha UM tufo saliente, curve, de pellos doirados, na base dos li>bos” ; km
(-. . 1923, no seu catalogo, faz pensar que a especie que tern por wyesnzyia
. . . adepta
Theobald, 1903 6 a Wyeomjkz usdepta ,Dyar (net’ Theobald)
I ,
.
.
:
39~6, isto C a Wyeomyia bromeliarwn Dyar & Knab, I@.
0 typo i OS co-typos- acham-se depositadds .nas collec@es do Insti,
’ t&o Oswald0 Cruz, Rio de Janeiro.
..
’
ABSTRACTS
1
c
-
:
,
*OThe kthor describesa new speciesof mosquito from Brazil, Li&at&
fluvisetoszls,
_n. sp., which stands very closely to Limztus asrdeptus (Theobald) 1903. He gives also
a taxonomic discussion,where he states the incoherencesof the litterature about L.
* asd&tus and the reasonsthat have led him to describe the speciesas new. .
L’auteur donne la description d’une especenouvelle de culicide du BrCsil, Limatw~
t ~fliivisetosusn. sp., espece t&s prochaine .du Limotus asulleptus (Theobald) 1903,
:,Cette description est suivie dune “ discussiontaxonomique” ou spnt exposeesles into3 hkences de la litterature concernant le Limtus asulleptm et les raisons par lesquelles.
il k Ct4 conduit a ,&crire le culicide comme espece nouvelle.
BIBLIOGRAPIIIA
Azevedo Antunes, P. C. ide,‘.& Lane, J.
1933 -
Nota sobre a distrIbuicHo geographica dos culicideos (Diptera)’ de S&a
Paula (Brasil). Separata da Rev. Biol. Hig. 4 (3) t’ 2,
BFne-Wepster,
.’
.
{.’
.
.
f. &, Bonne, C.
,.
.
.
1919 L Diagnoses of new mosquitoes from Surinam, with a note
I
”
h. Inst. Menstr. 7 (10-12) I IG6. ’
.
onjynonimy,
’
cssfro
1935.
Rev.
Begt.
ESTUDO
SOBRE
c-
I.p,B.
UMA
I
ESPECIE
DE
“LIMATUSw
161 ’
’ &
jBonne-Wepster,J. &; Ronne, C.
Notes on South American mosquitoes in the British Museum. ib. 9
(l-3) : 6.
1921 -
I
Bonne, C. &, Bonne-Wepster, J.
Mosquitoes of Surinam. Amsterdam : 50-53.
1925 -
Rourroul, C.
1904 -
.
Mosquitos do Brasil. Bahia. ‘15-6-3.
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1910 -
_\ i‘:.
.
,,
,
\
1935.
Castro
Rev.
LfMATUS
Dept.
,
BALL
FLAVISETOSUS
ESTAMPA
s*
N. sp.
.
i ,
1
Coxite
Tufos de pellos do coxite. Figs. 2-3 Fig. 1 3 veudo_se o l&o ventro-lateral de perfil, simulando um
a protuberancia capitdiforme
vista do lado interuo. Fig. 4b lade exteruo. Fig. 5 - spice da pinqa visto do lado externo e
fig.
1
em posicdes diversas, em
Pinw
c&no. Fig:. 4a da outra pm~w, vista do
.
mais de cima. Fig. 6 -
X0 esteruitos e IX0 tergito, aspect0 ventral. Fig. 8 parte dorsal e apical do phallosoma
Uma das proeminencias apicaes do
em f&ma de gargall6; cant muitos rebordos. Fig. 9 Figs. 4a e 4b de material prweniente de Igisapt,
phallosoma de ud exemplar do Pa&
E&ado de’ SZO Paula, preparatio de Dr. A. da- Costa Lima; figs. S-9 de material do
SBO
Par&; as restantes de exemplarcs criados de material colhido na serra do Cuht50,
Pa&,
em agua contida em buracch de pau, auct. prep.
- Castro
Rev. Dept.
1933*
LIMATUS
X.P.B.
FLAVISETOSUS
ESTAMPA
.
n. sp.
’
2
Pr&os&la
d6 8 : eqt fa 5t seta .assignaIa a” .mancha triangular SZUI, em
erectas, o restante da proboscida aendo revestido
pro&da de &ma*
pri?tas
de e+camas
par&s ligeiramente mais pallidas ventralmente na linha mediana. Fig. 2 sip&50 respiratorio. Fig. 5 urn
cabda ucuvia larval. Fig. 3 meuto. Fk.
4 tuba respkatork de tana@
Fig. 6 das elementas do pcnte do VIII
segment0 abdominal.
a&a
nymphal. Fig. 1 de urn exert!plar do Pari. Figs, 2, 3 e ,6. de urn extmphr da
.
&+a
& Cubat@ S~O- Paltoie
restantes de cxcmplarek da Baha.
.Fig. 1 preto a park
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Estudo sobre uma especie de "Limatus" que se cria em buracos de