REGIÃO CARBONÍFERA, SEXTA-FEIRA, 11 DE NOVEMBRO DE 2011 [email protected] - (51) 3651.4041 Alimentação balanceada diminui riscos de osteoporose 9 A necessária separação Ivy de Souza Dias Psicóloga/Psicanalista CLIN Ministério da Saúde lança campanha nacional de prevenção da doença, que atinge mais de 10 milhões de brasileiros A doença degenerativa dos ossos acomete principalmente os idosos e é caracterizada pela falta de cálcio no organismo. De acordo com o Ministério da Saúde, 10 milhões de brasileiros sofrem com a doença e a grande maioria dos diagnósticos só acontece depois da primeira fratura. Para ajudar na prevenção da osteoporose, o Ministério da Saúde está lançando uma campanha nacional com o objetivo de reduzir a incidência da doença. A osteoporose ocasiona a diminuição da massa óssea, ou seja, quando existe a falta de cálcio, o organismo retira o nutriente dos ossos, para manter o nível de cálcio correto em circulação no sangue. “A quantidade de cálcio diária necessária para um individuo adulto é de 1.000 mg. Com a osteoporose pode ser administrado, dependendo do caso, até 1.500 mg de cálcio por dia, acompanhado às vezes de vitamina D, para potencializar os resultados”, explica o nutrólogo Andrea Bottoni. A alimentação é uma das armas contra a doença e deve acompanhar o indivíduo durante toda a sua vida. “Uma boa alimentação pode reduzir muito o risco da osteoporose, especialmente se tiver sido sempre equilibrada em qualidade e quantidade. Uma alimentação Especialista recomenda um cardápio rico em leite e derivados (Iogurte, queijo), feijão, lentilhas, brócolis, couveflor, agrião, amêndoas e repolho não equilibrada, com alimentos pobres em cálcio, gera uma deficiência do mineral no organismo, que pode levar a osteopenia (um estágio anterior da doença) e à osteoporose”, ressalta Andrea Bottoni. É geralmente depois dos 40 anos que a massa óssea começa a diminuir, fase em que os pacientes devem intensificar os cuidados preventivos. “A alimentação deve ser ainda mais equilibrada, balanceada e variada, o que significa ingerir todos os nutrientes necessários ao nosso organismo, incluindo o cálcio”, observa o nutrólogo do Hospital VillaLobos. Para as mulheres o problema pode ser ainda maior na menopausa, devido à queda brusca do estrógeno. “Nessa fase, a alimentação deve receber um cuidado ainda mais especial. O ideal é garantir os 1.000 mg de cálcio todos os dias, sem esquecer da ingestão de vitaminas fundamentais para o bom funcionamento do organismo”, ressalta o médico. Andrea Bottoni recomenda um cardápio rico em leite e derivados (Iogurte, queijo), feijão, lentilhas, brócolis, couveflor, agrião, amêndoas e repolho. O especialista também destaca que os exercícios físicos e o acompanhamento médico são fontes fundamentais para garantir a saúde do corpo e, consequentemente, evitar problemas como a osteoporose, principalmente para pessoas acima dos 40 anos de idade. Drogas seis vezes mais eficazes contra a Hepatite C Duas novas drogas contra a hepatite C, que estão sendo testadas no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, apresentaram até seis vezes mais eficácia do que os medicamentos usados no tratamento convencional. A Telaprevir e a Boceprevir, recém-aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a utilização no Brasil, apresentaram índice de cura de aproximadamente 75% em pacientes que nunca fizeram tratamento contra a hepatite C. Com o tratamento tradicional (com Interferon e Ribavirina), a cura chegava, em alguns casos, a 40%. O resultado positivo às Portal_440_4e9.p65 3 novas drogas foi mais expressivo em pacientes que já haviam feito o tratamento convencional, mas tinham apresentado recaídas. Nesses casos, as novas substâncias alcançaram índice de cura de 88%, ante 15% obtidos com os medicamentos convencionais. “A eficácia tem se mostrado até mesmo na redução do tempo de tratamento, diminuindo de um ano para a média de nove a 11 meses”, diz o médico Roberto Focaccia, responsável pelos estudos. Segundo ele, dos nove pacientes tratados no Emílio Ribas com o Telaprevir, oito tiveram a cura da doença. As duas novas drogas ainda não são fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é que, apenas no segundo semestre de 2012, os dois novos medicamentos passem a ser ofertados na rede pública de saúde. Em unidades particulares, o tratamento custa hoje em torno de R$ 9 mil por mês. Segundo Focaccia, há no Brasil cerca de três milhões de pacientes que serão beneficiados pelas novas drogas quando passarem a ser oferecidas pelo SUS. Os testes do Emílio Ribas são feitos concomitantemente em outros países, todos sob supervisão da FDA (Food and Drug Administration), a agência reguladora de medicamentos norte-americana. A hepatite C é uma doença grave, que pode evoluir para o câncer de fígado ou levar o paciente a fazer transplante hepático. É transmitida pelo sangue, principalmente por utensílios de uso pessoal, como tesouras, pinças e alicates de unhas. A transmissão sexual não é comum. Os grupos de maior risco são os pacientes receptores de sangue, usuários de drogas endovenosas, pacientes em hemodiálise e trabalhadores da área de saúde. De 1% a 1,5% dos brasileiros são portadores crônicos do vírus causador da doença, o HCV. 10/11/2011, 15:45 Momento inicial da vida pelo qual todos nós passamos, a infância é um tempo de construção do crivo com o que interpretaremos o mundo ao nosso redor e daremos seqüência a nossa existência. Para a teoria psicanalítica não nascemos sujeitos prontos, vamos nos constituindo e para isso precisamos ser tomados, inicialmente, por aquele que faz a função de nos cuidar. Esse cuidador não está posto de saída, pode ser a mãe, o pai, uma tia, a avó, o que é necessário é que seja alguém que nos possibilite construir um lugar para além deste já destinado a nós. Isto é, existe todo um universo organizado em leis, linguagem, cultura, que antecede o nascimento de um bebê. Para que a criança tenha acesso a esse novo espaço, que também é o espaço dos outros, o lugar que intervém olhares, sons, sensações táteis, é demandada uma sustentação a ser cumprida necessariamente por um cuidador. É esse sujeito que precisará dar conta do desamparo inicial do bebê, dando nomes para os processos puramente orgânicos que o bebê vivencia logo ao nascer. Nesse primeiro momento, em que a criança ainda não consegue integrar suas sensações e experiências corporais, vai sendo tomada pelo que esse cuidador lhe oferece, numa extrema dependência deste. Acontece que essa dependência não deve perdurar pela vida à fora. Esse cuidador deve apresentar o corpo e o mundo ao bebê, organizando a passagem do que seria uma total indiferenciação inicial para uma discriminação de si e do mundo, ao mesmo tempo em que deve interpretar as manifestações da pequena criança, desfazendo o estado de pura necessidade com o qual a criança nasce para que ela possa, a partir daí, tornar-se um sujeito, agora caminhando para uma total separação deste cuidador e uma possibilidade própria de engate na vida.